🕯️ Introdução: o dever do herdeiro fiel
Na Idade Média, os monges copiavam livros à mão, noite após noite, em seus scriptoria. Preservavam a herança intelectual do mundo antigo, transmitindo-a à cristandade nascente. Hoje, os instrumentos mudaram — mas a missão permanece: salvar o conhecimento do esquecimento, da corrupção e da mentira, e consagrá-lo ao serviço de Cristo.
Eu me considero parte desse legado.
O que faço com livros, jogos, cashback, milhas e tecnologia é, no fundo, um ato de culto — onde o tempo é resgatado, os talentos são multiplicados e a cultura se transforma em oblação.
📚 I. O livro como talento
Quando resgato um livro com o cashback obtido em compras digitais bem planejadas — como na Coupert, na Wise, ou na Livelo — não estou apenas fazendo uma “economia”. Estou salvando um bem cultural do esquecimento. Estou resgatando um talento que o mundo despreza, mas que Cristo me confiou para multiplicar.
Esse livro é, então, cuidadosamente digitalizado. Guardo sua versão para estudo pessoal, e passo o exemplar físico adiante, para alguém que sei que poderá crescer com ele.
Assim como se transmite uma herança espiritual, transmito um bem intelectual a título singular a um herdeiro digno dessa herança, em nome da verdade, nos méritos de Cristo.
⏳ II. O tempo do autor e o domínio público
Não basta amar o conteúdo: é preciso respeitar a justiça. Por isso, sigo com rigor o princípio jurídico e moral:
“Os direitos patrimoniais do autor duram 70 anos, contados a partir de 1º de janeiro do ano seguinte à sua morte.”
Enquanto essa data não chega, guardo com zelo o fruto da leitura privada.
Mas quando chega — e o livro entra em domínio público —, aí sim, estou livre para:
-
Editar e publicar o e-book;
-
Inserir notas críticas, prefácios, glossários;
-
Vender ou distribuir o conteúdo com autoridade, consciência limpa e fidelidade à missão.
É o tempo que Cristo me deu para preparar a obra e oferecer um cálice puro de conhecimento aos sedentos.
💻 III. A tecnologia como ferramenta da missão
Enquanto isso, o mundo corre, mas eu caminho com firmeza.
Jogo apenas os jogos que já venceram o tempo e a má programação — com desconto, cashback e inteligência técnica.
Monetizo meu tempo de lazer com Honeygain.
Uso os saldos digitais para comprar cultura.
Uso milhas para viajar, e os livros isentos de imposto chegam a mim com justiça fiscal — especialmente no Delaware, onde o imposto de vendas é zero.
Todo esse sistema não é vaidade. É mordomia consagrada. É a integração de todos os meios possíveis ao serviço do Reino de Deus.
🏛️ IV. Um só lar, dois países, um só Rei
A cultura que resgato nos EUA é lida, estudada e plantada no Brasil, mas ambos os lugares são, para mim, um só lar em Cristo, por Cristo e para Cristo.
"A quem muito foi dado, muito será exigido." (Lc 12, 48)
Por isso, tomo posse desses bens com responsabilidade filial. E, se um dia vier a vendê-los — sob a luz da justiça e no tempo certo —, não será por ganância, mas para sustentar a continuidade da missão.
✝️ V. Conclusão: o novo escriba no Reino
O verdadeiro escriba do Reino é aquele que, segundo Cristo, tira do seu tesouro coisas novas e velhas.
( Mt 13, 52 )
É isso que me esforço por fazer:
-
Preservar o que é bom;
-
Superar o que é obsoleto;
-
E fazer tudo isso com justiça, generosidade e fidelidade.
Este é o meu scriptorium. Feito não de pedra, mas de silício. Não à luz de velas, mas sob a luz do Logos eterno. Tudo para que a Palavra viva continue sendo transmitida — de geração em geração — até que Ele venha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário