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quinta-feira, 10 de julho de 2025

Scriptorium do Futuro - como herdar, preservar e multiplicar a cultura católica com inteligência digital e fidelidade a Cristo

🕯️ Introdução: o dever do herdeiro fiel

Na Idade Média, os monges copiavam livros à mão, noite após noite, em seus scriptoria. Preservavam a herança intelectual do mundo antigo, transmitindo-a à cristandade nascente. Hoje, os instrumentos mudaram — mas a missão permanece: salvar o conhecimento do esquecimento, da corrupção e da mentira, e consagrá-lo ao serviço de Cristo.

Eu me considero parte desse legado.

O que faço com livros, jogos, cashback, milhas e tecnologia é, no fundo, um ato de culto — onde o tempo é resgatado, os talentos são multiplicados e a cultura se transforma em oblação.

📚 I. O livro como talento

Quando resgato um livro com o cashback obtido em compras digitais bem planejadas — como na Coupert, na Wise, ou na Livelo — não estou apenas fazendo uma “economia”. Estou salvando um bem cultural do esquecimento. Estou resgatando um talento que o mundo despreza, mas que Cristo me confiou para multiplicar.

Esse livro é, então, cuidadosamente digitalizado. Guardo sua versão para estudo pessoal, e passo o exemplar físico adiante, para alguém que sei que poderá crescer com ele.

Assim como se transmite uma herança espiritual, transmito um bem intelectual a título singular a um herdeiro digno dessa herança, em nome da verdade, nos méritos de Cristo.

⏳ II. O tempo do autor e o domínio público

Não basta amar o conteúdo: é preciso respeitar a justiça. Por isso, sigo com rigor o princípio jurídico e moral:

“Os direitos patrimoniais do autor duram 70 anos, contados a partir de 1º de janeiro do ano seguinte à sua morte.”

Enquanto essa data não chega, guardo com zelo o fruto da leitura privada.

Mas quando chega — e o livro entra em domínio público —, aí sim, estou livre para:

  • Editar e publicar o e-book;

  • Inserir notas críticas, prefácios, glossários;

  • Vender ou distribuir o conteúdo com autoridade, consciência limpa e fidelidade à missão.

É o tempo que Cristo me deu para preparar a obra e oferecer um cálice puro de conhecimento aos sedentos.

💻 III. A tecnologia como ferramenta da missão

Enquanto isso, o mundo corre, mas eu caminho com firmeza.

Jogo apenas os jogos que já venceram o tempo e a má programação — com desconto, cashback e inteligência técnica.

 Monetizo meu tempo de lazer com Honeygain.

 Uso os saldos digitais para comprar cultura. 

Uso milhas para viajar, e os livros isentos de imposto chegam a mim com justiça fiscal — especialmente no Delaware, onde o imposto de vendas é zero.

Todo esse sistema não é vaidade. É mordomia consagrada. É a integração de todos os meios possíveis ao serviço do Reino de Deus.

🏛️ IV. Um só lar, dois países, um só Rei

A cultura que resgato nos EUA é lida, estudada e plantada no Brasil, mas ambos os lugares são, para mim, um só lar em Cristo, por Cristo e para Cristo.

"A quem muito foi dado, muito será exigido." (Lc 12, 48)

Por isso, tomo posse desses bens com responsabilidade filial. E, se um dia vier a vendê-los — sob a luz da justiça e no tempo certo —, não será por ganância, mas para sustentar a continuidade da missão.

✝️ V. Conclusão: o novo escriba no Reino

O verdadeiro escriba do Reino é aquele que, segundo Cristo, tira do seu tesouro coisas novas e velhas.
( Mt 13, 52 )

É isso que me esforço por fazer:

  • Preservar o que é bom;

  • Superar o que é obsoleto;

  • E fazer tudo isso com justiça, generosidade e fidelidade.

Este é o meu scriptorium. Feito não de pedra, mas de silício. Não à luz de velas, mas sob a luz do Logos eterno. Tudo para que a Palavra viva continue sendo transmitida — de geração em geração — até que Ele venha.

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