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sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Como se lida com um intelectual? Lições decorrentes da minha experiência pessoal

1) Para se conseguir a atenção de uma pessoa como eu, que está sempre estudando, analisando e refletindo, sempre preocupada com o futuro do país, a mulher precisa ser tão intelectual quanto eu: ela precisa produzir conteúdo relevante, de modo a  merecer a atenção dessa pessoa, ou ter conteúdo suficiente para que a conversa seja produtiva para mim, visto que eu não tenho nenhum minuto a perder com as coisas vãs deste mundo, por conta de minha elevadíssima vocação de escritor, um talento que foi dado por Deus, nos méritos de Cristo, um talento extremamente raro e que não pode ser enterrado. Se esta mulher ficar mendigando a atenção de minha pessoa sem dar algo de bom em troca, ela não terá minha atenção, pois ela não está me apresentando a sua melhor parte, aquela que dialoga com Deus o tempo todo no confessionário - e se ficar forçando a barra, ela terá só o desprezo dela e mais nada, visto que pessoas como eu são racionais ao extremo a ponto de serem frias com relação aos falsos problemas existenciais que os conservantistas, essas pessoas falsamente carentes, têm o tempo todo, por conta de conservarem o que é conveniente e dissociado da verdade.

2) Pela minha experiência, a maioria das pessoas que conheci, seja online ou off-line têm uma enorme dificuldade de lidar com uma pessoa como eu, sobretudo as mulheres. Devemos somar a isto o fato de que não existe uma cultura no Brasil que favoreça a intelectualidade - e os que desenvolvem a vida intelectual, que são poucos, não possuem a humildade nem a benevolência necessárias para serem intelectuais de vocação, uma vez que tal atividade pede que a pessoa tenha um bom caráter e uma vida de santidade, virtudes que estas pessoas não possuem.

3) Não é à toa que tenho uma enorme dificuldade de fazer amigos nesta terra, muito menos de arranjar uma namorada, pois a maioria só sabe conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, E tudo o que elas dizem entra por um ouvido e sai pelo outro, por conta de seus assuntos não terem relevância alguma para mim, dada a natureza banal de suas conversas - o que é análogo ao sujeito que pratica usura no tempo kairológico, o que é uma coisa inconcebível.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 08 de dezembro de 2023 (data da postagem orgiinal).

sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Acuse-os daquilo que você é - quem acusa uma pessoa inteligente de louca é quem sofre, realmente, de demência e precisa ir para um manicômio

1) Quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade sempre vai tomar uma pessoa inteligente, que estudou o comunismo de modo a criticar o comunismo, como uma pessoa louca. A maior prova disso é que, quando eu falei o que disse sobre o Lula com base no que estudei do pensamento de Borneman, que é um autor marxista, um comunista apareceu na minha página de escritor no Facebook me indicando um remédio para epilepsia, como se eu fosse louco.

2) Loucos são eles, que não seguem o exemplo de Santo Agostinho - para se entender uma pessoa, é preciso ver o que ela mais ama. E para se ver o que mais amo, é preciso estudar todos os meus escritos em toda a sua profundidade, pois muita coisa que eu digo tem fundamento nas minhas experiências pessoais e tem, portanto, caráter autobiográfico. E ao se ver o que uma pessoa mais ama, você vê o que não se vê, que é aquela testemunha única com a qual dialogo e que sei que posso enganar, que é Deus, coisa que eles negam, pois não sabem medir as coisas além deles mesmos - eis no que dá a cultura de se tomar um animal que mente como a medida de todas as coisas: a insanidade move o mundo.

3) Bloqueei o sujeito - quanto à loja que vendia o referido remédio, por conta de pagar cashback, eu a registrei na minha lista de lojas que pagam cashback, pois esta eu não a conhecia. A flecha que ele lançou contra mim será usada em meu próprio benefício no futuro, quando eu mais precisar. E quanto mais pedras atirarem contra mim, mais vou guardá-las de modo a construir o meu próprio castelo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de outubro de 2023 (data da postagem original).

Postagem Relacionada:

Lula como incarnação da metanacionalidade: https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2014/11/lula-como-encarnacao-da.html

segunda-feira, 6 de março de 2023

Toda definição é perigosa para quem, cara pálida? Reflexões sobre um dizer de um professor meu de família e sucessões, da época em que estava na UFF, prestes a me formar

1) Nos meus últimos anos no Direito, dizia meu professor de família e sucessões que "toda definição é perigosa" (sic).

2) Se Jesus disse que Ele é o caminho, a verdade e a vida, então isto é um perigo a quem conserva o que é conveniente e dissociado enquanto um projeto de poder. Se Ele é um perigo para os conservantistas, então isto é um caminho seguro para nós que conservarmos a dor de Cristo através de Seu exemplo, pois Ele derramou seu sangue na cruz, a razão pela qual vivemos a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, já que Jesus deu novo sentido à Criação - Ele é o verbo que se fez carne.

3) Quando somos perseguidos porque afrontamos ao conservantismo dessa gente, isto é um sinal de que nós já vencemos o mundo e o diabo e a carne - o mal passará e uma nova Era de Ouro de conformidade com o Todo que vem de Deus será estabelecida até uma nova onda de conservantismo varrer a sociedade por completo, por conta dos modismos do mundo - e o ciclo de provação (dispersão) e de superação (reunião) começa novamente. Eis a filosofia da crise cristã!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 06 de março de 2023 (data da postagem original).

quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Notas sobre outras investigações bibliográficas que andei fazendo

1) Enquanto freqüentava uma comunidade do facebook que vende livros recomendados pelo professor Olavo de Carvalho, tomei conhecimento de um livro muito interessante de um autor chamado John Hoskins, cujo título é a verdade e o sentido de uma obra de arte.

2) Como o professor Olavo sempre nos recomenda que façamos o rastreamento daquilo que as pessoas amam a ponto de saber o que as move a conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, eu descobri que este autor escreveu um livro cujo título é libertarianismo: a filosofia política do futuro (de um futuro que nunca virá, é verdade, já que é tão revolucionário quanto o comunismo). Investigando mais a fundo na Wikipedia, descobri que ele foi amigo de Ayn Rand e que foi candidato minoritário à presidência nas eleições americanas de 1972, pelo Partido Libertário.

3.1) Nessas minhas pesquisas bibliográficas, acabo descobrindo é coisa. Como isso é informação estratégica, compro os livros e digitalizo - a cópia que me serviu de base para fazer o e-book, eu passo para alguém que vai tirar proveito desse livro de modo a se vacinar contra essas ideologias nefastas. 

3.2) Eu conheço o meu cliente e não lido com gente imbecil que mede as coisas que consome pelos seus gostos desordenados, fundados nos modismos do mundo. Se lidasse com um assim, eu o convidaria a se retirar da minha loja, pois o meu cliente é um espelho do que sou como livreiro: um intelectual como eu - alguém que se revestiu de Cristo de modo a conhecer a verdade, que é o fundamento da liberdade, tal como fez o Santo Padre Bento XVI.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 04 de janeiro de 2023 (data da postagem original).

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Notas sobre a íntima relação entre conservantismo, presunção e desesperação - os três fatores que levam à proletarização geral da sociedade (ou biednização, como eu chamo)

1) Se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade é uma decisão fundada no amor de si até o desprezo de Deus, então o processo de dividir o homens entre eleitos e condenados é um processo de presunção. E crer nessa falsa fé, que leva à metástase de uma civilização que assentou todos os seus valores nisso, leva à desesperação. A combinação desses três fatores leva à biednização da sociedade (ou proletarização geral da sociedade).

2.1) Na biednização, Deus está morto. Todos vivem segundo os tempos atuais, a ponto de pautarem seus desejos na concupiscência da carne. Por isso mesmo, o termo em polonês biedny define muito bem a situação - e ele é muito diferente do pobre que depende de Deus, o ubogi, e daquele que, dentre os ubogis, foi escolhido por Deus para melhorar a vida dos mais pobres, daqueles a quem Deus tanto preza: o bogaty (a quem chamamos de rico). 

2.2) Bolsonaro mesmo é o maior exemplo de bogaty que eu já vi - ele é o primeiro dentre os seus pares, um verdadeiro príncipe, no verdadeiro sentido do termo, justamente por estar revestido de Cristo. Por isso que vejo nele a prefiguração da volta da monarquia nele.

3.1) O biedny que tem muito dinheiro ou muito conhecimento nas mãos nunca será um bogaty, pois é administrador infiel dos bens que lhe são confiados. Ter contato com a riqueza é como ter ou não ter uma arma - para o biedny, é o fim último de sua existência, pois é a busca do poder, a ponto de ter poder sobre tudo e sobre todos. Não é só riqueza de ouro e prata, pois até mesmo a riqueza de conhecimento na mão do biedny pode se tornar uma arma, um instrumento para poder se dominar os outros.

3.2) Não é toa que os presunçosos são homens de má vontade, pois são homens que enterram o único talento que Deus lhes deu. Se burrice e malícia andam juntas, então o fato de conservarem o que é conveniente e dissociado da verdade os torna tão fechados à realidade que eles se tornam oligofrênicos, a tal ponto que serão incapazes de exercerem atos da vida civil, sobretudo no tocante a escolher quem nos representa na política, uma vez que sofrem de incapacidade eleitoral absoluta e isso pode gerar uma incapacidade civil absoluta no que toca à gestão do bem comum.

3.3) Trata-se de uma espécie de loucura, uma das muitas doenças espirituais decorrentes das culturas de heresia que foram sendo disseminadas por aí no mundo, à medida que o mundo foi cada vez mais se descristianizando. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de outubro de 2022 (data da postagem original).

sábado, 15 de outubro de 2022

Notas sobre Hans Blumenberg e a sua teoria da não-conceitualidade - das razões pelas quais vejo que o conservantismo é um não-conceito, um conceito feito para produzir contracultura cristã

1) Eu estava visitando um grupo de Facebook que vende livros indicados pelo professor Olavo de Carvalho e vi um livro do filósofo alemão Hans Blumenberg cujo título é Naufrágio com Espectador

2) Este livro me parece uma boa pedida para ser lido com os livros A sociedade do espetáculo e A sociedade do cansaço, além dos livros Comunidades Imaginadas e A Invenção das Tradições, quando o assunto é estudar a ação da mentalidade revolucionária no tocante aos avanços da técnica da manipulação de massa e de controle social ao longo dos últimos dois séculos.

3.1) Outra possibilidade é estudar isto com aquilo que o professor Olavo de Carvalho diz nas primeiras aulas nos COF sobre as idéias de náufragos, tomando por base o que diz Ortega y Gasset. Se levarmos em consideração toda a minha atividade intelectual e tudo o que faço no tocante a me santificar através do trabalho e do estudo, então tudo isto é uma prestação de contas perante o verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem, aquela única testemunha e espectador que sei que não posso enganar, pois é do constante encontro com Ele no confessionário que sei que serei capaz de quebrar a quarta parede a ponto de me tornar uma pessoa real, revestida de Cristo, de modo a não reduzir tudo o que faço a um mero teatro hipócrita.

3.2.1) É dessa forma que o processo de conservar a dor de Cristo se torna uma experiência real e que precisa ser observado constantemente a cada geração a ponto de se tornar uma tradição e uma decisão para toda a vida de santificação através do trabalho e do estudo a ponto de se tornar uma vocação e uma decisão fundada no amor verdadeiro em relação Àquele que derramou seu sangue por mim na cruz, pois a verdade é o fundamento da liberdade, ao passo que o conservantismo, o processo de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, é o não-conceito, pois decorre de uma ação afirmativa que decorre da negação dessa verdade, fundada no homem rico no amor de si que despreza a Deus, que busca, no sentido de criar artificialmente, toda uma ordem que satisfaça esse desejo ilusório de liberdade sem verdade (a niepodległości no sentido maçônico do termo, que rejeitou a pedra que é, na verdade, a pedra angular de todas as coisas). 

3.2.2) Não é à toa que conservantismo, liberalismo e comunismo são não-conceitos, pois decorrem de toda uma ação afirmativa fundada na negação da verdade, cujo referente é o verbo que se fez carne, a ponto de criar uma ilusão de pós-verdade, onde o cristianismo foi superado, tal qual uma árvore velha e oca, uma ibirapuera. Mas esse tipo de visão não terá lugar no mundo, pois Cristo vive, reina e impera, pois Ele venceu a morte. Não é à toa que esses não-conceitos edificam uma nova ordem social e moral com fins vazios a ponto de criar visões de mundo que são heréticas e condenadas pela Igreja.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2022 (data da postagem original).

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https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2022/10/da-nao-conceitualidade-vem-nao.html

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Do bezerro de touro como uma pequena via da riqueza tomada como um sinal de salvação - sinal dessa falsa ética protestante e de sua falsa ordem econômica, fundada no conservantismo ancestral judaico

1) Antes mesmo de a pedra rejeitada tornar-se a pedra angular, uma vez que ela se fundou no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, o conservantismo imemorial dos judeus tem suas origens no culto ao bezerro de ouro.

2) Enquanto Moisés esteve no Monte Sinai para receber a Tábua dos Dez Mandamentos de Deus, os judeus ficaram sem líder, a tal ponto que resolveram cultuar um ídolo, sonegando o verdadeiro tributo em forma de adoração que deve ser dado ao verdadeiro Deus.

3) Nos tempos atuais, a bolsa de valores adota como símbolo o touro de ouro como sinal de prosperidade. Como o bezerro é a pequena via do touro, então a prosperidade judaica se funda na riqueza como um sinal de salvação - um sinal desse conservantismo ancestral, dessa idolatria pelo dinheiro.

4) Não é à toa que as seitas protestantes são judaizantes por excelência, pois elas rejeitam a pedra que se tornou angular, a tal ponto que a maçonaria prospera associada ao protestantismo. Ela prospera onde o catolicismo é fraco ou relativizado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de agosto de 2022 (data da postagem original).

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Notas sobre uma Lição da Lava-Jato

1) Pela minha experiência, nunca acredite num movimento anticorrupção quando este é comandado por juízes e promotores ligados à maçonaria. Eles já estão corrompidos no amor de si até o desprezo de Deus a ponto de conservarem o que é conveniente e dissociado da verdade.

2) Por conta do pecado da vaidade eles cometerão toda sorte de tiranias e abusos de autoridade (basta ver o que Moro fez como Ministro da Justiça, durante o tempo de pandemia de peste chinesa). No final, seus argumentos são fundados no homem enquanto animal que mente e isso só servirá liberdade com fins vazios.

3) Se Cristo e a cruz que representa seu sacrifício derradeiro não estiverem presentes nos tribunais, jamais a verdade será o fundamento da liberdade, a ponto de se dizer o direito com justiça. Somente um magistrado justo, revestido de Cristo, é capaz de ver o cristo necessitado no réu ou na vítima a ponto de se dizer o direito contido nas ações humanas, pois isto é a primazia da realidade - e esta graça é maior do que os conservantismos existentes nas leis escritas porque isso se dá na carne, a ponto de se transferir na pena que sentencia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 03 de agosto de 2022 (data da postagem original).


sexta-feira, 29 de julho de 2022

Notas sobre conservantismo e mentalidade - como nasce a ideologia no âmbito das empresas

1) O senso de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade pode ser instituído através de uma programação mental, por meio de um regime de administração de incentivo. A cultura de conservantismo que é instituída no âmbito das organizações - sejam elas de caráter público ou privado -, ela ganha o nome de mentalidade.

2) A história das mentalidades é a história do conservantismo transmutado em programação mental, seja para se obter uma recompensa, seja para se obter prestígio social. A ideologia é o outro braço do conservantismo, pois ele é voltado para a tomada do poder e para a necessidade permanente de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade como medida última de justificação desse poder. 

3) Enquanto a ideologia é o braço político e armado, a mentalidade é o braço econômico, financeiro e organizacional, escorado nos estudos da psicologia motivacional, nos fatores que motivam os homens a inflarem o ego de tal modo a amarem a si mesmos e a desprezarem a Deus como a razão de ser todas as coisas. As duas coisas caminham juntas, a ponto de ciência e técnica andarem sempre juntas no caminho para a construção de uma comunidade imaginada de modo que toda e qualquer utopia possa ser realizada, sem que haja qualquer freio moral ou ético para impedir essa ambição estúpida, mascarada, às vezes, de filantropia. 

4) Só o verdadeiro Império de cultura que Cristo quis estabelecer para Si lá no milagre de Ourique é que pode frear essa ideologia criminosa, pois a verdade é o fundamento da liberdade. Esta é a única tradição que realmente importa, por ser verdadeira, uma vez que o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem fez de D. Afonso Henriques rei de Portugal de modo a nos mostrar o que deve ser feito ao longo das gerações - e esse trabalho só terá fim até a segunda vinda do Cristo, cujo momento de sua vinda não sabemos quando ocorrerá, uma vez que não nos cabe saber quando é o fim dos tempos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de julho de 2022 (data da postagem original).


sábado, 2 de julho de 2022

Tradicionalismo é progresso; conservantismo é progressismo

1.1) Quando conservamos o que é conveniente e sensato a ponto de vermos a dor d'Aquele que morreu por nós na cruz, com o passar do tempo nós atualizamos as tradições a ponto de renovarmos o sentido de todas as coisas, pois a verdade é o fundamento da liberdade, ao passo que o desenvolvimento é a expressão dessa liberdade pautada nessa verdade, já que Cristo é o caminho, a verdade e a vida. A atualização constante dessa tradição fundada nesse princípio leva ao conhecimento em outras áreas, a ponto de gerar progresso civilizatório e moral, já que o progresso são os cômodos da coisa conservada desse modo.

1.2) Por esse motivo, o conservantismo sensato leva ao conservadorismo, que por sua vez se desdobra em tradicionalismo - a humilde casa de palha evolui para uma casa de madeira para só então se tornar uma casa de pedra nos méritos de Cristo, mais ou menos como aconteceu com a Polônia - ela saiu de um povo eslavo pagão para um dos povos mais fiéis à fé católica - o que levou séculos para isso acontecer, até chegar a esse estado de arte. É daí que vem o progresso civilizatório e moral.

2.1) Quando conservamos o que é conveniente e dissociado da verdade, coisa que remonta ao animal que mente kantiano, todo o progresso é fundado nessa vil tradição que edifica liberdade com fins vazios, uma vez que o homem não deseja servir ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, mas a si mesmo. A atualização constante dessa vil tradição se torna aggiornamento revolucionário e vai contaminando tudo de modo que as coisas percam sua beleza e sua utilidade - e com ela seu sentido, sua razão de existir. 

2.2) Eis o nefasto progressismo, pois o diabo gosta do que é feio e disforme.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 02 de julho de 2022 (data da postagem original).

quinta-feira, 30 de junho de 2022

Dos fundamentos conservantistas que há no movimento monárquico, até onde eu pude observar

1) Monarquia é que nem sukita - se você estudou seriamente este assunto, então você não engole qualquer coisa.

2) Não digo amém a qualquer regime monárquico. Só reconheço como legítimas as monarquias de direito divino fundadas no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, sejam elas fundadas através do intermédio da Igreja ou por intervenção direta do próprio Cristo, como aconteceu no milagre de Ourique.

3) Monarquias de direito divino onde o demiurgo manda mentir em nome do Islã são sistemas de tirania organizada, são sistemas de dominação. Nem reconheço a existência delas. Nenhum monarquista sério deveria reconhecer.

4) Monarquias liberais, onde o homem busca não se submeter a vontade do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem a ponto de buscar uma nova liberdade sem Deus, estas são tiranias, ainda que mascaradas de governo democrático. Não reconheço também a existência delas.

5.1) Enfim, monarquista sério só reconhece uma monarquia onde o rei é vassalo de Cristo e que governe o povo tal qual sua família, de modo que ninguém seja escravo de ninguém. 

5.2.1) Isso preserva a virtude republicana dos antigos e consagra o princípio do império - o de propagar a fé cristã a outros lugares, como parte do serviço sagrado organizado.

5.2.2) Os povos que se consagram nessa missão de propagar a fé cristã não dominam outros povos, mas os libertam da ignorância e do paganismo em nome do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, a ponto de escrever uma verdadeira página de civilização e cultura. Desse modo, esses povos se tornam um exemplo a serem seguidos por quaisquer povos que desejem ser sérios, nos méritos de Cristo.

6) De uma coisa eu estou certo: estou cansado desses pseudomonarquistas que se vislumbram facilmente com as aparências de uma cabeça coroada - isto é um indício de que essa gente está a conservar o que é conveniente e dissociado da verdade a ponto de edificar uma falsa ordem onde a liberdade será servida com fins vazios, não obstante o fato de usar coroa - eis a monarquia da Inglaterra. Eles não sabem muito bem a diferença entre um vassalo de Cristo e um tirano, ainda que estes usem coroa - e se eles por acaso souberem, é porque são cínicos, pois a fisiologia deles só é saciada por um título de nobreza, o que não é muito diferente daquela cambada que eu vejo lá em Brasília.. Rua com eles! Rua com esses que vivem só de aparência!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de junho de 2022 (data da postagem original).

Rio de Janeiro, 06 de setembro de 2022 (data da postagem atualizada).

quinta-feira, 2 de junho de 2022

Do mapa da ignorância como um mapa do conservantismo

1) Uma vez, o professor Olavo de Carvalho falou que devemos traçar um mapa da ignorância. E mapa da ignorância, até onde sei, implica mapear aquela parte do seu eu que ainda está obstinadamente conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, que ainda não ama e não rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

2) A melhor forma de conhecer a si próprio é conhecendo outras pessoas - é vendo o que as pessoas gostam e detestam que você tem um bom referencial. E quanto mais isto é fundado no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, mais você será capaz de identificar nas pessoas a sinceridade de propósitos do fingimento organizado, coisa fundada no animal que mente.

3) Quando você dominou a arte de conhecer alguém - a ponto de conhecer seus interesses, o que ela ama, o que ela detesta, se ela tem sinceridade de propósitos naquilo que faz ou não -, você poderá fazer um exame de consciência de modo a pedir perdão a Deus pelos pecados que você pratica e se emendar, pois o outro que foi descoberto serve de parâmetro para você ser uma pessoa melhor. Você deve entregar o meliante, o conservantista que há em você, perante o justo juiz, para que você possa conservar a dor de Cristo. E isso se dá através de confissão e comunhão freqüentes. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de junho de 2022 (data da postagem original).

domingo, 31 de outubro de 2021

Sobre o verdadeiro dia das bruxas que há em nós

1) Certas conversas são como tortura: nego mal te conhece e acha que tem a solução para todos os seus problemas. Essa gente sem noção e sem senso das proporções quer que eu vá enfrentar o adamastor, quando a verdade conhecida e que deve ser observada é que, quando se é pequeno, você deve agir com discrição e estruturar as defesas pessoais contra o ataque de um inimigo mais organizado e mais forte que você, além de conseguir estabelecer contatos e receitas no subterrâneo de modo que você se expanda da melhor maneira possível, de modo que você seja mais forte do que esse adamastor, para só assim esmagá-lo ou contorná-lo, a ponto de transformar esse cabo das tormentas em Cabo da Boa Esperança. E tudo isso sem fazer alarde, como bem fizeram os portugueses ao longo da História.

2) Nego no meio católico confunde coragem ultramontana com burrice, demonstrando, assim, ignorância completa acerca das tendências históricas portuguesas, daquelas que deram origem ao Brasil. No final, terminam seus dias se dando mal. Se estudassem a teoria do sigilo no contexto dos descobrimentos portugueses, certamente não cometeriam esses erros. Certo dizia Mão Santa, o Senador do Piauí: a arrogância precede a queda, pois ela se funda na ignorância audaciosa. Não é à toa que muitos estão virando protestantes por conta disso, pois a verdade está sendo mal defendida.

3.1) Não é à toa que ganhei reputação de pragmático, da parte de alguns - até onde sei, o pragmatismo responsável vem de Roma, pois eu sou pelo que funciona. 

3.2) Essa boa experiência pré-cristã, fundada no que se conserva de conveniente e sensato, ela não pode ser desprezada, pois a vida é tanto arte quanto ciência prática. A verdade é o fundamento da liberdade - e o propósito da autoridade é aperfeiçoar o que já existe de bom, não criar algo a partir do zero.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2021 (data da postagem original).

Comentários adicionais:

Arthur Rizzi:

1) Quanto ao tópico 2, no artigo do dia das bruxas, esses grupos hiper-ultramontanos defendem uma forma excessivamente puritana de catolicismo. 

2) Esse catolicismo hiper-ultramontano não é capaz de gerar uma cultura, pois a cultura é orgânica e depende de certa autonomia em relação ao sagrado. Mesmo a cultura medieval não era uma extensão da Igreja e da doutrina. A Igreja coibia certos exageros, ajeitava as ideias mais problemáticas e tolerava aquelas que eram fortes demais para serem coibidas. 

3) A maior prova disso é que Os Lusíadas de Camões jamais seria aprovado por eles, pois Camões fez uso de elementos da mitologia romana e grega como metáfora poética - há muitas citações de ninfas, elfos, tágides e elementos do folclore europeu no texto. No entanto,  a obra recebeu aprovação do Santo Ofício.

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domingo, 26 de abril de 2020

Notas sobre Moro, enquanto pretenso símbolo da justiça

1) O que é justiça? Eis uma definição que encontrei, segundo o jogo Ultima IV: The Quest of Avatar: "Justiça é enxergar a verdade contida nas ações humanas".

2) Aristóteles dizia que a verdade está em nós e que devemos adequá-la à realidade. E a realidade é o verbo que se fez carne, a ponto de fazer santa habitação em nós através da Santa Eucaristia.

3) Um campeão da virtude da Justiça deve necessariamente imitar a Cristo neste fundamento, a ponto de dizer o direito com justiça e enxergar a verdade contida nas ações humanas, principalmente quando há conflito de interesses qualificados pela pretensão resistida, geralmente fundada em conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

4.1) Num País onde PT e o PSDB roubaram, corromperam, saquearam e mataram de modo a destruir a essência das coisas, então o campeão da virtude da Justiça não deveria ter partidos - ele deveria pôr na cadeia gente do PT, do PMDB, do DEM e do PSDB.

4.2) Mas o dito "campeão" era tucano - e nunca apurou os crimes do PSDB. Ou seja, ele era um juiz parcial. E sendo um juiz parcial, certamente ele praticou cerceamento de defesa contra o PT, quando tentava mostrar que o esquema tinha origem no FHC. E agora que conhecemos esse cerceamento de defesa, esse julgamento será anulado e Lula será absolvido, por conta desse cerceamento de defesa.

4.3.1) De nada adianta ser técnico e competente, se a justiça de seu país é destinada aos carreiristas e se o Estado está de costas para a verdade. Se Cristo não for de fato o verdadeiro Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves junto com sua mãe, a virgem Maria, a ponto de os monarcas aqui constituídos serem seus vassalos, homens como Moro não passarão de símbolos criados para serem servidos com fins vazios.

4.3.2) Para um homem como Moro, a justiça é uma ilusão, como diria Kelsen, uma vez que a verdade não existe. Este homem é um horror metafísico ambulante - um sujeito pérfido, desprezível.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2020.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Notas sobre o barbarismo de banho tomado

1) Tal como o Olavo fala, o conservantismo faz da polidez uma camisa-de-força, a ponto de edificar o politicamente correto.

2) É possível perfeitamente ser bárbaro usando terno e gravata, freqüentando missa tridentina diária e usar jargões intelectuais escritos no francês e no inglês. O segredo desse barbarismo de banho tomado e bem comportado é o fato de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de dizerem que a Santa Igreja de Deus morreu no Concílio Vaticano II. É como afirmar, de maneira camuflada, que Deus está morto, tal como os niilistas dizem.

3) Além da esquerda que se diz de direita e que adota farda, há ainda essa esquerda que se direita se esconde na Santa Igreja Católica e na Causa Monárquica. Tal como falei, o conservantismo não é fácil de ser diagnosticado, mas uma vez feito isso, combatê-lo se torna muito mais fácil: basta expô-los ao rídículo. Assim, eles nunca chegarão ao poder e cometer as mesmas atrocidades que os petistas costumam praticar.

4) Além da condenação ao Concílio Vaticano II, eles defendem a monarquia valendo-se de coisas foras de Ourique. Muitos deles, por não conhecerem a História de Ourique, estão presos ao quinhentismo - e raciocinam a História do Brasil nos mesmos parâmetros que os republicanos raciocinam.

5) É por essas e outras razões que a restauração da monarquia só vai começar a partir do momento em que a cultura de fingimento neste país começar a acabar. Precisamos de homens de carne e osso, que vivam a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus. Essa polidez, esse barbarismo de banho tomado precisa acabar e já.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de julho de 2016 (data da postagem original).

quinta-feira, 26 de maio de 2016

O olavismo é movido a conservantismo

1) Vejo, no seio da Igreja, divisões e rupturas entre irmãos por pouca coisa. Geralmente entre os gênios. Todas essas divisões possuem algo daquele antigo ódio de Caim por Abel: irmãos que vivem um drama que termina num homicídio. 

2) No seio da Igreja, vivemos dramas que matam o homem. Homens bons não conseguem deixar de lado as pequenas diferenças e ficam se arranhando, quando deviam sentar-se à mesa com um belo charuto e uma garrafa de whisky. Nesses dramas, pessoas como eu, que apenas lêem e pensam - embora não com tanta genialidade quanto esses homens - vêem o desenrolar dramático de brigas entre gigantes dos quais, de minha modesta posição, só posso admirar a ambos os lados. A épica briga de Sidney Silveira e Olavo de Carvalho rendeu-me um imenso respeito por ambos; as discussões entre Orlando Fedeli e Plinio Corrêa de Oliveira, outra; Olavo de Carvalho e Plinio Corrêa de Oliveira, outra - isso sem falar nas discussões entre os latinistas, um dos quais meu amigo: William Bottazzini Rezende e outro, Rafael Falcón - um sujeito com o qual gostaria de ter amizade. E há ainda as discussões nas quais se envolvia Dom Estêvão Bettencourt, ora contra a TFP, ora contra Montfort e vice-versa. 

3) No meio de tantas discussões, envolvendo todos esses homens, eu sempre percebi haver entre eles a máxima tomista: idem nolle, idem velle. Esse tipo de coisa eu também vejo, por exemplo, no trabalho de José Octavio Dettmann, o qual tenho começado a ler recentemente - e sinto que posso colocá-lo no hall desses nomes.  Quando fico a pensar no termo "olavismo", fico a pensar no que se trata tal coisa. No fim das contas, essas richinhas. essas diferenças pequenas não passam de uma "síndrome de Caim e Abel", a meu ver. 

4) De fato, se colocarmos quaisquer um desses nomes como vox Dei, una et vera, dando-lhes uma autoridade ex-cathedra daí sim podemos imputir-lhes um sufixo "ismo". Fora isso, sou imensamente grato ao trabalho de todos esses homens - e na diferença entre eles aprendo algo de um e algo de outro. 

5) Repito que, no fim, vejo em todos um amor pelas mesmas coisas e um ódio pelas mesmas coisas. Ainda que cada qual tenha amores e ódios particulares que outros não possuem, não vejo entre eles grandes contradições. Não há dúvida de que isso gera conflitos, por isso que acho extremamente salutar o que faziam Tolkien, Lewis e Chesterton. Suas grandes diferenças eram resolvidas banhadas a whisky e provavelmente com amendoins e queijo. 

6) Enquanto ficamos perdendo tempo com nossas vaidades intelectuais, os inimigos de Cristo se unem com uma facilidade tamanha. Se o meio mais promissor de unir os inimigos do socialismo é o COF, então paguemos todos o COF. Depois disso, unamo-nos todos noutro movimento para lutar contra os libertários e depois vençamos o protestantismo e por aí vai. Em vez de nos unirmos, estamos todos cada qual lutando contra um inimigo, dispersos enquanto os inimigos se unem.

Douglas Bonafé

Facebook, 26 de maio de 2016 (data da postagem original).

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Fujam dos caricatos

1) Desde que comecei meus trabalhos no facebook, eu vejo como certas pessoas não passam de mera caricatura: Leonardo Pratas, José Arthur Sedrez e outros tantos conservantistas que só ficam falando asneira, em vez de pesquisar e analisar o que realmente está acontecendo.

2) Isso ficou mais evidente quando comecei a coletar dados e a comparar as coisas com base em postagens dos anos anteriores. Além disso, tenho fotografias de posts que comprovam ainda mais o que encontro nos dados.

4) Se essa gente fosse sensata e usasse as rede sociais com fins científicos, investigativos, eles perceberiam a verdade e aprenderiam a conservar a dor de Cristo a partir do mais básico: conservando o que é conveniente e sensato. E ao conservar sistematicamente isso, essa mesma gente perceberia que está na estrada que foi preparada para o Cristo passar - a estrada que nos leva à verdadeira liberdade, assim como a verdadeira ordem decorrente disso: o liberalismo que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus. Como isso leva à excelência, à magnificência, então o verdadeiro conservadorismo poderá ser praticado, fundado tanto na dor de Cristo quanto nas pontes que ligam a Terra ao Céu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2015 (data da postagem original)

domingo, 16 de agosto de 2015

Um mapa do conservantismo no Brasil

1) Pedro Sette-Câmara é um dos sujeitos mais imbecis, afetados, arrogantes, covardes e desprovidos de senso de humor (o que, desculpem, é um sinal evidente de burrice) que tive o desprazer de conhecer.

2) O sujeitinho faz um post dizendo que a universidade brasileira não é tão ruim assim, que não está tomada por marxismo - aí, eu vou lá e faço uns comentários mostrando a bizarrice marxista e pós-marxista (pós-estruturalista, pós-moderna) que predomina na produção acadêmica de teses de mestrado e doutorado etc. Eu não xinguei o sujeito nenhuma vez e nem deixei de concordar parcialmente com algumas ideias. E sabe o que ele faz? ME EXCLUI DE SUAS AMIZADES! Ora, seu Pedro Zé-Ruela, vá tomar no seu cu, tá bom, boneca?

3) Para mim, de todos esses micróbios que andam por aí, só há uma figura pior que a do militante esquerdista: é a do intelectualóide afetado. Prefiro mil vezes um comunista brucutu, mas que seja realmente o que é, a do sujeitinho metido à besta, totalmente montado, que posa de grande pensador e que se leva extremamente a sério, quando, na verdade, é só um zé-ninguém que teve a sorte de escapar da ignorância e da doutrinação comunista (nem preciso dizer graças a quem) mas que se jogou como uma ratazana na armadilha da própria vaidade.

4) Por que alguns alunos inteligentes do Olavo acabam virando "ex-alunos"? Por que eles se negam a reconhecer que aprenderam com o mestre e ainda fazem questão de posar de livre-pensadores independentes e anti-olavistas? A resposta que diz "porque na verdade são tudo um bando de filho da puta" é, sem dúvida, verdadeira, mas isso não basta para explicar o processo interno dessa filha-da-putice (ou seria putisse?).

5) A questão, a meu ver, é a seguinte: durante um bom tempo o sujeito permanece fiel ao professor porque aquilo o salva da ignorância, pois lhe fornece um grande volume de informação, uma ampla bibliografia etc. O cara deixa de ser um zé-ruela, semianalfabeto, para se tornar um zé-ruela minimamente informado, o que no Brasil equivale a tornar-se um semi-Deus.

6) Depois que esse conhecimento foi adquirido, ele se confronta com a norma fundamental dos ensinamentos de Olavo de Carvalho: a norma da "confissão", que exige que você dê um testemunho verdadeiro perante si mesmo e, mais do que tudo, perante Deus. Enfim, isso pede que você seja um ser humano verdadeiro, e não um boneco intelectualóide e afetado. E é aí que o bicho pega.

7) Depois de adquirir aquele conhecimento todo, como é que o sujeitinho brás-cúbico vai resistir à tentação de posar de gostosão intelectual, tirar fotinhos com estantes de livros ao fundo, com cachimbos ou charutos e carinha de pensador francês? A troco de quê? De ser um sujeito íntegro, verdadeiro, um spoudaios? É ruim, hein! Como ele vai abrir mão das entrevistas em blogs (sobre sua obra futura) e dos milhares de puxa-sacos do facebook? É nessas horas que a figura do Olavo se torna um estorvo, uma criptonita, uma denúncia constante de que aquele livre-pensador é, na verdade, um impostor que não sabe nem limpar a bunda.

8) O ex-aluno precisa, então, dar mais um passo e tornar-se um anti-Olavo. É nessa hora que surge a universidade (e o diprooomaaaa!!) como o último refúgio do canalha.

(Rubens Enderle)

O Alex Catharino faz a mesma coisa que o Sette-Câmara faz. Ele acha que é a redenção na cultura se dá na academia. Se isso fosse verdade, todos os apóstolos deveriam ter sido PhD em Yale.

(Tiago Barreira)

1) Catharinos, Razzos e Sette-Câmaras - todos são crias do Brasil dos Bruzundangas. Fazem da academia, da forma como a conhecemos, a tábua da salvação de pelo menos suas medíocres carreiras. Estabelecem liberdade para o nada, pois conservam o que lhes é conveniente, ainda que isso seja dissociado da verdade.

2) Esse conservantismo acadêmico é a tragédia de todo pretenso movimento coservador no Brasil - eles são a ridicularização do conservadorismo verdadeiro, que conserva a dor de Cristo, posto que nos leva à conformidade com o Todo que vem de Deus. Esse conservantismo, por conta da canalhice, é a pior das heresias políticas e culturais que se pode edificar nesta pátria.

3) Eles são a síntese do quinhentismo que deve ser destruído. O que sinto por essa gente não é pena - é nojo, repulsa. Nada mais me enfurece do que canalhice, fundada em vaidade e pose. O lugar mais quente do inferno está reservado a eles, pois eles preferiram conservar o que é conveniente e dissociado da verdade em tempos de crise - a boa, velha e estúpida neutralidade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de julho de 2020 (data da postagem original).