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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Críticas aos abusos que estão a ocorrer no processo de restauração da linguagem


1) É nobre e válido promover a restauração da linguagem; porém, é absolutamente indispensável promover a restauração da linguagem de um modo humilde e que convide as pessoas a falarem de modo culto e conforme o todo da tradição de se bem falar o português.

2) Existem certos tipinhos, cujos nomes não vou citar, que estão a confundir isso com pedantismo. Esses tipinhos possuem resquícios de protestantismo na consciência e estão a fazer da gramática uma crença de livro.

3) Este tipo de atitude - em vez de estimular as pessoas a buscarem o conhecimento, a dominarem a linguagem - só beneficia a todos aqueles que agem tal como o Lula, a ponto de dizer que têm muito orgulho de suas verdades, de suas próprias ignorâncias, que decorrem de uma sabedoria humana dissociada da divina.

4) É justamente este tipo de má consciência que se semeia que dá causa ao conservantismo da ignorância, coisa que nos é crônica. Não vai demorar para que um dia eu fale a seguinte frase: "O professor me falou que devo ir à escola" e um certo elementozinho chegue no meu mural do nada dizendo "Seu ignorante. O correto é o professor falou-me que devo ir à escola".

5) Se eu quiser falar: "Me diga" ou "Me fale", isto é um aspecto do falar brasileiro, que decorre do fato de se tomar o país como um lar - e como me sinto bem no Brasil, me sinto livre para me expressar do jeito como eu achar melhor, desde que a conversa seja boa e edificante. Corrigir isso é tomar a língua portuguesa como se fosse uma religião. Quem faz isso deve amar tanto a Camões que chega ao cúmulo de renegar a Cristo Jesus. E isso não é bom, pois o meio está sendo tomado como se fosse um fim em si mesmo. Esse tipo de pessoa deve estar pensando que os fins justificam os meios.

6) Existe uma forma adequada, mas isso é algo que deve ser desejado por todos aqueles que queiram falar bem o português. A forma culta, a arte de bem dizer o português, decorre de uma tradição intelectual de bons escritores, cuja leitura deve ser sempre perseguida, estimulada. A língua portuguesa, para ser bem ensinada, necessita da mesma postura que se tem quando se faz a catequese de uma pessoa.

8) Quanto mais se avança no processo de se semear consciência, mais o povo tenderá a preferir a forma culta à atual forma por que falamos a língua portuguesa.

Os conservantistas violam o primeiro mandamento


1) Os conservantistas violam o primeiro mandamento: deixam de amar a Deus e à verdade. 

2) Este tipo de amor se funda na sabedoria humana, dissociada da divina, e não possui justificativas, pois o amor às outras coisas deriva do amor a Deus.

3) O amor a Deus é mais importante que o amor próprio. Amor de Deus não é sem causa - ela tem um fundamento teleológico, finalístico: edificar o bem na Terra. Somos criaturas e somos chamados desde a eternidade a servi-Lo. Mas esse fim se perverteu por conta do pecado original.

4) O amor próprio deriva do amor divino. 

5) Nietszche acha que o indivíduo só se ama plenamente quando nega a sua condição de criatura para se considerar um criador de si próprio. E isso leva ao orgulho. É a revolta satânica contra a realidade. Todo amor próprio que nega a Deus é uma revolta luciferiana.

6)  Isso tem relação com o gnosticismo. Revoluções são manifestações do orgulho demoníaco.

(TIago Cabral Barreira)

Conversa sobre aggiornamento


Tarcísio Moura mostra esta mensagem: 

"Para os fanáticos do 'aggiornamento' e do 'encontro com a História, a palavra mal vista por excelência é 'tradição'." (Plínio Corrêa de Oliveira)

Francis Lauer: Qual seria uma boa tradução para aggiornamento?

Tarcísio Moura: Acredito que seja atualização, mas o contexto aí é de aproximação com os valores do mundo,  fundados na sabedoria, flexibilização, abertura.

Francis Lauer: Então, a palavra mais apropriada seria hojificação (de hoje) ou contemporaneização (de contemporâneo), ou ainda progressismo ou modernismo. É isso?

Tarcísio Moura: É bem isso - você pegou o espírito da coisa.

Notas:

1) Aggiornamento é a inversão do processo de memória, base para a tradição. 

2) Se o memorial de Páscoa serve para nos lembrarmos da libertação da escravidão no Egito e esta é base para a qual a gente lembra a liberdade em Cristo, de modo a que sejamos livres da escravidão do pecado, o aggiornamento é a atualização constante do processo revolucionário, que se pauta no materialismo histórico e dialético moderno. Essa atualização constante do processo revolucionário nos afasta dos valores de Cristo e nos leva  ao processo constante de escravidão de nossas almas, ao longo do tempo das gerações.

3) Ver estas postagens:

Páscoa como memorial: http://adf.ly/g5BOe

Destaque de uma lição de Jesus: http://adf.ly/lB98H

domingo, 27 de abril de 2014

Conversa com Francisco Razzo sobre a incoerência do Partido Progressista

Razzo: Só no Brasil mesmo um partido chamado Progressista lança um candidato considerado conservador.

 Dettmann: Isso me lembrou uma análise que fiz em meu blog: http://adf.ly/fFNRH

Dettmann: Essa de o Partido Progressista buscar apoio dos conservadores é uma completa incoerência. E mais incoerência ainda é lançar um nome de um candidato que conserva as exceções legais que permitem o aborto, no código penal. Ele se diz católico - se fosse mesmo, ele seria contra o aborto em qualquer tipo de caso, não importa a circunstância. É o samba do crioulo doido.

Razzo: Pois é, tem tudo isso aí. É uma zona.

Dettmann: Isso só vai fazer do conservadorismo um movimento insincero - e ele está assumindo as qualidades bananéicas desta república. Esse é o mal do conservantismo tupiniquim.

Dettmann: Com um grupo desses, quem precisa de inimigos? A esquerda agradece.

Razzo: e agradece muito.

Facebook, 27 de abril de 2014 (data da postagem original).

sábado, 26 de abril de 2014

Eis uma excelente conversa que eu tive

Esta conversa foi com o amigo José Helton Nogueira Diefenthäler Júnior:

Diefenthäler: A razão despregada do coração leva à tirania.

Dettmann: Sim. Basta que não se conserve a verdade que a razão perde todo o seu sentido de ser. A razão passa a operar a engenharia da irracionalidade, do mal. E o século XX é o exemplo cabal disso.

Diefenthäler: Lênin, Hitler e todos os outros eram astros da engenharia social.

Dettmann: Sim. E todos nasceram numa ordem conservantista - O Grande Cisma do Oriente, que deu origem à Igreja Ortodoxa, e a reforma protestante são exemplos do que falo. A Rússia mesmo é herdeira desse Cisma e a Alemanha é herdeira daquilo que decorreu de Lutero.

Diefenthäler: Bom, se toda a mudança encobre uma posição de congelamento dos espíritos, estou de acordo, pois Lutero era um saudosista, assim como Putin. Eles olham para trás, pois o modelo estava atrás. Trotski, o vermelho super-radical, não combinava com o figurino. Por isso que ele foi morto! Podemos, então, conjecturar que podia pertencer a um conservantismo radicado numa deformação do judaísmo russo.

Dettmann: Aliás, de certo modo, os conservantistas todos tomam posturas parecidas aos judeus, quando rejeitaram Jesus. Basta ver que os protestantes mesmo eliminaram 7 livros, de modo a igualar com o que se ensina no judaísmo.

Diefenthäler: Se tuas considerações estiverem corretas, o conservantismo remonta à Torre de Babel.

Dettmann: Sim. O conservantismo deriva da sabedoria humana, dissociada da divina. E a Torre de Babel é um exemplo disso.Ele conquista os corações dos que não têm a alma íntegra e conforme o todo. É assim que Putin ganha tantos adeptos.

Diefenthäler: Trata-se de um esfriamento que, no fim, encobre a razão.

Dettmann: Você tem razão. Este texto que escrevi foi pra apontar que conservantismo e conservadorismo não são sinônimos, tal como se encontra no dicionário. É importante para o conservador dominar a linguagem.

Diefenthäler: Ele foi publicado?

Dettmann: Está em meu blog: http://adf.ly/kzPp9

Dettmann: seria muito bom se ele fosse publicado em um jornal de grande circulação.

A última flor do lácio é uma flor de lis boa


1) Fernando Pessoa tem uma frase mais ou menos assim: "O poeta é um fingidor - finge a dor que deveras sente".

2) Cruz e Sousa tem um poema chamado "cavador do infinito". Quando se investiga o interior de sua alma, suas mazelas, de modo a se fazer uma boa confissão, você cava todas as dores, até chegar ao fundo da sua alma, o seu eu interior - você fará isso até ver a dor de Cristo, que morreu por todos nós na cruz.  

3) É da lembrança desse ato heróico, de que Jesus sofreu e morreu por todos nós na cruz, que está o sentido de nossa liberdade. É nesse sentido que devemos ser conservadores: devemos preservar a memória deste acontecimento tão profundo porque ele é o verdadeiro sentido de nossa liberdade. Jesus é a razão de todas as nossas vidas, pois ele é o caminho, a verdade e a vida; Ele é Deus feito homem e viveu entre nós - sua vida por si já é um milagre. É conservando a memória dessa dor que temos a palavra conservador - eis o significado definitivo da palavra.

4) Infelizmente, nem todo conservante conserva a verdade. De uma ordem onde se conserva o que convém, mas não a verdade, há o conservantismo, a ordem mais básica de se estar a esquerda do Pai. E é do conservantismo que nasce todo o libertarismo e todo o totalitarismo - ele é essencialmente relativista, pragmático e utilitarista

5) Se observarem esses exemplos, a última flor do Lácio atua como se fosse um prisma. Da luz branca várias cores são decompostas - elas constituem os elementos da verdade. Como indivíduos, nós somos o que somos em razão das nossas experiências, vivências e circunstâncias - por isso que a liberdade é a luz branca que permite que essas experiências sejam compartilhadas para todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tal como Cristo assim nos ensinou. Pois não há liberdade sem o conhecimento da verdade; ela não precisa ser minha ou sua para que seja nossa. Se o branco é a soma de cores, base sob a qual se tem a igualdade perante a lei eterna, o preto do comunismo significa ausência de cor, falta de liberdade. Quem esteve na União Soviética sabe a monotonia que era - era uma monotonia regida pela morte e pela tirania, conforme a pretensa sabedoria humana que quer assumir o papel de Deus, por suas próprias forças.

6) O português é a última flor do Lácio. O Lácio do tempo dos etruscos era uma região pantanosa. Dizem que dos piores lodos surge a mais bela das flores: a flor de lis. E esta flor de lis é boa - por isso, Lisboa é a base de nosso mundo.

7) É da tradição de se fazer do português um prisma que se tem a imaginação necessária de modo a se definir as coisas tais quais elas devem ser. Se aceitarmos nos guiar por uma crença de livro - crença esta dicionarizada, fundada numa pretensa sabedoria humana dissociada da divina -, aí não estaremos mais em conformidade com o todo.

Resumo da ópera:

"O conservantismo remonta à Torre de Babel" (José Helton Nogueira Diefenthäler Júnior, ao analisar os escritos de José Octavio Dettmann). É bem isso! Basta que não se conserve a verdade em Cristo que a razão passa a ser instrumento nefasto de engenharia social.  

"Os conservantistas violam o primeiro mandamento: deixam de amar a Deus e à verdade". (Tiago Cabral Barreira) 

"Chamar os conservantistas de conservadores é inflar demais os poderes do demônio. Santo Agostinho dizia que não é algo muito inteligente encher a bola do demônio desse jeito, pois o exagero é a verdadeira promoção do mal."José Octavio Dettmann 

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Como se fazer uma boa dialética?


1) Eu aconselho aos meus leitores a nunca terem uma mente dialética, no sentido modernista do termo.

2) A mente dialética, no sentido modernista do termo, é aquela que faz tese, antítese e síntese a partir de seus próprios pensamentos, sem ouvir a outra parte. 

3) A mente dialética é a coisa mais subjetiva que tem: ela quer assumir o papel de Deus. Acha que a sua sabedoria basta. Em resumo: ela pensa ser a dona da verdade.

4) A verdade não precisa ser minha ou sua para ser nossa. Faça a caridade de ouvir o que o outro tem a dizer, se o que for dito por essa pessoa for bom e necessário. Sempre temos algo a aprender de outras pessoas ou de nossa própria sabedoria, se formos sensatos, aos olhos de Deus. Se você quiser limpar a sujeira decorrente da dialética de seus próprios pensamentos, confesse-os a quem tudo vê e observa, de modo a tirar a postura arrogante vinda de seu si, marcado pelo pecado original, pois todos nós somos seres humanos e não deuses. Santo Agostinho deu-nos uma valiosa lição quanto a isso

5) Quanto mais ouvirmos de gente sensata, mais aprendemos. O mesmo modo se dá quando nos confessamos com freqüência. Eu mesmo aprendi mais dando atenção ao que os outros tinham a dizer de sensato no facebook - além disso, eu sempre tenho por hábito confessar-me com freqüência. A gente poupa bem mais tempo ouvindo uma opinião sensata ou prestando contas a Deus do que lendo 80 livros por ano. A tradição, fundada no compartilhamento do saber, é uma excelente forma de economizar tempo. 

6) Se você sentir que há algo que não bate, você pode buscar as bibliografias lidas pelo autor da opinião e examiná-las você mesmo - ou examinar sua própria consciência, de modo a não ser leviano nesse exame. É mais trabalhoso, mas faça isso, se sentir que vale a pena examinar. Faça no sentido de servir à verdade e não para ficar fazendo pose ou para maldizer o opinante. Este comportamento é nocivo e afeta praticamente 9 dentre 10 dos que se dizem conservadores aqui no Brasil. É este tipo de conduta que os leva à heresia política do conservantismo.

7) Para servir bem à verdade, você pode fazer uma dialética examinando fatos e opiniões sensatas partindo do seguinte:

7-A) Examinando o que foi dito de sensato entre A e B

7-B) Examinando o que A disse de sensato e as conclusões a que você chegou, partindo, se necessário, de experiências anteriores

7-C) Examinando o que B disse de sensato e as conclusões a que você chegou, partindo, se necessário, de experiências anteriores

7-D) Revendo todo o estado anterior de uma eventual controvérsia

7-E) Examinando o conjunto da conversa entre A x B x você mesmo

7-F) Do que está errado, do que é eventualmente ignorado podemos também aprender muita coisa, de modo a chegar à verdade

8) Fazendo tese, antítese e síntese a partir de fatos objetivos, sensatos e verdadeiros, a síntese acarretará a possibilidade conhecer várias situações prováveis, que podem vir a acontecer e que podem afetar as nossas circunstâncias pessoais. 

9) Na dialética clássica, a dialética é o exame lógico do provável. Quando nós fazemos essa investigação do provável, mais perto estamos do caminho de Deus, que é o verdadeiro autor do que é certo e errado. 

10) Quando se contrasta o provável com a ortodoxia divina, aí veremos se o fato está conforme o todo ou não.

11) Quando os fatos são conformes ao todo, o ensinamento será seguro e será proferido ex cathedra

12) À medida que vários ensinamentos ex cathedra se acumulam, por estarem em conformidade com o todo, aí é que temos os dogmas, que são o resumo desses ensinamentos, condensados em normas de conduta seguras a quem deseja viver a vida conforme o todo.

13) Em resumo: ouça sempre seus semelhantes, pois aí você estará servindo ao todo. Faça a dialética a partir de fatos objetivos e não da pretensa sabedoria humana. Quanto mais sensata for uma opinião, mais objetiva ela é, pois o opinante está se servindo de instrumento de Deus, de modo a que conheçamos a verdade. E ao a conhecermos, nós nos libertaremos de toda a sorte de vícios que fazem com que tomemos nossa nação como religião, quando o correto é tomá-la como sendo nosso lar.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Considerações sobre o ano monárquico

1) Dias 21/04/2014 e 15/11/2014 estarei fazendo jejum pelo fim da infame república. Não estarei aqui no facebook.

2) O que me tira da mansidão católica é a estupidez da imensa maioria desses apátridas que se dizem brasileiros da boca pra fora, mas que nada sabem da história da pátria. Esta estupidez é extremamente insensata e anticatólica. 

3) Pra não me irritar mais e pecar por conta da estupidez alheia, eu me retiro do facebook por estes dias, especificamente falando. No lugar do facebook, estarei lendo, rezando o terço, fazendo oração e caridade. O dia que Princesa Isabel tiver sua santidade confirmada, eu serei dizimista regular para a construção de paróquias e capelas em honra a ela e ao Beato Papa João Paulo II, pois o comunismo é a conseqüência final desta República.

4) O período que se dá entre os dias 16/11/2014 a 20/04/2015 e 22/04/2015 a 14/11/2015 será marcado por dias monarquicamente úteis e conformes ao todo da Igreja. Neles, a estupidez manifesta vai sendo refutada dia após dia, através de muito ensino e exposição da verdade histórica. É assim que os monarquistas deveriam contar os anos, enquanto essa celebração ao capeta não é abolida de vez do seio da pátria. 

Viva ao Imperador! Quem quiser seguir meu exemplo, que me siga.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Um explicação mais simplificada do artigo anterior


1) Numa relação entre um brasileiro e português, a relação lembra a de um parente. É uma forasteria próxima.

2) Numa relação com povos de língua semelhante, a relação lembra vizinhança, tal como há entre brasileiros e argentinos. Mas a vizinhança não quer dizer, necessariamente, contigüidade geográfica, tal como vemos entre os brasileiros e italianos.

3) Numa relação de povos de cultura não assemelhada, Cristo se faz necessário. O que liga um brasileiro a um polonês é a pátria no céu. Por isso é uma estrangeria próxima. Lembra a relação com os paroquianos, com os concidadãos, na cidade de Deus - ou a dos compatriotas, se a pátria mesmo estiver conforme o todo.

4) Numa relação entre cristãos e muçulmanos, o que há é a relação entre indígenas e alienígenas. Aqui Cristo deve se fazer presente e o Estado laico deve servir de meio, de tal modo a que haja o diálogo entre as culturas. Só através do ecumenismo, em que os judeus e os muçulmanos são convertidos e tomados parte da Igreja de Cristo, que eles passam a ser nacionais, pois amarão a pátria de Cristo como o seu lar.


Esta explicação decorre do meu artigo em que mostro como se deve tomar o país como um lar, a partir do conhecimento da genealogia das nações: http://adf.ly/k8rk8

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Como se estuda a noção de se tomar um país como um lar? Um ensaio sobre a genealogia das nações

1) Conservadorismo e nacionismo são conceitos muito próximos. E não se misturam com conservantismo e nacionalismo. É que nem água e óleo - eles não se misturam.

2) Quando esses 4 conceitos estão bem fundamentados na mente, todo o processo revolucionário, fundado na mentira sistemática, desaba.

3) Não é algo difícil de entender, desde que a pessoa estude de modo holístico e em conformidade com o todo que vem de Deus, já que a verdade é o fundamento da liberdade.

4) Para se conhecer a História de Moçambique e compará-la com a nossa, por exemplo, devemos adotar a mesma coisa quando analisamos os graus de parentesco, de modo a saber se alguém é ou não parente nosso: subimos até o parente comum e depois descemos. Precisamos subir até Portugal e depois descer, tal como se dá na genealogia.

5) Ao estudarmos a história do Brasil, necessariamente precisamos subir até Portugal, em 1139, e ir descendo, de 1500 em diante, quando as nossas circunstâncias, enquanto sociedade, surgem para o mundo civilizado.

6) Quando se abole a tradição, a noção de família também é abolida. E o positivismo, no macro, foi uma abolição sistemática da família da qual fazemos parte, enquanto nação.

7) O marxismo, com o seu materialismo histórico e dialético, completa esse processo no micro.

Notas conceituais:

Conservadorismo (conservar a dor de Cristo, pois é da Cruz que decorre a nossa liberdade)

Nacionismo (tomar o país como um lar - e o lar se estabelece na paz de Cristo)

Conservantismo (conservar aquilo que é conveniente, ainda que dissociado da verdade. Jesus é o caminho, a verdade e a vida - e isso é ignorado deliberadamente)

Nacionalismo (tomar o país como se fosse religião onde tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele a ponto de estarmos de costas para o que Deus estabeleceu para nós)


Para se entender a explicação mais claramente, segue um artigo complementar: http://adf.ly/kDQ67

A origem comum e a normal de um povo são coisas diferentes. Você encontrará uma boa explicação aqui. http://adf.ly/qrP9L

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de abril de 2014 (data da postagem original).

Nota sobre o problema do auto-interesse

1) O grande cerne da questão em Adam Smith é o problema da edificação da ordem social a partir do auto-interesse - este é o paradigma civilizacional com o qual lidamos. É no auto-interesse que está o problema do dinheiro transformado em Deus. Isso decorre de sabedoria humana dissociada de sabedoria divina. E para Deus, segundo São Paulo, isso é insensatez.

2) O interessante é que o socialismo nada mais é do que o egoísmo humano transformado em tirania, pois o outro, em sua essência, nunca será observado. O socialismo não anula o auto-interesse - na verdade, ele se alimenta dele e do pecado capital da inveja. É egoísmo sistemático, qualificado.

3) Quando se esbanja ou se diviniza o dinheiro, é natural que isso seja chamariz de ladrão. Se isso ocorre nos indivíduos, no micro, a mesma coisa ocorre no macro. E a ordem do ladrão ditando as regras do jogo é gangsterismo, um tipo de socialismo. O socialismo é gangsterismo + controle do poder legal de se ditar regras jurídicas + negação de Deus como referencial, como fonte da verdade, do certo e do errado.

4) Não é à toa que quando se ama sistematicamente mais o dinheiro do que o outro o produto final sempre será o socialismo. O que é o materialismo senão o amor demasiado ao si, de tal modo que se chega a negligenciar o outro? Isso desagrada ao Pai eterno, pois é um tipo de paganismo sendo retomado.

5) E o que é o paganismo sistemático, senão tomar o líder como um Deus vivo?

6) Certo estava Bento XVI, ao dizer que precisamos retomar ao que os primeiros cristãos fizeram. Foi desse modo que o paganismo acabou em Roma.

Estas são as reflexões de hoje.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de abril de 2014 (data da postagem original).

Postagem complementar:

Ensinamento de Cristo de que não devemos amar a Deus e ao dinheiro ao mesmo tempo:  

Sobre a verdadeira missão civilizatória que aqui se impõe

A verdadeira missão civilizatória que se impõe em nosso tempo e lugar, muito maior que a de "desnazificar" uma obediente e chocada Alemanha de 1946, é a de recristianizar um anárquico e moroso Brasil de 2014.

Despetizar o país é passo necessário nessa empresa. Necessário, dizemos, mas ínfimo. Sobretudo porque não existe projeto de poder realmente oposto ao desenho petista para a nação. Isso implica que, vença quem vença o teatro de Outubro, suba lá quem queira subir a rampa planaltina após o réveillon, todas as hierarquias, anti-hierarquias, burocracias, organogramas, meios e materiais seguirão exatamente onde e como ora se encontram. Na forma consagrada pela sabedoria popular: mudam as moscas, mas...

(Leonardo Faccioni)

Um conto realista no país do faz-de-conta


Certa vez, alguém proferiu esta lamentação:

_ Queria conhecer as belezas do Rio de Janeiro, mas, com essa violência toda, a gente fica proibido de conhecer a nossa cidade

E a minha resposta foi esta:

_ Quando falo que é preciso se derrubar a república e restaurar a monarquia, de modo a que tenhamos um governo sério e conforme o todo (e olha que digo isso fundado em fatos, pois estudo a história do Brasil faz muitos anos), ninguém me ouve e ainda ficam de gracinha, como se estivesse a dizer uma grande asneira.

Um silêncio sepulcral domina o cenário. Tempo para uma reflexão? Seria maravilhoso se tivéssemos gente sensata a refletir sobre tudo o que falo. Mas garanto que a mesma idiotia será repetida no dia seguinte - ou, quem sabe, na hora seguinte após aquilo que falei.

Este é o (dissimulado) país em que estou a viver. Nada vai sobrar desta sociedade que toma o vício como se fosse virtude. Por isso que me declaro pseikone e não brasileiro; a nacionalidade, infelizmente, se autodeclarou viciosa, conforme os termos da Constituição republicana, mais uma entre tantas. Eu posso ter nascido no território brasileiro, mas quero viver conforme o todo e conforme os valores de Cristo. Se eu não for virtuoso e não me der ao menos a chance de conhecer a verdade, como vou me libertar dos vícios que estão enraizados nesta terra há gerações? Se eu não for virtuoso, como posso me declarar brasileiro? Detesto dizer isso, mas a má consciência é a causa suprema da apatria. Infelizmente, a maioria da população nasceu apátrida e cresceu em ritmo africano.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Sobre a insensatez dos que reivindicam salário mínimo


01) O presente artigo, que está em espanhol, fala sobre a insensatez de quem busca ver o Estado como um paizão protetor e que fica a pedir salário mínimo junto aos seus representantes eleitos, no Congresso. É fácil demais negociar, quando se tem uma arma na mão: a lei e os deputados socialistas. Isso faz dos proletários uns ladrões, tal como são os socialistas.

02) No sentido romano do termo, proletário é aquele que não contribui em nada para a comunidade política a não ser com a sua própria prole, o que dá causa ao inchamento das cidades e à marginalização política. Além de criarem uma geração de mimados acostumados às benesses estatais, não contribuem em nada para uma ordem fundada na caridade e no amor ao próximo. Quase todos esses parasitas são ateus declarados.

03) Como são ateus, são incapazes de pedir aquilo que não se vê: a justiça no âmbito das relações do trabalho, fundada em Cristo Jesus. E a justiça decorre de boas leis que estão em conformidade com o todo estabelecido por Deus. Se fossem sensatos, saberiam que a verdadeira justiça no trabalho se funda na proteção à cordialidade e à pessoalidade, no âmbito das relações de emprego. É preciso que haja a amizade entre o patrão e o empregado, de modo a que juntos possam ser sócios e cooperar. É da generosidade e da liberalidade que temos a justa causa da remuneração decorrente do serviço bem prestado - e isso é um fundamento distributista, pois devemos dar a Deus aquilo que é de Deus e ao governo aquilo que é objetivo de um bom governo, isto é, a ordem pública, fundada em boas relações no âmbito privado. Quando tomamos os serviços de nosso irmão, devemos tratá-lo dignamente, já que ele é o nosso espelho, pois ele também foi feito à imagem e semelhança de Deus, como ser humano que ele é.

04)  Liberal, no sentido cristão do termo, não tem nada a ver com liberalismo -  a liberalidade, como já disse, decorre da remuneração generosa, magnânima, fundada no amor ao próximo - isso é um fundamento distributista. As relações de emprego precisam ser menos impessoais, menos verticais e mais humanas, mais horizontais, fundadas na igualdade perante à lei natural, já que somos todos irmãos em Cristo, apesar da diferença de nossos dons e circunstâncias. Só assim é que se evitam os abusos, os arbítrios nas relações de emprego.

05) Quando se pede salário mínimo em vez de se pedir a justiça no âmbito no trabalho, o proletário demanda uma drástica intervenção do governo no âmbito nas relações privadas. Ele acaba contribuindo para a construção de uma ordem totalitária, em que o Estado dirige a economia, ditando o que se pode e não pode produzir através da lei, passando a estar de costas para os planos de Deus, fonte de todo o certo e todo o errado nas relações humanas. Além disso, com o salário mínimo sendo fixado em lei, ele acaba gerando inflação, pois lei é força, coação, o que perverte o valor real do trabalho, fundado na produtividade. E a inflação é um imposto indireto que alimenta a máquina estatal, usada para se promover opressão e abuso.  É uma bola de neve.

06) Após essas considerações iniciais, segue o texto: http://adf.ly/jMnQR

Textos relacionados:

Tomar o trabalho como extensão da casa (causa de se tomar o país como um lar): http://adf.ly/jN1PA

O católico deve ser distirbutivista?: http://adf.ly/jN2WF

Considerações sobre a essência de uma Guilda Medieval: http://adf.ly/PJfJo

Da amizade como a base para a comunidade política: http://adf.ly/c8q6A

Distributivismo não é fascismo: http://adf.ly/atr9B

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Conversa sobre financiamento público de campanha




Sara Rozante: José, quero saber sua opinião sobre um tema: o quê acha do financiamento público de campanhas eleitorais/partidárias?

José Octavio Dettmann:

1) O financiamento público decorrerá dos impostos. É imposto eleitoral - praticamente um voto censitário, se levar em conta a seletividade tributária. Já não bastasse o fato de que já somos vistos como um órgão eleitoral, por conta do voto obrigatório, agora o nosso dinheiro será usado para financiar todas essas facções malditas, quase todas esquerdistas.

2) Imagina como fica a situação do católico que é tributado e o dinheiro do imposto que vai pra um partido socialista ou PT da vida? Se não lutarmos contra isso, estaremos todos excomungados.

3) Quando a gente paga imposto, o dinheiro vai pro orçamento. E é do orçamento que virá a verba para o fundo partidário, que será distribuído entre os partidos, com base no número de cadeiras no Congresso. Será puro conservantismo.

4) Eu não iria ficar nem um pouco feliz se o dinheiro do meu imposto fosse pra um PT da vida ficar fazendo campanha mentirosa, de modo a eleger seus asseclas. E detalhe: sou católico e não votaria no PT, por ser anticristão. Se sou forçado a financiar o partido com os meus impostos, posso ser excomungado se deixar por isso mesmo, pois a minha omissão dá liberdade pro PT agir, já que eles terão a grana que virá do meu bolso. Por isso que devemos lutar contra isso tudo.

Sara Rozante: Também acho. Mas o financiamento privado também pode fazer um grande mal, como vemos quase todos os dias nos noticiários. Sinceramente, o único modo que vejo como isso possa melhorar, são os próprios políticos e partidos bancarem suas candidaturas. O quê achas?

José Octavio Dettmann: Estou de pleno acordo.

5) Além disso, a república é essencialmente uma guerra de facções. E o lobby é a principal marca dessa guerra. Por ser uma guerra de facções, os partidos não passam de clubes eleitorais de massa. O PT mesmo é fruto dessa lógica republicana.

6) Os partidos não representam bandeiras, associações de pessoas que trabalham juntas em prol de um bem comum e que fazem o pais ser tomado como um lar. Elas se associam para a tomada do Estado. Não passam de quadrilhas.

7) Essas quadrilhas são partidos socialistas, em quase sua totalidade. E há os que fazem de causas como o trabalhismo ou o ambientalismo trampolim para se praticar mais socialismo. Até mesmo a própria Igreja Católica serve de trampolim, tal como ocorre com aquele safado do Chalita, por exemplo.

8) Eu considero o pluripartidarismo legítimo, mas existem apenas 4 movimentos que são historicamente legítimos, por conta das circunstâncias: um partido brasileiro, que vise a manutenção da independência do Brasil; um partido português, que vise a reconciliação do Brasil com Portugal, de modo a se restaurar o Reino Unido; um partido que busque desenvolver economicamente o povo sem cair no progressismo barato e um partido que lute pelo bem-estar dos trabalhadores, sem cair no socialismo barato.

9) Além da dicotomia capital e trabalho que precisa ser equacionada numa concórdia de classes, o grande x da questão e que decorre da nossa formação sempre será a existência de um partido que defenda a manutenção da independência do Brasil e um partido que vise a reconciliação com Portugal e a restauração do Reino Unido. Haverá partido republicano, tal como havia, mas sem positivismo ou esquerdismo - e só será aceito se estiver conforme o todo.

10) O que importa é que Cristo seja o norte da política e que os partidos colaborem uns com os outros. Eles não podem ser facções que brigam pelo poder. Se houver isso, um poder moderador se fará necessário, de modo a se evitar isso.

Comentários sobre a crise espiritual brasileira e sobre a necessidade de se estabelecer uma estratégia cultural de modo a se restaurar a monarquia


1) Tempos atrás, numa cidade do interior de SP, fizeram perguntas em concurso público sobre o BBB. Eram perguntas sobre conhecimentos gerais - se besteirol é considerado conhecimento geral, então o país está lascado. Na época, estudava pra concurso público. Como sei que está a maior putaria, estou me preparando para a vida no claustro dos mosteiros agora. Ser imbecil não é a minha vocação, definitivamente.
2) Como bem disseram, o problema deste país é espiritual. E resolvê-lo é para onde as melhores mentes deveriam estar agora, em vez de se perderem numa faculdade pública ou se corrompendo inutilmente por uma vaga no concurso público.
3) Para se reverter esse quadro e restaurar a aliança entre o altar e o trono, é bom que se comece pelo começo, pelo básico, pelo micro: mandando as melhores mentes para servir a Deus e não para o governo. E é isso que estou fazendo.
4) O segundo passo: pescar almas. Mesmo que seja sensato não se meter em coisas republicanas, um partido monarquista é necessário, de modo a que se vença a batalha cultural de modo a se quebrar a hegemonia cultural republicana, que dá causa à bestialização do povo brasileiro. É com ações culturais que se constrói um eleitorado. E com eleitorado suficiente teremos cadeiras no congresso.
5) Da pesca de almas, temos o financiamento da campanha: as pessoas se quotizam e elegem seus representantes, observando as peculiaridades locais de seus estados. É estabelecendo alianças, lealdades pessoais - na idéia de que as pessoas devem amar e rejeitar as mesmas coisas, no sentido objetivo do termo - que aí teremos militantes dispostos a dar a vida pela causa da restauração da monarquia, já que isso é conservar a dor de Cristo, que morreu por todos nós na cruz - e que eu saiba, não há conservadorismo sem martírio, assim como não há conservadorismo sem ortodoxia. Os príncipes, os maiores interessados, já estão atuando nesta direção, seja ajudando aos necessitados das tragédias da região serrana fluminense ou proferindo palestras em todos os cantos do país. A causa monárquica se mede pelo tempo da eternidade e não pelo tempo do populismo ou pelo sensacionalismo eleitoral, fundado num salvacionismo, numa pretensa sabedoria humana dissociada da divina. Esse é um processo invisível, que vai se tornando visível aos locais - gradual, tal qual a água que se torna vapor através da ebulição.
6) Embora seja fato notório que a república caia naturalmente pelo peso de suas próprias contradições, a ação cultural é necessária de modo a que o povo tenha consciência de que esse mal só se resolve aclamando D. Luiz como Imperador do Brasil e isso é incontornável - pois o conservantismo desta ordem nefasta tem se mantido tal como está somente através de gastos milionários em atividade marketeira e vai haver um ponto onde isso será insustentável, pois o socialismo vai durar enquanto durar o dinheiro dos outros.
7) Não podemos negligenciar o fato de que a república usa aparelhos ideológicos de Estado como o MEC pra falar mal da monarquia, de modo destruir a identidade da pátria - e um contra-ataque se faz necessário, neste aspecto. É neste ponto que os monarquistas devem atuar.
8) Se aplicarmos um monarquismo cultural, aí a restauração terá mais força.

terça-feira, 8 de abril de 2014

O Minarquismo deriva do malminorismo - por isso, anticristão


Pergunta da Katia Santamaria: Dettmann, O que você sabe sobre os minarquistas? E qual a relação deles com o conservadorismo? Ela existe?

Resposta: 

1) O minarquista segue a linha do liberal: para eles, o Estado, por si, é o problema. Eles seguem a linha dos liberais (no sentido revolucionário do termo): eles vêem o governo como um mal necessário, um mal menor e nunca como um remédio de modo a se reprimir o mal e servir ordem, de modo a sociedade esteja em conformidade com o todo. 

2) Os minarquistas tendem a ver o estado a partir de um contrato social, em que os homens concedem a uma autoridade o poder de reger a todos os demais, conforme as conveniências e circunstâncias do poder. Isso tende a gerar abuso, partindo dessa abstração.

3) Os minarquistas estão a meio caminho de serem anarquistas e libertários. Seguem a linha jeffersoniana. Como todo liberal, eles aderem à idéia do malminorismo, que é profundamente anticristã. São por essência pragmáticos.

4) Ignoram os benefícios da segurança que o Estado pode oferecer, quando se está em conformidade com o todo estabelecido pela lei divina. Eles, por serem pragmáticos, separam o Estado da Igreja. São racionalistas na essência. 

5) Embora a idéia de intervenção mínima seja em si boa e necessária, o sentido da intervenção mínima se torna operacional e prático a partir do momento em que o governo se compromete a não trair as fundações lógicas que fazem um determinado país ser tomado como um lar: e esse fundamento está em Cristo Jesus. É da liberdade em Cristo que o governo surge como um subsídio de modo a se servir ordem, de modo a surgir a confiança nas instituições, a autoridade dos governantes e estabilidade política necessária de modo a que um país seja próspero e seguro, do ponto de vista da ordem pública.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

O grande problema do Brasil - o verdadeiro lugar de Cabral em nossa História


1) O grande problema no caso brasileiro surge a partir de 1500. Cabral deve ser tomado como ponto de partida ou de continuidade?

2) Se for tomado como ponto de partida, de algo nascido a partir do zero, então quem pensa assim parte do pressuposto de que todo o legado que herdamos de Portugal e da civilização cristã deve ser necessariamente desprezado. E é do desprezo desses valores cristãos, que decorreu da república, que veio a nossa maior tragédia. Conforme o processo foi se avançando, mais fundo no poço fomos. Caímos num ciclo completo de estupidez coletiva, que começou em 1964, passou por 1988, 1994, 2002 e que se completou em 2014, com a marcha da família com Deus e pela liberdade. Um ciclo imbecilizante de 50 anos.

3) Para se romper com isso, se admitimos como sendo nossa verdade o fato de que conservamos a dor de Cristo como a base sob a qual se edificou a nossa pátria, Cabral deve ser visto como um ponto de continuidade de algo muito mais profundo. Tudo começou por volta de 1139, na batalha de Ourique, quando Cristo Crucificado apareceu para el-Rei D. Afonso Henriques, nosso primeiro rei, pois ele fundou o Reino de Portugal, após vencer os muçulmanos. E essa vitória foi um milagre atribuído ao Santíssimo.

4) Cristo mesmo disse que Portugal serviria à glória d'Ele em terras distantes, sobretudo esta. E enquanto bem servisse a Cristo, Portugal sempre venceria, assim como todos os que herdassem essa missão. É daqui que está o sentido de se tomar a pátria como um lar: isso parte desta missão. O Estado Português é construído de modo a casar a soberania nacional com a missão universal de servir à causa de Cristo. É assim que começam As Grandes Navegações.

5) O nosso Estado começa como um desdobramento dessa missão. Pensar o Estado brasileiro, a forma de organizar o governo brasileiro, destituído dessa missão, só vai resultar em tirania e abuso. Pois a sabedoria humana, separada da divina, é maligna. Basta ver que a república toda é baseada no libertarismo anticristão da maçonaria. O Olavo, neste ponto, é muito falho, onde pude perceber. Penso seriamente, quando tiver mais tempo, em ouvir o curso de teoria do Estado dele e conjugar com essas investigações que estou a conduzir.

Nacionidade, Nacionalidade e o problema da tomada do poder pela maçonaria


1) Essa distinção que apontei entre nacionidade e nacionalidade é muito importante, sobretudo quando se trata do problema da maçonaria.

2) Quando ela toma o poder, ela quer moldar o mundo à sua imagem e semelhança, fundada na sabedoria humana e nas forças ocultistas. Eles por natureza são libertaristas, são anticatólicos e querem uma ordem livre em que as pessoas sejam livres de modo a buscar o próprio interesse. É isso que acontece aqui desde 1889.

3) Desnecessário dizer que eles fomentam um Estado tomado como religião e um amor à pátria pervertido numa religião de Estado, gnóstica e imanente.

4) Eis aqui uma declaração do Olavo que merece atenção: http://adf.ly/iQbLG

5) Olavo pensa que a maçonaria salvou o Brasil em 1964 - na verdade, prorrogou a agonia da pátria, desde o fatídico golpe de 1889. O que ocorre é o que chamo de distanásia política.

6) A República, por ser antinatural, já deu tudo o que tinha de dar. É mais sensato e mais lógico restaurar a monarquia, de modo a se restaurar aquele sentido da pátria que se fundou em Ourique.

7) Os que declaram que a monarquia está morta são pessoas que não têm o cuidado de estudar o sentido da pátria e conservar a verdade em Cristo, fundamento da liberdade. Por não terem esse cuidado, eles conservarão o que for conveniente, ainda que dissociado da verdade. Essa má consciência é que perpetua a miséria espiritual que há nesta pátria.

8) Não basta só derrotar o PT e o famigerado Foro de São Paulo - o problema é bem mais sério. É necessário também expulsar da pátria a maldita maçonaria. Separar a Igreja do Governo que cuida do bem comum, a pátria, fez com que ela se esvaziasse de seu sentido histórico e fundacional - a noção de país tomado como um lar passou a se confundir com país tomado como se religião fosse, desde que houve o famigerado Golpe Republicano que pôs fim à monarquia. O modernismo imbecilizou ao povo inteiro. Falsas tradições foram forjadas por esses positivistas criminosos.

9) A aliança entre o altar e o trono foi edificada em Ourique, por Cristo - e isso é essencialmente constitucional e não pode ser revogado. O governo de Portugal e o nosso, por tradição, se organizaram de modo a que a glória nacional se alimentasse no sentido de se servir à glória universal de Cristo. Essa aliança é que faz com que nosso país seja tomado como um lar, pois é na liberdade em Cristo o sentido de nossa liberdade. Não há outro caminho.