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domingo, 8 de janeiro de 2023

O governo Sarney e a morte do generalato (notas sobre os comentários de Alfredo Bessow)

1) Segundo Alfredo Bessow, do Canal de Brasília, a meritocracia nas Forças Armadas vai até o posto de Coronel.

2) O começo da morte do generalato, enquanto primeiros dentre seus pares - príncipes das forças armadas -, aconteceu durante o governo Sarney, por conta da sua famosa política do "é dando que se recebe". Quem tinha ambição por méritos puramente humanos ao generalato acabou tendo de fazer pacto com o diabo de modo a conseguir o que se consegue. Dessa forma, isso matou o senso de nobreza que havia nos altos postos da hierarquia militar, a ponto de estes se tornarem uma classe tão ociosa quanto os políticos.

3) Como bem apontaram Hannah Arendt e Thostein Veblen, quando uma parte da sociedade desfruta de privilégios sociais injustos, fora do que se funda na meritocracia, nos méritos do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, isso inspira as grandes revoltas populares e até mesmo mudanças sociais, a ponto de se criar um novo modelo de Exército que melhor condiga com os valores cristãos da Terra de Santa Cruz,  uma vez que esses privilégios injustos, nas mãos de uma classe ilegítima e ociosa, não mostram sua função social na sociedade, a ponto de serem improdutivos - e a cobrança de tributos de modo a custear o que é improdutivo e ilegítimo torna-se usura, como bem definiu Hilaire Beloc, em seu livro O Estado Servil.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 08 de janeiro de 2023 (data da postagem original).

domingo, 11 de dezembro de 2022

Quão danosa é uma classe ociosa? Comentários às obras de Thosrtein Veblen e Hannah Arendt

1) Há uma tese presente nas obras de Thorstein Veblen e Hannah Arendt que a história tratou de provar: não são os privilégios injustos que uma parte da sociedade desfruta que inspira as grandes revoltas populares e mudanças sociais, mas os privilégios injustos nas mãos de uma classe que não mostrou sua função na sociedade.

2) Uma determinada classe provida de privilégios exclusivos tem que provar sua função social, mesmo que tal seja meramente simbólica. E se tal função não se mostrar clara aos olhos do povo, esta classe, cedo ou tarde, ela será destruída.

Erikson Ferreira

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