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domingo, 10 de julho de 2022

Notas sobre a relação entre patriotismo constitucional e o conceito de comunidades imaginadas, enquanto receptáculos dos projetos maçônicos de poder

1) Um pouco antes de terminar as aulas de Direito Constitucional com o professor José Ribas Vieira, quando estava fazendo graduação na UFF, no início dos anos 2000, ele havia falado à minha turma que havia constitucionalistas alemães estavam falando em "patriotismo constitucional".

2) Tempos mais tarde, quando fui estudar a teoria da nacionidade, percebi que esse "patriotismo constitucional" tem relação com a arte de se imaginar e construir qualquer comunidade onde qualquer utopia possa ser realizada. Nela, a idéia de nação e de socialismo se tornam uma coisa só a ponto de tudo estar no Estado e nada estar fora dele ou contra ele. E isso é certamente nazi-fascismo. 

3.1) Quando digo que nacionalismo é furada, é por conta disso: por conta desse socialismo de nação. Mancini viabilizou o sonho de Maquiavel de uma Itália unificada e Mussolini foi o homem forte que habitou o edifício teórico já construído. Tudo isso pavimentou o caminho para as idéias de Gramsci, em seus cadernos escritos no cárcere.

3.2) Em torno da mentira de que o Brasil foi colônia de Portugal, o Brasil foi separado de Portugal e toda uma comunidade foi imaginada de modo que toda e qualquer utopia pudesse ser realizada, a ponto de se ter a pretensão de ser o império dos impérios do mundo, o grande laboratório exportador das experiências revolucionárias do mundo inteiro. Isto explica o nacionalismo ufanista dos militares (mal sabem eles que esse império, que se transmutou nesta república maldita, perecerá, pois isso não é de Cristo).

3.3) E antes que me acusem de fake news, leiam o manifesto do Grão-Brasil, que está sendo vendido pelo IMUB. O professor Loryel Rocha tem se dedicado muito a este tema. Escutem o que ele tem a dizer neste ponto. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de julho de 2022 (data da postagem original).