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domingo, 5 de fevereiro de 2023

Notas sobre as duas faces do voto secreto: o caso das eleições para a presidência do Senado (continuação das reflexões que desenvolvi ao longo dos anos anteriores)

1) Além de mascararem os motivos determinantes de uma escolha, o voto secreto protege as intenções de quem vota conservando o que é conveniente e dissociado da verdade.

2) Neste sentido, o voto secreto se torna uma faca de dois gumes: se por um lado ele protege as pessoas da coação e da violência política, a ponto de ser uma das bandeiras do liberalismo político, ela abre a porta para o assassinato do futuro da nação, por outro - o que faz da câmara de votação uma sucursal da Planned Parenthood, pois isto selará o destino dos que ainda não nasceram, o que mata o senso de conformidade com o Todo que vem de Deus de um povo.

3) Se este tipo de coisa aconteceu nas eleições para presidente do Senado, imagina entre os que estão em meio a nós e que se encontram na base da pirâmide, que é o lugar onde fica o povo, que é, segundo a Constituição, o titular do poder constituinte?

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 05 de fevereiro de 2023 (data da postagem original).

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quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Por que o voto secreto oculta os motivos determinantes de um voto, de modo a misturar o certo com o errado?

1) Numa sociedade onde a quantidade de votos conta mais do que a fundamentação, a carga simbólica de um voto revela um motivo determinante oculto, coisa que só os mais esclarecidos podem ver.

2) Esse motivo determinante invisível precisa ser visto. É provável que esse motivo determinante seja fundado na dor de Cristo ou no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. E quando estudamos esses motivos determinantes ocultos, o joio é separado do trigo, dado que é um trabalho de inteligência, o que faz da política uma verdadeira ciência.

3.1) Se a fundamentação dos votos fosse possível, seria patente para todos saber quais seriam os verdadeiros motivos determinantes que norteariam a eleição de um candidato em vez de outro.

3.2) Esse motivo não seria determinante por força da quantidade de votos, mas pelo que ele diz sobre aquilo que o político é - ou pelo que ele fez ao fim de seu mandato. E é por força da realidade desse político, pelo que é por conta de seu caráter ou pelo que fez de bom no seu mandato anterior, que ficaria claro saber quais são os termos do mandato que ele recebe para a próxima legislatura.

3.3) E este político não pode passar por cima dos motivos determinantes reais, o que daria o direito aos eleitores que apontaram os motivos determinantes corretos de fazer o recall do mandato e escolher outro no lugar, uma vez que o princípio da não-traição estaria sendo observado.

4) Se houvesse uma cultura de fundamentação dos votos, a política seria racional. E sendo a política racional, os votos seriam abertos e não secretos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 3 de agosto de 2017. (data da postagem original).