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terça-feira, 9 de novembro de 2021

Do troglodita ao revolucionário - notas sobre a escala da evolução anticivilizatória

1) Em grego, troglodita é o que vive em buracos, a exemplo dos homens das cavernas. Quando são postos no governo, eles fomentam crises econômicas e sociais de modo que todos vivam no mesmo buraco de onde eles vieram. Eles medem as coisas pela sua própria estupidez e pelo tamanho do buraco de onde vieram. São os primeiros revolucionários.

2.1) Num episódio do Chaves, Seu Madruga confundiu a figura do troglodita com a figura do poliglota, com a daquele que fala várias línguas. 

2.2) O troglodita não aprende uma língua ou uma cultura, mas diferentes estratégias de guerrilha em cada buraco que vive (ou que convive, pois cada buraco é composto de gente da mesma laia que ele). E ele já freqüentou vários buracos que já se tornou um bárbaro, a exemplo de seus primos, os vândalos, que saquearam Roma no passado.

3.1) Quando adquire cultura, o troglodita só conserva o que é conveniente e dissociado da verdade e ele é obstinado nisso, a ponto de fazer disso tradição. 

3.2) Essa tradição de conservar o que é o conveniente e dissociado da verdade, a ponto de estar constantemente à esquerda do Divino Pai Eterno, faz dele um revolucionário, um ser que protesta sem razão contra todas as criadas tais quais elas são, a ponto de se tornar um heresiarca.

3.3) A cultura revolucionária é o ápice da realização do espírito troglodita, enquanto projeto anticivilizatório. Se para esses demônios a ordem emerge do caos, então eles medem as coisas pelas profundezas do buraco de onde vieram - no caso, as profundezas do inferno.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 09 de novembro de 2021 (data da postagem original).