1.1) Quando conservamos o que é conveniente e sensato a ponto de vermos a dor d'Aquele que morreu por nós na cruz, com o passar do tempo nós atualizamos as tradições a ponto de renovarmos o sentido de todas as coisas, pois a verdade é o fundamento da liberdade, ao passo que o desenvolvimento é a expressão dessa liberdade pautada nessa verdade, já que Cristo é o caminho, a verdade e a vida. A atualização constante dessa tradição fundada nesse princípio leva ao conhecimento em outras áreas, a ponto de gerar progresso civilizatório e moral, já que o progresso são os cômodos da coisa conservada desse modo.
1.2) Por esse motivo, o conservantismo sensato leva ao conservadorismo, que por sua vez se desdobra em tradicionalismo - a humilde casa de palha evolui para uma casa de madeira para só então se tornar uma casa de pedra nos méritos de Cristo, mais ou menos como aconteceu com a Polônia - ela saiu de um povo eslavo pagão para um dos povos mais fiéis à fé católica - o que levou séculos para isso acontecer, até chegar a esse estado de arte. É daí que vem o progresso civilizatório e moral.
2.1) Quando conservamos o que é conveniente e dissociado da verdade, coisa que remonta ao animal que mente kantiano, todo o progresso é fundado nessa vil tradição que edifica liberdade com fins vazios, uma vez que o homem não deseja servir ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, mas a si mesmo. A atualização constante dessa vil tradição se torna aggiornamento revolucionário e vai contaminando tudo de modo que as coisas percam sua beleza e sua utilidade - e com ela seu sentido, sua razão de existir.
2.2) Eis o nefasto progressismo, pois o diabo gosta do que é feio e disforme.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 02 de julho de 2022 (data da postagem original).