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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

A verdade sobre o instituto da prescrição penal

1.1) Ainda que haja ruínas por força dos crimes prescritos, as chamas invisíveis ainda ardem, pois Deus mantém essas chamas acesas de modo que não nos esqueçamos do mal cometido.

1.2) E quanto mais disseminada a idéia na sociedade de que essa chama invisível permanece acesa por conta de Deus, maior a necessidade de o Direito proteger essa cultura, a ponto de os crimes serem imprescritíveis, dado que um dano contra um ser humano que vive em conformidade com o Todo que vem de Deus é um crime contra Deus. E isso não é pan-penalismo, mas observação mais fiel da lei eterna, de tal maneira que a lei positiva imite a lei natural naquilo que há de mais virtuoso.

2.1) Quando um crime fica impune por conta da ação do tempo, isso quer dizer que a justiça do homens perdoou, esqueceu. Ora, quem deu ao homem, tomado como a medida de todas as coisas, e ao Estado tomado como se fosse religião a prerrogativa de perdoar, se isso é próprio de Deus?

2.2) O sentido da prescrição é a impunidade, pois os poderosos contam com a ignorância de um povo descristianizado de modo a fazerem suas maracutaias e saírem impunes. E o Estado tomado como se fosse religião é quem pavimenta este tipo de contracultura anticristã, revolucionária.

2.3.1) Vejam o caso da corrupção: há labaredas que só podem ser vistas pelos mais sensatos de nossa sociedade, por conta da enorme quantidade de casos que já prescreveram.

2.3.2) Alguns autores desta prática delituosa já faleceram e a obrigação de reparar o dano, e a conseqüente proscrição da vida pública, só podem ser exigidas dos herdeiros do dinheiro desviado - por conta disso, a pena passa da pessoa do condenado. E neste ponto a Constituição de 1988 é inconstitucional, por estar fora da lei eterna, da conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.3.3) Se os constituintes invocaram tal proteção para elaborá-la, então tal invocação foi só ideológica, insincera e voltada para o nada, dado que estes conservaram o que é conveniente e dissociado da verdade - este estado de coisas que decorre da secessão do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, a ponto de o Brasil de ficar de costas ao projeto civilizacional que decorre de Ourique, do qual é herdeiro.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 2018.

Notas sobre a compaixão

1) Em Direito, costumamos dizer que o flagrante é quando vemos que as coisas estão a falar por si mesmas, pois o crime cometido recentemente é como um incêndio está a arder de maneira evidente a todos, pedindo para este ser apagado e ter seus danos reparados.

2) Quando Cristo foi crucificado, a injustiça de sua condenação ardeu de maneira flagrante um dia. Hoje em dia, essa chama só pode ser vista por quem tem olhos capazes de ver o que não pode ser visto: a chama invisível, que permanece acesa.

3) Quando percebemos a fumaça da boa razão, ela é como o metanol - essa chama é invisível. E ao contrário do metanol, em que sentimos as queimaduras, a dor de Cristo só pode ser percebida se sentimos a dor junto com Ele na Cruz. Por isso mesmo, desenvolver a compaixão é desenvolver a sensibilidade para coisas que não podemos ver e que não estão neste mundo sensível, mas no inteligível.

4) Se a sensatez é o órgão da alma, da inteligência que detecta a fumaça da boa razão, então a compaixão é a o aprimoramento da capacidade de sentir a dor, de modo que possamos sentir a dor do outro, coisa que você não pode sentir fisicamente, mas que é fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

5) Se houvesse uma cultura de compaixão, ainda que a chama dos crimes já tivesse reduzido tudo a ruínas e escombros, a chamada invisível decorrente do cometimento do crime seria conhecida, pois todos saberiam que ela existe e que não pode ser desprezada, por estar eternamente acesa, a ponto de não prescrever. E ela só pode ser conhecida de maneira mediata, por meio da memória histórica, pois fatos que não são esquecidos não passam impunes. E essa consciência, portanto, que precisa ser semeada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 2018.

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Comentários a um caso que houve na Inglaterra

1) Na Inglaterra, um juiz não puniu um pedófilo muçulmano por conta de sua religião não ensinar que estuprar crianças é errado (http://yournewswire.com/judge-muslim-pedophile-prison/). Isso em direito se chama erro de proibição.

2) Se trouxermos este caso para a realidade jurídica brasileira, este mecanismo está na parte geral do Código Penal, que foi reformada em 1984. Na época em que esse Código foi feito, havia a clara referência aos silvícolas, que eram considerados incapazes por conta de sua selvageria e que precisariam ser tutelados de modo a serem assimilados à civilização do país, por força do Código Civil de 1916. Os sílvicolas eram condenados formalmente, mas a execução da pena, em termos de efeitos práticos, ficava suspensa, pois o efeito pedagógico da pena acabava se tornando inócuo, dado que essas pessoas não conheciam a verdade fundada no fato de se conservar a dor de Cristo, o verdadeiro fundamento do certo e do errado.

3) Ora, os muçulmanos não se enquadram na categoria de incapazes. Aos olhos dos historiadores, eles são considerados uma civilização. Como são anticristãos, então eles adotarão práticas contrárias à civilização cristã, fazendo do erro de proibição um álibi perfeito para saírem ilesos de uma condenação. Por isso mesmo, o erro de proibição sobre eles não incide.

4.1) Quem se vale da própria torpeza do erro de proibição são os advogados militantes da causa multiculturalista, pagos regiamente por Soros e que ficam a buscar brechas na lei de modo a suscitar uma jurisprudência feita ao arrepio da lei da boa razão.

4.2) Como cada um tem direito à verdade que quiser e como não existe verdade entre nós, por conta de Deus estar morto, então o islâmico é equiparado ao índio. Por outro lado, em termos de capacidade eleitoral, eles são plenamente capazes, tal como são os maiores de 16 e os menores de 18 anos. Enfim, é a coisa mais diabólica que há.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 2018.

A fumaça da boa razão move a sensatez

1) Quando a pessoa não conhece a verdade, ela conserva o que é conveniente. E a sensatez - o motivo determinante para se conservar algo bom e que mais tarde revela a quem o conserva os planos de Deus - é o órgão da inteligência capaz de detectar a fumaça de boa razão, uma vez que o Direito Natural decorre da lei da boa razão ditada por Deus desde o advento da criação.

2.1) O papa Leão XIII definiu capital como o fruto do trabalho acumulado ao longo do tempo.

2.2) Como o trabalho acumulado leva à capitalização, então temos capitalização moral, uma vez que isso decorre do fato de que esse órgão da inteligência está a trabalhar sistematicamente a ponto de conservar o que é conveniente e sensato até descobrir a dor de Cristo desde o calvário, pois está progredindo na fé constantemente, a pont ampliar a sensibilidade de alguém de modo a sentir a dor dos outros, amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

3) Assim como há a verossimilhança no direito positivo por conta da fumaça de bom direito, há também essa verossimilhança no Direito Natural por conta da fumaça da boa razão, uma vez que a lei natural é uma lei não escrita, pois está gravada no coração de cada indivíduo que tem Deus no coração de modo a viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, integrando a criatura a seu Criador.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 2018.

Matérias relacionadas:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2018/02/notas-sobre-compaixao.html

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Notas a respeito da sinuosidade que aponto nos meus artigos acerca do conservadorismo

1) O padre José Eduardo me apontou o seguinte problema com aquilo que falo nos meus artigos: que os pensamentos são um tanto sinuosos.

2.1) Eu reconheço que ele tem razão, mas não faço isso para enganar ninguém.

2.2) Como segui a dica do professor Olavo de dominar a linguagem, então percebi que essa questão é sinuosa por conta das diferentes nuances da linguagem. Por isso que há diferença gigantescas entre ser liberal em Cristo - no sentido de ser livre em Cristo, por ser a verdade em pessoa e por ser este o modelo perfeito de se viver a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus - e ser libertário, a ponto de querer buscar liberdade fora da liberdade em Cristo e querer impor uma ilusão, uma verdadeira prisão a todas as pessoas, por força do relativismo moral. Da mesma forma, há a diferença entre ser conservador e ser conservantista.

2.3) Escrevi vários artigos nessa direção em meu blog. Isso é objeto de outro livro em que tratarei dessa matéria, especificamente falando.

3.1) É preciso ter uma vida reta, consciência e fé reta - e achar um caminho reto num cenário cultural sinuoso é bem difícil, mas creio não ser impossível.

3.2) A solução para este caso não vem pronta e não é fácil - nem sei se serei capaz de resolver este abacaxi, pois o esquema mental que o mundo discute a respeito de "direita e esquerda", fundado neste mundo, é simplório demais para abarcar essa realidade de coisas que fui capaz de perceber, que tende a ser de outro mundo, de algo que vai muito além do que uma mente simplória é capaz de conceber.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de fevereiro de 2018.

Por que conhecer os motivos determinantes dos preços é importante - notas relativas à praxe de alguns dentistas que conheci

1) É uma praxe muito comum dentre os dentistas repassar no preço do seu trabalho motivos determinantes estranhos à natureza dos serviços prestados.

2.1) Vamos supor por exemplo que um determinado dentista, bom profissional, seja casado com uma patricinha dondoca que gosta de seguir a última moda de Paris.

2.2) Se ela teve um banho de loja recente sustentado pelo marido, então, no final das contas, esse banho de loja será repassado a mim, o consumidor - o que é absurdo, pois isso não tem nada a ver com a natureza do serviço prestado, uma vez que isso é liberdade servida com fins vazios, visto que serei explorado. Isso é a prova cabal de o valor das coisas não é totalmente subjetivo, pois o homem não pode ser tomado com a medida definitiva de todas as coisas.

3.1) É por essa razão que é importante conhecer os motivos determinantes do preço que vai ser cobrado, principalmente de um profissional autônomo. E nesse motivo estão os custos dos materiais, a tecnologia aplicada ao tratamento e o lucro.

3.2) Em se tratando de lucro, é preciso conhecer a formação do prestador de serviço, a experiência do profissional, a qualidade da prestação do serviço e o quão íntegro ele é como pessoa, pois amizades podem decorrer de relação profissional e isso certamente afeta a precificação.

3.3) Isso é o que vai entrar no motivo determinante do lucro. Qualquer coisa estranha a isso é liberdade voltada para o nada - e vai haver espertalhões metidos a sebo que vão querer tabelar os preços da profissão, o que é um tipo de totalitarismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de fevereiro 2018.

Comentários adicionais:

Carlos Cipriano de Aquino:

1) O problema que eu vejo no capitalismo é que eles valorizam o dinheiro em si mesmo e não o trabalho. Daí dão ao dinheiro - sobretudo virtual - um valor que não depende exclusivamente do suor de quem gerou a riqueza.

2) O dinheiro hoje tornou-se algo virtual -  os banqueiros vendem algo que não existe, que é puramente digital.

José Octavio Dettmann: É isso mesmo! Valorizar o dinheiro em si mesmo equipara o dinheiro honesto ao que decorre do crime. Eis porque o liberalismo é intrinsecamente mau.

Carlos Cipriano de Aquino: O liberalismo possui todos os princípios do luciferianismo - conforme conversei com um amigo meu esses dias atrás. O luciferianista não é transcendentalista - na verdade, antropocentrista. O liberalismo é antropocêntrico em  si mesmo.

Carlos Cipriano de Aquino: Eu sou a favor de equilibrar os dois polos: fortalecer o nosso EU, ao passo que nos submetemos voluntariamente a Deus.

José Octavio Dettmann: Exatamente. Uma pessoa só é alguém por força de Deus. Deus é o lastro de todas as coisas

Calors Cipriano de Aquino: A polarização é nociva; se você viver e ser voltado somente para fora, então entra em maus lençóis nesse mundo cheio de gente maliciosa. Acho que Santo Agostinho encontrou esse meio termo entre o fortalecimento do EU e a submissão a Deus.

Notas sobre a importância de se conversar antes de adicionar alguém

1) Acho que vou adotar o seguinte procedimento: como não vejo ninguém conversando comigo antes de me adicionar, tal como eu faço antes de adicionar alguém, então eu vou conversar com todo aquele que queira me adicionar no facebook de modo a descobrir a razão pela qual este me adiciona. Afinal, eu considero solicitação de amizade antes do diálogo um arbítrio - e isso eu não posso aceitar.

2) No caso de uma moça que esteja interessada em mim só porque sou bonito, então a conversa vai para o google hangout, pois lá eu trato de questões não relacionadas ao que faço aqui no facebook, pois é regra de ouro para mim não misturar os contatos. Afinal, esse é um erro muito comum que muitos praticam no mundo virtual - digo isso por experiência própria.

3.1) O lado bom da conversa é que descubro se a pessoa se adequa ou não ao meu perfil. Por norma, eu não adiciono quem não é católico ou quem professa uma religião anticatólica. Além disso, não adiciono liberal, comunista ou quem toma o país como se fosse religião, seja na vertente verde-e-amarela ou mesmo vermelha. Também não adiciono quem defende a monarquia de 1822, que rompeu com aquilo que foi fundado em Ourique - o professor Loryel Rocha mostrou cabalmente que a verdadeira monarquia não é essa, mas a que foi fundada em Ourique por Nosso Senhor Jesus Cristo, que fez de D. Afonso Henriques seu vassalo a ponto de fazer o nobre povo português, do qual somos descendentes, ir ao mar por Cristo e publicar seu Santo Nome entre as nações mais estranhas e distantes.

3.2) Outro lado bom é que desenvolvo a arte de negociar. Por conta da política da troca de favores, vou conhecendo a demanda dos meus pares - e aí vou negociando com os meus contatos. Vou aplicar isso aos novos.

3.3) Outro lado bom também é que previno a entrada de algum eventual infiltrado. Se a pessoa não se adequa ao meu perfil, então ela é simplesmente barrada. Já fui vítima de patrulhamento ideológico antes e vou começar a ficar cada vez de olho nessas coisas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de fevereiro de 2018.

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Notas sobre o apostolado da virilidade e a importância de servi-lo em terras distantes, tal como se deu em Ourique

1) Eu tenho um perfil no facebook em que atuo no combate ao comunismo. Como estou sempre combatendo, eu fico marcando sistematicamente 99 pessoas no meu perfil de facebook.

2) Graças a minha experiência no Twoo, eu posso fazer uma abordagem diferente. Eu posso criar um outro perfil para agir de maneira mais sociável. Eu geralmente escolho mulheres, pois um bom cérebro terá mais liberdade onde houver um bom coração que o escute - e a mulher por natureza é coração. Vou conversando com elas e conquistando-as, no sentido de gostarem da minha pessoa. Vou divulgando meu blog e vou ouvindo as demandas delas - e se puder atendê-las, eu atendo. Farei as conversas todas inbox, em reservado, pois estou lidando com uma alma, em toda a sua peculiaridade.

3) Um bom coração fica feliz se alimentado com uma boa educação proporcionada por um bom cérebro, pois o homem deve ser como um bom professor: protetor e afetuoso. E a um bom senhor, que imita a Cristo enquanto verdadeiro homem, as mulheres adoram bem servir a ele, pois é da natureza da mulher querer ser amada e protegida, enquanto ela cuida da casa.

4) O feminismo avança porque não há bons homens fazendo o seu papel. Se fossem a internet para conversar sobre coisas edificantes, muitos terminariam muito bem casados. Eis o apostolado da virilidade - e esse é um papel que posso fazer muito bem.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 2018.

Relembrando uma coisa que vinha antevendo no tempo da faculdade

1) Quando estava na faculdade, eu já vinha antevendo a possibilidade de conhecer a demanda dos meus contatos por meio da sociabilidade. Enquanto conversava com meu amigo Rodrigo Arantes, eu fui vendo que ele estava precisando de alguns livros e ele me disse: "Se puder, José, compra que eu te pago".

2) No meu tempo livre, visitava a livraria que ficava no Paço Imperial e comprava vários livros liberais para o meu amigo - alguns até mesmo difíceis de serem encontrados, coisa essa que ele me contou mais tarde. Meu amigo me deu um cheque bem generoso por força disso. Na época, eu não tinha poupança - e esse dinheiro foi usado para atender as necessidades da casa.

3.1) Aquilo foi uma prévia do que acabou acontecendo comigo ao longo desses 3 dias, quando decidi lidar com estrangeiras no Twoo. 

3.2) Enfim, levei mais de dez anos para confirmar uma tendência do Projeto Empreendendo nas Letras. Se eu resolver me tornar empreendedor, então eu devo me sociabilizar.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 2018.

Notas sobre sociabilização e sobre a economia fundada em favores

Quando te custar fazer um favor, prestar um serviço a uma pessoa, pensa que é filha de Deus; lembra-te de que o Senhor nos mandou amar-nos uns aos outros. Mais ainda: aprofunda quotidianamente neste preceito evangélico; não fiques na superfície. Tira as conseqüências - é muito fácil - e adapta a tua conduta de cada instante a essas exigências.

São Josemaria Escrivá - Sulco, 727
 1) Desde que passei a dedicar meu tempo a conhecer gente interessante do mundo inteiro no Twoo, e isso faz alguns dias, logo me surgiram oportunidades de prestar serviços a essas pessoas, na forma de favores. Teve uma moça de Camarões que me pediu para eu comprar um celular pra ela, aqui no Brasil - em troca, essa pessoa me pagaria bem por isso.

2) Se o Brasil fosse um lugar seguro, a ponto de ter meu ir e vir respeitado, eu poderia prestar favores a pessoas do mundo inteiro, desde que me peçam. Seria um excelente negócio, pois é melhor ter um amigo na praça do que nada - por conta disso, acabaria me tornando um excelente intermediário entre a demanda, fundada nos favores, e a oferta disponível no Brasil.

3.1) Se eu conseguir ter um relacionamento sério vindo dos EUA, então eu poderia em tese mandar meus livros que compro dos EUA direto para a casa dessa pessoa e convidá-la a passar uns dias na minha casa de modo a receber os livros que comprei. Depois de acolher essa em casa e ter tido excelentes conversas com ela, eu levaria a pessoa amada para conhecer o que há de melhor do Rio de Janeiro e contar toda a minha história de vida.

3.2) É este tipo de coisa que acho sensacional, pois estou ensinando uma pessoa do estrangeiro a tomar o Brasil como um lar em Cristo, desde que essa pessoa seja cristã, é claro. Afinal, eu não sou multiculturalista, a ponto de criar relativismo moral e liberdade voltada para o nada, pois jamais acolherei um muçulmano ou alguém que é anticatólico para vir a minha casa, já que isso seria traição ao que foi fundado por força de Ourique.

3.3) Esta seria uma idéia fantástica - é isto que o Twoo está me proporcionando, pois estou podendo tomar múltiplos lugares como um mesmo lar em Cristo. Isso é possível porque consigo me comunicar relativamente bem em inglês, a ponto de poder aprender a língua das pessoas com as quais eu lido e elas, por sua vez, aprenderem a minha. 

4) Definitivamente, lidar com gente comum do mundo inteiro é muito melhor do que lidar com gente comum daqui.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 2018 (data da postagem original).

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Acho que o fuzil queimou - notas sobre o apagão da segurança no Rio de Janeiro

1) Quando minha mãe era jovem, havia uma vizinha de porta que dizia o seguinte: "queimou o fuzil" (em vez de "queimou o fusível")!

2.1) No Rio de Janeiro, o que mais se queima hoje não são os fusíveis, por conta dos constantes tiroteios, mas os fuzis da policia, gastos após tantos anos de uso.

2.2) Eu vi uma reportagem em que eles já não compram armamento para a polícia desde 2000. Enquanto os traficantes usam armas de ponta, a polícia vai atuando com armamento velho.

2.3) E assim caminha a humanidade deste lugarejo onde infelizmente ainda moro...

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 2018.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Se o Brasil precisa ser reconquistado, então é necessário formar os que tomam o Brasil como um lar em Cristo na Lusitânia Dispersa (os verdadeiros brasileiros)

1) Como não tenho tanto domínio da doutrina católica - a ponto de fazer uma catequese tão boa quanto a do meu amigo João Damasceno -, então o que posso fazer é uma catequese por outro caminho: ensinando a língua portuguesa e a alta cultura decorrente de Ourique - e um desses produtos é a teoria da nacionidade que desenvolvi.

2.1) A razão pela qual digo isso é que o apátrida nascido no Brasil é como o judeu que rejeitou Jesus: teve tudo e não soube dar valor à herança que recebeu por nascimento. Como os judeus não deram valor, então a herança foi estendida aos pagãos, em Cristo Jesus, que souberam muito valorizá-la.

2.2.1) Como o americano não teve a sorte de ter seu território povoado pelos portugueses, então vou ensinar tudo aquilo que é rejeitado no Brasil.

2.2.2) Se os americanos tomarem o Brasil como um lar em Cristo por força de Ourique, então eles para mim são mais brasileiros do que os apátridas que nasceram no Brasil e que ficam tomando o Brasil como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.

2.2.3) Quando a América se tornar lusitana, renunciando aos vícios da cultura anglo-saxã, então eles serão como os pagãos que receberam a herança em Cristo, rejeitada pelos judeus.

2.2.4.1) Serão partícipes melhores do que foi fundado em Ourique, servindo a Cristo em terras distantes, junto com Portugal.

2.2.4.2) Afinal, em Cristo poloneses são um povo mais fiel a Deus do que os judeus. Se Cristo enviou meus ancestrais em Ourique, então certamente os americanos serão mais fiéis à missão que os apátridas nascidos no Brasil.

3.1) É isso que precisa ser feito: formar os verdadeiros brasileiros na Lusitânia Dispersa. E como descendente de portugueses que sou, farei meu apostolado semeando consciência nos americanos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.2) Esta é a missão que me proponho, já que um bom profeta não tem valor em sua própria terra.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de fevereiro de 2018.

Relato quanto à minha experiência de relacionar-me com estrangeiras no Twoo

1) Ontem, eu resolvi fazer algo diferente no Twoo: já que minhas conversas com as mulheres comuns do Brasil são vazias, então decidi fazer o que Cristo mandou fazer à gente portuguesa, que é servir em terras distantes. E a amizade, fundada no fato de se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, é um serviço.

2.1) A essas mulheres comuns eu falei um pouco da minha história, da minha vida, dos meus estudos, da minha vivência no Brasil - em todos os casos, elas me acharam um homem encantador e cativante, até mesmo genial. Viviam me perguntando se sou mesmo de verdade - e eu disse que sim. Algumas dessas mulheres haviam dado um tempo em seus namoros e entrado no Twoo para encontrar alguém de qualidade - e dentre essas pessoas Deus porá uma para preencher o vazio em meu coração, enquanto navego um mar nunca dantes navegado: procurar pessoas interessantes de países específicos (no meu caso, EUA, Polônia e Rússia). Como alterei meu critério para buscas internacionais, sobretudo nos EUA, então eu pude encontrar gente interessante com quem pude ter boas conversas quase que imediatamente.

3.1) Foi aí que percebi uma grande realidade: não é o americano que pavimenta má consciência no Brasil. Na verdade, é a mentalidade subserviente do apátrida nascido no Brasil que copia o que não presta dos Estados Unidos e implanta aqui.

3.2) Quando conversei com os americanos, eu senti que tinha muito a ensinar a eles.

3.3.1) Tal como Cristo falou, um bom profeta nunca é bem-vindo em sua própria terra (e o Padre Evandro, ao ler meus escritos, achou que eu fosse um profeta).

3.3.2) Por isso, devo imitar meus ancestrais: servir a Cristo em terras distantes, tal como se deu em Ourique. Se eu ensinar a minha língua, a fé católica e as coisas que sei aos meus filhos, os verdadeiros brasileiros nascerão da Lusitânia Dispersa e tomarão este país dos apátridas. Por isso que é um excelente negócio casar-me com uma estrangeira, desde que seja católica e de boa família, é claro.

3.3.3) Mesmo que meu inglês seja macarrônico, eu percebi que as estrangeiras ficam todas encantadas comigo, principalmente as russas e as americanas. As únicas que não ficam encantadas comigo são as mulheres da minha terra, que preferem playboys saradões a gente inteligente como eu.

4) Se meu destino é servir a Cristo em terras distantes, então uma das recompensas por esse serviço é casar-me com uma mulher não nascida no Brasil - livre dessa cultura de dissimulação e fingimento que é aqui reinante, somada ao fato de se tomar o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele. Se essa mulher for bonita - tal qual uma russa ou mesmo uma americana, daquelas que param até o trânsito -, então eu vou ficar imensamente satisfeito.

5) E como disse o Allan dos Santos, do Canal Terça Livre, mulher gosta de verdade. Como sempre fui uma pessoa sincera, então eu estou tendo excelentes conversas com mulheres estrangeiras no Twoo, mesmo que meu inglês não seja lá essas coisas.

6.1) Se este país desse valor ao saber, eu estaria muito bem de vida - e podia ter um padrão de vida proporcional à qualidade dos textos que publico. 

6.2) Infelizmente, como tudo por aqui é movido à base de falsidade, eu sou considerado um perdedor, por não ter dinheiro - e não é à toa que o professor Olavo dizia que o brasileiro é o povo mais dinheirista do mundo. E onde isso é muito forte, o distributivismo se faz muito necessário.

Rio de Janeiro, 22 de fevereiro de 2018.

Comentários adicionais:

Carlos Cipriano de Aquino:

1.1) Eu ri do seu primeiro comentário. Aqui no Brasil a mulherada não é muito chegada em cultura. E quando elas têm interesse em cultura, é para usar somente como uma espécie de apetrecho - o suficiente para atrair a atenção dos machos, pagando-se de "cult".

1.2) Um dia, uma guria me falou que eu sou muito machista nos meus comentários a respeito das mulheres. Eu respondi a ela com a seguinte pergunta. "Pois é, onde estarão as bonitas do Brasil neste exato instante: aqui falando comigo, ou procurando algum homem rico para se relacionar?"

1.3) Eu percebo a natureza dessas criaturas com base no que percebo das postagens que fazem em meu perfil. São rasas, sem interesse algum em aprofundar-se em qualquer coisa que seja.

2.1) Eu te recomendo a leitura da obra do Schopenhauer, intitulada "A Arte de Lidar com Mulheres". Apesar do tom debochado, o sujeito tece observações mui sapientes sobre a natureza delas.

2.2) Acho que ele foi o pioneiro na filosofia quanto à tentativa de adentrar no universo masculino, de acordo com a visão de mundo masculina. Antes dele, só o fizeram literariamente, como Balzac e Stendhal.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Justiça, eqüidade e caridade - fundamentos do distributivismo

1.1) Aristóteles (384-322 A.C) e Ulpiano (150 D,C) definiram a justiça como o ato de dar a cada um o que lhe convém (suun cuique tribuere). 

1.2) Santo Tomás de Aquino indaga: “então convém ao pobre a pobreza; ao escravo a servidão; ao senhor o senhorio, ao rico a riqueza e ao pecador o pecado?"

2.2) Ele, então, aperfeiçoa o conceito aristotélico, incluindo nele duas virtudes tipicamente cristãs: eqüidade e caridade. 

2.3.1) Pode convir ao senhor tornar-se servo e o servo tornar-se senhor, na busca da perfeição. Isso é a Equidade. 

2.3.2) Também pode convir ao rico ser menos rico para reprimir sua ganância e ao pobre ser menos pobre para que possa partilhar. Isso é a caridade.

João Damasceno

Facebook, 21 de fevereiro de 2018
(https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=194599781127008&id=100017309613405)

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

De que modo um escritor pode carregar sua cruz e seguir a Jesus?

1) Algumas postagens que escrevo são de uma complexidade tamanha que escrevê-la de maneira simples e clara já é uma verdadeira odisséia.

2) O escritor que consegue colocar em termos simples e claros assuntos de extrema complexidade é um verdadeiro herói, pois ele se sacrifica de tal maneira que as coisas sejam verbalizadas de tal maneira a exprimir as coisas como elas são, da maneira mais autêntica e fidedigna possível.

3) Sacrificar-se de tal maneira que as verdadeiras expressões autênticas sejam semeadas em toda a sociedade de modo a se edificar uma consciência reta, uma fé reta e uma vida reta faz com que a tarefa de carregar a cruz e dizer aquilo que o Espírito Santo manda seja uma verdadeira honra, pois escrever é uma enorme responsabilidade, pois é prover alimento para a alma, para se formar uma boa consciência. Afinal, não é só de pão que o homem vive, já que a riqueza não é sinal de salvação, mas instrumento de evangelização, indicando que o apostolado do trabalho duro precisa ser feito com mais freqüência, para todos que virem tal exemplo sejam também santos.

4.1) Diante disso, posso afirmar que o homem mais sábio não é o que segue o seu próprio caminho, pois o caminho a seguir não vem do amor de si até o desprezo de Deus. Se ele se deixar ser guiado pelo Santo Espírito de Deus, o caminho a seguir, a vocação, faz com que a vida tenha um sentido, pois não há liberdade sem a verdade, sem o verbo que se fez carne e que passou a habitar em nós.

4.2) Eis o sentido da sabedoria, pois a fonte dela vem da conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de fevereiro de 2018.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Do povoamento de cidades e regiões, tanto do ponto de vista microscópico quanto macroscópico

1) Quando uma cidade é fundada, ela tem de explorar toda uma série de recursos em sua geografia imediata de modo a desenvolver todo o seu potencial, toda a sua capacidade de tal maneira a desenvolver uma vocação (seja ela comercial, portuária, político-administrativa, histórica, industrial ou mesmo religiosa). É por meio dessa vocação que a cidade será tomada como se fosse um lar em Cristo.

2.1) A maioria das cidades novas, do ponto de vista civil, nasceu por força da necessidade de atender às demandas de cidades mais antigas por recursos ou para abrir rotas comerciais que facilitem as relações entre uma cidade e outra, em contexto do sistema político e cultural pelo qual tomaremos uma nação como um lar em Cristo; do ponto de vista militar, o terreno ocupado previne a ocupação a ser feita por potências estrangeiras, pois o povoamento de terras e regiões distantes é uma projeção de poder.

2.2.1) Não é à toa que muitos cidadãos das cidades novas foram no passado habitantes das cidades mais antigas, a ponto de manterem laços de parentesco ou mesmo de lealdade e de reciprocidade umas com as outras, por força do comércio ou mesmo da prestação de serviço à distância.

2.2.2) Eis o fundamento mais basilar da solidariedade. Não é à toa que eles tinham dupla cidadania, duplo domicílio, tanto por força do sangue quanto da terra ocupada como um lar em Cristo junto com a terra ancestral.

3.1) Afinal, o fundamento que justifica cidades-Estado povoarem terras distantes com colônias e entrepostos comerciais e com elas formar uma liga confederada - e juntas se tornarem uma nação, por força da ação do teste do tempo em que a confederação se desdobra numa federação - é que recursos são para serem consumidos e assim o serão. Se esses recursos não forem explorados pela atual geração, eles serão explorados pela geração futura, em algum ponto futuro da História.

3.2.1) Mas isso não quer dizer que a exploração e consumo de recursos não deva ser desordenada, irresponsável, voltada para o nada - afinal, a mão que produz precisa ser necessariamente a mão que preserva.

3.2.2) Tal como um organismo, uma cidade necessita moderar seu apetite por recursos tal como devemos moderar nosso apetite, evitando que o ato de alimetar-se para manter o corpo acabe se tornando uma idoltatria, a ponto de cairmos no pecado da gula.

3.2.3) No caso das cidades, o pecado da gula se dá quando a riqueza é vista como um sinal se salvação, coisa que se dá num mundo dividido entre eleitos e condenados, a tal ponto que o uso justo da terra e dos recursos inerentes a ela acabe se pervertendo numa modalidade predatória, a ponto de servir liberdade com fins vazios, fundados na ganância.

4) Enfim, do ponto de vista macro, esta é a gênese da fundação de cidades, quando se parte do zero.

5.1) Quando as cidades já existem e são uma realidade consolidada por gerações, a ponto se tornarem uma coisa natural, a tendência é pensarmos as coisas desde o ponto da família, uma vez que cidades antigas tendem a ser verdadeiras metrópoles, com toda uma complexidade política e econômica que lhes é inerente.

5.2) Um indivíduo precisa encontrar uma conexão com sentido com Deus, um caminho a seguir, de modo que a vida tenha o seu devido curso natural e atenda a sua devida finalidade, fundada na conformidade com o Todo que vem d'Ele vem - afinal, uma cidade grande é um verdadeiro recurso em si mesmo, por conta da imensidão de fatos, circunstâncias e possibilidades que nela ocorre.

5.3.1) Uma cidade - tomada como se fosse um recurso a ser explorado, uma possibilidade a ser explorada - pede para que seja tomada como se fosse um lar em Cristo.

5.3.2) Se a cidade grande é um recurso que precisa ser explorado e ocupado, então o indivíduo não pode deixar que a imensidão inerente a ela o esmague, pois a infinidade de possibilidades, sem Cristo, pode deixar qualquer um perdido, já que seria extremamente irresponsável tomar a cidade como um lar em si mesmo, pois isso faria com que ela se torne uma espécie de religião, de tal maneira que a política na cidade acabe se pervertendo em demagogia, em populismo.

5.4.1) Para que possa se desenvolver melhor, o indivíduo precisará às vezes ir para outros lugares, até mesmo distantes, e comparar com o que conhece de sua terra natal. Esse conhecimento virá de experiências de família e amigos, de livros escritos ou mesmo de diários familiares escritos ao longo das gerações de modo a se conhecer a experiência anterior - e com base nela se orientar e achar seu caminho.

5.4.2) Se isso vier de uma tradição ancestral de registro desde os primeiros momentos, quando a cidade-Estado se expandiu de tal maneira a se tornar uma nação, então tomar o país como um lar em Cristo será fácil, pois tudo o que se deve fazer é estudar a História e não cometer os mesmos erros das gerações anteriores, como bem ensina Heródoto.

5.4.3) Agora, quando os registros começam a ser falsificados e o sentido pelo qual o país deve ser tomado como um lar é pervertido de modo a ser tomado com se fosse religião - onde tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, tal como acontece com o Brasil desde 1822 -, então já não há esperanças de tentar lutar por dias melhores num ambiente em que a mentira começou a ser dita desde o começo dos tempos, com país independente.Afinal, se o país for tomado como se fosse religião, a ponto de competir ou renegar a religião verdadeira, então tudo está perdido, pois a liberdade voltada para o nada e o relativismo moral serão o norte de todas as coisas.

5.4.4) A única solução para isso é restaurar a História verdadeira e tirar lições desse espectro de coisas que norteiam a nossa realidade, à luz do que poderia ter acontecido se estivéssemos em conformidade daquilo que vem de Deus e que herdamos desde Ourique. E isso, além de ser história verdadeira, é também a verdadeira razão pela qual o Brasil deve ser tomado como um lar em Cristo, junto com Portugal e Algarves.

5.4.5) Eis o nosso mitologema, pois não existe cultura sem isso. É como criar um sistema dentro do sistema apodrecido, protegendo as pessoas da mentira, criando uma ilha de sanidade em meio ao mar de lama que nos rodeia.

5.4.6) É como criar catacumbas de modo a se proteger da perseguição dos pagãos, pois a secessão (incorretamente chamada de "independência") gerou uma ordem anticristã e neopagã, pois nela reina o mais puro relativismo moral. Para sobreviver melhor, é preciso, como já disse anteriormente, universalizar-se primeiro - e este é o fundamento de uma santa expansão.

5.4.7) Se não for possível viajar e morar em outros países de modo a aprender como se deve e não se deve tomar o Brasil como um lar, então ao menos aprenda da experiência dos outros que tiveram essa oportunidade. Se puder, reflita sobre essa experiência alheia - trata-se de uma relação de empréstimo; desse conhecimento, você estará pagando os devidos juros, pois você está se comprometendo a não cometer os mesmos erros que os franceses cometem quando tomam a França como se fosse religião, se isso for contado por alguém que conheceu a França desde dentro. Afinal, inside information é um recurso escasso, que vale tanto quanto ouro.

5.4.8) Se for possível morar no exterior, faça da sua casa um verdadeiro entreposto, uma embaixada da sua família nesse país que será tomado como seu lar em Cristo junto com a terra da qual você é originário. Nessa embaixada, seja um construtor de pontes - o mínimo é o microcosmos do máximo, que liga a Terra ao Céu. Se você cria as pontes necessárias, prestando serviços lá e cá, então você criou as bases necessárias para se tomar dois países como um mesmo lar em Cristo. Eis aí o segredo das coisas.

5.4.9) Se você não conhecer o estado da questão que norteia o processo de se tomar dois ou mais lugares como um mesmo lar em Cristo à luz da experiência familiar, então você está perdido, pois isso é navegar sem bússola. Você estará na deriva, em estado permanente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 2018.

Notas sobre a contabilidade num ambiente cristão

1) O professor Olavo de Carvalho fala que não existe contabilidade cristã.

2) Se eu vejo nos meus clientes a figura de Cristo, enquanto consumidor de meus serviços, e se meus clientes vêem em mim a figura do Cristo servidor, então o fluxo de dinheiro decorrente da prestação de serviço terá um fim justo, de modo não só a aperfeiçoar o negócio, como também a ajudar os que estão necessitando de assistência, por meio da caridade, pois usará de mim, quando tiver tempo, para ajudar quem realmente necessita.

3.1) Ele está certo ao dizer que a técnica, ou mesmo a ciência, não deve ter ideologia. Tanto a ciência quanto a técnica são axiologicamente neutras, pois são meios para se chegar a um fim, a uma determinada destinação pretendida.

3.2.1) No entanto, ambas atenderão a sua adequada destinação se estiverem inseridas num contexto em que a riqueza não é vista como um sinal de salvação, a ponto de edificar liberdade com fins vazios.

3.2.2) A maior prova disso é a contabilidade, que permite o controle do fluxo de riqueza de modo que atinja uma destinação justa, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. 
 
3.2.3) Se a política organizada permite um ambiente de caridade sistemática - o que contribui para a edificação, conservação ou aprimoramento do bem comum - então a contabilidade tem sua razão de ser neste sentido, pois o empreendedor serve a todos os necessitados, se este vê a Cristo em todas as pessoas e enquanto aquelas vêem no empresário o Cristo servidor. Afinal, a iniciativa privada colabora com a iniciativa pública naquilo que não é próprio do Estado: bancar o empresário, tal costumamos ver por estas bandas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 2018.

Por que o distributivismo é o meio termo entre o protecionismo e o livre comércio?

1) Segundo Aristóteles, o melhor caminho, o mais virtuoso, é sempre o caminho do meio, o caminho do equilíbrio [ da conformidade com o Todo que vem de Deus - grifo meu].

2.1) Quando se advoga livre comércio com base no princípio da impessoalidade e da riqueza como um sinal de salvação, você perverte tudo o que há de mais sagrado: qualquer um pode ter a verdade que quiser, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade e da justiça na sociedade - e isso é tão verdade que são capazes de declarar o que é ruim bom, invertendo a realidade das coisas.

2.2) Isto faz com que o encontro no livre mercado se torne uma sujeição a tudo o que é injusto e que não presta, a ponto de preferirem o conflito de interesses à cooperação, já que o Estado deve ser mínimo e não se intrometer nos negócios privados - o que é praticamente uma utopia, uma anarquia, fundada numa liberdade voltada para o nada.

3.1) Quando se advoga protecionismo, você tende a tomar o Estado como se fosse religião em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele.

3.2) Com base no princípio da impessoalidade, o Estado cria leis abstratas que atingem a todo e qualquer cidadão - e mesmo que a ação seja inofensiva do ponto de vista da lei natural, essa lei acabará indo contra a lei positiva, já que fere os interesses do Estado, uma vez que, por trás do Estado, há o interesses dos banqueiros e outros elementos perniciosos que concentram os poderes de usar, gozar e dispor em poucas, uma vez que a livre concorrência leva a tirar o poder que eles conseguiram pela mesma livre concorrência fundada do relativismo moral.

3.3) No Estado tomado como se fosse religião, a soberania - que é dada por Deus, para que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo - é voltada para o nada; nela, a autoridade constituída mais parece descendente do faraó do Antigo Egito que escravizou os hebreus, pois isso leva à liberdade voltada para o nada e retrocesso civilizacional, uma vez que nega o princípio de que a autoridade aperfeiçoa a liberdade, a verdade ditada pela lei natural, pela conformidade com o Todo que vem de Deus.

4.1) Como Chesterton bem disse, capitalismo demais leva a socialismo demais. Por isso, o caminho do meio é o distributivismo.

4.2) Livre comércio com pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento leva a relações comerciais justas e a reciprocidade, a ponto de haver uma maior integração entre as pessoas. E as relações comerciais levam a uma relação de serviço, uma vez que a riqueza é usada para aperfeiçoar o trabalho que é feito e também para aprofundar o bem comum, que é organizado de tal maneira a se tomar o país como um lar.

4.3.1) Caso algumas pessoas escolham quebrar o bom direito escolhendo a riqueza como um sinal de salvação, a lei deve ser aplicada como um instrumento sistemático de legítima defesa em face de tal abuso.

4.3.2) Neste ponto, o justo protecionismo é necessário de modo que a liberdade não seja servida com fins vazios, de modo a relativizar a verdade, tudo o que é sagrado e que tem por Cristo fundamento.

5) Enfim, quando me pergunta se sou favorável ao livre comércio ou a proteção, a resposta que eu dou é esta: de que sou favorável ao caminho do meio, pois este é o caminho mais sensato a se percorrer.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 2018.

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Notas sobre um caso de capitalização moral que me acontece - enquanto alguns reproduzem os clássicos, eu medito sobre os clássicos, ao aprender por osmose. Só pago dividendos a quem empresta suas leituras a mim

1) Alguns acham que li O Mundo de Sofia. Eu só ouvi falar do dito cujo quando me perguntaram se havia lido esse livro.

2) Alguns acham que meu pensamento lembra o de Antônio Sardinha, fundador do integralismo português. Na época não conhecia esse pensador - comprei a Teoria Geral das Cortes Portuguesas, a qual vou ler assim que concluir um dos três projetos de digitalização em que estou trabalhando atualmente.

3) Alguns foram até mais longe - acham que sou tomista, só porque escrevo na forma de tópicos, mas ainda não li Santo Tomás de Aquino. O que sei de Santo Tomás de Aquino se deve a citações que o Allan dos Santos e outras pessoas ligadas a ele publicavam no mural do facebook. Eu anotava essas lições e meditava sobre isso depois. Enfim, o que sei veio por osmose de quem realmente leu e sabia Santo Tomás, que só se contentou em reproduzir o mestre.

4.1) Enfim, eu não li nada direto da fonte - apenas aprendi por osmose de quem leu e fui meditando sobre isso.

4.2) Apenas meditei sobre o que foi dito, pagando dividendos ao saber que tomei por empréstimo para desenvolver o meu.

4.3.1) É por essa razão que muitos acham que sei mais do que realmente sei - e essa tem sido uma constante na minha vida desde 2001, quando entrei pra faculdade de Direito da UFF.

4.3.2) Ao contrário da maioria, que só reproduz o que foi dito e nada acrescenta, eu ao menos tento progredir no conhecimento, analisando a realidade da melhor maneira que posso. Talvez eu acabe causando essa impressão, esse exagero da parte de muitos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 2018.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Notas sobre a relação entre conservantismo e cinismo

1) Aristóteles dizia que o ser humano é o melhor dos animais, dentro da ética; fora dela, é o pior deles.

2) O ser humano é o animal que erra - e, ao reconhecer o erro, ele tende a se aperfeiçoar e a se corrigir.

3) O cão não tem essa dimensão - para ele a vida é estritamente biológica. Tudo para ele é comer, dormir e procriar.

4) O ser humano, quando fora da ética, tende a ser pior do que um cão - e podemos ver isso nos personagens d'O Cortiço. Mais do que comer, dormir e procriar, ele conserva isso conveniente e dissociado da verdade, a ponto de destruir os valores mais básicos da sociedade.

5.1) O cinismo, portanto, é o fundamento da proletarização geral da sociedade - para o cínico, pouco importa a verdade, mas a sobrevivência - ou o mercado, como dizem os liberais.

5.2) Quando nós temos uma sociedade composta sistematicamente de indivíduos que em nada contribuem para a comunidade política a não ser gerando filhos para o mundo criar, nós temos a decadência dessa mesma sociedade e sua conseqüente extinção. E isso acontece sobretudo quando a sociedade se torna descristianizada, vivendo fora da ética cristã.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de fevereiro de 2018.

Comentários adicionais:

Mauro Donizete Holsapfel: O povinho brasileiro é tão FDP que vamos conseguir avacalhar o comunismo.

Eric Fernando: De acordo. 

Como o nacionalismo e o relativismo cultural deram origem ao multilateralismo

1) No bilateralismo, há a distribuição do senso de que cada país vê seus próprios interesses a tal ponto de todos de terem a sua verdade, fundada na ética protestante e o espírito do capitalismo. Afinal, tudo se baseia no que disse Lutero: "Um Príncipe, Uma religião" - se a religião do Príncipe é o Estado tomado como se fosse religião, então todos o seguem, tal como vemos no totalitarismo comunista.

2.1) Os países muçulmanos têm a sua verdade (nacionalismo), com base em sua religião (islamismo).

2.2) Num ambiente onde todos têm a sua cultura e a sua verdade, fica impossível criar uma orbe, uma ordem global, já que não há verdade.

2.3) Como Cristo foi negado, então os anjos que protegem os países - a exemplo do anjo Custódio, no caso de Portugal - ficam impedidos de levarem as coisas da Terra para o Céu de modo que sejam ligadas por meio do poder das chaves, pois há muitos lados, muitas razões e nenhum ângulo de modo a se chegar a um entendimento comum, fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Eis no que dá o multilateralismo, enquanto conseqüência do nacionalismo: a soberania fundada no amor de si até o desprezo de Deus é diluída no relativismo moral e cultural, bem como no fato de que não há verdade, o que leva à falsa afirmação de que cada povo tem o governo que merece, pois esse governo é constituindo ao se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade (isso em linhas mais gerais).

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro 16 de fevereiro de 2018.

Notas sobre a globalização fundada no trilateralismo

1) Recentemente, em reunião no Conselho de Relações Exteriores dos Estados Unidos, Bolsonaro declarou-se ferrenho defensor do bilateralismo.

2) O professor Olavo de Carvalho explicou que o bilateralismo é próprio do nacionalismo.
 (https://web.facebook.com/olavo.decarvalho/posts/10156046962822192)

3.1) Se no nacionalismo o país é tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele, então é no bilateralismo que o Estado - a mais elevada das realizações humanas, segundo Hegel - faz com que o homem enquanto medida de todas as coisas acabe se tornando uma verdadeira norma ou mônada racional de toda ciência política. 

3.2) Se o homem é a medida de todas as coisas, então o amor de si até o desprezo de Deus é a marca do bilateralismo - no final, alguém sairá prejudicado, por conta de sucessivos conluios bilarteais, dado que a riqueza será concentrada em poucas mãos, em poucos países, criando uma verdadeira oligarquia em escala global.
4.1) Quando dois ou mais país são tomados como um mesmo lar em Cristo, essa relação tem três lados, sendo que um deles não pode ser visto, mas crido, pois Deus é criador das coisas visíveis e invisíveis.

4.2) No trilateralismo, o brasileiro e o polonês enxergam-se um ao outro na figura de Cristo, a ponto de ambos serem tomados como um lar n'Ele, por Ele e para Ele. Como Cristo é o príncipe em comum de todas as cidades desses dois países, então ele é Imperador, dado que é Rei no Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e na Polônia.

4.3.1) Para se medir uma esfera, é preciso dividi-la em três lados sistematicamente. 

4.3.2) Quando a relação trilaterial é multiplicada sistematicamente por meio dessa divisão mediada por Deus, então nós temos uma globalização fundada no fato de se servir a Cristo em terras distantes, seja plantando a fé em terras que nunca conheceram a Cristo, como fez Portugal, ou restaurando a fé Cristã, perdida por força da ação comunista, islâmica ou maçônica, tal como está fazendo a Polônia. 

4.3.3) Neste caso um rio que sai da boca de Deus se alarga até tornar-se oceano, quando se leva a terceira margem, que é invisível - é pelo alargamento do fluxo da verdade que todos passam a viver a vida em conformidade com  o Todo que vem de Deus, sistematicamente falando.

5) Se a conformidade com o Todo que vem de Deus é a fonte de todas coisas, então é perfeitamente possível haver uma globalização sem cair no engodo do bilateralismo ou do multilateralismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro,16 de fevereiro de 2018.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Notas sobre precificação e capitalização no capitalismo e distributivismo

1.1)  Na economia fundada na concupiscência, no amor de si até o desprezo de si, o preço tende a ser fixo, padronizado - nessa economia, há o império do pegar ou largar.

1.2) Como o produto é voltado para a economia de massa, então a pessoa não negocia, não pechincha, pois isso acaba virando escândalo. E por não poder negociar ou pechinchar, ela é obrigada a ter que usar do artifício da pesquisa de preço, antes de levar algum produto. E´é por força da competição que surge a barganha, o que faz com que o consumidor tenha uma arma apontada na cabeça do empreendedor - e se ele não negociar, ele acaba dançando, pois o Estado tomado como se fosse religião ampara o consumidor.

1.2.1) Na economia fundada na concupiscência e no amor de si até o desprezo de Deus, há uma grande tendência de se levar gato por lebre, pois os produtos anunciados em peças publicitárias nem sempre são tal como são anunciados - há muita propaganda enganosa.

1.2.2) Como essa economia faz da riqueza um sinal de salvação, ela acaba criando conflitos sistemáticos de interesse qualificados pela pretensão resistida, a ponto de ser tudo resolvido por meio de ações coletivas, dado que há "direitos individuais homogêneos" sistematicamente violados - eis a gênese do direito do consumidor. E isso aumenta ainda mais a interferência do Estado, a ponto de tudo estar no Estado e nada estar fora dele ou contra ele.

2.1) Na economia fundada na benevolência, o preço é só uma referência, pois os clientes tendem a ser tratados individualmente e com deferência, dado que são pessoas conhecidas, por amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

2.2) Como a economia é de serviços o trabalho é feito da melhor qualidade possível e dentro das especificações do cliente, então a tendência é não pechinchar muito, a ponto de ofender o produtor, se este for muito pobre, dado que na economia de benevolência não há competição, mas colaboração, pois o mercado é um encontro, não uma sujeição do interesse do mais fraco pelo outro, mais poderoso. E na colaboração, as pessoas discutem os preços, dentro daquilo que é usual ou justo, conforme o Todo que vem de Deus.

2.3) Se o comprador é rico e o produtor é pobre, o produtor pobre tende a ser recompensado de uma maneira mais liberal, muito além do preço pedido, dado que ele ganha não só o que cobrou, mas também a caridade do rico, que o ajuda, ao ver no pobre o Cristo que trabalha para ter o pão de cada dia.

3.1) Para os juros serem livres, a capitalização deve ser livre em Cristo, uma vez que o lucro é uma certeza de que Deus ajuda quem serve bem ao seu semelhantes, se a vida for vivida para se servir a Deus e ao próximo.

3.2.1) Não é o amor de si até o desprezo de Deus ou a concupiscência quem manipula os preços, mas a benevolência dos pios que consomem de modo a ajudar os pequenos produtores, que são pobres, já que todo o esforço dos pobres é para produzir com excelente qualidade, dentro de suas circunstâncias limitadas. 
 
3.2.2) Se houver uma ordem econômica composta só de pequenos proprietários, então a economia se fundará no fato de que devemos amar ao próximo como a nós mesmos, o que nos prepara a pátria definitiva, a qual se dá no Céu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de fevereiro de 2018.