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segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Sobre o potencial de uma república colegiada nos moldes do Uruguai

1) Certa ocasião, eu baixei uma modificação para o Civilization V. Tratava-se da República Oriental do Uruguay sob o comando de José Batlle y Ordóñez

2.1) A construção única desta civilização, o saladero, me levou a produzir um artigo interessante para os meus leitores.
2.2) Quanto à história do líder desta civilização, eu fiz um levantamento na Wikipedia e descobri que ele foi o responsável por fazer do Uruguai a mais estável das repúblicas latino-americanas ao longo do século XX.

3.2.1) Investigando mais a fundo, ele resolveu o problema que foi apontado por Ernest Hambloch no livro Sua Majestade, o presidente do Brasil

3.2.2) O presidente é chefe de Estado e chefe da administração pública, a ponto de tudo estar nas suas mãos e nada estar fora das mãos dele ou contra ele. Com isso, ele passa a ter poderes absolutos.

3.2.3) Quando Batlle fez do Uruguai uma república colegiada, a ponto de o presidente ser chefe de Estado e um conselho nos moldes do diretório da Revolução Francesa presidir o Executivo, ele conseguiu criar uma estrutura de equilíbrio entre os poderes e evitar a preponderância do Executivo sobre os demais poderes. Com essa medida, o presidente passou a ter um papel de poder moderador, tal com havia na monarquia brasileira.

 3.3) Por meio de políticas nacionalizantes e intervencionistas, o battlismo estabeleceu um equilíbrio social de tal modo que inviabilizou a concentração dos poderes de usar, gozar e dispor em poucas mãos - isso acabou sendo a chave da estabilidade política desse país por todo o século XX.

3.4.1) O ponto fraco do batllismo está no fato de que ele é fruto de uma mentalidade liberal - ele criou uma sociedade laica, a ponto de tudo estar no Estado e nada estar fora dele ou contra ele. 

3.4.2) Mesmo que o batllismo tenha trazido grande estabilidade política, esse modelo certamente sucumbiria por conta do marxismo cultural, uma vez que o liberalismo e o igualitarismo preparam o caminho para o totalitarismo.

4.1) A república colegiada criada por José Batlle é um interessante estudo de caso a ser feito.

4.2) É interessante que o Presidente da República fique somente cuidando das questões de Estado, cabendo a um conselho da República composto pelos 27 governadores comandar o executivo, cabendo ao vice-governador comandar as províncias.

4.3) Esse conselho quebraria a cultura de centralismo estabelecida em 1822, assim como resolveria os sérios problemas de desigualdade regional e a concentração dos poderes de usar, gozar em poucas mãos. Com uma Igreja Católica forte, a república colegiada incentivaria a prática da subsidiariedade.

4.4) Esse regime é bem mais favorável à DSI do que esses regimes que conhecemos.

5) Se restaurarmos as antigas leis de Portugal e a consciência fundada em Ourique, a tendência é o Brasil sair do buraco em que está metido.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 2018.

Como os erros praticados pelos nossos políticos costumam prejudicar os que dependem de nossa prosperidade - considerações iniciais sobre isso

1) Recentemente, eu aprendi que o Uruguai e o norte da Argentina tinham pequenas oficinas que salgavam a carne de modo que ela ficasse conservada enquanto percorria longas distâncias. Era a indústria saladera - o charque era usado para alimentar os escravos aqui no Brasil.

2) Quando o Brasil aboliu a escravidão, a economia desses dois países quebrou junto. Da mesma forma, quando o Brasil deixou de ser Império e se tornou uma republiqueta, quem acabou quebrado foi Portugal, a tal ponto que a monarquia portuguesa não resistiu ao regicídio ocorrido em 1910, não muito tempo depois de 1889.

3) Quando estudamos História do Brasil, jamais estudamos o impacto econômico de certas decisões que aqui foram tomadas e que acabam afetando os países que dependem da nossa prosperidade para poderem prosperar.

4.1) Eu não vi até agora historiadores fazerem um estudo dessas relações de maneira séria, a respeito do efeito colateral dessas medidas.

4.2) Isso pediria que os historiadores tomem dois ou mais países como um mesmo lar, a ponto de perceberem claramente essa relação. Isso vai muito além do mero nacionalismo imbecilizante e do salvacionismo político.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 2018.

Comentários adicionais:

Carlos Cipriano de Aquino: Muito bem falado. Aqui no Brasil, a história, a sociologia e a realidade local precisam ser primeiro pesquisadas e investigadas para só, então, serem discutidas publicamente. É tanta coisa importante que é negligenciada e desconhecida do público que isso impede a possibilidade de discuti-las de imediato.

Do potencial dos escritos que produzo para a indústria de jogos de estratégia

1) Estou traduzindo meus artigos para o inglês. Estou enviando para os meus colegas que fazem modificações para os Civilizations 5 e 6 de modo que façam coisas melhores em prol da comunidade que joga esses jogos.

2) Eu envio a eles artigos de História do Brasil, bem como análises e reflexões que eu mesmo fiz desses jogos e de outros que considero relevantes. Só não publico essas análises no facebook porque o pessoal prefere jogo do tipo tiro, porrada e bomba, no sentido bolsonariano do termo. Como sinto que o horizonte de consciência desse pessoal da esquerdireita é reduzido, então eu deixo essas publicações reservadas a mim, por falta de gente interessada nelas.

3.1) Quando difundo esses artigos, é justamente para esses contatos que fazem modificações para esses jogos de que tanto gosto.

3.2) O maior exemplo disso é que a modificação que introduz um botânico que pega plantas de um lugar e as transfere para outro para o Civilization 6 foi inspirada numa análise minha. É uma dos melhores modificações já feitas para esse jogo.

3.3) Estou conseguindo exercer influência cultural nesses que fazem modificações para o jogo. E isso certamente ditará o destino das próximas edições da franquia, no futuro.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 2018.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Robôs substituem seres humanos, por conta da escassez de mão-de-obra imigrante


Abel Montoya lembra de seu pai, que chegava em casa dos campos de alface todas as noites. Ele era a exaustão em pessoa - as calças estavam todas sujas de lama até os joelhos.

_ "Meu pai queria que eu ficasse longe do trabalho manual. Por isso, ele me incentivou que eu estudasse, que eu devorasse os livros" - foi o que Montoya disse. Ele fez isso a ponto de ir para a faculdade.

Por ironia do destino, Montoya foi recentemente contratado para trabalhar numa empacotadora de vegetais. O ambiente de trabalho é barulhento, frio e úmido, que exige mais da capacidade física do que da capacidade mental - um verdadeiro subemprego.

Aos 28 anos, Montoya é parte de uma nova geração de trabalhadores da Taylor Farms, uma das maiores produtoras de vegetais frescos do mundo. Essa empresa recentemente adquiriu um exército de robôs especialmente projetados para substituir os seres humanos no trabalho pesado. A máquina pode empacotar de 60 a 80 sacos por minuto, a ponto de fazer o trabalho de duas pessoas ao mesmo tempo.

_ "Adquirir robôs para este tipo de trabalho tem se tornado produtivo. Os americanos estão buscando cada vez mais alimento saudável e a mão-de-obra está ficando cada vez mais escassa. Por isso, adquirir tal equipamento tem se mostrado um verdadeiro ganho sobre a incerteza, um verdadeiro lucro operacional"- é o que foi dito pelos trabalhadores da Taylor Farms.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Dos drones como uma evolução do pombo-correio

1.1) Quando estava em Santo André, onde meu irmão mora, cheguei a ver uma matéria onde algumas pizzarias estavam entregando pizza nos endereços da mesma região metropolitana por meio de um drone.

1.2.1) Se o drone tiver GPS, então ele pode ir a qualquer lugar - e se ele tiver muita autonomia de vôo, ele pode fazer a travessia Brasil-Portugal, fazendo do céu um mar navegável para todos.

1.2.2) Graças à tecnologia, é possível associar um endereço a uma localização no GPS - e se ele tiver piloto automático, melhor ainda. Se o drone pode carregar uma embalagem de pizza, então ele pode fazer o trabalho de pombo-correio. Posso mandar pequenas encomendas para os meus pares que estejam na mesma região metropolitana onde me encontro ou em terras muito distantes

2.1) É possível perfeitamente mandar mensagens e dinheiro em espécie num envelope, como dólares, euros ou outras coisas, dispensando o intermédio de um banco ou do vale-postal dos correios. Basta um acordo com os meus pares de modo que me enviem esse dinheiro, quando o assunto é fazer uma viagem - é claro, a idéia não é burlar o fisco, mas viabilizar uma relação privada entre amigos à distância, uma vez que algumas coisas no mundo exigem dinheiro em espécie. Assim, evito o câmbio, a concentração de poder em poucas mãos, uma vez que um acordo em terras distantes pode ser feito nessa direção, favorecendo a integração entre pessoas ainda que estejam em regiões geográficas diferentes. Graças ao drone, as pessoas podem ter seu correio particular.

2.2.1) Um dos maiores problemas talvez sejam as favelas - e os traficantes certamente mandarão chumbo no drone.

2.2.2) Isso sem contar que gente rica em má consciência iria acabar fechando os aeroportos do país por meio de um drone. E neste ponto, é preciso realmente haver planos de vôo de modo que você possa pilotar seus drones de maneira segura sem prejudicar a liberdade de ir e vir das pessoas.

2.3) Assim que tiver dinheiro, eu vou aprender a pilotar drones e financiar o desenvolvimento de um nessas especificações.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de dezembro de 2018.

Matérias relacionadas:


https://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/como-devem-ser-as-entregas-feitas-por-drones-no-brasil-31102018?fbclid=IwAR0igpoY5RoepMO0aCruHUxTAEJ6auFa2wnvmrPpM-FNlFbTud9ujU-6rvc

Comentários Adicionais:

Edmundo Noir: 

1) Dettmann, você me marcou em uma reportagem muito interessante.

2) A tecnologia ainda está bem inicial e é bem cara. Quebrar um drone não é nada difícil - sem mencionar que em regiões de tráfego intenso e com a paisagem povoada de arranha-céus, colisões são bem mais freqüentes do que no meio agrícola, além do risco de vandalismo.

3.1) Mas há uma solução simples e muito interessante e que eu não havia pensado: o drone não entregaria o pacote diretamente na residência, mas em centrais de distribuição. Parece algo bobo, mas que resolve inúmeros problemas. A localização das centrais poderia ser cuidadosamente planejada pela logística de transporte de modo que o drone chegue a seu destino tendo pela frente o menor número possível de obstáculos. Esses drones serviriam como um modo auxiliar, feito de modo a agilizar as entregas e reduzir os custos.

3.2) Ainda há muito para avançar, uma vez que os drones precisam ter uma maior capacidade de carga de modo a otimizar os custos decorrentes da viagem, mas essas coisas virão num médio prazo, justamente no momento em que o uso de drones estiver largamente disseminado na sociedade, a ponto de surgir uma cultura em torno de seu uso.

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Descubra idéias interessantes, mas evite o modismo

1) Na época em que estava na faculdade, eu vi um livro chamado societarismo. Eu digitalizei esse livro.

2) Nas minhas andanças, eu vi um outro livro chamado equibasismo, no site do Loryel. Não sei bem o que é, mas verei o livro assim que puder.

3.1) Eu vou estudando essas coisas interessantes, mas a melhor solução sempre virá da sã doutrina da Igreja. Pelo menos, o lado bom de estudar essas coisas é que ninguém vai te encher o saco enquanto isso não for um modismo intelectual.

3.2.1) O que separa o estudante sério dessa massa que se diz de direita e que na verdade é esquerdista é que o pensamento do Olavo será estudado de maneira séria enquanto ele não for um assunto da moda - e esse modismo vai acabar quando o professor Olavo estiver irrevogavelmente falecido, uma vez que os verdadeiros alunos não irão esquecê-lo.

3.2.2) O Brasil verdadeiro está nas mãos dos poucos que têm esse interesse genuíno - debates sérios podem ocorrer entre esses poucos, sem que você veja o desgosto de transformarem o seu professor num guru de seita, como muitos estão a fazer - o que me irrita e muito.

4.1) O mal desta terra é transformar alguém que é bom em sua área num ídolo. A idolatria leva à irracionalidade, a ponto de descambar num messianismo político, a ponto de tudo estar no Estado e nada estar fora dele ou contra ele.

4.2) Essa tendência messiânica está sendo manipulada politicamente desde o advento da Nova República - vários foram os presidentes messiânicos: Tancredo, Collor, Lula, Dilma e agora Bolsonaro.

4.3) Essa tendência precisa ser combatida, pois fomenta má consciência nas pessoas a ponto de conservarem o que é conveniente e dissociado da verdade, uma vez que esperar é morrer. Trata-se de um fenômeno de psicologia de massa que precisa ser estudado a sério e combatido, pois não é saudável idolatrar alguém; a admiração, ainda que sincera, tende a ser voltada pro nada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de dezembro de 2018.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Sobre a verdadeira razão de ser das artes liberais

1) Se Cristo é a verdade e deu pleno cumprimento à lei mosaica, então a verdadeira liberdade se dá na santa escravidão, uma vez que a pessoa realiza a sua vocação quando se santifica através do trabalho de modo a promover a Deus na comunidade dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, a ponto de a cidade dos homens ser um espelho da Jerusalém celeste, a polis divina.

2) Se Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, então as artes liberais se tornam servas da verdade se o artista se colocar sob a Santa Escravidão, a ponto de se santificar através do trabalho, já que Deus é a medida de todas as coisas, uma vez que o belo é escravo da verdade, a ponto de a liberdade ter a sua conexão de sentido naquilo que decorre de Deus.

3) Se o belo e verdadeiro governa todas as coisas, então o compromisso com a excelência será distribuído a toda e qualquer vocação, a ponto de o artífice imitar o artista no seu ofício, de modo a ganhar o pão de cada dia. Por isso mesmo, os melhores sapatos do sapateiro tenderão a ser confortáveis aos pés de quem os usa, uma vez que o sapateiro vê o Cristo necessitado nas pessoas de seus clientes, pois os pés deles lembram os pés do mensageiro, que são belos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de dezembro de 2018.

Notas sobre a consciência

1) Damos o nome de consciência quando a lei de Deus encontra pleno cumprimento no corpo e na alma do cristão, a ponto de chamá-lo para a ação no sentido de imitar a Cristo em tudo aquilo que é virtuoso, a ponto de colaborar de maneira decisiva para o aperfeiçoamento da comunidade política dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento com aquilo que tem de melhor: os seus dons.

2.1) Eu tenho o dom de escrever - foi o dom que Deus me deu.

2.2) Eu vou manejando as palavras de tal maneira a dizer aquilo que Deus quer que eu diga para o meu próximo, ainda que esteja em terras distantes.

2.3) O que escrevo semeia consciência reta, vida reta e fé reta, a ponto de a literatura ser uma arte servil no tocante a servir liberdade pautada na verdade, na conformidade com o Todo que vem de Deus, uma vez que a arte é liberal em Cristo, por Cristo e para Cristo. Por conta disso, eu me torno um profeta, pois Deus age no meu trabalho.

3.1) Para que eu me aprimore no meu trabalho, devo estudar a arte de bem dizer as coisas de modo a fazer isso de uma maneira melhor.

3.2) Se faço isso de maneira organizada, então o estudo da língua portuguesa e de toda literatura produzida nessa língua se torna uma verdadeira ciência. E se, na qualidade de escritor, eu sou professor de uma nação inteira, então eu sou cientista, além de profeta, pois provo o sabor das coisas de modo a ficar com o que é conveniente e sensato, uma vez que essas coisas apontam para Deus. Eis o verdadeiro saber.

4) Se o que escrevo fomenta consciência nas pessoas, a ponto de agirem no mundo de modo que Deus seja promovido em tudo quanto é canto então eu fomento cultura. E a consciência é uma chamada para a ação fundada nesta trindade: profecia, ciência e cultura.

5.1) Nunca diga as coisas fundadas no amor de si até o desprezo de Deus. A escrita é uma arte liberal; quando está em santa escravidão, ela promove o belo, fundado no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

5.2) Descubra sempre os outros e diga as coisas sempre tendo por guia o Santo Espírito de Deus - só assim que você ativará sistematicamente o órgão da inteligência das pessoas de modo a viverem a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de dezembro de 2018.

Da corporação de ofício enquanto desdobramento do princípio de que a autoridade aperfeiçoa a liberdade

1) Se a autoridade aperfeiçoa a liberdade, então ela prescreve regras e métodos de modo que a arte não seja servida com fins vazios.

2.1) O homem rico no amor de si até o desprezo de Deus é vaidoso, vazio por dentro. Se a arte espelha o que há na alma do artista, então o que há de podre nele estará na sua obra, a ponto de promover o feio e o disforme.

2.2) Nesse ponto, a arte moderna reinstitui o paganismo, fundado no homem como a medida de todas as coisas. Dentro da ética, ele é o melhor dos animais; separado do direito e da justiça, torna-se o pior dentre eles.

3.1) Como os primeiros reis são pais de família, então os pais que exercem o ofício vão ensinando aos seus filhos o que é belo. E nesse ponto, aprender o ofício dos pais é parte da catequese, uma vez que o pai, se for imitador do verdadeiro Deus e verdadeiro homem, tem experiência no ofício, uma vez que santificou seu trabalho a ponto de de servir a Deus e ao próximo.

3,2) Como o direito nasce da experiência, então as regras de estética decorrem das experiências que este teve sozinho ou quando aprendeu com os outros no sentido de servir ao belo, de tal modo que o país seja tomado como um lar em Cristo.

4.1) Se várias famílias amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento e trabalham na mesma profissão, então a guilda dos artistas se torna o ponto de encontro onde as famílias se encontram e aprendem umas com as outras a ponto de promoverem o belo no sentido de promover o bem comum, de modo a bem promover os interesses da cidade e achar uma forma de ganhar alguma coisa com isso em tempos de incerteza.

4.2) Como a profissão de artista se torna uma profissão popular, porque ela é distribuída a todos os que querem seguir este caminho da vida, então todos se tornam artífices, a ponto de se tornarem pedreiros, ferreiros, tintureiros, sapateiros e todas as outras coisas.

4.3) Enfim, é da guilda de artistas que vem a base de todas as outras profissões. Há uma multidão de reis, de vassalos de Cristo, que governam esta profissão, a ponto de se tornar uma verdadeira politéia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de dezembro de 2018 (data da postagem original).

Comentários sobre um ensinamento do professor Loryel Rocha

1) Certa ocasião, o professor Loryel Rocha comentou um diálogo entre Humpty Dumpty, um ovo antropomórfico, e Alice no livro Alice no País do Espelho, de Lewis Carroll.

2.1) Humpty Dumpty dizia que a palavra pode ser manipulada de modo que o filósofo diga o que ele quiser.

2.2) Se o homem tem direito à verdade que quiser, então as palavras acabarão se tornando verdadeiros venenos, pois servirão as coisas com fins vazios. E, nesse ponto, ovo antropomórfico é um verdadeiro sofista.

3.1) Se Deus é a razão de ser de todas as coisas, então as palavras podem ser manejadas de tal modo que apontem para aquilo que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus. Ele é o verbo que se fez carne - e é o chefe de todas as coisas.

3.2) A palavra em Deus é remédio e cosmético. É remédio porque cura o doente e a ignorância, a ponto de dar a ele a fé, a esperança e a caridade; é cosmético porque ajuda a promover o belo no sentido de a língua do país ajudar na edificação do bem comum, a ponto de o país ser tomado como um lar em Cristo por força disso, uma vez que a língua segue a sorte do principal: a verdade, a qual se funda em Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de dezembro de 2018 (data da postagem original).

Notas sobre o sumo estilo, fundado no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem

1.1) Certa ocasião, o professor Olavo de Cavalho havia dito que o estilo é o homem.
 
1.2) Se o homem tem direito à verdade que quiser, então haverá a apeirokalia, pois o feio é o belo para quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, uma vez que não há regras estéticas que norteiam o trabalho do artista, a ponto de ser uma verdadeira anarquia, um verdadeiro caos.

1.3) Como o diabo gosta do que é feio e disforme, então o que serve liberdade com fins vazios concede ao diabo o status quo, o que lhe é indevido. Eis no que dá o homem como a medida de todas as coisas.

2.1) O sumo estilo, ou estilo canônico, decorre do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

2.2) Se esse homem for imitado, então o sumo artista, através do belo, acabará evangelizando nações inteiras, uma vez que o belo, por servir à verdade, aponta para tudo aquilo que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.1) Para se tomar um país como um lar em Cristo, é preciso que o belo seja sempre promovido, a ponto de promover uma chamada para a ação no sentido de integrar as pessoas a ponto de dar-lhes responsabilidades naquilo que decorre de Ourique.

3.2) Se é preciso servir a Cristo em terras distantes, então a fé reta, a vida reta e a consciência reta - a trindade do belo - devem ser servidas em terras distantes, a ponto de a vida em Cristo, por Cristo e para Cristo ter um sentido fundado n'Esse que é a verdade em pessoa.

3.3.1) As artes liberais devem servir à verdade, uma vez que este é o verdadeiro sentido da liberdade.

3.3.2) Deus é a razão de ser todas as coisas, a ponto de tudo ficar em conformidade com o Todo que vem de Deus, uma vez que Cristo foi igual a nós em tudo, exceto no pecado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de dezembro de 2018.

domingo, 23 de dezembro de 2018

Notas sobre a relação entre conservantismo, liberalismo e imodéstia

1) Por conta de não haver entre nós um rei, na qualidade de vassalo de Cristo, as pessoas não aprendem a se portar diante da missa. Por isso, aparecem na missa de maneira imodesta, uma vez que não estão vendo o que precisa ser visto. Ao estarem diante do Rei dos Reis e Sumo Sacerdote, tenderão a tratá-Lo como um qualquer quando Ele vier pela segunda vez e de maneira definitiva - eis o pecado da irreverência.

2) A falta de um vassalo de Cristo entre nós, de um sucessor de D. Afonso Henriques, indica que a mentalidade liberal fincou raízes de tal forma que as pessoas estão perdendo o senso de conformidade com o Todo que vem de Deus, pois o que vejo de rapazes e moças trajados de maneira inapropriada na Santa Missa é um indicativo de que elas estão preferindo conservar o que é conveniente e dissociado da verdade: suas relações com o mundo, o diabo e a carne, relações essas que deveriam ser cortadas de antemão, pois nos afastam da amizade com Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de dezembro de 2018.

Comentários sobre a lição de que devemos amar os nossos inimigos

1.1) Por conta da má consciência disseminada no mundo, nós somos constantemente manipulados por aquelas pessoas que conservam o que é conveniente e dissociado da verdade. Como muitos de nós temos um entendimento imperfeito do que deve e precisa ser conservado, muitos terminaremos emprestando nossos ouvidos a esses vigaristas a ponto de esse ensinamento gerar condutas sociais improdutivas, uma vez que isso leva a uma ordem social com fins vazios, cuja liberdade decorrente disso será voltada para o nada.
 
1.2.1) Uma dessas condutas sociais improdutivas - fundada nos maus conselhos dos conservantistas, que são verdadeiros sofistas e vigaristas - está no fato de que tomamos como inimigos os verdadeiros amigos da verdade, do verbo que se fez carne. 

1.2.2) Por isso que há muitas inimizades no meio católico, a ponto de gerar verdadeiros cismas. O maior exemplo disso são os que fazem sola traditio nos mesmos moldes da sola fide ou da sola scriptura, a ponto de se negarem a respirar os ares da tradição apostólica com os dois pulmões: a Igreja Romana e as demais Igrejas Católicas orientais que estão em plena comunhão com Roma, como a Igreja Ucraniana, por exemplo.

2.1) O ensinamento de que devemos amar nossos inimigos deve e precisa ser direcionado àqueles que são ingênuos, pois eles são verdadeiras ovelhas. As ovelhas são boas, mas não são um primor de inteligência. Por serem boas, elas têm o dom da obediência, uma vez que vêem a Cristo na figura de um bom sacerdote, já que Ele é o bom pastor.

2.2) Os que vivem em conformidade com o todo que vem do sofista serão aniquilados por conta de sua arrogância e vaidade, pois são obstinados no conservantismo - e isso leva à queda, uma que isso leva ao nada, a uma falsa ordem cuja liberdade será servida com fins vazios.

2.3) Eis aí a porta do pensamento libertário-conservantista (ou liberal-conservador, como fazem aqueles que manipulam a linguagem de modo a enganar). As portas do inferno não prevalecerão sobre a Igreja - isso Jesus nos garantiu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de dezembro de 2018.

Notas sobre a vaidade, o pecado que serve de base para o conservantismo enquanto mentalidade revolucionária

1.1) Vaidade é o ato pelo qual a pessoa conserva o que é conveniente e dissociado da verdade.

1.2) Por conta de estar rica no amor de si até o desprezo de Deus, ela acaba restaurando a ordem pagã greco-romana que preza o homem como medida de todas as coisas. Por conta disso, qualquer homem se torna um divo empoderado, a ponto de ser um descendente espiritual do Faraó do Antigo Egito, ao invés de ser de Abraão.

2.1) A vaidade é o ato que separa o conservantismo sensato do insensato.

2.2) O conservantista sensato é movido pela prudência e nunca pela vaidade - ele investiga tudo e fica com o que é conveniente, uma vez que isso aponta para a verdade, para o verbo que se fez carne.

2.3) Quando ele aprende a verdade, ele passa a conservar a dor de Cristo. Por meio da santa eucaristia, ele passará a amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, uma vez que é Cristo que vive nessa pessoa, uma vez que Ele fez santa habitação naquele que moveu céus e terras em busca da verdade, pelo desejo de ser batizado a ponto de viver a vida em conformidade com o todo que vem de Deus.

3.1) Quando lido com um discordante, a primeira pergunta que devemos fazer é: há algum erro no que falo? Se não há, então o erro está no sujeito que discorda, pois o que falo está a ferir a vaidade dessa pessoa.

3.2.1) Por conta da vaidade, o nascente movimento conservador é riquíssimo de pensamentos que fomentam má consciência coletiva. Eles se recusam a fazer exame de consciência e até evitam de se confessar com freqüência - se fizessem isso, trocariam o errado pelo certo.

3.2.2) Uma das prováveis causas disso está no fato de que a Igreja Católica no Brasil está sendo governada por maus bispos e maus sacerdotes, uma vez que a Teologia da Libertação tem dominado os seminários e causado uma tremenda crise de autoridade desde dentro - o que favorece o avanço do protestantismo, já que muitas dessas seitas vieram de pastores americanos, que vieram pregar suas heresias aqui, quando o Brasil passou a ser uma república, a ponto de ter o seu imaginário colonizado por essa gente.

3.2.3) Se essa crise for sanada, o Brasil já poderá progredir naquilo que decorre na verdade, naquilo que decorre da missão de servir a Cristo em terras distantes, tal como se deu em Ourique, quebrando de vez a mentirosa tese de José Bonifácio de que o Brasil foi colônia de Portugal.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de dezembro de 2018.

sábado, 22 de dezembro de 2018

Notas sobre os princípios basilares sobre os quais me pauto

1) Quem ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento precisa ser como foi o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem: ter apreço radical pela verdade, a ponto de fazer a vontade do Pai sem medida.
 
2.1) A base da sociedade política decorre destes princípios: Cristo foi verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, a Igreja é Sua Esposa e a Virgem Maria é mãe de Deus. Isso sem mencionar que o Brasil decorre da missão de servir a Cristo em terras distantes, dentro daquilo que se estabeleceu em Ourique.

2.2) Quem prefere conservar o que é conveniente e dissociado da verdade está à esquerda do Pai, ainda que se diga de direita nominalmente falando.

2.3.1) É por conta desse conservantismo que muitos são apátridas. E com eles não se negocia. Enquanto estiverem no erro, não há que se pensar em aliança numa luta contra o mal, uma vez que eles, os conservantistas, instigam a relativização da verdade.

2.3.2) O professor Olavo de Carvalho falou que dialogar com comunistas é perder o diálogo. Como muitos dos protestantes agem tal como os marxistas, é um erro tremendo buscar aliança com alguém que rejeita os princípios mais básicos sob os quais este país foi fundado. É por isso que essa mistura vai fracassar, pois edificará liberdade com fins vazios, pois esta aliança é utilitária e é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.1) É por isso que sigo o exemplo de D. Afonso Henriques: entre, se for católico; se for protestante, primeiro se converta e depois me procure. Este foi o filtro que montei - ninguém vem a mim se não for católico.

3.2) É assim que faço no pequeno país que governo: a Pseikörder. E este país vai se expandir, ocupar todo o Brasil e romper com aquilo que decorre de 1822, a ponto de restaurar o que se perdeu por conta dessa associação com a maçonaria, que nos custou a nossa verdadeira razão enquanto pátria livre e independente.

3.3.1) Por mim, o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves será restaurado.

3.3.2) Como não negocio com revolucionário, e o protestante é um revolucionário, você me verá fazendo política não-partidária, atuando no campo cultural. Para conseguir algo de mim, você precisa ser íntegro e ser católico tal como um polonês. Do contrário, não tem acordo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de dezembro de 2018.

Das razões pelas quais me sinto realizado na digitalização de livros

1) Uma das minhas maiores alegrias é digitalizar livros.

2) Na época em que estudava para concurso público, os maiores beneficiários do meu trabalho eram pessoas cegas, visto que os textos dos pdfs eram pesquisáveis, a ponto de serem lidos em voz alta de modo que eles pudessem entender.

3) Quando falta luz aqui em casa, é a única companhia do meu pai em meio à escuridão, uma vez que ele não poderá por um tempo assistir aos seus filmes favoritos na Netflix.

4.1) Ao contrário dos outros, não farei ninguém sair do conforto do seu lar de modo a consultar o material que tenho aqui comigo. Trabalho todos os dias digitalizando livros e escrevendo artigos - é um trabalho duro, mas faço o melhor que posso. O Rio de Janeiro anda muito perigoso e muitos dos que me acompanham nem são daqui, o que me é uma excelente oportunidade para servir este tesouro que acumulo em terras distantes.

4.2) Se prover alimento para o corpo e para a alma é uma responsabilidade muito grande que recai sobre os ombros do agricultor, então fazer elevar a inteligência dos que estão ao meu redor, a ponto de abrirem os olhos para o que realmente importa, é o que me recai e é tão importante quanto esse nobre encargo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de dezembro de 2018.

Tal como ocorreu com os judeus, que se dê aos judaizantes a sua diáspora

1.1) Os que rejeitaram Jesus como Messias, com a destruição do Segundo Templo, foram condenados perpetuamente à diáspora.

1.2) O mundo para eles é um imenso deserto - eles só voltarão para Terra Santa quando aceitarem Jesus como Messias. E essa diáspora já tem mais de quarenta anos.

2) Os que atentaram contra a autoridade da Igreja Católica adotaram elementos judaizantes. A Revolução Protestante é marcada por esse conservantismo, enquanto mentalidade revolucionária.

3.1) Se os hereges foram judaizantes, então eles devem sofrer as mesmas penas que os judeus, ao rejeitarem o Messias.

3.2.1) Os judaizantes, por rejeitarem a esposa de Cristo, devem ser condenados à diáspora. Eles precisam ser declarados apátridas e expulsos do país, visto que em nada contribuirão para a edificação do bem comum fundado na missão de servir a Cristo em terras distantes, mas em alimentar a própria prole a ponto de ela ficar rica no amor de si até o desprezo de Deus. Eis a proletarização - é fato sabido que o protestantismo prepara o caminho para o ateísmo e para a liberdade servida com fins vazios.

3.2.2) Por uma questão de justiça, só podem ser condenados os que são anticatólicos, os irrecuperáveis. Os que ignoram a Igreja de boa-fé precisam ser salvos. Os apátridas só voltam quando aceitarem a Cristo e à Igreja como sua Santa Esposa.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de dezembro de 2018 (data da postagem original).

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Notas sobre alguns aspectos da economia e da ética de trabalho renascentista, dentro do contexto de Ourique

1.1) Na época renascentista, as pessoas eram de certo modo polímatas, a ponto de serem paus para toda obra. Elas aprendiam um pouco de tudo, desde preparação de alimentos a exploração de estradas.

1.2) Quando um caminho de vida era escolhido, isso levava à renúncia dos demais; isso não quer dizer, todavia, que em algum ponto da vida a pessoa não pudesse retomar alguma das habilidades eventualmente renunciadas, de modo a se aprimorar e a servir a Cristo da melhor forma possível, advinda alguma circunstância favorável, para a qual se preparou previamente. Assim, era possível, por exemplo, haver um artesão com know-how em pastoreio, a ponto de ser capaz de organizar um pasto no quintal e criar ovelhas de modo a obter a lã tão necessária ao seu principal ofício: a tecelagem.

1.3.1) O fato de uma mesma pessoa possuir largos conhecimentos em várias áreas do saber é interessante, uma vez que a família desse polímata herdará todo esse cabedal a ponto estabelecer uma atividade econômica organizada.

1.3.2) Esse know-how será passado às demais gerações como uma tradição de família, a ponto de eles todos terem uma noção holística de toda a cadeia produtiva, no tocante a servir a quem ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, dentro de todas as circunstâncias conhecidas. E é se tendo uma noção holística da cadeia produtiva que essas gerações poderão ajustar as suas respectivas vocações de modo a melhor servirem a seus clientes e assim serem remunerados por isso, uma vez que os negócios foram recebidos por força de herança. Afinal, verdade conhecida é verdade obedecida.

2.1) Os que vieram para o Novo Mundo são frutos dessa época: são polímatas e paus para toda e qualquer obra, dedicados a santificar tudo o que fazem, a ponto de fazerem da excelência um hábito.

2.2.1) Eles vieram para o Novo Mundo por escolha própria, de modo a contribuir para essas novas comunidades políticas que estavam sendo formadas por conta da missão de servir a Cristo em terras distantes, a ponto de elas todas serem tomadas como um lar em Cristo enquanto bem servirem a Ele nesse fundamento.

2.2.2) Esses colonos desenvolviam suas habilidades tendo por base a experiência acumulada em cada uma das diferentes funções que desempenhavam ao longo da vida de modo a terem o pão de cada dia até o momento em que se tornavam mestres em seus próprios ofícios, uma vez que inventaram suas próprias profissões de modo a servirem a Cristo em terras distantes - o que é obra de gênio, de quem imita sistematicamente o verdadeiro Deus e verdadeiro homem neste aspecto.

2.2.3) Quando adquiriam todo o conhecimento necessário e demonstravam na guilda que possuíam as habilidades necessárias, então eram promovidos a companheiros e passavam a ser recrutados a ponto de receber um salário justo em razão de seus conhecimentos e de suas habilidades, uma vez que usariam suas habilidades para servirem ao próximo, ao que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Eles podiam ser recrutados como empregados ou poderiam, com a ajuda suas respectivas esposas filhos, fazer de suas próprias casas lugares para se começar um novo negócio, a ponto de surgir uma verdadeira comunidade que faz da santificação através do trabalho a sua razão de ser para uma vida virtuosa.

2.2.4) Se esses colonos tivessem famílias grandes, então era perfeitamente natural começarem a atividade econômica organizada de casa mesmo, com o apoio de suas respectivas famílias. Além de ser Igreja doméstica, a família é o microcosmo da comunidade dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, a ponto de servirem a Cristo em terras distantes, coisa que pode ser feita através da santificação através do trabalho. Da associação de várias famílias comungando dos mesmos valores surge uma comunidade, um município, uma câmara republicana.

2.2.5) À medida em que iam trabalhando e ganhando experiência, eles trocavam à servidão pela liberdade e passavam a ser considerados cidadãos livres, a ponto de contribuírem, com o trabalho, para que as novas terras no além-mar se tornassem um espelho da Europa Cristã, a ponto de surgir uma Nova Espanha ou mesmo um Novo Portugal, tal como aconteceu com o Brasil, que saiu da qualidade de província para ser elevada à categoria de reino, quando surgiu o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. 
 
2.2.6) Enquanto as famílias trabalhassem juntas, elas como um todo subiam na hierarquia nobiliárquica, a ponto de serem tomadas como figuras importantes para a história e o desenvolvimento da cidade que ajudavam a fundar, a ponto de essa cidade receber uma carta de franquia do rei e adquirir mais prerrogativas por conta de ter servido a todo o império fundado na missão de servir a Cristo em terras distantes no melhor que podia fazer, dentro de suas circunstâncias.

2.2.7) Por conta desse reconhecimento, os membros dessa comunidade adquiriam o direito de tomar a cidade onde viviam como um lar em Cristo, por força de terem provado a seu Rei e a Cristo, por meio do trabalho, que são dignas, a ponto de criarem relações de confiança entre essa comunidade e as demais cidades, gerando uma integração entre elas através da oferta e demanda por serviços, fundada numa economia de favores.
 
3.1) A santificação através do trabalho, dentro do contexto de se servir a Cristo em terras distantes, era tão eficaz que recuperava até mesmo os degredados, a ponto de se tornarem exploradores, soldados e trabalhadores úteis em toda sorte de profissões, a ponto de trocarem a servidão pela liberdade, por meio da excelência na prestação do serviço. Uma vez que eles se tornavam livres, eles saíam da qualidade de cidadãos comuns e passavam a ser cidadãos com pleno direito de votar e serem votados nas câmaras republicanas.

3.2.1) Se estas pessoas servissem com distinção na condução dos destinos da cidade, então elas podiam ser elevadas a barões, a viscondes, a condes e a marqueses, a ponto de serem tomados como príncipes, primeiros cidadãos da terra em que aprenderam a tomar como um lar em Cristo.

3.2.2) Dentre esses príncipes, um deles terminará escolhido para ser o soberano, a ponto de suceder a D. Afonso Henriques na qualidade de vassalo de Cristo, se não houver mais descendentes desse santo rei, de modo a continuar missão de servir a Cristo dentro daquilo que decorre de Ourique.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de dezembro de 2018 (data da postaem original).

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Notas sobre profecia, ciência e economia da salvação - por que a autoridade do padre aperfeiçoa a liberdade dos que são livres em Cristo, por Cristo e para Cristo

1.1) Profeta é a pessoa através da qual Deus fala e age.

1.2) Todo padre morre para si de tal modo que Deus aja através dessa pessoa - por isso, o padre é necessariamente um profeta. Se ele cumpre seu propósito, então ele é um santo, um exemplo a ser seguido.

2.1) Se a profecia usa métodos de produção e classificação de conhecimento de modo que o ensinamento seja mais convincente e mais veraz, aí já é ciência. E neste ponto, o padre, além de profeta, é cientista.

2.2) Por isso, a profética é também patrística, pois Deus falou através deles de modo que ninguém renegasse aquilo que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.1) Todo profeta que estabelece uma atividade econômica organizada de modo a promover a santificação através do trabalho, a ponto de promover uma pastoral que faz com que as pessoas consigam encontrar um emprego por meio dela e um sentido para a vida, está a praticar a economia da salvação. E na economia de salvação, o ganho sobre a incerteza é usado para a promoção do bem comum, favorecendo a integração entre as pessoas, aponto de juntas amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

3.2) O padre que age nesta seara é o verdadeiro economista, pois está semeando o senso de tomar o país como um lar em Cristo, a ponto de este servir de escola para a pátria definitiva, que se dá no Céu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2018.