1) Se a riqueza do Brasil fosse lastreada em pau-brasil, então a emissão da moeda dependeria necessiariamente do grau de confiança que se tem desse produto a ponto de edificar alta cultura, por meio dos violinos e por conta do vermelho que tinge a roupa dos nobres, a ponto de derramarem seu sangue por Cristo, tal como fizeram os primeiros mártires.
2) O pau-brasil é uma árvore e ela se reproduz lentamente. Por isso mesmo, sua produção deve ser a mais sustentável possível. Como o pau-brasil tem sua nobreza decorrente da verdade, da conformidade com o Todo que vem de Deus, então ela tem vantagem de valer tanto quanto o ouro, além de ter a vantagem de ser reproduzível, embora leve gerações até ficar pronto para o abate.
3) Se o Brasil imita aquilo que decorre de Ourique, a riqueza nacional se torna o novo padrão internacional de valor porque serve a Cristo em terras distantes, fundado no fato de que o mundo inteiro ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.
4.1) Para se trocar o ouro como padrão universal de valor, é preciso que se troque esse falso padrão de valor fundado na riqueza como sinal de salvação pela verdade que decorre do verbo que se fez carne. Assim as moedas nacionais ganham um caráter universal, por conta de servirem melhor sua riqueza em terras distantes.
4.2) Quanto mais próxima de Cristo for a riqueza, em termos de simbologia, maior a necessidade de possuí-la e de tomar o país que emite essa moeda como um lar em Cristo.
5) Pena que o pensamento keynesiano da moeda fiduciária não chegou ao tempo do Renascimento, quando o pau-brasil era a principal riqueza do Brasil. Uma crise fundada na economia pautada na ética protestante e o espírito do capitalismo precisou servir de impulso para melhor se meditar sobre essas questões.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 1º de dezembro de 2018.
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