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quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Da importância dos simuladores econômicos para o desenvolvimento de todo o meu pensamento

1) Muitas das coisas que escrevo sobre história, filosofia e economia decorrem de algumas coisas que observei nos jogos que costumo jogar. Algumas coisas eu vi no Civilization 5, outras no Civilization 6, outras no Colonization original, outras no The Guild 2 e outras no Ultima Online, que é um RPG medieval.

2) Esses simuladores guardam alguma relação com a realidade, tanto é que me permite observar coisas que normalmente não veria no meu dia-a-dia. E é com base nessas coisas que observo que começo a meditar sobre isso. Enfim, jogar esses jogos é como ler centenas de livros por ano - e isso é algo que não pode ser desprezado.

3) Os economistas, quando colhem dados sociológicos, tendem a jogar isso nos simuladores de modo a ver as conseqûências práticas dessas ações. Muitos deles acabam se tornando projetistas de jogos, fazendo com que a complexidade do mundo real seja trazida com fidelidade para os ambientes virtuais, enriquecendo e muito a imaginação das pessoas.

4) E é por conta dessa imaginação enriquecida que começo a meditar nas coisas que são fundadas naquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, uma vez que descarto aquilo que decorre da ética protestante e do espírito do capitalismo, que faz do homem a medida de todas as coisas, fundada numa cosmovisão em que o mundo é dividido entre eleitos e condenados, visão essa que acabou inspirando a realidade geopolítica da Guerra Fria, no século XX.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 2018.

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