1) Um amigo meu tomou conhecimento a respeito desse meu problema de "limitação imaginativa". E aí ele me sugeriu o seguinte: que eu demonstrasse as virtudes e defeitos dos meus personagens.
2) Se fizesse ficção, muitos dos meus personagens teriam por lastro pessoas que conheci online. Muitas delas são ricas em má consciência e que bloqueei. Posso citar alguns: Leonardo Pratas, Graça Salgueiro, Pérsio Menezes (esses três exemplos de gente que desprezo).
3.1) Para fazer um personagem de ficção, tudo o que devo fazer é descrever algumas pessoas reais e pegar o que há de bom numa e o que há de ruim em outra e colocar isso num personagem, de modo a sair bem autêntico.
3.2) Quanto a cenários, bastam lugares que eu conheci; quanto a ações, basta se fazer esta pergunta: o que faria se fosse um ser mesquinho, como o Roberto Carlos? O que faria se tivesse a prepotência do Lula ou mesmo da minha ex-namorada, que achava que podia opinar sobre qualquer coisa, mesmo não sabendo patavina nenhuma do que está sendo falado, uma vez que ignora esta lição do Olavo: de que é preciso estudar antes de falar?
4.1) Mesmo que eu tenha problemas de limitação imaginativa, eu prefiro algo bem pé no chão.
4.2) Posso criar personagens fictícios, mas o lastro deles são pessoas que eu conheci na realidade (e a rede social é também uma realidade, pois lido com pessoas reais, embora distantes de mim geograficamente falando).
4.3) Muitas das pessoas que conheci me causaram impressões muito negativas e poucas me causaram impressões positivas, se levarmos em conta este tempo de fogueira das vaidades, que é subproduto dessa cultura de liberdade voltada para o nada em que estamos permeados.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 4 de dezembro de 2018.
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