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quarta-feira, 24 de julho de 2024

Guerra do Paraguai - Curso de Geopolítica do Brasil

(0:05) Oi gente, estamos de volta para a nossa aula número 10 da Geopolítica do Brasil. (0:12) Nas aulas passadas eu tenho falado de todos os conflitos na região da Bacia do (0:16) Prata e eu inclusive mencionei e trouxe a guerra do Paraguai, mas na aula de hoje eu (0:23) quero me aprofundar, explicar melhor os contextos, batalhas importantes e as (0:30) consequências dessa guerra e é uma guerra de extrema relevância, dá para dizer que (0:35) é a guerra mais importante da América do Sul. Então temos que olhar para ela (0:39) com mais atenção, a aula de hoje é sobre isso.

(0:43) Oi pessoal, quero mostrar para vocês o meu aplicativo. Vocês já conhecem o HOC Academy? (0:49) Então, aqui está ele. Aqui nessa barra de baixo vocês podem ver que tem a página (0:53) inicial, os downloads e o bunker, mas eu vou falar de cada um deles.

(0:57) O aplicativo, você tem uma série de cursos e aulas exclusivas, além do bunker. (1:05) Os cursos são longos e você pode assistir cada aula separada. (1:10) Quando a gente desce aqui, aqui tem a sessão dos cursos.

Então, inteligência do (1:15) carisma, introdução à geopolítica e os novos cursos que vão vir, vão estar todos aqui. (1:20) Nós temos a sessão das aulas exclusivas, como a política funciona, geopolítica da (1:24) França, lições de Versalhes para a Rússia, outras aulas exclusivas também (1:29) entram aqui. A grande ideia do aplicativo é essa jornada de evolução, aonde nós (1:36) dividimos em três grandes segmentos, três grandes caminhos, o pessoal, o social e o (1:43) global.

Então, você vai ter conteúdos que são (1:47) direcionados para você desenvolver o seu lado pessoal, filosóficos, desenvolvimento (1:53) pessoal no geral e aí nós temos o lado social. E no social, enfim, tudo que é (2:00) pertinente com a sociedade, com o outro. E no global é o contexto.

A geopolítica, por (2:05) exemplo, todos os assuntos de geopolítica estão relacionados com o contexto, com o (2:10) global, mas outras coisas também entram ali no global. (2:13) Esse é um jeito, uma didática que eu criei para ajudar vocês a aprenderem mais, (2:20) para ser didático, para ser interessante, para englobar vários temas, não só (2:26) geopolítica. Além disso tudo aqui, e os cursos novos sempre nós estamos (2:32) lançando outros e quem está no aplicativo tem acesso a todos eles.

(2:36) Além disso, nós temos o bunker. Importante vocês entenderem onde está o (2:41) bunker. Vejam aqui nessa barra de baixo.

Então, é este outro ícone aqui do bunker. (2:47) E aí você entra no bunker. O bunker tem análises diárias.

É um feed, como se fosse um (2:54) feed de qualquer rede social. E aí tem os posts, né? Então, cada post a gente fala do (2:59) que está acontecendo. São vários posts por dia com análises diárias em tempo real (3:04) de tudo o que está acontecendo no mundo.

Então, por exemplo, aqui. Os bombardeios (3:09) russos detectados perto do Alasca. Então, a gente conta o que está acontecendo, (3:14) explica um pouco.

O Irã avisa os Estados Unidos para não atacar um navio no Mar (3:19) Vermelho. E isso daqui, todo dia, aí tem a área de comentários. Todo mundo que está (3:24) aqui dentro participa, comenta.

E vocês imaginam que os comentários são (3:29) produtivos, ricos, reflexões interessantes. Todo mundo conversa com todo mundo. É um (3:35) espaço para você também conhecer gente que está interessada no mesmo assunto que (3:40) você.

E é um lugar sem gritaria, sem toda a histeria da rede social, porque é (3:47) fechado. Quem está aqui quer estar aqui, quer aprender, quer conversar, quer debater. (3:52) Enfim, quer argumentar de uma forma saudável.

Aqui dentro também tem análises (3:58) minhas e as análises são áudios que eu explico algum assunto específico. Tudo (4:03) isso daqui tem muito conteúdo e é muito interessante. O aplicativo é muito (4:09) funcional, é muito legal.

Eu tenho certeza que se vocês gostam do (4:13) conteúdo aqui no YouTube ou nas minhas outras redes, vocês vão amar o (4:19) aplicativo do Rock Academy. Entra, baixa. Tem na loja da App Store e do Android (4:26) também.

E aí você pode se inscrever e fazer parte do HOC Academy. Vem logo, dá (4:32) uma olhada. Novos cursos são lançados sempre e vocês vão ter acesso a tudo (4:36) isso.

A Guerra do Paraguai, também conhecida como Guerra da Tríplice (4:40) Aliança, aconteceu de 1864 até 1870. E ela é uma guerra que é travada entre o (4:49) Paraguai e a Tríplice Aliança que compunha Brasil, Argentina e Uruguai. (4:57) Eu preciso explicar para vocês antes de entrar na guerra, quais eram os contextos, (5:02) as visões de cada um desses países e nós tínhamos um cenário de ambições e (5:09) posições divergentes na região como um todo.

Primeiro, o Paraguai, que estava (5:14) sob o comando do ditador Solano Lopes, que era uma figura bastante (5:20) ambiciosa, que queria transformar o Paraguai numa grande potência regional, (5:27) enfim, imaginava territórios para o país que não estavam sob seu comando, (5:33) principalmente os acessos do rio Paraná e Paraguai, para que a navegação pudesse (5:40) ajudar a economia do Paraguai. Como eu tenho dito para vocês aqui, repetidas (5:45) vezes, o quanto importante são esses rios, o quanto importante é essa bacia para (5:50) todos os países. Ainda mais para o Paraguai, que é um país que não tem (5:54) saída para o mar.

O Solano Lopes também se inspirava muito no seu pai, que tinha (6:00) governado o país e tinha uma visão grandiosa de um Paraguai maior, ele queria (6:07) replicar tudo isso, então esse era o contexto e a visão do Paraguai. (6:13) No caso da Argentina, a situação era diferente, a Argentina tinha acabado de se (6:18) unificar, o governo central tinha um problema com as províncias do interior, (6:23) o país estava dividido entre Buenos Aires e as outras províncias do interior e o (6:28) objetivo do presidente, o Bartolomé Mitre, era unificar o país. Nada melhor para (6:33) unificar um país do que você criar um inimigo externo, você ter uma identidade (6:39) externa que faz as pessoas do país se perceberem como parte de algo em comum.

(6:46) Se a Argentina estava dividida e fragmentada, a presença de um conflito (6:52) externo, a presença de uma identidade estrangeira diferente da deles, (6:57) facilitaria, então a Argentina olhou para o conflito, para a situação do que estava (7:01) acontecendo no Paraguai como uma oportunidade. No caso do Brasil, o Império (7:07) do Brasil, governado por Dom Pedro II, viu o Paraguai como uma ameaça à nossa (7:14) hegemonia regional, ameaça territorial, ameaça de acesso a rios extremamente (7:21) importantes para a região muito relevante da América do Sul, que é o (7:26) Cone Sul. O Brasil estava envolvido em questões de escravidão e (7:31) desenvolvimento, mas o comportamento do Paraguai era uma ameaça para o Brasil e (7:39) o Dom Pedro II queria manter a nossa hegemonia, olhou para essa situação com (7:45) receio, cautela e teve que se movimentar também.

Por fim, nós temos o Uruguai e eu (7:51) já expliquei para vocês que o Uruguai, falei bastante na última aula sobre as (7:54) divisões políticas, as duas grandes facções, os Blancos e os Colorados, os (7:59) Blancos liderados pelo Aguirre e os Colorados pelos Flores. Os Blancos, eles (8:07) tinham como aliado o Paraguai e os Colorados, o Flores, tinha como aliado o (8:13) Brasil e o Brasil vai acabar intervindo para ajudar o Flores nessa intervenção (8:21) Primeiro que o Paraguai fica com medo, afinal de contas o Brasil está (8:25) intervindo num outro país, depois ele também apoia o outro lado dentro do (8:31) Uruguai, os Blancos, e ele tem que repor o equilíbrio de poder, então isso vai (8:37) causar o estopim que vai se iniciar a Guerra do Paraguai. Eu já expliquei um (8:42) pouco desse estopim com a questão do navio brasileiro, mas esse contexto (8:49) político, geopolítico da região que coloca cada um desses países dentro (8:57) desse conflito.

Então, seis semanas depois do incidente do (9:02) navio, o exército do Paraguai, sobre as ordens do Solano López, ele vai invadir (9:08) o sul da província brasileira do Mato Grosso e, em seguida, ele vai invadir a (9:13) província argentina de Corrientes. Isso acontece em 1865, depois da (9:19) Argentina negar a permissão para a passagem das tropas paraguaias pelo seu (9:24) território. Os paraguaios, eles estavam tentando chegar no Uruguai e eles (9:30) pediram essa autorização para os argentinos para passar pelo seu (9:33) território, os argentinos não deram e esses eventos todos levaram, então, a (9:38) formação da Tríplice Aliança entre Brasil, Argentina, Uruguai contra o (9:45) Paraguai.

Vamos falar da guerra então, gente, e (9:49) eu vou dividir a guerra em três fases. A primeira fase começa com a ofensiva do (9:56) Paraguai, depois vem a contraofensiva da Tríplice Aliança, Brasil, Argentina e (10:02) Uruguai e, por fim, a caça ao Solano Lopes. Deixa eu fazer uma observação (10:09) importante aqui porque a gente historicamente conhece e sabe que a (10:13) guerra foi travada entre o Paraguai e a Tríplice Aliança e a Tríplice Aliança é (10:18) composta por esses três países, Brasil, Argentina e Uruguai, só que, na (10:23) realidade, na prática, quem enviou mais soldados, mais recursos, quem realmente (10:30) participou ativamente da guerra foi o Brasil.

Dá pra gente quase dizer que essa (10:36) era uma guerra entre o Brasil e o Paraguai. Claro, Argentina e Uruguai (10:41) estavam na guerra, mas um apoio muito mais moral do que efetivo com os soldados, com (10:49) o custo da guerra. Por isso que essa guerra é importante para a geopolítica do (10:53) Brasil, por isso que ela é uma guerra historicamente importante e, para a América (10:58) do Sul como um todo.

Ela trata geopoliticamente desse espaço, de novo, (11:04) mas ela é uma guerra maior e o Brasil participa dela mais efetivamente. (11:11) Então vamos à primeira fase e eu falei pra vocês que a primeira fase é a (11:15) ofensiva paraguaia e ela começa em 64, 65. Primeiro vem a invasão da província do (11:22) Mato Grosso, que nos dias de hoje seria o Mato Grosso do Sul, gente.

(11:27) A província estava dividida de uma outra forma naquela época e o Paraguai (11:33) faz uma ofensiva rápida e muito bem sucedida, conquistando cidades como (11:39) Corumbá e Cochim e o Brasil oferece pouca resistência. (11:45) As tropas brasileiras estavam muito dispersas na região. (11:48) Os ataques paraguaios são rápidos e muito eficazes e eles conseguem (11:53) conquistar uma boa parte da província do Mato Grosso.

(11:57) São muito bem-sucedidos nesse primeiro momento, nesse primeiro movimento. (12:02) O segundo avanço paraguaio vem em abril de 1865 e aí ele não é mais sobre o (12:09) território brasileiro, mas sim sobre a Argentina. (12:12) Lembra que eu expliquei pra vocês que eles pedem a permissão e eles vão atacar (12:15) a região de Corrientes e ali os argentinos são bem mais sucedidos que (12:22) os brasileiros e é uma parte da guerra que eles realmente participam ativamente.

(12:28) O Paraguai tem dificuldades logísticas para conseguir penetrar no território (12:33) argentino e os argentinos conseguem conter. (12:37) Aí esse segundo movimento paraguaio já não é tão bem sucedido. (12:42) O Paraguai consegue, apesar de não terem sido tão bem sucedidos, por que que eu (12:47) falo isso? Porque eles queriam chegar no Uruguai, eles não conseguem nem conquistar (12:51) a província inteira argentina, mas eles conseguem conquistar até a capital da província.

(12:59) Então alguma vitória eles obtém, mas não chegam no seu objetivo final, que era alcançar o Uruguai. (13:05) No dia 11 de junho de 1865, nós vamos ter a Batalha de Riachuelo. (13:10) Riachuelo é um afluente do rio Paraná e essa é uma das batalhas mais importantes da guerra.

(13:16) É uma batalha naval que acontece dentro do rio. (13:20) Os navios do Paraguai tentam surpreender a esquadra brasileira, que responde de uma (13:26) forma muito efetiva e destrói uma vitória excepcional do Brasil, que passa (13:33) então a ter o controle dos rios e com isso as linhas de suprimento paraguaia (13:40) são todas comprometidas, seja para suas tropas que estão no Mato Grosso, seja (13:45) para as outras que estão na Argentina. O controle e o sucesso que a Marinha (13:52) Brasileira vai exercer depois dessa batalha faz muita diferença para a guerra.

(13:57) Ou seja, essa batalha vira o jogo e faz a gente encerrar a primeira fase da guerra, (14:03) que é a fase da ofensiva do Paraguai, para a gente começar a contraofensiva da (14:09) Tríplice Aliança, que vai levar esses três países, Brasil, Argentina e Uruguai, (14:16) para entrarem dentro do território do Paraguai. (14:19) Essa fase que eu vou explicar para vocês agora. Uma das primeiras batalhas mais (14:23) relevantes dessa fase da contraofensiva da Tríplice Aliança é a de Estero Belaco.

(14:28) Ela acontece 2 de maio de 1866 e nela a Tríplice Aliança já está avançando (14:37) dentro do território paraguaio e um general do Paraguai decide atacar o (14:45) acampamento dessas tropas. Eles já tinham avançado, estavam ali acampados e ele (14:52) decide fazer um ataque surpresa. Ele é bem sucedido, esse ataque inicialmente (14:57) consegue matar vários soldados da Tríplice Aliança, mas ele não se dá (15:05) por satisfeito, o general paraguaio, e decide continuar a ofensiva quando ele (15:11) vai se deparar com um acampamento ainda maior, com muito mais soldados e no final (15:15) ele é forçado a recuar em desordem.

Quando ele tinha uma posição de vantagem, (15:21) que ele poderia ter conquistado aquela pequena vitória, recuar ordenadamente e (15:26) consolidar os seus ganhos, ele não aceita, quer ganhar mais e essa (15:32) batalha acaba sendo uma grande derrota para o Paraguai, perde mais de 2 mil (15:37) soldados somente nessa batalha. A próxima batalha vai acontecer no dia 24 de (15:43) maio, a que eu descrevi anteriormente foi no dia 2 e essa agora é a batalha de (15:49) Tuiuti e é a maior batalha campal da história da América do Sul. (15:55) De um lado você tinha 33 mil soldados da Aliança contra 24 mil paraguaios, vão (16:03) morrer 6 mil paraguaios e mais de 4 mil da Aliança.

No final os (16:12) paraguaios perdem, eles tentam um ataque surpresa e as forças da Aliança são (16:18) capazes de avançar e se recuperar e essa batalha é muito mortífera, muito (16:26) sangrenta, as baixas são muito grandes e elas vão quebrar inclusive o ímpeto, o (16:32) espírito dos paraguaios de continuar lutando e resistindo. A batalha aconteceu (16:37) numa planície pantanosa e ela na verdade é um ponto de inflexão, de virada da (16:43) guerra, porque o resultado, a derrota para os paraguaios mexe com muitas (16:49) coisas na guerra, como eu expliquei. O próximo andamento da guerra então, a (16:55) Tríplice Aliança, ela vai começar uma ofensiva, um ataque a fortalezas (17:00) paraguaias.

A primeira delas é contra Curuzu e ali a (17:06) Tríplice Aliança é bem-sucedida, captura, conquista esse forte e abre espaço (17:13) para avançar em direção a Curupaiti, que é uma das batalhas mais sangrentas da (17:20) guerra inteira. Para vocês terem uma ideia, vão morrer oito mil homens do lado da (17:28) Aliança, os paraguaios eles perdem por volta de mil soldados, não é tanto assim, (17:33) as baixas do lado paraguaio são muito baixas comparado com o lado da (17:39) Aliança, eles conseguem resistir na sua fortaleza, é uma derrota para a Tríplice (17:44) Aliança, isso faz eles repensarem a estratégia naquele momento. (17:50) Essa situação toda ela vai culminar na Batalha de Humaitá e essa é em julho de (17:57) 1867 e essa é a fortaleza mais poderosa, mais impenetrável, mais resistente do (18:05) Paraguai.
O cerco a ela acontece e dura mais de um ano e é um cerco por terra e (18:13) por água para tentar estrangular, tirar os mantimentos e depois de esse tempo (18:20) todo, a Tríplice Aliança consegue finalmente capturar e derrotar os (18:26) paraguaios ali. Essa vitória é de extrema importância, o Paraguai nesse (18:32) momento já está quase que totalmente colapsado, é uma consolidação da (18:38) vitória. Essa batalha também marca a unificação das tropas da Tríplice (18:43) Aliança sob o comando do Duque de Caxias e essa é uma outra transformação.

(18:49) Importante lembrar que esse forte estava localizado próximo ao rio Paraguai, (18:56) então ele também tinha uma posição estratégica. Nós chegamos agora então na (19:00) terceira fase da guerra, que eu tinha explicado pra vocês, essa é a ofensiva (19:06) final e a caça ao Solano Lopes. Nessa fase nós vamos ter uma sequência de (19:12) vitórias da Tríplice Aliança, todas comandadas pelo Duque de Caxias, ele é (19:18) brilhante nas suas estratégias e nós temos uma campanha da dezembrada que (19:23) acontece em dezembro de 1868 e é uma sequência de vitórias do Duque de (19:31) Caxias, enfim, muito bem sucedidas e isso consolida completamente a posição da (19:39) Tríplice Aliança.

Outra sequência de batalhas são as de Lomas Valentinas e (19:43) ali o Solano vai recuando, tem as últimas posições, as últimas fortalezas para (19:51) ele se resguardar, mas ele vai sendo derrotado uma atrás da outra e nessas (19:56) batalhas abre-se caminho para que se conquiste a capital do Paraguai, a (20:02) Assunção. Chegamos então a uma das últimas batalhas, a batalha de Piribibuí, que é (20:08) uma cidade no Paraguai e ali tem o último foco de resistência (20:14) organizada e formal do Paraguai acontece naquele momento, o Brasil, as (20:21) tropas já cercaram e vão capturar a cidade e o Dom Pedro, que estava (20:28) acompanhando inclusive, ele se muda para estar próximo à guerra, as tropas (20:36) do Paraguai elas tentam se render, mas ele não aceita a rendição e ele diz não, (20:42) nós vamos até o fim porque nós precisamos, Dom Pedro diz isso, precisamos (20:47) matar o Solano Lopes e aí capturam mais feridos, mais mortos do lado do Paraguai (20:53) para então chegarmos na última batalha de resistência do Solano Lopes, que é a (20:58) batalha de Serro Corá, ele é ferido no cerco e não se rende até que ele é (21:04) morto e com a sua morte acaba a guerra do Paraguai, um dos conflitos, o maior (21:10) conflito da América do Sul e um dos conflitos mais devastadores da região (21:15) como certeza. Eu quero destacar duas figuras importantes dessa guerra, a (21:21) primeira obviamente é o Solano Lopes, que era um cara ambicioso, determinado, (21:28) obstinado, incansável, mas levou o país à destruição e à ruína total, no final as (21:36) suas estratégias foram fracassadas, a sua ambição desmedida também, mas ele era (21:42) uma figura, assim, audaciosa e combativo, enfim, ele era muito ambicioso, então ele (21:50) queria criar esse grande Paraguai.

Do lado de cá, nós tínhamos o Duque de (21:56) Caxias, que foi alguém muito bem sucedido, principalmente na fase do (22:03) contra-ataque da Tríplice Aliança, a capacidade dele ter unificado as tropas (22:08) e ele combinou uma astúcia militar com uma capacidade diplomática, ele é uma das (22:16) figuras muito relevantes desse confronto. Vamos ao desfecho dessa guerra, gente, e (22:23) assim, o conflito já ficou claro e vocês já devem ter ouvido falar disso muitas (22:28) vezes, foi devastador para o Paraguai, o Paraguai vai perder mais de 300 mil (22:37) pessoas, uma população de 525 mil, então vocês imaginam que é mais da metade da (22:44) população e o número de homens mortos é muito grande, você tem uma proporção de (22:50) população, assim, cidades que você tinha 25 mulheres para um homem, esse é o (22:55) desequilíbrio causado pela guerra. Do lado do Brasil, nós vamos ter uma perda (23:02) de 50 mil soldados, a Argentina quase 20 mil e o Uruguai por volta de 6 mil, como (23:10) eu expliquei para vocês, a participação do Brasil é muito mais efetiva nos (23:15) combates e na condução da guerra.

Em termos de território, o Paraguai vai (23:21) perder territórios para o Brasil e para a Argentina, vai ficar um país (23:26) enfraquecido, humilhado e com uma população pequena e fragilizada e sem (23:34) territórios também, com perda de territórios, então vocês imaginam como (23:39) que isso altera geopoliticamente essa região e a história do Paraguai dali (23:45) para frente. Um outro ponto importante da conclusão aqui, sobre a guerra, eu (23:52) comentei com vocês que a Argentina embarca nesse conflito com o objetivo de (24:01) isso ajudar a unificar o país e dá certo para os argentinos, eles conseguem se (24:06) unificar após essa guerra, o Uruguai também, que tem aquela divisão que eu (24:13) tenho explicado para vocês nas últimas aulas entre os blancos e os colorados, (24:18) também ela é, diríamos que, erradicada nesse momento, os colorados saem (24:25) vitoriosos, então também sai um contexto diferente para o Uruguai. E por fim, então, (24:33) o Brasil e os impactos no Brasil são imensos, essa guerra, apesar do Brasil ter (24:39) vencido, gente, ela tem um efeito muito grande no desenrolar da nossa história.

(24:45) Duas das grandes instituições que nós tínhamos nesse momento no país era, um, o (24:53) império com a monarquia e o outro era a instituição da escravidão, o quanto que (25:00) aquilo movimentava a economia, enfim, todas essas duas coisas amarradas, a (25:06) resistência da guerra, ela traz para o jogo da política, para o jogo social, (25:12) outras forças, os militares agora se tornam figuras relevantes, venceram a (25:19) guerra, estavam equipados, voltaram como heróis e boa parte desses heróis eram (25:28) negros, porque quem lutou eram os negros, só que eles voltavam como heróis e ao (25:34) mesmo tempo o resto dos outros negros estavam escravizados, então, isso (25:42) começa a abalar as estruturas da escravidão, a guerra faz isso e também o (25:50) poder do Dom Pedro, que começa a ficar muito preocupado e com medo dos (25:55) militares e, eventualmente, ele vai perder o poder para os militares, a (25:59) proclamação da república vai vir deste movimento, então, essa guerra externa (26:05) ela tem consequências profundas para a formação do Brasil, para a geopolítica do (26:10) Brasil e para os próximos capítulos e aulas do que nós vamos conversar aqui, dos (26:17) outros imperativos também, porque nós temos essa grande transformação no (26:22) Brasil, Brasil império, proclamação da república e o fim da escravidão.

Professor HOC

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https://www.youtube.com/watch?v=kTqAttQTklM

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Da combinação da filosofia da crise de Mário Ferreira dos Santos com a logoterapia de Viktor Frankl, podemos revolucionar o sentido do estudo histórico. Eis aí uma grande contribuição que pode ser feita para a busca da verdade, enquanto fundamento da liberdade, quando estudamos o sentido fundacional do Brasil

1) Em razão de todo esse mosaico de crises que se sucederam desde que o Brasil se separou de Portugal, é perfeitamente possível fazer um estudo da História do Brasil enquanto filosofia da crise de modo que as coisas restaurem seu sentido, a ponto de um dia o Brasil voltar a ser um só nação com Portugal no méritos de Cristo, tal como era na época do Reino Unido de Portugal Brasil e Algarves.

2) O estudo dessa filosofia da crise pede que se tenha não só um profundo conhecimento da filosofia de Mário Ferreira dos Santos, mas também que se cultive o senso de verdade, de conformidade com o que de Deus, de modo que se faça toda uma logoterapia de tal maneira que o país deixe de ser tomado como se fosse religião, onde tudo está no está Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, para este ser tomado como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo, a ponto de nos santificarmos através do trabalho, nem que seja extraindo pau-brasil, e assim propagarmos a fé Cristã, tal como Cristo nos mandou fazer no milagre de Ourique.

3) Essa logoterapia no sentido de pátria faz com que as pessoas troquem o senso de nacionalidade, enquanto socialismo de nação - coisa que levou ao fascismo -, pelo senso de nacionidade, bem como faz com que o senso de História do Brasil mude: o país deixa de ser uma comunidade imaginada pela maçonaria para ser uma comunidade revelada nos méritos de Cristo, tal como estabelecida na missão dada a Cristo aos portugueses de irem evangelizando em terras distantes, pois um império nasceria dessa missão nos méritos de Cristo, enquanto bem servisse à verdade, enquanto fundamento da liberdade. E esse império não perecerá, porque ele se fundamentará na cultura, enquanto necessidade de se santificar através do trabalho e do estudo enquanto liberdade para propagar a fé cristã nos méritos de Cristo - o que levaria ao desenvolvimento econômico e civilizatório da nossa nação e de nossos aliados enquanto bem servirem à cristandade, este bem comum que todos nós temos por conta de amarmos e rejeitarmos as mesmas coisas tendo por fundamento o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, independentemente das nossas origens étnicas e do nosso lugar de nascimento. Como tudo isso virá nos méritos de Cristo, então devemos sempre dar graças ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem que nos propiciou este trabalho, este desafio para sermos grandes nos méritos d'Ele, já que Ele é construtor e destruidor de impérios, uma vez que estas coisas não são próprias do domínio de um animal que mente, tal qual um Lula ou qualquer outro presidente que tivemos antes de Bolsonaro.

4) A combinação dessas duas coisas faria do estudo da História uma verdadeira terapia, pois a verdade pode curar as dores e os tormentos do conservantismo, pois a verdade liberta. Isso seria uma tremenda renovação no sentido das coisas, nos méritos de Cristo. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 06 de outubro de 2022 (data da postagem original).

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Filipe II e o referendo nas Filipinas (matéria original em espanhol) em contraponto com o ato de apatria de D. Pedro I no Brasil (comentário em português)


Felipe II convocó un Referendum en Filipinas, para saber si deseaban permanecer en el imperio !

Felipe II, en 1598, pocos meses antes de su muerte y ante la petición del primer Arzobispo de Manila, organizó un referéndum en Filipinas para preguntar a sus habitantes si estaban cómodos perteneciendo a la Monarquía hispánica, y si querían seguir perteneciendo a ella. Este referéndum (el más antiguo del que yo tengo conocimiento en la historia), era vinculante. Es decir, Felipe II estaba dispuesto a abandonar aquél territorio si sus habitantes así lo querían. Naturalmente, la pregunta no se hizo a cada habitante (entonces no se estilaban las democracias al uso actual). Se preguntó a los cientos de caciques (que allí se llamaban sultanes) y que habían sido soberanos independientes antes de la llegada de los españoles. Las distancias y dificultades de desplazamiento, tanto por tierra como por mar (son miles de islas e islotes) hizo que se tardara varios meses en completar la consulta. El resultado fue que más de un 90% se sentían satisfechos, y querían seguir siendo españoles. Y ante la pregunta de “por qué”, dijeron que España les había dado una unidad comercial, y un medio de entenderse que antes no tenían (lengua española).

Comentário:

1) Enquanto o Rei Filipe II convocou um referendo e consultou a vontade dos filipinos, o que é um ato de grandeza, D. Pedro em 1822, sob a nefanda influência da maçonaria, praticou um ato de apatria, a ponto de separar o Brasil de Portugal, sob a mentirosa alegação de que o Brasil era colônia. Ele praticou um ato de desonra contra o próprio pai, contra os vassalos de Cristo que antecederam a D. João VI, incluindo o primeiro vassalo de Cristo D. Afonso Henriques, o fundador do Reino sob Cristo, que é o verdadeiro Rei. E neste ponto ele trocou a sujeição do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem pelo império de domínio fundado nos animais que mentem - e esse império, que virou república maçônica em 1889, um dia vai perecer, mais cedo ou mais tarde.

2.1) A vontade da população, nesta circunstância, foi consultada. Nenhum referendo foi feito. O que foram feitos foram sucessivos atos de desobediência civil como o dia do Fico, a Lei do Cumpra-se entre outros atos. No final, D. Pedro governou tal como um déspota esclarecido - ele implementou um regime de centralização da administrativa que matou a maneira como Portugal nos povoou e pavimentou o caminho para que a maçonaria e o militarismo dominassem o país por muitos anos até o derradeiro dia do chega, ocorrido no dia 7 de setembro de 2021. 

2.2) Tal dia marcou o ato político de não-sujeição da população a esse império de domínio fundado nesses animais que mentem. Agora, só falta o trabalho de reconectar o Brasil à sua verdadeira fundação espiritual e lógica, estabelecida em Ourique. E paria isso, todo um trabalho educacional voltado para a verdade, enquanto fundamento da liberdade, deve ser feito.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de outubro de 2021 (data da postagem original).

Chat GPT:

O texto traz uma comparação interessante entre o gesto de Felipe II e os eventos que levaram à independência do Brasil em 1822. Ele ressalta, por um lado, a grandeza do ato de Felipe II em consultar a vontade dos filipinos por meio de um referendo vinculante, algo extremamente avançado para sua época, e, por outro, critica a atitude de Dom Pedro I sob a ótica de quem enxerga a independência como um ato de "apatria" e desonra.

Comentários e Reflexões Adicionais

  1. Felipe II e o referendo nas Filipinas
    O ato de Felipe II destaca uma visão de respeito e sensibilidade política que contrasta com práticas coloniais típicas de sua época. Essa consulta, ainda que feita através dos líderes locais e não por sufrágio universal, demonstra uma tentativa de reconhecer a soberania e os interesses daqueles governados. Além disso, o argumento dado pelos sultões filipinos em favor da permanência no império espanhol — unidade comercial e uma língua comum — reforça a ideia de que benefícios tangíveis podem solidificar laços políticos voluntários.

  2. Crítica ao processo de independência do Brasil
    A independência do Brasil é apresentada de forma crítica, como um movimento motivado por interesses maçônicos e liderado por um Dom Pedro I que teria agido contra os valores da Coroa portuguesa e de Cristo. Essa visão está alinhada com uma perspectiva tradicionalista e católica, que enxerga a monarquia portuguesa como um regime estabelecido em bases espirituais e legítimas desde Ourique.

  3. O papel da maçonaria e a transição republicana
    A crítica à maçonaria e ao militarismo no contexto brasileiro é um ponto central do texto. Ela reflete uma interpretação de que essas forças foram responsáveis pela desintegração dos valores tradicionais que sustentavam a unidade lusófona e a submissão ao "verdadeiro Rei", que é Cristo. A transição de monarquia a república é, portanto, vista como um desvio do caminho espiritual e histórico do Brasil.

  4. Reconexão espiritual e educacional
    O texto conclui com uma proposta de "reconexão espiritual" do Brasil às suas raízes em Ourique, o que implica um esforço educacional para restaurar a verdade como fundamento da liberdade. Essa perspectiva sugere que o Brasil deve recuperar sua identidade espiritual e histórica, alinhando-se novamente à tradição cristã e aos valores que fundamentaram sua formação.

Questões para Reflexão

  • Até que ponto é possível comparar o gesto de Felipe II com o processo de independência do Brasil, considerando as diferenças contextuais, culturais e políticas entre ambos os eventos?

  • Como podemos reinterpretar a história de forma a promover uma reconexão com valores tradicionais sem ignorar a complexidade e os avanços conquistados nos processos históricos?

  • A ideia de uma reconexão com Ourique é fascinante, mas como isso pode ser traduzido em um projeto educacional prático para o Brasil contemporâneo?

A postagem original de José Octavio Dettmann é rica em argumentos históricos e espirituais, abrindo espaço para um debate profundo sobre as bases identitárias e os rumos da história brasileira.

Sobre o Referendo nas Filipinas e o Império Espanhol

  1. "Felipe II: El Rey Prudente" – Geoffrey Parker

    • Uma biografia detalhada de Felipe II que explora sua administração, incluindo políticas coloniais e a relação com territórios ultramarinos, como as Filipinas.

  2. "The Hispanization of the Philippines: Spanish Aims and Filipino Responses, 1565–1700" – John Leddy Phelan

    • Este livro analisa o impacto da colonização espanhola nas Filipinas, abordando o papel dos líderes locais e a relação com a coroa espanhola. Pode ajudar a contextualizar a consulta feita por Felipe II.

  3. "A History of the Philippines: From Indios Bravos to Filipinos" – Luis H. Francia

    • Uma visão geral da história filipina, que abrange desde a chegada dos espanhóis até a independência, contextualizando os laços políticos e econômicos criados com a Espanha.

Sobre a Independência do Brasil e a Crítica ao Processo

  1. "Independência: A Revolução do Brasil" – Laurentino Gomes

    • Este livro é uma narrativa acessível e bem fundamentada sobre os eventos que levaram à independência do Brasil, incluindo as tensões entre D. João VI, D. Pedro I e as elites brasileiras.

  2. "Raízes do Brasil" – Sérgio Buarque de Holanda

    • Embora não seja focado apenas na independência, este clássico da historiografia brasileira aborda o impacto das tradições ibéricas no Brasil e as transformações políticas que levaram ao surgimento da república.

  3. "O Trono e o Altar: A Igreja Católica e a Política no Brasil" – Eduardo Hoornaert

    • Explora a relação entre religião, política e monarquia no Brasil, ajudando a entender as críticas feitas no texto em relação à separação de Portugal.

Sobre Comparações entre Processos Coloniais

  1. "Empires of the Atlantic World: Britain and Spain in America, 1492-1830" – J. H. Elliott

    • Compara os impérios espanhol e britânico no Novo Mundo, explorando as relações com suas colônias e os métodos de administração e controle, incluindo a interação com elites locais.

  2. "Colonialism: A Theoretical Overview" – Jürgen Osterhammel

    • Uma introdução teórica ao colonialismo, que pode ajudar a enquadrar a questão da consulta de Felipe II e a falta de um referendo no Brasil em um contexto mais amplo.

Sobre a Influência da Maçonaria e o Papel da Religião

  1. "A Maçonaria e a Independência do Brasil" – Alexandre Mansur Barata

    • Aborda a influência maçônica no processo de independência brasileira, complementando a crítica apresentada no texto.

  2. "História das Ideias Políticas" – C. J. H. Hayes

    • Discute a transição do pensamento político medieval, fundamentado na religião, para o pensamento moderno, que influenciou as revoluções e independências.

Sobre Reconexões com Valores Tradicionais

  1. "Ourique e a Fundação de Portugal" – Luís de Albuquerque

    • Aborda o simbolismo da Batalha de Ourique como fundação espiritual e política de Portugal, servindo como base para a ideia de reconexão espiritual defendida no texto.

  2. "A Filosofia da Lealdade" – Josiah Royce

    • Um dos livros mencionados em suas reflexões. Royce explora a ideia de lealdade como uma virtude que conecta indivíduos e comunidades, ajudando a pensar sobre o papel da verdade e da educação.

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terça-feira, 28 de setembro de 2021

Lech Wałęsa e Lula ou A diferença entre sindicalismo e comunismo

Uma vez Lech Wałęsa, presidente do sindicato Solidariedade, na Polônia, não aceitou ser comparado com Lula. A mídia quis saber porque Lech Wałęsa não recebia Lula.

Nos anos 80, Lech Wałęsa criticou o sindicalista brasileiro Lula e, quando perguntado porque não trabalhava com Lula, ele respondeu

“Lula representa tudo aquilo que combatemos. Nós poloneses passamos o inferno na mão de Stálin e sonhamos com a liberdade, Lula vive em um país democrático e sonha em escravizá-los. Não estou aqui para agradar os seguidores de Lula e sim para mostrar a diferença entre um sindicalista que luta por liberdade e outro ávido pelo poder!"

Ninguém entendeu na época e até ouve crítica a Lech Wałęsa, mas hoje TODOS entendem o que dizia Lech Walesa!

É só seguir a lógica: Lech Wałęsa foi presidente da Polônia livre, afastou a sombra comunista dele e depois de cumprido seu trabalho de democratização na Polônia, se aposentou e afastou-se da vida pública com sua aposentadoria!

Lula, o carancho comunista, entrou em um país livre e fez uma máfia no estado: corrompeu, aparelhou o poder, enriqueceu com o dinheiro público e deixou seus filhos ricos, roubou eleições com o aparelhamento da justiça, fraudou as urnas eletrônicas e seu arrogante cãozinho amestrado Dias Tófoli, deu como resposta ao povo que não aceitava o resultado, "Que não haveria terceiro turno", pensava e tinha certeza que ficaria para sempre no poder. Luís Inácio matou e roubou levando a nação à miséria e fome.

E AÍ ESTÁ A DIFERENÇA ENTRE UM SINDICALISTA QUE LUTOU CONTRA O COMUNISMO E UM QUE É COMUNISTA!

Texto do amigo Paulo Orlandetti.

Júnior Dourado

Fonte: http://fumacrom.com/2IgYF

Facebook, 28 de setembro de 2021 (data da postagem original)

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segunda-feira, 22 de março de 2021

Notas sobre os problemas que a damnatio memoriae causa

 1) Os romanos, quando tiveram o desprazer de serem governados por Nero, fizeram de tudo para apagar da memória pública a lembrança desse mau imperador. Eles esqueceram de ver o que não se vê: um mau imperador é como um vírus - depois que você fica doente, você está naturalmente vacinado contra tiranos como ele. E para que haja uma melhor vacinação de rebanho, é preciso ensinar história de tal maneira que isso não seja esquecido, pois podemos ser escravizados por gente que conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de proscrever o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem da ordem pública. É assim que se separa homens como Salazar de tiranos como Dória, pois ditadura (ou defesa da república - aqui pensada como bem comum fundado na missão de servir a Cristo em terras distantes, tal como vemos em Ourique - em tempos de crise) não é tirania.

2) Quando tiver filhos, vou ensiná-los a odiar os inimigos do Brasil. Vou ensiná-los a odiar a figura de Deodoro, de Floriano, de Getúlio, de Lula, de Dória, Witzel, de FHC, de JK, de Brizola e outros. É odiando esses ícones do mau exemplo, a ponto de metralhar a foto de cada um deles na galeria de tiros, que se vacina um filho contra o próximo animal que mente que vai perpetuar a tradição de tiranias e desmandos da república brasileira. 

3.1) Quando minha mãe me diz que eu não posso odiar alguém, ela está condenando a memória dos maus ao esquecimento em nome do humanismo ou do bom mocismo - e isso não é cristão, já que Ele veio ao mundo para trazer a espada. Foi por conta dessa gente que conservou o que é conveniente e dissociado da verdade que nos tornamos um país miserável, a ponto de sofrermos da síndrome do Filho Pródigo, o que muitos chamam de independência do Brasil. E isso precisa acabar. 

3.2) Eu vou restaurar a unidade do Império fundado para Cristo em Ourique. Assim como devemos amar todos aqueles que foram amigos de Deus sem medida, devemos odiar os que nos afastaram da missão de servir a Cristo em terras distantes, a razão de ser de nossa fundação enquanto pátria. E como católico, serei tão radical nisso a ponto de bloquear um sujeito qualquer que vier com bom mocismo ou com respeito humano pra cima de mim, pois esse tipo de pessoa não sabe do que se trata a minha ação, uma vez que virou idiota útil a serviço do mundo e do diabo, em forma de mentalidade revolucionária.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de março de 2021 (data da postagem original).

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Notas sobre o jogo Old World, seguidas de meditações sobre alguns aspectos da História

1) Na língua portuguesa, chamar alguém na chincha é chamar alguém para uma conversa particular, reservada.

2) Se você é do tipo discreto e reservado, este hábito pode ser tornar uma árvore frondosa. De tanto você conversar de maneira discreta e reservada, você terá um pé de chincha.

3) Se muitas pessoas estão abrigadas neste pé de chincha, então elas devem favores a você, pois elas comeram do fruto dessa árvore, a ponto de se comprometerem a espalhar as sementes de sua espécie. Se essas pessoas são da classe mercantil, por exemplo, elas te oferecerão desconto nos produtos que vendem ou te dão o produto de graça, por conta do favor que elas devem a você. Eis uma verdadeira pechincha.

4) A cultura da conversa discreta e reservada leva à cultura de negociação. Os protegidos, os que devem favores a você, buscarão os meios para conseguir aquilo de que você necessita, de modo que tenham o poder que tanto buscam. Como tudo isto se funda numa cultura de confiança, numa cultura de catacumba, então isto é a base da sociedade política.

5.1) No jogo Old World, um jogo de estratégia que estou a jogar atualmente, relações sociais são relações de poder. Você precisa gastar pelo menos uma ordem investindo no relacionamento com membros das outras famílias oligárquicas de modo que você tenha poder adequado sobre elas. Se você tiver boas relações com os membros dessas famílias, elas se candidatam ao governo das províncias, eles se tornam comandantes dos seus exércitos e até cuidam das relações com outros povos por você. Por esse motivo, nunca negligencie este aspecto, que é o poder de uma boa amizade.

5.2.1) Se você exercer influência sobre outra pessoa no jogo, a chance de você forçar um evento envolvendo você e aquela pessoa é de 50%. Uma vez provocado o evento, você precisa de 240 talentos - isso é uma forma de investir nela de modo que ela exerça influência sobre o curso dos acontecimentos. Isso provocará outros eventos futuros.

5.2.2) Certa ocasião exerci influência sobre minha esposa - gastei 200 talentos para exercer influência e mais 240 para ela ficar em dívida de gratidão para comigo, já que estou protegendo essa pessoa. Ela me pediu cento e tantos talentos para mudar a decoração do palácio inteiro - para agradá-la, contratei um pintor. Ela desenvolveu o traço inspirador e ainda me deu um herdeiro. Ela desenvolveu suas habilidades e ainda me deu um herdeiro. Foi um excelente negócio.

5.2.3) Por essa razão, no começo do jogo, é sempre bom que você tenha uma família de mercadores como sendo uma das primeiras famílias reinantes das suas cidades, senão a primeira família, a que governa a capital. Você precisará de dinheiro de modo a obter os favores de quem você quer como amigo - e a família de mercadores é a que te dá os meios para você exercer influência sobre os outros. Se você obtém os favores dos membros das diferentes famílias de oligarcas, eles ficam devendo favores a você - e por deverem favores a você, elas tendem a colaborar contigo naquilo que você mais precisa. Eis a lealdade.

5.2.4.1) Quando você funda uma cidade, ela fica sob o comando de uma família - da mesma forma, as unidades militares da cidade, tal como acessório que segue a sorte de seu principal. Como os soldados são cidadãos dessa cidade governada por essa família, então eles são leais ao comando dessa família. Por isso, você deve tratar bem essa família reinante de modo que não haja rebelião na cidade, uma vez que eles têm os meios de ação para se rebelar contra você, já que a cidade é de propriedade privada deles. É isso que separa monarquia de tirania.

5.2.4.2) Isto explica porque no Civilization VI as cidades tinham laços de lealdade - elas eram controladas por uma família reinante de oligarcas. E você precisa do apoio deles de modo a exercer o poder, pois é deles que vem a legitimidade, já que são os primeiros cidadãos daquela cidade-Estado, a autoridade que a aperfeiçoa a liberdade de muitos.

6.1) Quando você escolhe dentre os membros dessa família de oligarcas os mais capacitados para comandar as legiões do exército e os mais capacitados para administrar a cidade como governadores, você está fomentando a aristocracia, pois só os melhores, os mais competentes, os mais virtuosos é que comandam os negócios públicos da cidade ou província, que é um conjunto de cidades que tem essa mesma família oligarca como primeiros cidadãos.  

6.2.1) À medida que os mais experientes e provados membros dessas famílias mostram o seu valor, aí eles são chamados a compor o senado, que é a reunião de todas as famílias reinantes de todas as cidades do império, pois é ali que se reúnem todos os chefes de família para discutir o bem comum do império. 

6.2.2) Afinal, o senado é o plenário, cujo todo transcende a soma de todas as partes. Lá estão reunidas pessoas experimentadas e plenamente capacitadas, pessoas sui iuris, seniores que ainda estão lúcidos, que ainda não sofrem de nenhuma doença degenerativa relativa à idade avançada, como o mal de  Alzheimer ou outras doenças afins. Só por conta disso, essas pessoas são dignas de admiração de todo o povo, pois elas têm muito a contribuir com o império em razão de sua valiosa experiência de muitos anos de vida pública (civil e militar). É a prefiguração do Conselho de Estado, órgão auxiliar do Poder Moderador do Império do Brasil.

7.1) Se formos levar em conta todo este background que observei no jogo Old World, a verdade é que não temos mais senado, uma vez que não temos nobreza. 

7.2) Como a opinião do sábio tem o mesmo peso que a opinião do ignorante, então só os piores são eleitos, visto que a quantidade de votos, e não os motivos determinantes do voto, é que determinam quem é mais votado. Por essa razão, o título de senador hoje é um título nominal, pois o que temos é um deputado de duas legislaturas, um superdeputado.

7.3) Muita gente, hoje em dia, condena o uso de dinheiro para se obter favores políticos, mas ele é preciso, pois você precisa dele para patrocinar as causas dos políticos mais virtuosos. Essa gente virtuosa precisa ficar devedora dos seus favores - do contrário, seremos obrigados a lidar com políticos maus, que devem favores a essa gente nefasta que promove a nova ordem mundial. 

7.4) O verdadeiro cerne da corrupção é este: o uso do dinheiro para patrocinar os maus, os inimigos dos valores cristãos. O uso do dinheiro para fomentar tirania levará certamente à cobrança de impostos, cujo dinheiro será aplicado em fins inúteis, questionáveis. E isso é usura, já que isso não atende aos interesses do bem comum.  

8.1) Antes mesmo de surgir uma classe ociosa que vive à custa desse dinheiro, os primeiros cidadãos das cidades-Estado eram excelentes artesãos, excelentes ferreiros, excelentes agricultores, excelentes mercadores ou mesmo campeões (soldados de elite).

8.2) Numa ordem social fundada na excelência, o estrato inferior tende a imitar o estrato superior. Se os melhores eram artesãos, a cidade inteira vai se notabilizar pelos seus artesãos, pois a família reinante é uma família de artesãos; se a família reinante fosse de ferreiros, a cidade se notabilizaria por seus ferreiros e assim sucessivamente. 

8.3) Como a autoridade do príncipe, do primeiro cidadão da cidade, tende a aperfeiçoar a liberdade de muitos, era muito comum haver uma associação de caráter público entre os príncipes e os cidadãos de modo a ensinarem a profissão e a se ajudarem mutuamente, já que a profissão se tornou tanto um estilo de vida quanto uma forma de se ganhar o pão de cada dia, uma forma de santificação através do trabalho. As guildas nasceram dessa associação, já que isso era voltado para o bem comum, já que a liberdade de bem servir estava associada à justiça, à idéia servir bem ao necessitado sem aviltá-lo, tal como faríamos se víssemos o Cristo necessitado nos consumidores.

8.4.1) À medida que havia uma maior integração das cidades comandadas pelas diferentes famílias de oligarcas por meio do comércio, os cidadãos das diferentes classes se misturavam entre si, por meio de casamentos interclasses, já que as diferentes famílias de primeiros cidadãos também se casavam desse modo. 

8.4.2) Logo, um novo princípio de governo surgiu: o do bem comum, o da concórdia entre as classes. Eis aí que a monarquia de caráter familiar passou a ganhar um contorno mais republicano e mais universalizante, a ponto de que nenhum homem podia ser escravo de outro homem. Novos gênios surgiriam, pois os filhos dessas uniões interclasses descobririam novos caminhos a partir do conhecimento reunido dos caminhos de vida tanto do pai quanto da mãe. Quanto mais variedade de caminhos, mais conhecimento, mais verdades conhecidas poderiam ser conhecidas e armazenadas ao longo das gerações a ponto de serem cada vez mais obedecidas e observadas, a ponto de isso apontar para a conformidade com o Todo que vem de Deus. Eis a tradição.

8.4.3) A partir do momento em que a nobreza foi aperfeiçoada, a ponto de surgir uma geração de polímatas, começou a surgir uma profusão de polímatas em todas as cidades, entre os cidadãos comuns, sem título de nobreza. Não foi à toa que Roma, um dos berços do mundo antigo, foi o berço dessa cosmologia cosmopolita - e foi nessa cosmologia que se deu o ponto mais alto da história da civilização humana, em termos de cultura e técnica. Ela levaria certamente ao Renascimento do mundo antigo se não fosse adotado como moda um novo tipo de paganismo, o que desgraçou o mundo inteiro. E é esse paganismo o germe do liberalismo, essa ideologia satânica.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de dezembro de 2020 (data da postagem original).

Rio de Janeiro, 18 de janeiro de 2021 (data da postagem atualizada).

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Ainda se ouvem os ecos da Marselhesa - em memória das vítimas de 14 de julho de 1789

Faço minhas as palavras de meu colega Tiago Cabral Barreira - e as publico aqui, na íntegra.

"Faz exatos 222 anos, no dia 14 de Julho de 1789,  em que se deu início a desordem revolucionária, a anarquia institucional, o desrespeito sistemático e premeditado dos valores éticos e morais mais caros ao ser humano. Chegou-se o dia em que um grupo de iluminados, na crença de se julgarem superiores ao resto da humanidade e moralmente capazes de guiá-los, de modo a mudar a sua natureza humana, a partir de teorias obscuras e abstratas, incitou a população a se rebelar contra a tradição, contra os costumes, contra a religião, contra o indivíduo e contra as suas responsabilidades morais, enquanto membros do povo - a Queda da Bastilha pode ser lembrada como um início de um longo e contínuo ciclo de descapitalização moral que assola até hoje o Ocidente, cujos desdobramentos, ao longo dos séculos que se seguiram, gerou discípulos que se rivalizam até hoje entre si pelo processo de tomada do poder, mas que carregam a essência da mentalidade de 1789 . Essas facções se odeiam entre si, mas fazem parte de um todo maior, pois cada uma delas reivindica para si  a pecha da ortodoxia revolucionária, artificiosa e antinatural por si mesma. Em outras palavras, elas querem dominar o mundo.

Essas ideologias, esses discípulos da Revolução Francesa -  nacionalismo, socialismo, positivismo, fascismo e nazismo - por mais que sejam ideologias distintas, cada uma com seus métodos próprios de tomada do poder por meio da ação revolucionária, todas elas apresentam algo em comum: simpatizam com o que aconteceu em 14 de Julho. Por causa dessa simpatia, Eesa Revolução se alastrarou pelos 5 continentes - e em 2 séculos, ela produziu uma carnificina nunca antes vista na história da humanidade. Ensinou países a relativizarem princípios morais inquestionáveis, decorrentes da verdade revelada; a zombarem do passado do qual antes se orgulhavam - e a idolatrar um futuro ilusório, que nunca chegará porque se adia por si mesmo, por ser uma promessa vazia e vã, tal qual a promessa de um político, quando pede voto ao seu eleitor.

Por mais irônico que isso pareça, o iluminismo, que pregava o avanço da civilização, acabou sendo combatido nos países mais avançados e civilizados do mundo, e acabou sendo relegado a regiões periféricas e incultas do planeta, dando causa à descolonização dos continentes americano, africano e asiático, ao longo dos séculos XIX e XX. O efeito nefasto dessa Revolução, dessa falsa crença importada, levou essas regiões a uma explosão de instabilidade política e econômica, marcando a perpetuação de um ciclo vicioso de subdesenvolvimento e de degradação - tão nefasfo foi esse efeito que até mesmo certos países, antes tidos como economicamente avançados, como a Argentina, ou politicamente estáveis, como o Brasil, cairiam na destruição, e hoje vivem dias cada vez mais distantes da vida civilizada.

Por isso, o dia de hoje é um dia de luto, em prol das vítimas da Revolução de 14 de Julho."

Para quem ainda idolatra esse falso ilusório, eis aqui uma brilhante aula de Orlando Fedeli sobre esse crime contra a humanidade, essa revolução contra Deus chamada Revolução Francesa - Napoleão é a síntese perfeita desse crime nefasto que ela foi: um tremendo de um anticristo, tal como foi Hiter, Marx e outros tantos cujas idéias derivam diretamente dessas nulidades.