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quarta-feira, 24 de julho de 2024

Guerra do Paraguai - Curso de Geopolítica do Brasil

(0:05) Oi gente, estamos de volta para a nossa aula número 10 da Geopolítica do Brasil. (0:12) Nas aulas passadas eu tenho falado de todos os conflitos na região da Bacia do (0:16) Prata e eu inclusive mencionei e trouxe a guerra do Paraguai, mas na aula de hoje eu (0:23) quero me aprofundar, explicar melhor os contextos, batalhas importantes e as (0:30) consequências dessa guerra e é uma guerra de extrema relevância, dá para dizer que (0:35) é a guerra mais importante da América do Sul. Então temos que olhar para ela (0:39) com mais atenção, a aula de hoje é sobre isso.

(0:43) Oi pessoal, quero mostrar para vocês o meu aplicativo. Vocês já conhecem o HOC Academy? (0:49) Então, aqui está ele. Aqui nessa barra de baixo vocês podem ver que tem a página (0:53) inicial, os downloads e o bunker, mas eu vou falar de cada um deles.

(0:57) O aplicativo, você tem uma série de cursos e aulas exclusivas, além do bunker. (1:05) Os cursos são longos e você pode assistir cada aula separada. (1:10) Quando a gente desce aqui, aqui tem a sessão dos cursos.

Então, inteligência do (1:15) carisma, introdução à geopolítica e os novos cursos que vão vir, vão estar todos aqui. (1:20) Nós temos a sessão das aulas exclusivas, como a política funciona, geopolítica da (1:24) França, lições de Versalhes para a Rússia, outras aulas exclusivas também (1:29) entram aqui. A grande ideia do aplicativo é essa jornada de evolução, aonde nós (1:36) dividimos em três grandes segmentos, três grandes caminhos, o pessoal, o social e o (1:43) global.

Então, você vai ter conteúdos que são (1:47) direcionados para você desenvolver o seu lado pessoal, filosóficos, desenvolvimento (1:53) pessoal no geral e aí nós temos o lado social. E no social, enfim, tudo que é (2:00) pertinente com a sociedade, com o outro. E no global é o contexto.

A geopolítica, por (2:05) exemplo, todos os assuntos de geopolítica estão relacionados com o contexto, com o (2:10) global, mas outras coisas também entram ali no global. (2:13) Esse é um jeito, uma didática que eu criei para ajudar vocês a aprenderem mais, (2:20) para ser didático, para ser interessante, para englobar vários temas, não só (2:26) geopolítica. Além disso tudo aqui, e os cursos novos sempre nós estamos (2:32) lançando outros e quem está no aplicativo tem acesso a todos eles.

(2:36) Além disso, nós temos o bunker. Importante vocês entenderem onde está o (2:41) bunker. Vejam aqui nessa barra de baixo.

Então, é este outro ícone aqui do bunker. (2:47) E aí você entra no bunker. O bunker tem análises diárias.

É um feed, como se fosse um (2:54) feed de qualquer rede social. E aí tem os posts, né? Então, cada post a gente fala do (2:59) que está acontecendo. São vários posts por dia com análises diárias em tempo real (3:04) de tudo o que está acontecendo no mundo.

Então, por exemplo, aqui. Os bombardeios (3:09) russos detectados perto do Alasca. Então, a gente conta o que está acontecendo, (3:14) explica um pouco.

O Irã avisa os Estados Unidos para não atacar um navio no Mar (3:19) Vermelho. E isso daqui, todo dia, aí tem a área de comentários. Todo mundo que está (3:24) aqui dentro participa, comenta.

E vocês imaginam que os comentários são (3:29) produtivos, ricos, reflexões interessantes. Todo mundo conversa com todo mundo. É um (3:35) espaço para você também conhecer gente que está interessada no mesmo assunto que (3:40) você.

E é um lugar sem gritaria, sem toda a histeria da rede social, porque é (3:47) fechado. Quem está aqui quer estar aqui, quer aprender, quer conversar, quer debater. (3:52) Enfim, quer argumentar de uma forma saudável.

Aqui dentro também tem análises (3:58) minhas e as análises são áudios que eu explico algum assunto específico. Tudo (4:03) isso daqui tem muito conteúdo e é muito interessante. O aplicativo é muito (4:09) funcional, é muito legal.

Eu tenho certeza que se vocês gostam do (4:13) conteúdo aqui no YouTube ou nas minhas outras redes, vocês vão amar o (4:19) aplicativo do Rock Academy. Entra, baixa. Tem na loja da App Store e do Android (4:26) também.

E aí você pode se inscrever e fazer parte do HOC Academy. Vem logo, dá (4:32) uma olhada. Novos cursos são lançados sempre e vocês vão ter acesso a tudo (4:36) isso.

A Guerra do Paraguai, também conhecida como Guerra da Tríplice (4:40) Aliança, aconteceu de 1864 até 1870. E ela é uma guerra que é travada entre o (4:49) Paraguai e a Tríplice Aliança que compunha Brasil, Argentina e Uruguai. (4:57) Eu preciso explicar para vocês antes de entrar na guerra, quais eram os contextos, (5:02) as visões de cada um desses países e nós tínhamos um cenário de ambições e (5:09) posições divergentes na região como um todo.

Primeiro, o Paraguai, que estava (5:14) sob o comando do ditador Solano Lopes, que era uma figura bastante (5:20) ambiciosa, que queria transformar o Paraguai numa grande potência regional, (5:27) enfim, imaginava territórios para o país que não estavam sob seu comando, (5:33) principalmente os acessos do rio Paraná e Paraguai, para que a navegação pudesse (5:40) ajudar a economia do Paraguai. Como eu tenho dito para vocês aqui, repetidas (5:45) vezes, o quanto importante são esses rios, o quanto importante é essa bacia para (5:50) todos os países. Ainda mais para o Paraguai, que é um país que não tem (5:54) saída para o mar.

O Solano Lopes também se inspirava muito no seu pai, que tinha (6:00) governado o país e tinha uma visão grandiosa de um Paraguai maior, ele queria (6:07) replicar tudo isso, então esse era o contexto e a visão do Paraguai. (6:13) No caso da Argentina, a situação era diferente, a Argentina tinha acabado de se (6:18) unificar, o governo central tinha um problema com as províncias do interior, (6:23) o país estava dividido entre Buenos Aires e as outras províncias do interior e o (6:28) objetivo do presidente, o Bartolomé Mitre, era unificar o país. Nada melhor para (6:33) unificar um país do que você criar um inimigo externo, você ter uma identidade (6:39) externa que faz as pessoas do país se perceberem como parte de algo em comum.

(6:46) Se a Argentina estava dividida e fragmentada, a presença de um conflito (6:52) externo, a presença de uma identidade estrangeira diferente da deles, (6:57) facilitaria, então a Argentina olhou para o conflito, para a situação do que estava (7:01) acontecendo no Paraguai como uma oportunidade. No caso do Brasil, o Império (7:07) do Brasil, governado por Dom Pedro II, viu o Paraguai como uma ameaça à nossa (7:14) hegemonia regional, ameaça territorial, ameaça de acesso a rios extremamente (7:21) importantes para a região muito relevante da América do Sul, que é o (7:26) Cone Sul. O Brasil estava envolvido em questões de escravidão e (7:31) desenvolvimento, mas o comportamento do Paraguai era uma ameaça para o Brasil e (7:39) o Dom Pedro II queria manter a nossa hegemonia, olhou para essa situação com (7:45) receio, cautela e teve que se movimentar também.

Por fim, nós temos o Uruguai e eu (7:51) já expliquei para vocês que o Uruguai, falei bastante na última aula sobre as (7:54) divisões políticas, as duas grandes facções, os Blancos e os Colorados, os (7:59) Blancos liderados pelo Aguirre e os Colorados pelos Flores. Os Blancos, eles (8:07) tinham como aliado o Paraguai e os Colorados, o Flores, tinha como aliado o (8:13) Brasil e o Brasil vai acabar intervindo para ajudar o Flores nessa intervenção (8:21) Primeiro que o Paraguai fica com medo, afinal de contas o Brasil está (8:25) intervindo num outro país, depois ele também apoia o outro lado dentro do (8:31) Uruguai, os Blancos, e ele tem que repor o equilíbrio de poder, então isso vai (8:37) causar o estopim que vai se iniciar a Guerra do Paraguai. Eu já expliquei um (8:42) pouco desse estopim com a questão do navio brasileiro, mas esse contexto (8:49) político, geopolítico da região que coloca cada um desses países dentro (8:57) desse conflito.

Então, seis semanas depois do incidente do (9:02) navio, o exército do Paraguai, sobre as ordens do Solano López, ele vai invadir (9:08) o sul da província brasileira do Mato Grosso e, em seguida, ele vai invadir a (9:13) província argentina de Corrientes. Isso acontece em 1865, depois da (9:19) Argentina negar a permissão para a passagem das tropas paraguaias pelo seu (9:24) território. Os paraguaios, eles estavam tentando chegar no Uruguai e eles (9:30) pediram essa autorização para os argentinos para passar pelo seu (9:33) território, os argentinos não deram e esses eventos todos levaram, então, a (9:38) formação da Tríplice Aliança entre Brasil, Argentina, Uruguai contra o (9:45) Paraguai.

Vamos falar da guerra então, gente, e (9:49) eu vou dividir a guerra em três fases. A primeira fase começa com a ofensiva do (9:56) Paraguai, depois vem a contraofensiva da Tríplice Aliança, Brasil, Argentina e (10:02) Uruguai e, por fim, a caça ao Solano Lopes. Deixa eu fazer uma observação (10:09) importante aqui porque a gente historicamente conhece e sabe que a (10:13) guerra foi travada entre o Paraguai e a Tríplice Aliança e a Tríplice Aliança é (10:18) composta por esses três países, Brasil, Argentina e Uruguai, só que, na (10:23) realidade, na prática, quem enviou mais soldados, mais recursos, quem realmente (10:30) participou ativamente da guerra foi o Brasil.

Dá pra gente quase dizer que essa (10:36) era uma guerra entre o Brasil e o Paraguai. Claro, Argentina e Uruguai (10:41) estavam na guerra, mas um apoio muito mais moral do que efetivo com os soldados, com (10:49) o custo da guerra. Por isso que essa guerra é importante para a geopolítica do (10:53) Brasil, por isso que ela é uma guerra historicamente importante e, para a América (10:58) do Sul como um todo.

Ela trata geopoliticamente desse espaço, de novo, (11:04) mas ela é uma guerra maior e o Brasil participa dela mais efetivamente. (11:11) Então vamos à primeira fase e eu falei pra vocês que a primeira fase é a (11:15) ofensiva paraguaia e ela começa em 64, 65. Primeiro vem a invasão da província do (11:22) Mato Grosso, que nos dias de hoje seria o Mato Grosso do Sul, gente.

(11:27) A província estava dividida de uma outra forma naquela época e o Paraguai (11:33) faz uma ofensiva rápida e muito bem sucedida, conquistando cidades como (11:39) Corumbá e Cochim e o Brasil oferece pouca resistência. (11:45) As tropas brasileiras estavam muito dispersas na região. (11:48) Os ataques paraguaios são rápidos e muito eficazes e eles conseguem (11:53) conquistar uma boa parte da província do Mato Grosso.

(11:57) São muito bem-sucedidos nesse primeiro momento, nesse primeiro movimento. (12:02) O segundo avanço paraguaio vem em abril de 1865 e aí ele não é mais sobre o (12:09) território brasileiro, mas sim sobre a Argentina. (12:12) Lembra que eu expliquei pra vocês que eles pedem a permissão e eles vão atacar (12:15) a região de Corrientes e ali os argentinos são bem mais sucedidos que (12:22) os brasileiros e é uma parte da guerra que eles realmente participam ativamente.

(12:28) O Paraguai tem dificuldades logísticas para conseguir penetrar no território (12:33) argentino e os argentinos conseguem conter. (12:37) Aí esse segundo movimento paraguaio já não é tão bem sucedido. (12:42) O Paraguai consegue, apesar de não terem sido tão bem sucedidos, por que que eu (12:47) falo isso? Porque eles queriam chegar no Uruguai, eles não conseguem nem conquistar (12:51) a província inteira argentina, mas eles conseguem conquistar até a capital da província.

(12:59) Então alguma vitória eles obtém, mas não chegam no seu objetivo final, que era alcançar o Uruguai. (13:05) No dia 11 de junho de 1865, nós vamos ter a Batalha de Riachuelo. (13:10) Riachuelo é um afluente do rio Paraná e essa é uma das batalhas mais importantes da guerra.

(13:16) É uma batalha naval que acontece dentro do rio. (13:20) Os navios do Paraguai tentam surpreender a esquadra brasileira, que responde de uma (13:26) forma muito efetiva e destrói uma vitória excepcional do Brasil, que passa (13:33) então a ter o controle dos rios e com isso as linhas de suprimento paraguaia (13:40) são todas comprometidas, seja para suas tropas que estão no Mato Grosso, seja (13:45) para as outras que estão na Argentina. O controle e o sucesso que a Marinha (13:52) Brasileira vai exercer depois dessa batalha faz muita diferença para a guerra.

(13:57) Ou seja, essa batalha vira o jogo e faz a gente encerrar a primeira fase da guerra, (14:03) que é a fase da ofensiva do Paraguai, para a gente começar a contraofensiva da (14:09) Tríplice Aliança, que vai levar esses três países, Brasil, Argentina e Uruguai, (14:16) para entrarem dentro do território do Paraguai. (14:19) Essa fase que eu vou explicar para vocês agora. Uma das primeiras batalhas mais (14:23) relevantes dessa fase da contraofensiva da Tríplice Aliança é a de Estero Belaco.

(14:28) Ela acontece 2 de maio de 1866 e nela a Tríplice Aliança já está avançando (14:37) dentro do território paraguaio e um general do Paraguai decide atacar o (14:45) acampamento dessas tropas. Eles já tinham avançado, estavam ali acampados e ele (14:52) decide fazer um ataque surpresa. Ele é bem sucedido, esse ataque inicialmente (14:57) consegue matar vários soldados da Tríplice Aliança, mas ele não se dá (15:05) por satisfeito, o general paraguaio, e decide continuar a ofensiva quando ele (15:11) vai se deparar com um acampamento ainda maior, com muito mais soldados e no final (15:15) ele é forçado a recuar em desordem.

Quando ele tinha uma posição de vantagem, (15:21) que ele poderia ter conquistado aquela pequena vitória, recuar ordenadamente e (15:26) consolidar os seus ganhos, ele não aceita, quer ganhar mais e essa (15:32) batalha acaba sendo uma grande derrota para o Paraguai, perde mais de 2 mil (15:37) soldados somente nessa batalha. A próxima batalha vai acontecer no dia 24 de (15:43) maio, a que eu descrevi anteriormente foi no dia 2 e essa agora é a batalha de (15:49) Tuiuti e é a maior batalha campal da história da América do Sul. (15:55) De um lado você tinha 33 mil soldados da Aliança contra 24 mil paraguaios, vão (16:03) morrer 6 mil paraguaios e mais de 4 mil da Aliança.

No final os (16:12) paraguaios perdem, eles tentam um ataque surpresa e as forças da Aliança são (16:18) capazes de avançar e se recuperar e essa batalha é muito mortífera, muito (16:26) sangrenta, as baixas são muito grandes e elas vão quebrar inclusive o ímpeto, o (16:32) espírito dos paraguaios de continuar lutando e resistindo. A batalha aconteceu (16:37) numa planície pantanosa e ela na verdade é um ponto de inflexão, de virada da (16:43) guerra, porque o resultado, a derrota para os paraguaios mexe com muitas (16:49) coisas na guerra, como eu expliquei. O próximo andamento da guerra então, a (16:55) Tríplice Aliança, ela vai começar uma ofensiva, um ataque a fortalezas (17:00) paraguaias.

A primeira delas é contra Curuzu e ali a (17:06) Tríplice Aliança é bem-sucedida, captura, conquista esse forte e abre espaço (17:13) para avançar em direção a Curupaiti, que é uma das batalhas mais sangrentas da (17:20) guerra inteira. Para vocês terem uma ideia, vão morrer oito mil homens do lado da (17:28) Aliança, os paraguaios eles perdem por volta de mil soldados, não é tanto assim, (17:33) as baixas do lado paraguaio são muito baixas comparado com o lado da (17:39) Aliança, eles conseguem resistir na sua fortaleza, é uma derrota para a Tríplice (17:44) Aliança, isso faz eles repensarem a estratégia naquele momento. (17:50) Essa situação toda ela vai culminar na Batalha de Humaitá e essa é em julho de (17:57) 1867 e essa é a fortaleza mais poderosa, mais impenetrável, mais resistente do (18:05) Paraguai.
O cerco a ela acontece e dura mais de um ano e é um cerco por terra e (18:13) por água para tentar estrangular, tirar os mantimentos e depois de esse tempo (18:20) todo, a Tríplice Aliança consegue finalmente capturar e derrotar os (18:26) paraguaios ali. Essa vitória é de extrema importância, o Paraguai nesse (18:32) momento já está quase que totalmente colapsado, é uma consolidação da (18:38) vitória. Essa batalha também marca a unificação das tropas da Tríplice (18:43) Aliança sob o comando do Duque de Caxias e essa é uma outra transformação.

(18:49) Importante lembrar que esse forte estava localizado próximo ao rio Paraguai, (18:56) então ele também tinha uma posição estratégica. Nós chegamos agora então na (19:00) terceira fase da guerra, que eu tinha explicado pra vocês, essa é a ofensiva (19:06) final e a caça ao Solano Lopes. Nessa fase nós vamos ter uma sequência de (19:12) vitórias da Tríplice Aliança, todas comandadas pelo Duque de Caxias, ele é (19:18) brilhante nas suas estratégias e nós temos uma campanha da dezembrada que (19:23) acontece em dezembro de 1868 e é uma sequência de vitórias do Duque de (19:31) Caxias, enfim, muito bem sucedidas e isso consolida completamente a posição da (19:39) Tríplice Aliança.

Outra sequência de batalhas são as de Lomas Valentinas e (19:43) ali o Solano vai recuando, tem as últimas posições, as últimas fortalezas para (19:51) ele se resguardar, mas ele vai sendo derrotado uma atrás da outra e nessas (19:56) batalhas abre-se caminho para que se conquiste a capital do Paraguai, a (20:02) Assunção. Chegamos então a uma das últimas batalhas, a batalha de Piribibuí, que é (20:08) uma cidade no Paraguai e ali tem o último foco de resistência (20:14) organizada e formal do Paraguai acontece naquele momento, o Brasil, as (20:21) tropas já cercaram e vão capturar a cidade e o Dom Pedro, que estava (20:28) acompanhando inclusive, ele se muda para estar próximo à guerra, as tropas (20:36) do Paraguai elas tentam se render, mas ele não aceita a rendição e ele diz não, (20:42) nós vamos até o fim porque nós precisamos, Dom Pedro diz isso, precisamos (20:47) matar o Solano Lopes e aí capturam mais feridos, mais mortos do lado do Paraguai (20:53) para então chegarmos na última batalha de resistência do Solano Lopes, que é a (20:58) batalha de Serro Corá, ele é ferido no cerco e não se rende até que ele é (21:04) morto e com a sua morte acaba a guerra do Paraguai, um dos conflitos, o maior (21:10) conflito da América do Sul e um dos conflitos mais devastadores da região (21:15) como certeza. Eu quero destacar duas figuras importantes dessa guerra, a (21:21) primeira obviamente é o Solano Lopes, que era um cara ambicioso, determinado, (21:28) obstinado, incansável, mas levou o país à destruição e à ruína total, no final as (21:36) suas estratégias foram fracassadas, a sua ambição desmedida também, mas ele era (21:42) uma figura, assim, audaciosa e combativo, enfim, ele era muito ambicioso, então ele (21:50) queria criar esse grande Paraguai.

Do lado de cá, nós tínhamos o Duque de (21:56) Caxias, que foi alguém muito bem sucedido, principalmente na fase do (22:03) contra-ataque da Tríplice Aliança, a capacidade dele ter unificado as tropas (22:08) e ele combinou uma astúcia militar com uma capacidade diplomática, ele é uma das (22:16) figuras muito relevantes desse confronto. Vamos ao desfecho dessa guerra, gente, e (22:23) assim, o conflito já ficou claro e vocês já devem ter ouvido falar disso muitas (22:28) vezes, foi devastador para o Paraguai, o Paraguai vai perder mais de 300 mil (22:37) pessoas, uma população de 525 mil, então vocês imaginam que é mais da metade da (22:44) população e o número de homens mortos é muito grande, você tem uma proporção de (22:50) população, assim, cidades que você tinha 25 mulheres para um homem, esse é o (22:55) desequilíbrio causado pela guerra. Do lado do Brasil, nós vamos ter uma perda (23:02) de 50 mil soldados, a Argentina quase 20 mil e o Uruguai por volta de 6 mil, como (23:10) eu expliquei para vocês, a participação do Brasil é muito mais efetiva nos (23:15) combates e na condução da guerra.

Em termos de território, o Paraguai vai (23:21) perder territórios para o Brasil e para a Argentina, vai ficar um país (23:26) enfraquecido, humilhado e com uma população pequena e fragilizada e sem (23:34) territórios também, com perda de territórios, então vocês imaginam como (23:39) que isso altera geopoliticamente essa região e a história do Paraguai dali (23:45) para frente. Um outro ponto importante da conclusão aqui, sobre a guerra, eu (23:52) comentei com vocês que a Argentina embarca nesse conflito com o objetivo de (24:01) isso ajudar a unificar o país e dá certo para os argentinos, eles conseguem se (24:06) unificar após essa guerra, o Uruguai também, que tem aquela divisão que eu (24:13) tenho explicado para vocês nas últimas aulas entre os blancos e os colorados, (24:18) também ela é, diríamos que, erradicada nesse momento, os colorados saem (24:25) vitoriosos, então também sai um contexto diferente para o Uruguai. E por fim, então, (24:33) o Brasil e os impactos no Brasil são imensos, essa guerra, apesar do Brasil ter (24:39) vencido, gente, ela tem um efeito muito grande no desenrolar da nossa história.

(24:45) Duas das grandes instituições que nós tínhamos nesse momento no país era, um, o (24:53) império com a monarquia e o outro era a instituição da escravidão, o quanto que (25:00) aquilo movimentava a economia, enfim, todas essas duas coisas amarradas, a (25:06) resistência da guerra, ela traz para o jogo da política, para o jogo social, (25:12) outras forças, os militares agora se tornam figuras relevantes, venceram a (25:19) guerra, estavam equipados, voltaram como heróis e boa parte desses heróis eram (25:28) negros, porque quem lutou eram os negros, só que eles voltavam como heróis e ao (25:34) mesmo tempo o resto dos outros negros estavam escravizados, então, isso (25:42) começa a abalar as estruturas da escravidão, a guerra faz isso e também o (25:50) poder do Dom Pedro, que começa a ficar muito preocupado e com medo dos (25:55) militares e, eventualmente, ele vai perder o poder para os militares, a (25:59) proclamação da república vai vir deste movimento, então, essa guerra externa (26:05) ela tem consequências profundas para a formação do Brasil, para a geopolítica do (26:10) Brasil e para os próximos capítulos e aulas do que nós vamos conversar aqui, dos (26:17) outros imperativos também, porque nós temos essa grande transformação no (26:22) Brasil, Brasil império, proclamação da república e o fim da escravidão.

Professor HOC

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https://www.youtube.com/watch?v=kTqAttQTklM

sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Como se lida com um intelectual? Lições decorrentes da minha experiência pessoal

1) Para se conseguir a atenção de uma pessoa como eu, que está sempre estudando, analisando e refletindo, sempre preocupada com o futuro do país, a mulher precisa ser tão intelectual quanto eu: ela precisa produzir conteúdo relevante, de modo a  merecer a atenção dessa pessoa, ou ter conteúdo suficiente para que a conversa seja produtiva para mim, visto que eu não tenho nenhum minuto a perder com as coisas vãs deste mundo, por conta de minha elevadíssima vocação de escritor, um talento que foi dado por Deus, nos méritos de Cristo, um talento extremamente raro e que não pode ser enterrado. Se esta mulher ficar mendigando a atenção de minha pessoa sem dar algo de bom em troca, ela não terá minha atenção, pois ela não está me apresentando a sua melhor parte, aquela que dialoga com Deus o tempo todo no confessionário - e se ficar forçando a barra, ela terá só o desprezo dela e mais nada, visto que pessoas como eu são racionais ao extremo a ponto de serem frias com relação aos falsos problemas existenciais que os conservantistas, essas pessoas falsamente carentes, têm o tempo todo, por conta de conservarem o que é conveniente e dissociado da verdade.

2) Pela minha experiência, a maioria das pessoas que conheci, seja online ou off-line têm uma enorme dificuldade de lidar com uma pessoa como eu, sobretudo as mulheres. Devemos somar a isto o fato de que não existe uma cultura no Brasil que favoreça a intelectualidade - e os que desenvolvem a vida intelectual, que são poucos, não possuem a humildade nem a benevolência necessárias para serem intelectuais de vocação, uma vez que tal atividade pede que a pessoa tenha um bom caráter e uma vida de santidade, virtudes que estas pessoas não possuem.

3) Não é à toa que tenho uma enorme dificuldade de fazer amigos nesta terra, muito menos de arranjar uma namorada, pois a maioria só sabe conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, E tudo o que elas dizem entra por um ouvido e sai pelo outro, por conta de seus assuntos não terem relevância alguma para mim, dada a natureza banal de suas conversas - o que é análogo ao sujeito que pratica usura no tempo kairológico, o que é uma coisa inconcebível.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 08 de dezembro de 2023 (data da postagem orgiinal).

sábado, 22 de outubro de 2022

Redução do preço do dólar nesta sexta-feira indica que Bolsonaro vai aplicar a GLO após as eleições

1) Na sexta-feira, dia 21/10/2022, o dólar fechou cotado a R$ 5,16 - o mesmo dólar de 03/10/2022, o dia seguinte ao primeiro turno da eleição. 

2.1) Parece que toda aquela alta decorrente da instabilidade provocada pelo fator Lula se dissipou. Como as eleições nunca foram limpas em nenhum momento e como o presidente já acenou para uma reposição da lei e da ordem, tudo indica que ele vai aplicar a GLO, uma vez passado o segundo turno das eleições. O relatório das Forças Armadas ser-lhe-á entregue e ele tomará as medidas necessárias. 

2.2) A aplicação da garantia da lei e da ordem vai resolver os problemas de insegurança jurídica crônicos que nós temos - o que explica a queda do dólar, mas isto não esgota a explicação: outra explicação plausível para a redução do preço da divisa americana está no fato de que está havendo uma preponderância do capital produtivo sobre o especulativo. Como Bolsonaro está concentrando interesses do mundo inteiro a ponto de fazer do Brasil uma nova fábrica do mundo, a tendência é que ocorra uma pressão para baixo - o que explica a deflação, como bem apontou o colega Diogo Forjaz, em seu canal no Youtube. 

3) Por conta de todos estes fatores e por conta de tudo o que ocorreu ao longo do mandato, temos a seguinte verdade sobre estas eleições: Bolsonaro é o grande vencedor moral destas eleições, pois ele expôs todo o sistema, todo o mecanismo de dominação neocomunista. Nunca foi tão fácil escolher entre o bem e o mal, pois as coisas estão patentes.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de outubro de 2022 (data da postagem original).

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Uma oportunidade de negócios surgiu para mim, em razão do bicentenário da independência

1) Em razão dos duzentos anos da independência do Brasil, os modders do Civilization V lançaram uma série especial só de civilizações brasileiras. Do período colonial, nós temos Mem de Sá; da época monárquica, nó temos D. Pedro II; da época da República Velha, nós temos Afonso Pena e a política do café-com-leite; da época do Estado Novo, temos Getúlio Vargas; e mais tarde, ainda a serem lançados, teremos JK e o ladrão de 9 dedos. Infelizmente, eles não lançaram o imbrochável, o incomível e o incorruptível, aquele que derrotou o sistema do republicu maldito: Jair Bolsonaro.

2) Visando inspirar à criação de novas civilizações brasileiras e portuguesas no futuro, eu vou seguir digitalizando meus livros de História do Brasil e de Portugal de modo que esses textos sirvam de subsídio para os modders de Civilization V. Venderei esses e-books a um preço bem convidativo para eles, pois assim eles terão condições de produzir coisas da melhor qualidade.

3) Também pretendo comprar livros de História de outros povos, de modo que também sirvam de subsídio para que estes façam mods de Civilization V que abranjam a história desses povos também. Este me parece um negócio bem interessante - como não sei programação, ao menos eu entro com alguma habilidade útil e capaz de fazer o diferencial para eles: a minha capacidade de digitalizar texto, a ponto de converter livros físicos em e-books.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 08 de setembro de 2022 (data da postagem original).

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Do darwinismo cultural acadêmico à civilização - da sobrevivência a um ambiente culturalmente hostil à conquista da alta cultura: uma epopéia brasileira

1) O meio acadêmico brasileiro tem um quê de darwiniano: em um meio culturalmente hostil, só os mais fortes sobrevivem. E os mais fortes são os que amigos de Cristo sem medida, o que prova que darwinismo cultural não passa de uma flecha lançada que um dia vai se voltar contra os próprios marxistas.

2) Conforme vai aumentando a comunidade dos sobreviventes e eles vão trocando experiências entre si na rede social, a ponto de terem sido alunos do professor Olavo de Carvalho - que foi o único sobrevivente daquele Brasil culturalmente rico que se perdeu por conta da ação comunista na educação e na cultura -, mais a cultura de sobrevivência vai aumentando a ponto de se tornar cada vez mais sofisticada. E da cultura de sobrevivência nasce uma cultura de civilização.

3.1) Se juntarmos ao fato de que também sou amigo de poloneses, que sentiram na pele os horrores do comunismo no Leste Europeu, a experiência de sobrevivência fica ainda mais completa, pois sem isso a pessoa não será capaz de distinguir exatamente o verdadeiro querer e o verdadeiro não querer fundado no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

3.2) Se essa pessoa não for bem treinada nisso, ela abraçará o conservantismo protestante, que é o primeiro passo do esquerdismo, que é marcadamente de cunho espiritual.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 03 de agosto de 2022 (data da postagem original).

segunda-feira, 23 de maio de 2022

Quando a Igreja vai negar comunhão ao Lula?

1) O arcebispo de São Francisco negou comunhão à Nancy Pelosi, por sua conta de sua defesa obstinada do assassinato de bebês do ventre de suas mães como um direito de escolha ou mesmo uma política de Estado, ainda que sob o pretexto escuso de ser uma questão de saúde pública - o que é atentatório à vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, por ser absurdo à reta razão e à verdadeira fé que se conhece a partir dela. O exemplo corajoso do arcebispo foi acompanhado pelo bispo de Denver e por muitos outros bispos pela via difusa.

2) Há muito tempo Lula defende o assassinato de bebês do ventre de suas mães como política de Estado e ele não está escondendo isso de ninguém nesta campanha eleitoral. Ele já está excomungado automaticamente e não vai demorar para ele aparecer em alguma sé de alguma cidade importante brasileira a ponto de fazer da fila da comunhão palanque de modo a proferir suas bravatas. Os bispos daqui precisam agir e seguir o exemplo dos bispos católicos americanos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro,  23 de maio de 2022 (data da postagem original).

segunda-feira, 4 de abril de 2022

Povo desenvolvido é povo limpo, livre de todo e qualquer pecado - da necessidade de progredir nessa campanha higienizadora, a ponto de fazer uma verdadeira limpeza espiritual na nação

1) Durante o Regime Militar (que durou entre 1964 e 1985), houve uma campanha de promoção da cultura da limpeza na sociedade - e o símbolo dessa campanha foi o sujismundo. No final de cada peça publicitária promovida por essa campanha higienista, o mote "povo desenvolvido é povo limpo".

2) As conseqüências dessa campanha já foram incorporadas à nossa cultura e ao nosso estilo de vida. Enquanto os americanos comem pizza com as mãos, nós comemos o mesmo alimento com pratos e talheres, quando não com guardanapos - isso é sinal de progresso civilizatório. Nós escovamos os dentes com freqüência, nós tomamos banho todos os dias a ponto de sermos considerados o povo mais limpo do mundo - o que é muito bom, mas isto não é suficiente.

3) O próximo passo dessa campanha é avançarmos um pouco mais - povo desenvolvido é povo limpo, livre de qualquer pecado fundado naquilo que se conserva de conveniente e dissociado da verdade - e como diria São João Paulo II, a verdade é o fundamento da liberdade. E o primeiro passo é largarmos da idéia de que fomos colônia de Portugal - por ordem de Cristo, Portugal expandiu a fé cristã e povoou esta terra de gente que amava e rejeitava as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Os que já habitavam esta terra antes da chegada dos portugueses foram incorporados a este projeto de propagação de fé cristã - este projeto civilizacional que foi rompido com o famigerado ato de apatria havido em 1822, em que o então príncipe-regente desonrou todos os seus antecessores e criou todo um ambiente revolucionário onde a monarquia acabou sendo uma transição para a república que se instalaria em 1889. 

4.1) Se tivermos que falar em pais da pátria, então temos que falar nos fiéis vassalos de Cristo que honraram a tarefa que foi dada a D. Afonso Henriques por Cristo a ponto de ser essa a nossa tradição, a ponto de isso ter continuidade ao longo dos séculos e das gerações. 

4.2) Esta tradição faz com que eu tome o país como um lar em Cristo com um sentido bem profundo - coisa que não teria com esta forma de contar a História do Brasil, fundada numa tradição revolucionária, seja ela de cunho liberal ou comunista, já que nenhuma dessas duas presta, por serem ambas falsas e totalmente destituídas de sentido.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 04 de abril de 2022 (data da postagem original).

domingo, 24 de outubro de 2021

Da importância de se criar uma parede de honra para se homenagear os grandes homens públicos da pátria. Ela servirá de muro das lamentações quando o país estiver em tempos de dificuldades

1) Um dia, quando tiver uma casa bem espaçosa, eu vou criar uma parede de honra, dedicada à memória dos grandes homens públicos do Brasil-Império, assim como do Brasil atual, governado por Jair Bolsonaro - períodos esses em que o Brasil foi realmente grande.

2) D. João VI, Imperatriz Leopoldina, D. Pedro II, Zacharias de Góes e Vasconcellos, Barão do Rio Branco, Roberto Campos, Octavio Gouvêa de Bulhões, Joaquim Nabuco, Princesa Isabel, Jair Bolsonaro, Ernesto Araújo, Paulo Guedes, Tarcísio Gomes de Freitas, Teresa Cristina e Ricardo Salles - estes nomes são todos pedras angulares sobre as quais se tomam este país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo enquanto castelo, apesar das desgraças, que são a República, o comunismo e a maçonaria. 

3.1) Com o passar do tempo, novas gerações de homens e mulheres notáveis são chamados a servir ao bem comum de modo a aperfeiçoar a liberdade de muitos - e a memória dessas pessoas deve ser lembrada, pois são pedras angulares da pátria.

3.2) Nos EUA, a memória dos pais fundadores ficou petrificada, enquanto a memória dos grandes estadistas nascidos após a passagem dessas pessoas é ignorada ou desprezada. Logo, tem-se uma tradição completamente destituída de sentido, posto que o governo americano foi pensado no homem, pelo homem e para o homem, enquanto animal que vive sem a dependência de Deus - um verdadeiro animal que mente, uma vez que os que fundaram esta ordem legal e constitucional, os originalistas, se tornaram divos. E a América perecerá por força dessa rigidez artificial, fundada no que se conserva de conveniente e dissociado da verdade.

3.3.1) O sentido de founding fathering que pretendo adotar é o sentido do pacto geracional, pois cada geração de excelentes homens públicos honra o legado da geração anterior e ainda amplia a liberdade naquilo que é possível, uma vez que o fundamento dela se dá nesta verdade, que é servir a Cristo em terras distantes, de modo que o Santo Nome do Senhor seja propagado entre os quatro cantos do mundo. E a origem dessa tradição se dá no milagre de Ourique, onde Cristo fez de D. Afonso Henriques seu fiel vassalo e rei de Portugal, uma vez que o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem é construtor e destruidor de Impérios.

3.3.2) Nós somos herdeiros dessa tradição e na América nós servimos a Cristo nestas circunstâncias, através da santificação através do trabalho e do estudo, já que a nossa nacionalidade, nosso vínculo com o vassalo que Cristo estabeleceu em Ourique, se deu a partir de uma profissão, própria daquele que extrai pau-brasil, a primeira riqueza histórica deste solo, de modo a se ter o pão de cada, o que constitui marca de um destino histórico. E a exploração econômica dessa riqueza foi organizada por um trabalho de toda uma autoridade, que aperfeiçoou a liberdade de muitos nesta terra, a ponto que pudéssemos tomá-la como um lar em Cristo com nobre propósito civilizatório e salvífico.

3.3.3) Se a América é dos americanos, então que seja à maneira da América Portuguesa, que é também a Terra da Santa Cruz.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de outubro de 2021 (data da postagem original).

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sábado, 23 de outubro de 2021

Como Alcolumbre aperfeiçoa o mito fundador desta república de araque?

1) O príncipe D. Bertrand, durante a campanha para o plebiscito ocorrido em 1993, falou que a República no Brasil nasceu quando Deodoro e Silveira Martins disputaram os favores de uma viúva. Eis o mito fundador da República no Brasil.

2) No Amapá - na terra onde o Brasil termina, a ponto de você estar em outro território terrível, que é a França pós-1789 -, o mito fundador da República está sendo aperfeiçoado. Um senador desse estado está disputando com um desembargador desse estado os favores de uma divorciada. E no meio de tudo isso, há o dinheiro sujo do tráfico de drogas.

3) Se devemos fazer troça, a ponto de isso cair no ridículo, então façamos desse conservantismo revolucionário, desse progressismo nefasto, uma vez que a verdade, em Cristo, é o fundamento da liberdade, posto que fora dela não há salvação.

José Octavio Dettmann

Rio de janeiro, 23 de outubro de 2021 (data da postagem original).

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

O plágio e desvio filosófico de Paulo Freire ao método do missionário protestante norte-americano Frank Charles Laubach


As cartilhas de Laubach foram copiadas pelos marxistas em Pernambuco, dando ênfase à luta de classes. O autor dessas outras cartilhas era Paulo Freire, que emprestou seu nome à “nova metodologia” como se ela fosse de sua autoria. 

O Método Laubach de alfabetização de adultos foi criado pelo missionário protestante norte-americano Frank Charles Laubach (1884-1970). Desenvolvido por Laubach nas Filipinas, em 1915, subseqüentemente foi utilizado com grande sucesso em toda a Ásia e em várias partes da América Latina, durante quase todo o século XX.

Em 1915, Frank Laubach fora enviado por uma missão religiosa à ilha de Mindanao, nas Filipinas, então sob o domínio norte-americano, desde o final da guerra EUA/Espanha. A dominação espanhola deixara à população filipina uma herança de analfabetismo total, bem como de ódio aos estrangeiros.

Com o auxílio de um educador filipino, Donato Gália, Laubach adaptou o alfabeto inglês ao dialeto mouro. Em seguida adaptou um antigo método de ensino norte-americano, de reconhecimento das palavras escritas por meio de retratos de objetos familiares do dia-a-dia da vida do aluno, para ensinar a leitura da nova língua escrita. A letra inicial do nome do objeto recebia uma ênfase especial, de modo que aluno passava a reconhecê-la em outras situações, passando então a juntar as letras e a formar palavras.

Utilizando essa metodologia, Laubach trabalhou por 30 anos nas Filipinas e em todo o sul da Ásia. Conseguiu alfabetizar 60% da população filipina, utilizando essa mesma metodologia. Nas Filipinas, e em toda a Ásia, um grupo de educadores, comandado pelo próprio Laubach, criou grafias para 225 línguas, até então não escritas. 

Na América Latina, o método Laubach foi primeiro introduzido no período da 2ª Guerra Mundial, quando o criador do mesmo se viu proibido de retornar à Ásia, por causa da guerra no Pacífico. No Brasil, este foi introduzido pelo próprio Laubach, em 1943, a pedido do governo brasileiro. Naquele ano, esse educador veio ao Brasil a fim de explicar sua metodologia, como já fizera em vários outros países latino-americanos.

A visita de Laubach a Pernambuco causou grande repercussão nos meios estudantis. Ele ministrou inúmeras palestras nas escolas e faculdades — não havia ainda uma universidade em Pernambuco — e conduziu debates no Teatro Santa Isabel. 

Houve também farta distribuição de cartilhas do Método Laubach, em espanhol, pois a versão portuguesa ainda não estava pronta.

Naquele ano, de 1943, o Sr. Paulo Freire já era diretor do Sesi, de Pernambuco — assim ele afirma em sua autobiografia — encarregado dos programas de educação daquela entidade.  No entanto, nessa mesma autobiografia, ele jamais confessa ter tomado conhecimento da visita do educador Laubach a Pernambuco.

Concomitante e subitamente, começaram a aparecer em Pernambuco cartilhas semelhantes às de Laubach, porém com teor filosófico totalmente diferente. As de Laubach, de cunho cristão, davam ênfase à cidadania, à paz social, à ética pessoal, ao cristianismo e à existência de Deus. 

As novas cartilhas, utilizando idêntica metodologia, davam ênfase à luta de classes, à propaganda da teoria marxista, ao ateísmo e a conscientização das massas à sua “condição de oprimidas”. O autor dessas outras cartilhas era o genial Sr. Paulo Freire, diretor do Sesi, que emprestou seu nome à essa “nova metodologia” — da utilização de retratos e palavras na alfabetização de adultos — como se a mesma fosse da sua autoria.

A artimanha do Sr. Paulo Freire “pegou”, e esse método é hoje chamado Método Paulo Freire, tendo o mesmo sido apadrinhado por toda a esquerda, nacional e internacional, inclusive pela ONU.

No entanto, o método Laubach — o autêntico — fora de início utilizado com grande sucesso em Pernambuco, na alfabetização de 30.000 pessoas da favela chamada “Brasília Teimosa”, bem como em outras favelas do Recife, em um programa educacional conduzido pelo Colégio Presbiteriano Agnes Erskine, daquela cidade. Os professores eram todos voluntários. Essa foi a famosa Cruzada ABC, que empolgou muita gente, não apenas nas favelas, mas também na cidade do Recife, e em todo o Estado.

David Gueiros Vieira

PHD em História da América Latina, Mestre em história dos Estados Unidos da América, conferencista e um dos maiores especialistas brasileiros em História da Questão Religiosa do Brasil.

Fonte: http://fumacrom.com/2JGSO

terça-feira, 28 de setembro de 2021

Lech Wałęsa e Lula ou A diferença entre sindicalismo e comunismo

Uma vez Lech Wałęsa, presidente do sindicato Solidariedade, na Polônia, não aceitou ser comparado com Lula. A mídia quis saber porque Lech Wałęsa não recebia Lula.

Nos anos 80, Lech Wałęsa criticou o sindicalista brasileiro Lula e, quando perguntado porque não trabalhava com Lula, ele respondeu

“Lula representa tudo aquilo que combatemos. Nós poloneses passamos o inferno na mão de Stálin e sonhamos com a liberdade, Lula vive em um país democrático e sonha em escravizá-los. Não estou aqui para agradar os seguidores de Lula e sim para mostrar a diferença entre um sindicalista que luta por liberdade e outro ávido pelo poder!"

Ninguém entendeu na época e até ouve crítica a Lech Wałęsa, mas hoje TODOS entendem o que dizia Lech Walesa!

É só seguir a lógica: Lech Wałęsa foi presidente da Polônia livre, afastou a sombra comunista dele e depois de cumprido seu trabalho de democratização na Polônia, se aposentou e afastou-se da vida pública com sua aposentadoria!

Lula, o carancho comunista, entrou em um país livre e fez uma máfia no estado: corrompeu, aparelhou o poder, enriqueceu com o dinheiro público e deixou seus filhos ricos, roubou eleições com o aparelhamento da justiça, fraudou as urnas eletrônicas e seu arrogante cãozinho amestrado Dias Tófoli, deu como resposta ao povo que não aceitava o resultado, "Que não haveria terceiro turno", pensava e tinha certeza que ficaria para sempre no poder. Luís Inácio matou e roubou levando a nação à miséria e fome.

E AÍ ESTÁ A DIFERENÇA ENTRE UM SINDICALISTA QUE LUTOU CONTRA O COMUNISMO E UM QUE É COMUNISTA!

Texto do amigo Paulo Orlandetti.

Júnior Dourado

Fonte: http://fumacrom.com/2IgYF

Facebook, 28 de setembro de 2021 (data da postagem original)

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quarta-feira, 19 de maio de 2021

A verdade: não elegemos mais senadores, mas superdeputados

1) Um senador é um príncipe de sua província - se ela fosse um país independente, ele poderia ser um dos primeiros dentre seus pares, senão o primeiro.

2) Desde há muito não elegemos senadores, já que não vemos pessoas com nobreza, a ponto de a virtude da justiça se confundir em suas pessoas, de tal maneira que elas possam julgar os ministros da Suprema Corte, quando estes abusam de seu poder e deixam de servir ao bem comum. O que elegemos são deputados de duas legislaturas ou mesmo superdeputados.

3.1) Se o deputado é a câmara baixa, o superdeputado é membro de uma câmara ainda mais baixa, cada vez mais perto do inferno. E o pior que essa câmara é travestida de câmara alta, feita para simular algo que não é.

3.2) Considerando que o Congresso é um bunker, onde a luz do sol sequer chega lá, então o que vemos é a mais pura conspiração mascarada de decisão política. Não é à toa que isso reflete os princípios políticos maçônicos que afundam o país desde 1822, pois eles sempre nos conduzem desde as profundezas do inferno. Não é à toa que dizem que gratidão é ir pela sombra, já que não me sinto obrigado a retribuir o mesmo favor que uma boa alma prestou a mim, em Deus fundado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de maio de 2021 (data da postagem original).

sexta-feira, 14 de maio de 2021

Da importância de se investir em termostatos nos aposentos da casa

1) Se morasse sozinho e tivesse condições de manter uma casa com economia própria, eu colocaria um termostato na minha casa. Nos dias quentes, ligaria o ar condicionado central, refrescando a casa em todos os lugares; nos dias frios, eu colocaria um aquecimento central de modo a aquecer a casa nos dias mais frios, principalmente nos dias de julho e agosto, quando costuma fazer muito frio.

2) Na casa onde moro com os meus pais, há um vão enorme entre o primeiro e o segundo andar, o que inviabiliza um sistema de resfriamento ou de aquecimento central. A solução que eu teria que implementar seria colocar um aquecedor nos aposentos onde há ar condicionado, mas acho o preço proibitivo inviabilizaria a execução de tal medida estratégica.

3.1) No The Sims 4, o simulador da vida que eu jogo, eu passo boa parte do meu tempo de jogo dentro de casa, e o termostato constitui a espinha dorsal da minha atividade econômica organizada, pois isso me mantém produtivo ao longo das quatro estações.

3.2) O simples fato de eu colocar um aquecedor para aquecer meu quarto nos dias mais frios vai tornar minhas atividades produtivas nas quatro estações, tornando inútil a classificação que adotei no artigo anterior, pois a realidade para a qual tal classificação foi concebida acabará sendo superada, pois ela se baseou no meu jeito de ser em razão das minhas circunstâncias (e nesse ponto há um limite para o conhecimento e para a produção). E essa superação se deve a reabsorção de novas circunstâncias, que modificam a experiência pessoal dentro do meu ambiente natural: meu lar.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de maio de 2021 (data da postagem original).

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Mais uma na conta de agosto

1) Ontem, dia 31 de agosto de 2016, a Dona Mandioca teve seu mandato cassado. Mas a constituição foi violada: a cassação política leva necessariamente à inabilitação para o exercício de qualquer cargo público por oito anos - trata-se de pena acessória que segue à sorte da principal, a cassação. Por meio de um ardil separaram as duas penas: cassaram a bruxa, mas não houve a inabilitação, sob a alegação de que "ela não poderia ser punida duas vezes" (sic). Quem disse essa bobagem foi o Senador Raymundo Lyra, que presidiu a comissão processante e sofreu na mão da "Bancada da Chupeta".

2) Isso é como condenar um criminoso pela pena de homicídio, o que é prova cabal de que o crime houve, mas a possibilidade jurídica do pedido de cominar uma pena e executá-la fica impossível, por conta de o crime estar prescrito, o que inviabiliza o direito de punir, por força de águas passadas, que não movem moinhos. Isso é como dizer que o crime compensa.

3) Enfim, é a vitória do escárnio sobre a esperança. Os ladrões da República reinam absolutamente, riem da Constituição e roem o povo, por meio da malversação e da corrupção, matando toda a nossa livre iniciativa. E depois acusam os monarquistas daquilo que eles, os malditos republicanos, fazem - nada mais comunista do que isso.

4) Os apátridas comemoraram uma sentença sem efeito - um fingimento atroz, algo próprio de um crime prescrito - algo tão ruim quanto uma sentença nula. Alguns querem mesmo ir embora, mas não percebem que são os apátridas que devem ir embora. Esse primarismo mental agrava o problema.

5) Por isso que digo que o Brasil é para poucos - ele é feito para quem honra aquilo que foi edificado em Ourique e este tipo de coisa não pede necessariamente que a pessoa nasça no Brasil, pois o nascer nesta terra abraça a falácia de que o homem é uma folha de papel e que ele deve tomar o Estado fundado na mentalidade revolucionária como se fosse a sua religião. A construção desse falso vínculo se dá a partir do momento em que bandidos disfarçados de professores preenchem a mente dos jovens nascidos nesta terra por meio de uma falsa História, fundada em falsidades como o quinhentismo, Tiradentes ou Zumbi dos Palmares. E é isto que precisa ser combatido o quanto antes.

6) Com a cassação do mandato de Lula (pois Dilma era o longa manus de Lula), a próxima batalha será no campo cultural. Começarei publicando meus trabalhos sobre nacionismo e sobre o conservadorismo. Como cabe ao pai responsável formar os filhos, então ele é destinado a quem deseja buscar o conhecimento de maneira livre. 

7) Estou disposto a ajudar quem é sensato - deixo e-mail, telefone e abro até mesmo as portas da minha casa a quem busca a minha ajuda; aos insensatos, meu silêncio é a resposta. Se houver ofensa, a resposta será na forma de processo judicial. Enfim, essa palhaçada vai acabar - e darei o meu melhor nisso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de setembro de 2016 (data da postagem original).

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

A inflação da sucessão presidencial leva à institucionalização da ditadura

1) Ainda que o primeiro presidente seja um aristocrata e tente governar com personalismo, a tendência é que isso se perca logo, com a sucessão freqüente de homens ao longo do tempo e num curto espaço de tempo.

2) A inflação da sucessão presidencial leva não só à impessoalização como também à  institucionalização da ditadura, pois não há uma referência a alguém digno de ser imitado. Como geralmente o presidente atual não é um bom imitador de Cristo, tende-se a não imitá-lo, já que ele não tem virtudes. E mesmo que o imitem, seu exemplo será logo esquecido, pois a cada 4 anos muitos já teriam passaod pelo poder e você acaba perdendo a referência daquele que é considerado digno. 

3) Os livros de História só te dão uma pálida idéia do que foi o presidente, essa majestade ilegítima. Como seu exemplo não é vivo e não está presente na realidade, então não há um bom motivo para imitá-lo, pois a prática não está sendo vista ao vivo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de fevereiro de 2016 (data da postagem original).

Comentários ao contexto do artigo:

Escrevi este artigo em 2016, dois anos antes da eleição do presidente Bolsonaro. Em nenhum momento passou-me pela cabeça criticar o presidente Bolsonaro, que tem feito uma excelente presidência. O presente artigo aqui vale para se compreender o período compreendido entre 1889 e 2018, entre a queda da monarquia e antes das eleições de Jair Bolsonaro, quando não tivemos um chefe da nação e de Estado de verdade por mais de 130 anos. Que isto fique bem claro, pois esta foi minha intenção ao escrever estas notas!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 04 de abril de 2022 (data da postagem do comentário adicional