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sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Quem me ama tolera minha inutilidade

1) Há quem me diga que sou muito útil, por ser um homem de espírito e por produzir reflexões que fazem com que a Igreja de Cristo continue produzindo vocações frutiferamente nestes tempos onde a liberdade voltada para o nada se torna cada vez mais uma ideologia cada vez mais hegemônica.

2.1) Os que verdadeiramente me amam sabem que sou um servo inútil aos propósitos desse falso Deus chamado dinheiro, visto que condeno a ética protestante e seu capitalismo, por serem iníquos. O amor de Deus e à verdade falaram mais alto do que a advocacia, a ponto de fazerem de mim um leigo católico e viver a vida como um simples escritor.

2.2.1) Neste Brasil liberal, eu seria eliminado, dado que sou um pária à sociedade, um verdadeiro incômodo.

2.2.2) Por isso que falo que a ideologia verde-amarela tem mais tons de vermelho do que muitos pensam, a ponto de a direita ser pautada pela esquerda, por conta de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, cuja razão de ser se funda na pretensão de construir o império dos impérios do mundo renegando o Crucificado de Ourique, o verdadeiro construtor e mantenedor da verdadeira ordem que fundou este país.

2.2.3) Eis a grande ilusão! Por isso que o velho do Restelo em Os Lusíadas condenou toda esta vã cobiça, pois ela não vem de Cristo, do Filho da Virgem Maria.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 2020.

Notas sobre os mitologemas das nações e sua relação com os dogmas católicos

1) Na Igreja católica o dogma é uma verdade de fé - por isso mesmo, constitui a razão de ser da Igreja tal como ela é.

2) O ser é eterno e ao longo do tempo ele se aprimora, conservando sua essência, se estiver alicerçada na verdade, tal como rocha sólida.

3) Países marcados sob o signo da Santa Cruz fazem de Cristo a base para que estes países sejam tomados como um lar n'Ele, por Ele e para Ele, a ponto de propagarem a fé Cristã na forma de Império, pois é através deste sinal, que remiu o gênero humano a 30 moedas de prata, que publicaremos o Santo Nome do Senhor em Terras Distantes.

4) Em filosofia da História, mitologema é o estudo da ontologia de uma nação, a ponto de saber qual é o seu lugar na História da Cristandade. Todo país cristão tem seu mitologema, tem sua razão de ser em Cristo fundada, a ponto de adotar símbolos que resumam e sintetizem toda essa razão de ser fundada em Cristo.

5.1) Quando tomamos vários países como um mesmo lar em Cristo, nós navegamos em águas nunca dantes navegadas, pois lidamos com símbolos que não conhecemos.

5.2.1) Quando conhecemos a História da Polônia tanto quanto a História de Portugal a ponto de criarmos as pontes, nós começamos a costurar nesse tecido social divino de modo a achar uma integração entre os dois povos, pois a verdadeira aliança se funda em amarmos e rejeitarmos as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

5.2.2) Muita coisa interessante da experiência polonesa será incorporada a Portugal e muito da experiência portuguesa e ouriqueana será passada a Polônia. Os mitologemas de ambos os países serão mais fortes se ambos estiverem unidos em Cristo por Cristo e para Cristo naquilo que se fundou em Ourique.

5.2.3) Isso é muito mais profundo do que uma troca de tecnologia - a partilha de experiências, de razões de ser fundadas na verdade fazem os povos serem mais unidos e mais fortes. Isto tem conseqüências espirituais, muito mais amplas do que esses acordos comerciais e de troca de tecnologia, que só atingem a superfície.

6) O Império de Cristo tem sua economia voltada para a salvação de muitos e a política da cristandade deve ser direcionada toda para isso, visto que haverá uma uma guerra de Messias (o Nosso Messias versus o Messias Islâmico e o Messias Judeu, o verdadeiro choque de civilizações tão bem apontado por Huntington).

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 2020.

Do império de Cristo como império dos profetas

1) Quando Cristo esteve aqui em Sua primeira vinda, Ele havia dito que um profeta nunca é bem-vindo em sua própria terra. Não foi à toa que mandou que servissem a Ele em terras distantes, de modo que Seu Santo Nome fosse publicado entre os povos mais estranhos.

2.1) O império de Cristo é o império dos profetas.

2.2.1) Um profeta é o que se santifica através do trabalho, principalmente do trabalho intelectualmente organizado e voltado para a salvação de muitos, de modo Deus se faça presente em tudo o que é escrito ou dito.

2.2.2) Como disse São Paulo, já não sou eu mais que vivo em mim, mas Cristo. E em tudo o que estudo ou escrevo, eu faço as coisas de modo a promover Seu Santo Nome em terras distantes de minha terra, o Rio de Janeiro, para o bem de toda a Santa Igreja que Ele fundou e da qual faço parte.

2.2.3) Os que fazem grandes obras de arte neste fundamento constroem uma cultura, pois tomam múltiplos lugares como um mesmo lar em Cristo, unidos não só à Igreja mas também protegidos pela figura do vassalo que o próprio Cristo colocou na figura do Rei de Portugal, sucessor de D. Afonso Henriques.

2.2.4) Assim a unidade está garantida, ao mesmo tempo em que diferentes tradições litúrgicas e culturais fundadas no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem começam dar sentido a esses lugares, a ponto de esses territórios se tornarem espécies derivadas de um mesmo gênero, tal como vemos o Brasil como uma espécie, uma variante do gênero português.

2.2.5) O brasileiro, por exemplo, é aquele cuja vocação é se santificar através do trabalho de extrair pau-brasil de tal maneira a promover o valores de Cristandade, cujo Império tem sua razão de ser em Ourique. Aqui, os valores de Ourique e os ensinamentos da Opus Dei farão do Brasil ser uma civilização gloriosa. O Brasil terá um mitologema próprio sem renegar as suas origens, a ponto de ser uma civilização por direito próprio, por conta do desenvolvimento dessa visão de mundo que a Opus Dei vem fazendo através da doutrina da santificação através do trabalho. Isso não nega a Cristo, mas dá plena autonomia para uma missão própria fundada nesse serviço.

3.1) A conquista do mitologema brasileiro, de servir a Cristo em terras distantes tal como os que extraíram pau-brasil, que engrandeceram esta terra através des eu trabalho, fará o Brasil grandioso e próspero. Assim como dogmas como podem ser desenvolvidos, os mitologemas também o são.

3.2) O Brasil não foi colônia - ele era parte do Império de Cristo em Ourique. E graças ao trabalho da Opus Dei, ele passou a ter um sentido civilizacional próprio. Ele continua sujeito a Cristo, mas a passou a ter uma missão própria dentro do continente americano e no mundo inteiro. E enquanto for leal a Cristo, ele será tão quanto livre era parte de Portugal.

3.3) Ignorem o Brasil de 1822 - ele é um falso país. Trata-se de uma comunidade imaginada, de um laboratório imaginado para se fazer experiências no campo da mentalidade revolucionária. É para isso que ele serve: trata-se de um horror metafísico, de um vale de lágrimas, de um jardim das aflições. Estudem o Brasil verdadeiro e ignorem as mentiras que nos foram introduzidas através da escola.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 2020.

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Como se conquista espiritualmente e simbolicamente uma cultura

1) Só no cristianismo é que vemos o verdadeiro Deus ressuscitar dos mortos.

2) Se o verdadeiro Deus ressuscitou dos mortos então uma construção tipicamente árabe, com inscrições do alcorão, dará lugar a uma construção árabe do mesmo estilo com inscrições dos versículos bíblicos. A antiga construção, que servia a Allah - esse falso Deus que manda a seu seguidor mentir em seu nome - precisou morrer, ser implodida, de modo que outra, fundada no Deus verdadeiro, assumisse o seu lugar.

3.1) O sentido da verdadeira arquitetura é verdadeiramente este. O que se funda nos falsos deuses deve dar lugar a Cristo, o verdadeiro construtor e destruidor de impérios e de culturas, visto que Ele é o segundo Adão, o segundo construtor.

3.2) O que é árabe permanece árabe, mas a serviço do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. Assim, sua cultura não será servida com fins vazios. Por isso, sua cultura deve ressuscitar dos mortos tal como Jesus o fez. É assim com qualquer povo que troca seus antigos e falsos deuses por Cristo.

3.3) A conquista dos islâmicos deve se dar dessa forma. O espírito da cultura e da arquitetura árabes devem ser voltados para o Deus verdadeiro, nunca para esse falso Deus, para esse demiurgo chamado Allah.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 2020.

Símbolos podem ser costurados - notas sobre a evangelização pelos símbolos

1) Loryel fala que símbolos não migram.

2) Mas se eu tomo a Polônia como meu lar em Cristo tanto quanto o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, eu acabo necessariamente criando as pontes que fazem da pátria de São João Paulo II e da Santa Faustina Kowalska uma nação vigária na missão de servir a Cristo em terras distantes, uma vez que a nação titular deste trabalho sacerdotal foi seqüestrada pela maçonaria, desde que houve o Regicídio em Portugal. E com isso um mar oceano da misericórdia foi aberto, de modo que a missão de servir a Cristo em terras distantes não tenha fim.

3.1) Se crio a ponte entre os dois povos, a ponto de estarem juntos por conta dessa missão, eu acabo costurando os símbolos, integrando-os.

3.2) A parte branca da bandeira da Polônia receberá a esfera armilar e o escudo de Portugal referente aos cinco reis mouros derrotados, em referência às cinco chagas de Cristo, cuja redenção do gênero humano foi comprado com trinta dinheiros através da cruz. Com isso, ela será tanto parte do Reino Unido Portugal, Brasil e Algarves por conta dessa missão quanto é livre por direito próprio, posto que não se submete a nenhum império de domínio a não ser o que foi fundado por Cristo, a ponto de ser um Império de Cultura, rejeitado pelos apátridas de 1822, com o nome pervertido de independência do Brasil.

3.3) A costura desses símbolos é um indício de comunidade revelada, um tipo de evangelização. Alguém que tomou ambos os países como um mesmo lar fez essa ponte, a ponto de fazer dessa aliança a santificação de seu trabalho. Por isso mesmo, o nacionista, mais do que um diplomata, é um pai de família, uma pessoa do povo, um gênio que descobre sua própria profissão sem inventá-la, pondo-se a serviço de Cristo, principalmente quando tem Portugal e o mundo português fundado no mitologema ouriqueano por berço.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 2020.

O amor romântico é uma agiotagem

1) O verdadeiro amor perdoa tudo, pois o amador enxerga na coisa amada o espelho de seu próprio eu. Se ele busca a perfeição, ele incentivará a coisa amada a fazê-lo, a amar a rejeitar as mesmas coisas tendo o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem por fundamento. Só por isto esta união não se dissolve, pois ela se funda Deus - e por se fundar em Deus ela é producente, a ponto de se estabelecer uma família, que é a base da sociedade. E a verdadeira riqueza de uma nação está nas famílias bem estruturadas, que amam a Deus sem medida.
2) Os românticos, que amam egoisticamente os outros só porque atendem aos seus interesses egoístas, fazem exigências fundadas ricas no amor de si até o desprezo de Deus. Não perdoam o erro, por serem incapazes de remover a trave que há bem diante de seus olhos. Por amarem mais a si mesmos do que a Deus, eles fazem do amor uma agiotagem, a ponto de praticarem usura. A cobrança constante e o ciúme fazem com que a relação não dure muito tempo, a ponto de tudo terminar em divórcio.

3) O amor romântico, a usura, a pornografia, a prostituição, todos estes assuntos estão relacionados. São elementos de uma sociedade cansada, que já não contempla as coisas do alto, posto que buscou coisas improdutivas, fundadas na riqueza tomada como um sinal de salvação. Por isso mesmo, a sociedade do espetáculo é uma sociedade regida pelo cansaço, dirigida pela classe ociosa, que faz da diversão a razão de ser da sua vida, pois par ela Deus está morto.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 2020.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Como se combate a pornografia?

1) Na sociedade do espetáculo, onde a liberdade foi servida de modo a relativizar a verdade, o sexo se tornou um espetáculo, onde o bonito é para ser visto, negando este princípio: em tudo o que é belo Deus coloca um véu.
 
2) O sexo pornográfico existe como um contraponto à moral puritana, comumente chamada de moral burguesa. Quando se serve ao Deus do dinheiro, é preciso que se renuncie aos prazeres desta vida, incluindo o sexo. Por isso, a abstinência sexual dos puritanos é uma falsa leitura da criação, pois ela se basta em um mero preceito. Por isso que a pornografia explodiu nos EUA como uma revolução sexual, como uma revolução de escândalo.

3.1) Em termos salvíficos, o sexo é um fenômeno da criação, é um espetáculo contemplativo fundado no amor de Deus onde um homem e uma mulher juntam suas almas ao juntarem seus corpos, a ponto de formarem uma família. Não foi à toa que Deus colocou um véu aí, pois é um mistério a ser contemplado - e a vida precisa de mistérios.

3.2.1) Assim como o casamento na Igreja costuma ser documentado na forma de um evento, esse encontro através do sexo pode ser documentado também, mas isto fica dentro da seara da família, como parte da cultura familiar, uma vez que a vida privada é um ambiente sagrado e reservado - e ninguém de fora da família deve lançar olhos curiosos sobre a vida dos dois. 
 
3.2.2) Se minha esposa é o objeto do meu amor, então o registro desse encontro do meu corpo e da minha alma com o corpo e a alma dela produzirá uma bela obra de arte, cuja memória desse amor só fará sentindo para quem viveu nesse ambiente familiar. 
 
3.2.3) Ao contrário da pornografia, todo encontro com minha esposa só renova meu amor por ela - e se esse encontro for registrado em filme ou em fotos, ele tenderá a ser inesquecível, uma vez que se tornará obra que aponta para Deus acerca da beleza da criação. Por isso que fazer filmes desses encontros com a mesma mulher nunca será cansativo - o que seria pecaminoso é expor o amor verdadeiro, a intimidade do casal a quem tem intenção de vender isso como se fosse pornografia.
 
3.3.1) Se estou sem idéias e vejo as fotos dos meus encontros com a minha esposa de modo a atender as finalidades precípuas da criação, aí eu me sinto inspirado a criar obras que realmente agradam a Deus.
 
3.3.2) Trata-se de uma cultura de intimidade familiar, de uma cultura de liberdade com um fim muito bem definido na verdade, sem mencionar que constituem a contracultura necessária ao combate à pornografia, pois dá justa destinação ao sexo como encontro de duas almas que se amam, além de produzir uma excelente obra de arte que faça com que tal evento não seja esquecido.
 
4.1) É preciso que haja uma consciência muito bem formada nessa direção, pois ela forma uma cultura.

4.2) Se a pornografia promove o adultério, o que move a cultura do divórcio e a abolição da família, então a contracultura implica produzir obras de arte relativas ao sexo como encontro fundado no verdadeiro amor, a ponto de fazer desse encontro obras de arte, a ponto de serem relíquias, tesouros de exemplos para a família.
 
4.3) Afinal, só se destrói uma coisa falsa substituindo por outra fundada na verdade. E o segredo é dar a justa destinação ao sexo na sociedade, assim como a justa destinação à documentação desse encontro enquanto cultura de família, enquanto cultura de liberdade, própria da intimidade do casal que se ama.
 
José Octavio Dettmann
 
Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 2020.

Como dar justa destinação à sociedade do espetáculo?

1.1) Sobre os malefícios da televisão como ferramenta de cultura de massa, nós temos estes dois livros: homo videns e a sociedade do espetáculo. Tudo o que é voltado para o nada, para o vazio, passou a ser objeto de atração - e isso serviu aos propósitos revolucionários.

1.2) Nestes dois livros, as coisas estão muito bem documentadas, posto que a televisão foi ao longo do século XX um poderoso instrumento de construção de comunidades imaginadas, fundadas no homem, pelo homem e para o homem como se este fosse o senhor de seu próprio destino e não Deus.

2.1) Para se combater o liberalismo e o comunismo é preciso que a verdade seja fundamento da liberdade. É preciso que as coisas recebam a sua justa destinação.

2.2) Qual é seria a justa destinação de uma televisão? Fazer do belo um espetáculo, uma experiência inesquecível. Se é voltado para toda a sociedade, isso edifica uma civilização. Exemplo disso, são os concertos de música erudita.

2.3.1) Quando é voltado para o âmbito das famílias, isso amplia ainda mais o amor. Exemplo: assistir sua namorada ou esposa escrevendo algo inteligente, com a possibilidade de corrigir seus erros, enquanto ela escreve.

2.3.2) A atividade intelectual voltada para Deus se torna um espetáculo para os que dela participam e os que estão nela envolvidos passam a se admirar constantemente, o que gera um amor verdadeiro. Não há amor mais verdadeiro se esse amor não se tornar um fenômeno, um espetáculo pessoal, um exemplo de cultura pessoal a ponto de se tornar uma experiência inesquecível para quem participa da experiência.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 2020.

Da TV como monitor - relatos da minha experiência pessoal

1) Antes mesmo de surgirem canais onde assisto remotamente alguém jogando uma partida de videogame, meu pai, nos anos 80, conectou a TV da sala, por onde jogávamos o MSX (o nosso primeiro computador), à televisão da copa da nossa antiga casa. Cansei da assistir às partidas de meu irmão no computador.

2) Com a maturidade que tenho hoje, eu naquela época poria o videocassete pra gravar e estudaria o que meu irmão estava fazendo, como forma de melhorar meu jeito de jogar. Infelizmente, não tive essa visão naquela época porque era imaturo.

3.1) Com a TV sendo monitor de computador, eu acompanharia o artigo que minha esposa estaria escrevendo e ainda diria se estava bom ou não, visto que estudo a dois é uma forma de amor. Eu a ajudaria em traduções de textos, digitalizações e muitas outras coisas, fora que eu assistiria minha esposa a escrever e escrever bem.

3.2) Assim o homo videns passa ter uma finalidade produtiva, pois passo a assistir quem está escrevendo e também assisto o belo sendo construído bem diante dos meus olhos, letra por letra, parágrafo por parágrafo. E ver com finalidade produtiva é contemplar, pois isso aponta para o belo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 2020.

Como preparar um quarto para a vida intelectual e contemplativa

1) Se seu quarto tem função de escritório, é sempre importante que haja uma boa cama para se dormir, além de uma boa mesa para se trabalhar e se alimentar.
 
2) Além de afastar o cansaço, a cama também te propicia momento de meditação e de relaxamento. Sempre que não tenho nada a falar ou quando estou estressado, eu vou pra cama, fecho o quarto, ligo o ar condicionado e começo a meditação. Entro num momento de paz e tranqüilidade, uma vez que esqueço as coisas do mundo e passo a me concentrar nas coisas de Deus, a ponto de voltar a escrever.

3.1) Para um escritor profissional, a vida contemplativa é uma necessidade - é através do silêncio, que é próprio da meditação e do estudo, que se é possível cavar nas profundezas da alma de modo a sondar experiências tão necessárias para se escrever sobre alguma coisa, sejam essas experiências próprias ou alheias.

3.2) A sabedoria vale mais que o petróleo e não é uma ideologia, posto que aponta para Deus, a verdade - é a prova cabal de que o silêncio fala algo bom e producente, uma vez que Deus fala através de fatos, palavras e coisas - e todas elas marcham na disciplina férrea do silêncio.

4) Em termos de economia voltada para a salvação, é fundamental que seu quarto seja povoado com livros para estudos sérios acerca das coisas de Deus e dos homens; uma boa cama para se dormir e para se meditar; uma boa mesa para se trabalhar ou para se alimentar de maneira improvisada, dependendo da ocasião; um guarda-roupas com roupas modestas e não muitas; um bom computador para se trabalhar e ar condicionado, para afastar o calor do verão ou para tornar o ambiente propício para uma boa meditação, quando se é preciso. Outras coisas podem ser acrescentadas - em termos de experiência pessoal, você só precisa apenas do mínimo necessário para que sua vida contemplativa fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus seja a mais produtiva possível. Não é preciso muito luxo - o que é preciso é que o ambiente seja produtivo para a vida intelectual, a qual se funda em Deus.

5) Se o seu cônjuge gosta de estudar tanto quanto você, o quarto de casal pode ser perfeito para esse ambiente de estudo. Para mim, não conheço melhor forma de construir uma vida a dois senão através do estudo. A cama de casal permite o encontro das almas através do sexo, pois nada é mais amoroso do que uma conversa inteligente, em Deus fundada.

6) A única coisa que não pode haver neste ambiente a dois voltado para as coisas de Deus é uma televisão sintonizada em canal pornográfico - aí o ambiente salvífico é desperdiçado. É melhor que nem haja televisão, a não ser que ela sirva de monitor para o que está sendo feito no computador.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 2020.

domingo, 26 de janeiro de 2020

Notas fundadas a partir das minhas experiências literárias

1) Não tenha medo de escrever várias notas de base por dia, todos os dias.

2.1) Sempre que puder, leia seus escritos. Se você perceber uma conexão entre uma nota de base e outra, faça uma síntese a ponto de juntar os dois textos, de modo a formar um texto maior, coerente e objetivo.

2.2.1) Durante o processo de síntese, alguns pontos podem ser acrescentados, de modo a enriquecer ainda mais a história.

2.2.2) O objetivo é sempre o mesmo: escrever algo que aponte para Deus, para um dado da realidade, seja ele pessoal, seja ele decorrente dos problemas sociais de seu país ou do país da pessoa amada, se esta pessoa mora fora do Brasil, por exemplo. É na síntese, fundada na compreensão da realidade, que tomamos várias coisas como um mesmo lar em Cristo, já que apontam para a mesma verdade.

2.3.1) Ao longo do tempo, diferentes textos de base são escritos e diferentes sínteses são feitas partir dos textos-base. Sempre que encontrar uma relação entre as sínteses, junte tudo. Diga tudo o que for necessário, mas não torne o texto muito longo e cansativo.

2.3.2) É vital para o escritor o esvaziamento de si mesmo - e a luta contra o clichê é uma luta contra a vaidade, contra o que se conserva de conveniente e dissociado da verdade.

3.1) No meu último ano de segundo grau, quando comecei a estudar a poesia de João Cabral de Mello Neto. Ele costumava ser chamado de "o arquiteto das palavras".

3.2.1) Se isso aconteceu à poesia, então a prosa também pode ser arquitetada. As histórias são construídas ponto a ponto, ao longo do tempo.

3.2.2) Para se tomar um país como um lar em Cristo, você precisa fazer das palavras material de construção - se você dominar a sintaxe e a gramática, você poderá fazer uma bela casa no Céu sem necessariamente fazer uma torre de Babel através da verborragia, com o intuito de desafiar a Deus. As moradas no Céu e a pressa em habitá-las começam a existir a partir do momento que começam a ser imaginadas - e isso precisa sair da escrita de um bom escritor, que deve trabalhar tal como um agricultor cultiva os campos.  Este é o verdadeiro processo de construção de uma comunidade revelada a partir da cultura, do constante chamado para se servir a Cristo em terras distantes, tal como se deu em Ourique.

3.2.3) O bom escritor não é Sérgio Naya, nem Odebrecht. Tudo o que é dito tem seu devido peso e devida proporção - a verborragia, fundada na vaidade, leva ao superfaturamento e à corrupção desta obra.

3.2.4) Se houver uma economia de material por conta da vaidade, então haverá uma economia de signo porca por conta desse superfaturamento, que é a verborragia - o que faz com que todo o trabalho seja voltado para o nada, já que a obra não servirá a Deus e à eternidade, mas ao efêmero, a ponto de ser uma caricatura grotesca do artista que a projetou - o que denuncia a verdadeira falsidade do que ele foi em vida, tal como foi Oscar Niemeyer com suas construções horrendas. Um verdadeiro horror metafísico, um verdadeiro monumento à liberdade servida com fins vazios, o que não passa de uma grande estupidez.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de janeiro de 2020.

Da espada para o arado - notas sobre isso


1) Durante muito tempo eu fiz anotações de base. Eu coletei várias impressões autênticas acerca do que ocorreu no Brasil e no mundo de 2013 pra cá, sem jamais haver sintetizado ou sistematizado tais anotações.
 


2) Havia uma forte demanda por meus escritos, mas não tinha tempo de sistematizá-los. Desde a eleição de Bolsonaro, eu depus a espada e comecei a focar o arado. A transição para a vida no arado começou em novembro de 2016, pouco depois de Dilma haver sofrido o impeachment.


 
3.1) Se vivo do teclado, então por que falo tanto em espada e arado?



3.2) Espada é como chamo a escrita de combate - de 2014 a 2016, eu fui escritor combatente, pois lutei uma guerra cultural contra o PT, sem cessar. Eu me dediquei exclusivamente a esta atividade - não fiz nenhuma digitalização e todo o esforço de guerra precisava das melhores cabeças na luta pela retirada dessa mulher do poder. Depois que ela foi afastada do poder, eu voltei a digitalizar livros, eu voltei a cultivar os campos das almas, tal como eu fazia até 2013. Digitalizei alguns livros e retomei o projeto de empreender nas letras, que estava parado.


 
4.1) No final do mês passado, comecei a me dedicar a fazer modificações para o civilization V - meu jogo preferido, um dos primeiros que comprei com o meu trabalho como escritor. Comecei a sistematizar as notas acumuladas de jogo, de modo a montar histórias.


 
4.2) Ali começaram minhas experiências literárias propriamente ditas. Das anotações de base fui criando sínteses sobre vários temas. Ao juntar as sínteses, eu fui criando histórias. Tal como um arquiteto ou engenheiro, fui criando minhas histórias de jogo, tijolo a tijolo.


 
4.3) Era isso que me faltou naqueles anos de guerra cultural: o sossego necessário para fazer esse trabalho. Enquanto Bolsonaro estiver carregando em seus ombros as pedras de Atlas, eu posso ficar sossegado e focar no cultivo da alma naquilo que é bom e belo.


 
4.4) A sistematização que vou fazer para os artigos que escrevo sobre política, história, direito, filosofia e economia obedecerá justamente a essa mesma lógica que estou adotando para os meus escritos de jogo. Preciso de todo o sossego necessário para poder converter as mais de 5 mil postagens de meu blog em livros de excelente qualidade - o que demandará não só minha vida inteira como também um pouco da vida de alguns dos meus sucessores.


 
4.5) Os materialistas dizem: quem tem fome tem pressa. Mas a verdadeira pressa que conta é a de se chegar ao Céu, após toda uma vida servindo a Cristo em terras distantes, tal como se deu em Ourique. E quem tem fome de esperança precisa ter paciência - e essa fome é maior do que aquela fome falsamente combatida nas campanhas de Natal sem Fome do Herbert de Souza, que se valeu da caridade cristã para promover o comunismo. E como diz o professor Olavo, é urgente que tenhamos paciência.


 
4.6) Meus livros serão lançados. Dêem-me um país tranqüilo e seguro e aí poderei escrever sobre coisas importantes para o resto da vida.


 
José Octavio Dettmann



Rio de Janeiro, 26 de janeiro de 2020.

sábado, 25 de janeiro de 2020

Da ciência política como ciência preparatória para a pátria definitiva ou da importância de uma paróquia bem organizada para o bem-estar de uma cidade

1) Certa ocasião, eu havia lido uma reportagem que um pároco resolveu o problema do emprego em sua paróquia quando resolveu criar, digamos, a "pastoral do emprego".

2) Ele foi recolhendo os currículos dos paroquianos e vendo quais paroquianos tinham atividades economicamente organizadas e que estavam necessitando de mão-de-obra. Em pouco tempo, ele resolveu o problema do desemprego, integrou as pessoas de sua comunidade e criou um estudo de caso digno de ser estudado.

3.1) Todos os dias em nossas paróquias os párocos lidam, através de suas pastorais minimamente organizadas, com situações mais ou menos semelhantes como esta ou com outras situações de outra natureza.

3.2.1) Se política é a continuação da trindade, então devemos fazer estudos de caso de modo que os problemas de uma comunidade paroquial sejam resolvidos de modo que se haja uma maior integração entre o povo de Deus, a ponto não dependermos do assistencialismo político desses governos socialistas e comunistas, que estão fazendo com que tudo fique nas mãos do Estado e nada fique fora dele ou contra ele.

3.2.2) Ocorre que o Estado totalitário é uma entidade abstrata, fria e sem vida - ele não é uma pessoa como foi Jesus Cristo. Por ser impessoal, indiferente aos anseios do povo de Deus, ele não vai deixar o rebanho de lado de modo a socorrer a ovelha perdida, ao contrário do que o bom pastor faria.

4.1) Para se combater um governo totalitário municipal, será preciso que haja uma boa diocese ou arquidiocese onde as paróquias sejam realmente eficazes no plano da salvação, servindo ao bem comum. E isso implica termos pastorais de educação, pastorais de saúde, pastorais de emprego, pastorais do apostolado da diversão, pastoral dos surdos, dos cegos. Ou seja, precisamos ter um governo paralelo se quisermos fazer desobediência civil eficaz

4.2.1) Devemos estar atentos às boas práticas que são exercidas em todas as paróquias católicas do mundo inteiro e aplicar as coisas de modo que promovamos a palavra de Deus na sociedade, para que o país seja tomado como um lar em Cristo e que o pobre tenha a esperança de uma vida melhor quando se santifica através do trabalho e do estudo.

4.2.2) O fundamento do bom governo comunitário começa nas nossas comunidades paroquiais. As pastorais devem estar bem organizadas, com uma divisão de trabalho muito bem definida, de modo que os esforços salvíficos sejam altamente produtivos.

4.2.2) Por isso, o município deve ser visto como uma central que coordena os esforços das diferentes comunidades paroquiais e associações profissionais (guildas) no tocante a se tomar o lugar onde moramos como um lar em Cristo, a ponto de isso nos preparar para a pátria definitiva, que se dá no Céu. Como o todo é maior do que a soma das partes, cabe ao município fazer o que a mera soma das comunidades paroquiais e guildas locais não seria capaz de fazer por si mesma. Da mesma forma, a província é maior do que a soma de seus municípios, assim como a união é maior do que a soma de suas partes, as províncias.

4.2.3) É através desta pequena pátria que é o município que se tem uma idéia do que será o pais, que é esse todo composto de mais de 5 mil municípios espalhados de norte a sul.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 2020.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Breve discurso de aniversário

1) Meu aniversário chegou. Completei 39 anos hoje. Enquanto escrevia artigos para os meus contatos, recebi os cumprimentos em razão de meu aniversário e os agradecimentos pelo trabalho feito ao longo dos anos.

2) Foi um misto de dia de folga com trabalho - eu diria que foi o melhor dos dois mundos, já que trabalhei sem estresse hoje. Além de escrever artigos, eu também me aprimorei na arte de fazer modificações para o Civilization 5, sem mencionar que trabalhei na revisão de um projeto de digitalização que concluí recentemente: trata-se do livro O Homem da Independência, de Assis Cintra. Não deu para lançá-lo no dia do meu aniversário para que pudessem comprá-lo, mas farei uma oferta especial de aniversário no ano que vem, dependendo que de como estará o ânimo do país para o meu quadragésimo ano, em 2021.

3) Enfim, o dia foi muito produtivo - o que me deixa muito feliz. Há muito ainda por revisar - assim que o projeto ficar pronto, eu publico o livro no payhip para que possam fazer a compra.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de janeiro de 2020.

Notas sobre um presente de aniversário que recebi ao longo do ano passado

1) Não publiquei mais do que alguns artigos no Academia.edu, mas já recebi mais de 58 menções e contando.

2.1) Segundo o que o Academia.edu me conta, meu nome foi citado num artigo publicado numa revista importante de psicologia experimental - o que me deixa muito feliz, até porque tomar múltiplos países como um mesmo lar em Cristo é um desejo psicológico livre e essas experiências devem ser coletadas e meditadas como uma experiência de família. Por essa razão, é essencial que na família nunca faltem indivíduos com vocação para a vida intelectual, visto que estes dados são de difícil acesso e só podem ser acessados através da intimidade familiar, o que pede um tipo muito especial de cientista social - cientista esse que o mundo não produz, mas que a verdadeira fé cristã é capaz de produzir.

2.2.1) Por isso que devemos rezar sem cessar para que nossas famílias sejam fontes inesgotáveis de vocações intelectuais. Umas vão para a investigação das coisas fundadas na conformidade com o Todo que vem de Deus, a ponto de serem chamadas por Deus para falarem em seu próprio nome (dom da profecia, um tipo especial de ciência), enquanto outras se dedicam à orientação das almas mais vulgares, a ponto de repetir o que Platão já ensinava: que verdade conhecida é verdade obedecida (dom do magistério, essencial ao sacerdócio).

2.2.2) Essas vocações têm sua razão de ser e têm suas funções muito bem definidas no plano da salvação. O próprio Deus criou uma multiplicidade de dons porque que viu que a divisão de trabalho produz maior eficácia no plano da salvação, a ponto de produzir uma obra salvífica de melhor qualidade e mais duradoura.

2.2.3) Uma obra civilizatória de melhor qualidade pode ser produzida a partir da divisão de trabalho dentro do âmbito paroquial e pastoral. Quanto melhor for a divisão de trabalho entre as pastorais e entre os párocos das paróquias, mais ganhos de almas para o Céu terá a Igreja - trata-se de ganho sobre a incerteza, neste vale de lágrimas.

2.2.4) Quando pararem com a cultura do super-homem, própria do meio protestante, aí as coisas começarão a dar os devidos frutos. E a crise de fé na Igreja estará superada

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de janeiro de 2020.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Do comércio como uma forma de prestação de tributo - notas sobre isto

1) Antes de Adam Smith demonstrar que a verdadeira riqueza de uma nação livre não está concentrada nas mãos de um príncipe, mas, sim, distribuída nas mãos de um povo, era comum o comércio ser usado como uma forma de criar vínculos de servidão e vassalagem, através da economia de patrocínio.

2.1) Digamos que um príncipe fosse muito rico e quisesse demonstrar seu poder apoiando e protegendo cidades-Estado cuja economia gravitasse em torno do artesanato. Ele costumava fazer uma demanda em grande quantidade - se ela não fosse satisfeita, a cidade ficaria sem o auxílio militar desse príncipe, a ponto de correr o risco de ser invadida pelos inimigos.

2.2.1) Toda a economia dessa cidade era organizada e direcionada para atender às necessidades desse príncipe tal como um verdadeiro esforço de guerra, pois sua liberdade dependia da força dessas armas. Assim o trabalho era feito de modo a se pagar a um tributo em razão da segurança oferecida por esse príncipe, uma vez que ele garantia a liberdade desse povo através da força de suas armas, uma vez que sua autoridade aperfeiçoava a liberdade de muitos. 

2.2.2) A entrega do trabalho de um ano em bens de luxo ao príncipe era obrigação de fazer porque se fundava numa lei que anunciava uma oferta pública que era feita à cidade revelando uma demanda real, um privilégio temporário que só ela podia preencher. O dinheiro que o príncipe pagava de recompensa pelo serviço prestado era usado para patrocinar as artes e o desenvolvimento econômico e artístico da cidade, se fosse bem usado. Tratava-se de economia de patrocínio porque o príncipe via os habitantes dessa cidade-Estado como seus súditos, como seus protegidos.

3.1) Esse tipo de economia, que cria esquemas de vassalagem que fazem com que uma cidade se sujeite ao poder de um príncipe, tende a concentrar muito poder em poucas mãos.

3.2) Se esse homem não for a encarnação da própria virtude, do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, isso tenderá a ser uma tirania, tal como havia no Egito Antigo, onde o comércio de grãos fez com que todos ficassem reféns do Egito de alguma forma - e nesse ponto a economia de patrocínio vira economia política de propaganda; se esse homem for a encarnação do Cristo, do Faraó definitivo, então a monarquia de direito divino - onde Deus reina absolutamente sobre tudo e sobre todos através da figura de seu vassalo, que é o rei de uma nação - será o melhor dos governos, pois distribuirá os elementos da aristocracia a todas as três classes da sociedade - clero, nobreza e povo - a ponto de as três em concórdia serem a personificação da própria trindade, posto que a verdade constitui o fundamento da liberdade.

3.3.1) Por isso, que as sociedades das épocas mais antigas apostavam suas fichas na formação do caráter das futuras gerações, de modo a formar homens cada vez mais santos e virtuosos, capazes de amar e rejeitar aquilo que Cristo amou e e rejeitou.

3.3.2) Assim, a vida dos cidadãos seria mais tranqüila, mais estável uma vez que a ascensão do melhor, do mais virtuoso estaria garantida. Bem ao contrário dos modernos, onde a ascensão de um sujeito virtuoso através do voto se dá através da mais pura sorte, tal como se deu com o Bolsonaro.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 2020 (data da postagem original).