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domingo, 26 de janeiro de 2020

Da espada para o arado - notas sobre isso


1) Durante muito tempo eu fiz anotações de base. Eu coletei várias impressões autênticas acerca do que ocorreu no Brasil e no mundo de 2013 pra cá, sem jamais haver sintetizado ou sistematizado tais anotações.
 


2) Havia uma forte demanda por meus escritos, mas não tinha tempo de sistematizá-los. Desde a eleição de Bolsonaro, eu depus a espada e comecei a focar o arado. A transição para a vida no arado começou em novembro de 2016, pouco depois de Dilma haver sofrido o impeachment.


 
3.1) Se vivo do teclado, então por que falo tanto em espada e arado?



3.2) Espada é como chamo a escrita de combate - de 2014 a 2016, eu fui escritor combatente, pois lutei uma guerra cultural contra o PT, sem cessar. Eu me dediquei exclusivamente a esta atividade - não fiz nenhuma digitalização e todo o esforço de guerra precisava das melhores cabeças na luta pela retirada dessa mulher do poder. Depois que ela foi afastada do poder, eu voltei a digitalizar livros, eu voltei a cultivar os campos das almas, tal como eu fazia até 2013. Digitalizei alguns livros e retomei o projeto de empreender nas letras, que estava parado.


 
4.1) No final do mês passado, comecei a me dedicar a fazer modificações para o civilization V - meu jogo preferido, um dos primeiros que comprei com o meu trabalho como escritor. Comecei a sistematizar as notas acumuladas de jogo, de modo a montar histórias.


 
4.2) Ali começaram minhas experiências literárias propriamente ditas. Das anotações de base fui criando sínteses sobre vários temas. Ao juntar as sínteses, eu fui criando histórias. Tal como um arquiteto ou engenheiro, fui criando minhas histórias de jogo, tijolo a tijolo.


 
4.3) Era isso que me faltou naqueles anos de guerra cultural: o sossego necessário para fazer esse trabalho. Enquanto Bolsonaro estiver carregando em seus ombros as pedras de Atlas, eu posso ficar sossegado e focar no cultivo da alma naquilo que é bom e belo.


 
4.4) A sistematização que vou fazer para os artigos que escrevo sobre política, história, direito, filosofia e economia obedecerá justamente a essa mesma lógica que estou adotando para os meus escritos de jogo. Preciso de todo o sossego necessário para poder converter as mais de 5 mil postagens de meu blog em livros de excelente qualidade - o que demandará não só minha vida inteira como também um pouco da vida de alguns dos meus sucessores.


 
4.5) Os materialistas dizem: quem tem fome tem pressa. Mas a verdadeira pressa que conta é a de se chegar ao Céu, após toda uma vida servindo a Cristo em terras distantes, tal como se deu em Ourique. E quem tem fome de esperança precisa ter paciência - e essa fome é maior do que aquela fome falsamente combatida nas campanhas de Natal sem Fome do Herbert de Souza, que se valeu da caridade cristã para promover o comunismo. E como diz o professor Olavo, é urgente que tenhamos paciência.


 
4.6) Meus livros serão lançados. Dêem-me um país tranqüilo e seguro e aí poderei escrever sobre coisas importantes para o resto da vida.


 
José Octavio Dettmann



Rio de Janeiro, 26 de janeiro de 2020.

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