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sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

O amor romântico é uma agiotagem

1) O verdadeiro amor perdoa tudo, pois o amador enxerga na coisa amada o espelho de seu próprio eu. Se ele busca a perfeição, ele incentivará a coisa amada a fazê-lo, a amar a rejeitar as mesmas coisas tendo o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem por fundamento. Só por isto esta união não se dissolve, pois ela se funda Deus - e por se fundar em Deus ela é producente, a ponto de se estabelecer uma família, que é a base da sociedade. E a verdadeira riqueza de uma nação está nas famílias bem estruturadas, que amam a Deus sem medida.
2) Os românticos, que amam egoisticamente os outros só porque atendem aos seus interesses egoístas, fazem exigências fundadas ricas no amor de si até o desprezo de Deus. Não perdoam o erro, por serem incapazes de remover a trave que há bem diante de seus olhos. Por amarem mais a si mesmos do que a Deus, eles fazem do amor uma agiotagem, a ponto de praticarem usura. A cobrança constante e o ciúme fazem com que a relação não dure muito tempo, a ponto de tudo terminar em divórcio.

3) O amor romântico, a usura, a pornografia, a prostituição, todos estes assuntos estão relacionados. São elementos de uma sociedade cansada, que já não contempla as coisas do alto, posto que buscou coisas improdutivas, fundadas na riqueza tomada como um sinal de salvação. Por isso mesmo, a sociedade do espetáculo é uma sociedade regida pelo cansaço, dirigida pela classe ociosa, que faz da diversão a razão de ser da sua vida, pois par ela Deus está morto.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 2020.

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