“A aproximação que eu faço da crise da Igreja com a Revolução Francesa não é uma simples metáfora. Nós estamos na continuidade dos filósofos do século XVIII e do transtorno que as suas idéias provocaram no mundo.
Os que transmitiram este veneno à Igreja são os mesmos a confessá-lo. É o cardeal Suenens que exclama: «o Vaticano II é o 1789 na Igreja» e acrescentava, entre outras declarações desprovidas de precauções oratórias: «Não se compreende nada da Revolução Francesa ou Russa se se ignora o antigo regime ao qual elas puseram fim... Igualmente em matéria eclesiástica, uma reação não se julga a não ser em função do estado de coisas que a precederam.»
O que precedeu e que ele considerava como devendo ser abolido, é o maravilhoso edifício hierárquico que tinha no seu cimo o papa, vigário de Jesus Cristo sobre a terra: «O Concílio Vaticano II marcou o fim de uma época, por menos que se recue, ele marcou mesmo o fim de uma série de épocas, o fim de uma era.»…
Tudo estava preparado para a data anunciada e a 11 de Outubro de 1962, os padres tomavam lugar na nave da Basílica de São Pedro em Roma. No entanto houve um acontecimento que não tinha sido previsto pela Santa Sé: o Concílio desde os primeiros dias foi invadido pelas forças progressistas. Nós experimentamo-lo, sentimos e quando digo «nós», eu entendo a maioria dos padres do concílio naquele momento.
Mas os que haviam urdido este pequeno golpe de Estado tinham-no feito de antemão com indivíduos selecionados nos diversos países. Eles puderam adiantar-se às conferências e, de fato, obtiveram uma grande maioria.
Reconciliar a Igreja com a Revolução, tal é a empresa dos liberais que se dizem católicos.”
Dom Marcel Lefèbvre, em “Permanência”, 1969.
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