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quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Se as habilidades no Ultima Online fossem conectadas umas às outras, novas profissões se revelariam, pois elas seriam respostas às circunstâncias de jogo em que nos encontramos

1) O professor Olavo de Carvalho, com base em José Ortega y Gasset, dizia que gênio é todo aquele que descobre sua profissão nos méritos de Cristo - se ela é a sua cruz, então ele a abraça ternamente a ponto de se santificar através do trabalho, uma que neste vale de lágrimas ele vive a vida tal qual um náufrago, pois ele está diante dele mesmo e suas circunstâncias, sendo testemunhado por aquela testemunha única que ele não pode ver mas que não pode enganar, uma vez que o verbo se fez carne a ponto de fazer santa habitação através da Santa Eucarisitia.

2) Se as habilidades do seu personagem fossem conectadas umas às outras, novas profissões poderiam ser reveladas, a tal ponto que um personagem com alta capacidade de domesticar animais poderia ser um pecuarista, se ele tiver a habilidade de veterinária e de avaliar os produtos da roça, a ponto de poder vender no mercado.

3) Se ele tiver a habilidade de culinária, ele poderia aproveitar os produtos da roça de modo a desenvolver alimentos e alimentar a vila onde ele habita.

4) Se ele tiver uma boa habilidade de escrita, ele pode apurar a contabilidade dos itens obtidos com o seu trabalho, registrar o seu valor real e aí ele vai separando a parte que deve ao Cristo-príncipe que governa toda a sociedade de modo a aprimorar a liberdade de muitos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de outubro de 2023 (data da postagem original).

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

A restauração virá, pois ela se dará nos méritos de Cristo. A luta apenas começou

1) Libertar a América para torná-la cativa da ideologia totalitária. Isso não é só comunista, como também maçônico. E o modelo disso está tanto no exemplo americano, quanto nas arbitrariedades que Simón Bolívar fazia na América Espanhola.

2) Acabei de voltar para as comunidades que lutam contra essa narrativa histórica que fazem nos países de América espanhola e acabei de tomar conhecimento que Simón Bolívar na véspera de Natal, na cidade de Pasto (atual Colômbia), ordenou uma tremenda de uma carnificina contra os cristãos, o que é um atentado contra a obra civilizadora da Espanha, que, junto com Portugal, também serviu a Cristo em terras distantes, ainda que sem mandato do céu.

3) Isso só comprova o que falei nos meus artigos sobre a "independência" do Brasil" - o propósito não foi nos separar de Portugal tão-somente, mas de nos desobrigar da missão de servirmos a Cristo em terras distantes tal como foi estabelecido em Ourique, o que configura traição extrema, uma inconfidência contra o Rei dos reis. Se deixo de ser livre no verdadeiro Deus e verdadeiro homem para ser preso num esquema de dominação, numa ideologia totalitária, então isso não faz o menor sentido, pois o sentido da minha vida nesta terra será vazio, já que não há sentido histórico nesta terra fora do que foi estabelecido em Ourique.

4) Nossa luta não é só contra a esquerda - a luta tem que ser também contra esse esquema de dominação que a maçonaria implantou no Brasil a ponto de nos afastar do que foi estabelecido em Ourique. O lado bom de estar nessas comunidades que desmentem as narrativas do lado espanhol é que isso me estimula a combater as narrativas históricas deste lado da Península Ibérica que fala português, pela graça de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 02 de janeiro de 2023 (data da postagem original).

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Como integrei o passado da Liga Hanseática à ordem do meu ser através da nacionidade - uma lição sobre o tema fundada a partir da minha experiência pessoal

1) Os simuladores econômicos The Guild 2 e Patrician II me incutiram um amor muito grande pela história do comércio, pelo renascimento da civilização e pela Liga Hanseática. Em muita coisa que encontro nos simuladores já encontrei conexão com a minha realidade, a ponto de me sentir conectado com aquela realidade histórica e tomar esse passado histórico como se fosse meu passado também.

2) O amor que esses jogos me ensinaram a ter me levou a buscar livros sobre o tema tanto na Alibris quanto no Abebooks. Vou estudar este tema com muito carinho sempre que posso.

3) Uma das cidades da Polônia, Gdańsk, fez parte da Liga Hanseática. Como estou tomando a Polônia como meu lar em Cristo tanto quanto o Brasil, então o passado da Polônia é meu passado também.

4) Este estado de coisas de tomar vários lugares como um mesmo lar em Cristo não seria possível se não tivesse estudado o livro Belonging in the Two Berlins, de John Borneman e se não tivesse me tornado católico.

5) Esta experiência vai ser integrada a tudo o que sei da História do Brasil e de Portugal, a ponto de tomar esta experiência integrada como meu lar em Cristo, o que me permitirá contemplar a beleza que a Cristandade produziu e que poderia ter produzido, se não tivesse havido esse câncer chamado Lutero.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de novembro de 2022 (data da postagem original).

Link para doação: 

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quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Da combinação da filosofia da crise de Mário Ferreira dos Santos com a logoterapia de Viktor Frankl, podemos revolucionar o sentido do estudo histórico. Eis aí uma grande contribuição que pode ser feita para a busca da verdade, enquanto fundamento da liberdade, quando estudamos o sentido fundacional do Brasil

1) Em razão de todo esse mosaico de crises que se sucederam desde que o Brasil se separou de Portugal, é perfeitamente possível fazer um estudo da História do Brasil enquanto filosofia da crise de modo que as coisas restaurem seu sentido, a ponto de um dia o Brasil voltar a ser um só nação com Portugal no méritos de Cristo, tal como era na época do Reino Unido de Portugal Brasil e Algarves.

2) O estudo dessa filosofia da crise pede que se tenha não só um profundo conhecimento da filosofia de Mário Ferreira dos Santos, mas também que se cultive o senso de verdade, de conformidade com o que de Deus, de modo que se faça toda uma logoterapia de tal maneira que o país deixe de ser tomado como se fosse religião, onde tudo está no está Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, para este ser tomado como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo, a ponto de nos santificarmos através do trabalho, nem que seja extraindo pau-brasil, e assim propagarmos a fé Cristã, tal como Cristo nos mandou fazer no milagre de Ourique.

3) Essa logoterapia no sentido de pátria faz com que as pessoas troquem o senso de nacionalidade, enquanto socialismo de nação - coisa que levou ao fascismo -, pelo senso de nacionidade, bem como faz com que o senso de História do Brasil mude: o país deixa de ser uma comunidade imaginada pela maçonaria para ser uma comunidade revelada nos méritos de Cristo, tal como estabelecida na missão dada a Cristo aos portugueses de irem evangelizando em terras distantes, pois um império nasceria dessa missão nos méritos de Cristo, enquanto bem servisse à verdade, enquanto fundamento da liberdade. E esse império não perecerá, porque ele se fundamentará na cultura, enquanto necessidade de se santificar através do trabalho e do estudo enquanto liberdade para propagar a fé cristã nos méritos de Cristo - o que levaria ao desenvolvimento econômico e civilizatório da nossa nação e de nossos aliados enquanto bem servirem à cristandade, este bem comum que todos nós temos por conta de amarmos e rejeitarmos as mesmas coisas tendo por fundamento o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, independentemente das nossas origens étnicas e do nosso lugar de nascimento. Como tudo isso virá nos méritos de Cristo, então devemos sempre dar graças ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem que nos propiciou este trabalho, este desafio para sermos grandes nos méritos d'Ele, já que Ele é construtor e destruidor de impérios, uma vez que estas coisas não são próprias do domínio de um animal que mente, tal qual um Lula ou qualquer outro presidente que tivemos antes de Bolsonaro.

4) A combinação dessas duas coisas faria do estudo da História uma verdadeira terapia, pois a verdade pode curar as dores e os tormentos do conservantismo, pois a verdade liberta. Isso seria uma tremenda renovação no sentido das coisas, nos méritos de Cristo. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 06 de outubro de 2022 (data da postagem original).

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Conquistar uma mulher de verdade é uma conquista espiritual - e você precisará enfrentar muitas batalhas espirituais contra si mesmo e contra todos os seus pecados de modo a tê-la contigo nos méritos de Cristo

1) Conquistar uma mulher não é conquistar um troféu. Uma vez feita a conquista, ela perde o seu sentido a ponto de o troféu - no caso, a mulher - ser descartado. Esta é lógica de um Arthur Moledo do Val e de muitos falsos homens que semeiam pelo mundo liberdade com fins vazios, mas não minha.

2) A mulher tem seus mistérios e é uma montanha - e para conhecê-la, você precisa escavá-la. E para isso, você  precisa retirar pequena pedras de informação, a ponto de produzir verdadeiras jóias raras, as quais servirão de ornamento para a esposa, nos méritos de Cristo.

3) À medida que você conhece a alma da mulher a ser conquistada, você pode escalar a montanha outrora inexpugnável - lá em cima há uma cidade celeste a ser conquistada. Não é qualquer homem que pode conquistá-la - se a mulher for virtuosa, o homem que mais se atreve a respeitar os grandes mistérios da criação divina é que poderá, por Direito Natural, descortinar o véu que cobre o rosto da mulher a ponto de ela revelar a sua face a quem a ama de verdade, como filha de Deus que é. Quando o homem descortinar o véu que cobre o rosto da mulher amada, ele passará a ser o cabeça do casal, assim como Cristo é o cabeça da Igreja.

4) No processo de subida ao topo da montanha, você enfrenta verdadeiras batalhas espirituais contra todas as forças que impedem este movimento espiritual até o Céu - e isso vai desde a timidez ao conservantismo intelectual. Somente homens maduros poderão conquistar as mulheres que realmente amam, pois estão prontos para todas as batalhas espirituais que enfrentarão, seja no curso do namoro, seja no curso do noivado, seja no curso do casamento, seja para permanecerem casados até o momento em que a morte chegar e pôr fim à união com as respectivas pessoas amadas. E quando isso chegar, será o tempo de preparação para a morte, para a partida para a pátria definitiva, o tempo do descanso eterno. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de agosto de 2022 (data da postagem original).

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Política - da comunidade de interesses para a sociedade fundada na confiança

1) Se eu tenho interesse em política, então eu estou assumindo perante os meus pares que a discussão deste assunto é um assunto produtivo para mim.

2) Se me reúno com pessoas com interesse semelhante, com o intuito de discutirmos os problemas da cidade e junto resolvermos a situação social e econômica da nossa localidade, visando ao bem comum de todos nós nos méritos de Cristo, então temos uma uma comunidade fundada num interesse elevado e o concurso de pessoas que e amam e rejeitam as mesmas coisas tendo o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem por fundamento é o motor da verdadeira amizade.

3) Somente interesses elevados nos méritos do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem fomentam projetos que fazem da amizade a base da sociedade política, já que a verdade será o fundamento da liberdade desse povo, uma vez que Cristo é o caminho, a verdade e a vida. Se os meus interesses não forem elevados e nobres, nem vale a pena o esforço de me associar a outras pessoas para juntas buscarmos o bem comum da nossa localidade nos méritos de Cristo, uma vez que não estou presente diante do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem para dizer sim a Ele diante desta nobre tarefa.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 03 de agosto de 2022 (data da postagem original).

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Se as antigas leis portuguesas ainda valessem, uma vez que foram feitas para se propagar a fé cristã, então a política seria exercida por leigos consagrados - este seria o estado laico no sentido verdadeiro do termo, pois política seria vocação, não uma profissão

1) Se os mais santos e dignos, os poucos que conhecemos, fossem escolhidos para nos representar perante o Parlamento através dos abaixo-assinados, então a política seria uma vocação, não uma profissão. E por ser uma vocação, a pessoa, para bem exercer o mandato, precisaria estar totalmente consagrada ao Sagrado Coração de Maria, na qualidade de leigo consagrado. Essa pessoa, para não ser como a Joice Hasselmann, ela precisaria fazer constantes exercícios de mortificação e exames de consciência de modo que não traia aquilo que é mais sagrado. Ela precisaria fazer confissões e comunhões freqüentes de modo a permanecer pia.

2) Se política é um trabalho pelo qual podemos nos santificar, então devemos ter leigos consagrados para esse fim, pois assim eles estão mais livres para servirem a Cristo, já que a voz do povo é a voz de um Cristo necessitado, de uma pluralidade de ubogis que querem o pão de cada dia, uma vez que caridade é justiça organizada. Na Polônia, é muito comum encontrarmos leigos consagrados envolvidos em militância política ou mesmo exercendo mandato político - isto é a continuação da trindade e é um trabalho feito pelos leigos, enquanto classe da Igreja, no tocante ao serviço do bem comum da Cristandade, um trabalho próprio da Igreja militante.

3.1) O lado bom de os leigos consagrados fazerem esse trabalho é que os maus não poderão atingir a família desses políticos, posto que ela está no Céu. E por não terem esse ponto fraco, esses leigos consagrados se tornam políticos mais fortes e mais destemidos na luta contra o mal a ponto de darem sua vida pelo que é bom e verdadeiro - e o seu martírio só gerará ainda mais cristãos neste mundo. 

3.2) A maior prova disso é que a TFP - o maior grupo contra-revolucionário da Igreja Católica, criado por Plínio Corrêa de Oliveira - é comandada por leigos consagrados. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de agosto de 2022 (data da postagem original).

sábado, 2 de julho de 2022

Tradicionalismo é progresso; conservantismo é progressismo

1.1) Quando conservamos o que é conveniente e sensato a ponto de vermos a dor d'Aquele que morreu por nós na cruz, com o passar do tempo nós atualizamos as tradições a ponto de renovarmos o sentido de todas as coisas, pois a verdade é o fundamento da liberdade, ao passo que o desenvolvimento é a expressão dessa liberdade pautada nessa verdade, já que Cristo é o caminho, a verdade e a vida. A atualização constante dessa tradição fundada nesse princípio leva ao conhecimento em outras áreas, a ponto de gerar progresso civilizatório e moral, já que o progresso são os cômodos da coisa conservada desse modo.

1.2) Por esse motivo, o conservantismo sensato leva ao conservadorismo, que por sua vez se desdobra em tradicionalismo - a humilde casa de palha evolui para uma casa de madeira para só então se tornar uma casa de pedra nos méritos de Cristo, mais ou menos como aconteceu com a Polônia - ela saiu de um povo eslavo pagão para um dos povos mais fiéis à fé católica - o que levou séculos para isso acontecer, até chegar a esse estado de arte. É daí que vem o progresso civilizatório e moral.

2.1) Quando conservamos o que é conveniente e dissociado da verdade, coisa que remonta ao animal que mente kantiano, todo o progresso é fundado nessa vil tradição que edifica liberdade com fins vazios, uma vez que o homem não deseja servir ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, mas a si mesmo. A atualização constante dessa vil tradição se torna aggiornamento revolucionário e vai contaminando tudo de modo que as coisas percam sua beleza e sua utilidade - e com ela seu sentido, sua razão de existir. 

2.2) Eis o nefasto progressismo, pois o diabo gosta do que é feio e disforme.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 02 de julho de 2022 (data da postagem original).

sexta-feira, 6 de maio de 2022

E-mails, Fóruns de Discussão e Redes Sociais - reflexões sobre a instrumentalidade dessas ferramentas ao longo destes últimos 30 anos

1) Na década de 1990, antes do advento da rede social, era muito comum os debates acontecerem por e-mail e as informações serem colhidas em blogs. 

2) O Facebook tornou a circulação de informações mais dinâmica, mas ela não é uma rede apropriada para debates - a rede mais apropriada para esse fim era o Orkut, que nesse ponto superou os antigos fóruns de discussão, que não precisariam mais ser públicos.

3) Por conta da minha postura discreta na rede social, eu estou atraindo alguns alunos - todos católicos tradicionais e com excelente formação intelectual. Estou pegando os e-mails deles de modo a discutirmos o que escrevi no meu blog em reservado. 

4) Conforme vou acumulando alunos e discussões de excelente qualidade, com o tempo vai surgindo a necessidade de montar um fórum de discussão, pois vou aproximando uns dos outros a ponto de serem amigos uns dos outros.

5) Nem sempre as novas ferramentas tecnológicas são necessariamente as melhores - para se saber o que é bom para o seu jeito de ser, é preciso que se saiba muito bem a instrumentalidade das formas, de modo que elas façam sentido a quem faz bom uso delas. Quando encontrei um bom uso para o e-mail e para o fórum de discussão, essas ferramentas eram consideradas "ultrapassadas" aos olhos do mundo, do diabo e da carne, por serem prejudiciais aos interesses dos donos das Big Techs.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 06 de maio de 2022 (data da postagem original).

Postagens Relacionadas:

https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2022/04/surgiu-me-demanda-para-o-uso-de.html

terça-feira, 25 de maio de 2021

Notas sobre o homem econômico católico

1.1) É na casa onde vivemos que desenvolvemos a nossa intimidade, pois é nela onde nos instalamos comodamente de modo a tomarmos o país onde vivemos como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo. 

1.2.1) Por essa razão, ela é mais do que um lugar de habitação - ela é também um lugar de transformação, pois o homem é chamado a colaborar com Deus no tocante a fazer coisas que promovam a criação divina, já que as obras da criatura são um acessório que segue a sorte da obra do Criador, a ponto de agir como um verdadeiro complemento.

1.2.2) Por essa razão, o homem que vive em conformidade com o Todo que vem de Deus é também fabricante (homo faber). Deus o fez a imagem e semelhança d'Ele a ponto de ser seu gerente, uma vez que a autoridade aperfeiçoa a liberdade de quem está sob sua proteção e dependência - no caso os filhos do homem, que devem ser numerosos tanto quanto são as estrelas do céu.

2.1) Neste contexto, o homo oeconomicus é aquele que toma o seu país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo, a ponto de se santificar através do trabalho e do estudo. 

2.2) Ele faz da sua casa um ambiente onde transforma tudo o que pensa, acredita, representa e prevê em um bom motivo para servir a todos aqueles que são semelhantes a ele, pois ele está vendo a Cristo em tudo - e o bom cliente é sempre um Cristo necessitado de alguma coisa de modo que possa fazer seu trabalho bem a ponto de ser um Cristo-príncipe, tornando-o capaz de ajudar os outros com seus dons diferentes, que complementam o trabalho de outros homens num processo sistemático de concórdia de classes, se todos estiverem revestidos de verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

3.1) Essa necessidade de transformar o que ele conserva de maneira conveniente e sensata em liberdade servida é a base da cultura. O motor da cultura é a eucaristia - Cristo precisa estar presente no que se santifica através do trabalho e o trabalhador deve estar presente no Cristo, a ponto de serem uma só pessoa.

3.2.1) A eucaristia é feita de trigo. Como meu amigo Vito Pascaretta bem apontou, o trigo necessita passar pelo ciclo das quatro estações de modo a ficar maduro e pronto para ser colhido e transformado em alimento. 

3.2.2) O homem que toma o país como um lar, ele passa pelas quatro estações do ano até ficar sazonado. Ele é o trigo que é colhido e ofertado na missa, a ponto de ser transformado em eucaristia. Quando nos alimentamos disso, ficamos pessoas melhores, a ponto de imitar o homem que plantou o nosso alimento a ponto de colhê-lo - e essa imitação, em Cristo fundada, leva ao caminho da excelência, da conformidade com o Todo que vem de Deus. Eis o catolicismo.  

3.2.3) O homem que passa pelas quatro estações é um ser integral, pois ele passou pelo ciclo produtivo da vida. Ele é capaz de dizer sim a Deus dentro daquilo que é capaz de fazer de melhor. Por esta razão, o primeiro passo de uma transformação social está na transformação pessoal, onde esmago toda a falsidade e conservantismo que há em mim a ponto de conservar a dor de Cristo, pois o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem morreu na Cruz para que eu vivesse livre n'Ele, por Ele e para Ele.

3.2.4) Evidentemente, o processo de transformação social se dá em escalas. Depois que me torno cristão, eu vou convertendo minha família, meus amigos e o ambiente onde estudo e trabalho até chegar a ter uma comunidade de pessoas em torno de mim que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. 

3.2.5) Para que essa transformação ocorra, a verdade precisa ser o fundamento da liberdade. Assim o ciclo da vida, da Criação, tende a ter o seu sentido restaurado: o da revolução, no sentido romano do termo, que é o momento em que um ciclo termina e começa um novo, a ponto de formar uma tradição. E é dentro da tradição que surgem as civilizações fundadas em Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de maio de 2021 (data da postagem original).

Comentários adicionais:

Arthur Rizzi:

1) O HOMO OECONOMICUS CATÓLICO é um belo insight.

2.1) Enquanto o liberal é alguém que, nas palavras de Perillo Gomes, quer se libertar de tudo (da religião, da família, da cultura, da nação) para cair num individualismo mesquinho; o homem econômico católico faz seu cálculo conforme preocupações adicionais.

2.2) Tal idéia está também presente na Cidade de Deus de Santo Agostinho. Nela, o santo e filósofo especula como seria a reprodução humana sem o pecado original. Ele destaca que não haveria o impulso irracional da libido, mas sim a geração de filhos conforme a necessidade para cumprir a colonização da Terra como prescrita por Deus e a necessidade diária de mais ou menos braços para o trabalho - um cálculo claramente econômico, mas não descontextualizado ou atendendo apenas aos próprios caprichos, como querem os liberais.

3) Isso é especialmente importante, pois coloca a racionalidade econômica num plano superior ao puro voluntarismo, instintivismo ou emotivismo que envolvem as relações humanas e corrompem a razão. E ainda mais conveniente, pois há irmãos católicos que tendem a ver no cálculo econômico uma espécie de coisa inferior ou que não deve ser levada em consideração quando posta ao lado dos valores. Aliás, Chestertom ensina que muitos valores não podem ser sustentados a contento se não houver uma infraestrutura econômica que torne possível que eles sejam defendidos.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

A nacionalidade foi feita para se servir ordem de modo que o país seja tomado como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo

1) Há um modo errado de se pensar a nacionalidade: ela está sendo usada com fins vazios, que nos afastam de Deus.

2) Na verdade, ela deve e precisa ser posta como um instrumento de modo a que o povo tome o país como um lar em Cristo, pois a ordem não pode ser servida com fins vazios, uma vez que a palavra do Senhor edifica ordem.

3) Servir ordem de modo a que ordem bem sirva a Cristo, eis o verdadeiro sentido da nacionalidade, de tal modo a que gere o senso de se tomar o país como um lar, em Cristo - eis aí a chave para o verdadeiro nacionismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 2014 (data da postagem original).