1.1) Em tempos onde a barbárie invadiu verticalmente as instituições de Estado, de modo a aparelhá-las ideologicamente, o segredo para se ter paciência é adotar a estratégia de ficar dependente de Deus até ficar independente dos homens, dos animais que mentem - enquanto você honrar pai e mãe, enquanto você for mantido por eles, você não se sentirá refém da monetização a ponto de fazer dela sinal de salvação, como fazem os demais influenciadores digitais na rede social. Todo trabalho será um laboratório de tentativas e erros a ponto de ser usado para se construir poupança - e quanto mais você acumular, melhor poderá ajudar seus pais de modo que você possa ter codições de montar um lar próprio com economia própria, com o apoio deles.
1.2) Você não deve confundir acessório com o principal, a ponto de saber muito bem que não deverá viver de aparências, isto é, da superfície do trabalho que você no momento ocupa, a ponto de ostentá-lo vaidosamente como uma melancia no pescoço. O trabalho é um acessório, um maximizador da riqueza - e é por meio dele que você vive da profundidade da poupança acumulada ao longo dos muitos anos de atividade profissional vocacionada propriamente dita, que é o principal, pois nela todo o seu tempo de vida, estando em regime de emprego ou não, será monetizado. Se uma porta lhe é fechada pelo conservantismo alheio, ou por outra circunstância desfavorável, outra lhe será aberta por quem toma o país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo noutro lugar, ainda que em terras distantes - deste modo, você não será refém de uma única atividade profissional especializada, por conta da eventual perda da demanda ou mesmo da perda do sentido civilizacional dos serviços que são próprios dessa atividade profissional por conta da ideologia (como acontece com o Direito, hoje em dia). Além disso, você não será refém do fato de ter apenas uma só nacionalidade, que é a do país em que você nasceu, quando este te obriga a obedecer ordens que são absurdas, do ponto de vista da lei natural - se você tomar outros lugares como um mesmo lar em Cristo e servir a Cristo em terras distantes, uma nova porta lhe será aberta por todos os cristos-príncipes que amam e rejeitam as mesmas coisas que você, se você ama e rejeita as mesmas coisas tendo o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem por fundamento, pois a verdade é o fundamento da liberdade. Enquanto você tiver amigos revestidos de Cristo junto com você, todas as suas transações estarão protegidas, pois a nova rede social que serve ao bem comum remonta aos tempos da catacumba, onde os primeiros cristãos foram obrigados a viver, por força das perseguições. E eu lembro muito bem das palavras de Bento XVI, onde viveremos tempos semelhantes àqueles. E estes tempos começaram na xandocracia petulante.
1.3.1) O segredo da independência profissional, e quiçá pessoal, é agir de maneira discreta de modo que não joguem luz sobre o que você faz, mas nas conseqüências do que já foi feito nos méritos do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.
1.3.2) Se você cultivar uma certa invisibilidade aos olhos maldosos do mundo, do diabo e da carne, a ponto de não ser mordido pela mosca azul, pela vaidade, por conta disso você poderá pleitear o direito de ser julgado por alguém que seja digno e que seja revestido de Cristo, dado que justiça é enxergar a verdade contida nas ações humanas, uma vez que, para se condenar uma pessoa digna como você por conta dos seus supostos crimes, a pessoa virtuosa que está investida na função de julgá-lo deve aplicar leis que estejam consoantes à lei natural e não ao positivismo jurídico da maçonaria. E durante o julgamento o juiz precisa consultar aquela testemunha única que nenhum animal que erra poderá enganar, pois quem usa a toga deve morrer para si de modo que o Cristo que está nele diga o direito com justiça.
2) Até o momento em que escrevo este artigo, o horizonte de consciência dos juízes e promotores está muito rebaixado, a ponto de serem incapazes de verem as coisas neste prisma, pois estes que só sabem conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. Se você for injustamente acusado e correr o risco de ser condenado por gente desse tipo, você não deve se submeter ao julgamento, pois você não encontrará honra em quem veste a toga - meu conselho é que só volte ao Brasil quando a pena prescrever, pois, em certos casos, a revelia no estrangeiro é mais honrosa do que ficar sentado no banco dos reús sendo acusado por um crime que você não cometeu.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 16 de outubro de 2023 (data da postagem original).