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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Por que a vida fundada no amor de si não é um bom alicerce para se edificar a civilização?

1) Se vivesse por mim mesmo, teria de conceber o corpo como se fosse uma propriedade - sendo propriedade, eu poderia usar (jus utendi), gozar (jus fruendi) e dispor de meu corpo (jus abutendi), como também de outros.

2) Se faço isso em meu corpo, isso é automutilação e suicídio - no caso dos outros, isso é escravidão. Como não enxergo no outro o espelho do meu eu, eu acabo não percebendo que a mutilação que faço nele é a minha mutilação - e caso eu o mate, eu acabo me matando para Deus.

3) Se o corpo é propriedade, os frutos do corpo, como os filhos, são coisa e não seres humanos. E sendo coisas, incorrem sobre eles os três poderes. Logo, o aborto - dentro desta concepção absurda, que é liberal e neopagã - se torna um direito. 

4) Não é à toa que o aborto e a escravidão estão relacionadas ao amor de si e à cultura do corpo tomado como se fosse propriedade. Ao contrário da propriedade que é perpétua, o corpo não é perpétuo - ele é morada precária, pois somos mortais, já que ele é o suporte sobre o qual a alma exerce suas prerrogativas de modo a aprimorar seus atributos, seus dons, coisa que vêm de Deus, com o auxílio do Espírito Santo.

5) Mesmo que eu busque viver minha vida por mim mesmo e para mim mesmo, o sentido da vida seria vazio, visto que não sou Deus. Sem Deus, tudo o que faço não faria sentido - não haveria sucessão, muito menos continuidade da vida comunitária.

6) Essa concepção que os americanos têm da vida não é algo benéfico. Se eles são frios, isso se deve à própria estrutura desse país, que é descristianizada. Como são historicamente anticatólicos, então não podem ser tomados por parâmetro de civilização virtuosa. Triste é o país que adota seu regime de governo e sua cultura vazia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2016 (data da postagem original).

As Repúbllicas Parlamentaristas são melhores do que as Repúblicas Presidencialistas? Notas rápidas sobre a realidade política e constitucional de alguns países que adotaram este tipo de República

1) Se o argumento de que repúblicas parlamentaristas são melhores do que as presidencialistas fosse verdade, a França não teria o mesmo problema que o Brasil: um histórico de muitas constituições já escritas e reescritas. E isso ocorre não só na França: Grécia, Portugal, Itália têm o mesmo problema. Todos estes países têm histórico de ditadura, tal como já tivemos. 

2) Pouco me importa o argumento de que esses países são desenvolvidos ou subdesenvolvidos - o regime republicano é uma utopia, pois ele toma o Estado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.

3) A alegação de que a França é um país rico só encoberta a realidade nefasta deste regime nascido de uma revolução antimonárquica e anticatólica: Revolução Francesa. Então, não me venham com alegações de coisa em si, fundadas na abstração, pois isso é conservantismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2016.

Recado aos doutrinaristas

1) Como o Olavo diz, devemos olhar para a realidade.

2) Se você for discordando de antemão aquilo que tenho a dizer, que a reepública parlamentarista é pior do que o presidencialismo, então você está fazendo doutrinarismo, abstracionismo e isso é flatus vocis - além disso, este tipo de postura caracteriza desonestidade intelectual, pois você não está me dando o direito de defender minha tese, já que estou a observar a realidade, tal como meu professor mandou fazer. E este tipo de postura, de discordar de antemão do que estou falando é conservar o que é conveniente e dissociado da verdade e isso é falta de caridade intelectual para com o próximo, o que é uma grave ofensa a Cristo, que me enviou o Espírito Santo de modo a ser meu guia, de modo a que eu possa compreender retamente todas as coisas, de modo a perceber as graves conseqüências das manobras que estão afetando este país, neste momento tão difícil.

3) Não estou defendendo idéias, estou analisando a realidade da manobra politica que estão a praticar.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2016.

Se o parlamentarismo for implementado, ele será capenga, visto que a Constituição tem cláusulas pétreas que vedam a antecipação das eleições

1) Admitindo o cenário da mudança da forma (do presidencialismo para o parlamentarismo), nós teríamos que trabalhar com uma Constituição que veda a dissolução do Parlamento, sob o manto da cláusula pétrea de que a periodicidade das eleições deve ser observada. 

2) Uma vez o Parlamento constituído, esse parlamento não poderá ser alterado, o que contraria a natureza do parlamentarismo, que permite a convocação antecipada das eleições. Por força disso, nós teríamos que aturar uma tortura até o advento de um nova legislatura, quase sempre com a esperança de que será menos pior do que a anterior - e tal expectativa, como sabemos, é vã, como os próprios fatos históricos já mostram.

3.1) Se tivéssemos um eventual cenário de PT controlando a chefia de Estado e o PSDB controlando a chefia de governo, as tesões políticas seriam tantas que achar um caminho do meio, da conciliação nacional, seria inviável, dado que ambos os partidos são apátridas e estão comprometidos com a mentalidade revolucionária - isso sem falar que são financiados por entidades estrangeiras. 

3.2) Nem mesmo eventuais partidos nacionalistas encontrariam a solução, dado que o sentido de país foi pervertido desde que forjaram a falsa alegação de que o País foi colônia de Portugal, o que reduziria a missão que Portugal recebeu do Cristo Crucificado de Ourique a uma mera busca de si, fazendo com que a afirmação de seu sentido nacional acabe não passando de uma mera vaidade institucionalizada, o que reduziria o caráter das Grandes Navegações para a História da Humanidade e do processo civilizatório como um todo a algo voltado para o nada - enfim, uma negação cabal da História, enquanto realidade fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, tendo por base os desígnios daquele que constrói e destrói Impérios, que é Cristo Jesus. 

3.3) E ao se negar toda esta circunstância fundacional, que é sobrenatural, todo e qualquer critério de caráter nacional, edificado numa constituição rompida fora dessa realidade, será voltado para o nada, a tal ponto que o verde-e-amarelo terá o mesmo valor que o azul do PSDB e o vermelho do PT: valor revolucionário, totalitário. Se isso na República presidencialista já está acontecendo, por força da insinceridade desse nacionalismo, imagina no Parlamentarismo, que é mais instável, por força da realidade da nossa constituição?

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2016 (data da postagem original).

Por que a república parlamentarista é pior do que a presidencialista? Um exame das nossas circunstâncias atuais

1) Uma vez eu disse pra minha amiga Sara Rozante que parlamentarismo é pior que presidencialismo. Na época, nós víamos os escândalos que afetavam a Grécia, a Itália (sob Berlusconi) e a França (sob Sarkozy).

2.1) Além de o poder moderador estar ideologizado, há o risco de o partido de oposição - ou falsa oposição, diga-se de passagem - assumir a outra ponta, a chefia de governo. Vocês já imaginaram como seria a situação se PT estivesse controlando a chefia de Estado e o tucanato a chefia de governo? Seria algo muito mais instável do que ocorre numa Grécia, numa França e numa Itália combinadas - seria a consagração daquilo que a cangaceira do PSOL tanto falava: a institucionalização do caso de amor mal resolvido na política e da pior forma possível. 

2.2) A república parlamentarista do Brasil seria a mais instável das repúblicas. Seria uma guerra civil não declarada - seria uma anarquia completa. Isso sem contar que a nossa constituição foi feita voltada para o parlamentarismo; se olharmos bem, o que é o presidencialismo de coalizão senão o lançamento sistemático de candidaturas de Chefe de Governo e do Estado do mesmo partido, fazendo com que a oligarquia de ocasião fique no poder até o momento em que começa a perder a credibilidade para a outra oligarquia, que voltará ao poder por meio de uma trama, de uma intervenção militar, rasgando a constituição e reiniciando do zero as regras do jogo?

3) Some-se a isso a nossa atual circunstância agora, em que estão buscando mudar a forma de governar (de presidencialismo para parlamentarismo, mas mantendo esta republiqueta revolucionária conveniente e dissociada daquilo que foi edificado em Ourique, que é a nossa verdade, nossa razão de ser enquanto País). Além de tudo o que falei no ponto 2, haverá ainda salvacionismo, o que agrava ainda mais as coisas - a história da república é marcada por eras de salvacionismo um atrás do outro e este é só mais um.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2016.

Mendigar likes e compartilhamentos no facebook: variante virtual do ato de se mendigar a amizade de alguém a qualquer preço (notas sobre as razões pelas quais considero isso uma má ação)

1) Toda vez que lido com alguém que mendiga minha amizade, eu termino sempre levando a rasteira no final.

2) Aqui no facebook, teve uma pessoa que mendigava likes de minha parte - para ela, o mero compartilhamento não bastava. Além disso, ela via que eu tendia a compartilhar mais o que colocavam no mural dessa pessoa do as postagens que ela própria escrevia. Ela me perguntou qual era o que critério que eu adotava - a resposta era simples: relevância. Se encontro algo relevante, eu compartilho. Não ligo muito para esse negócio de like - a única coisa que sei é que isso infla o ego.

3) Como já conheço esse filme de longa data, botei a pessoa pra fora. Mendigar like e mendigar minha amizade só vai resultar numa bela rasteira pro meu lado, lá na frente. Não sou trouxa -  pela minha experiência, é melhor deletar antes que isso ocorra. E foi o que fiz.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2016.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Por que devemos buscar a vida intelectual?

1) A vida intelectual é uma vida solitária. Geralmente, muitos vão para a solidão por força de uma tragédia, como a morte de um ente querido - ou, como aconteceu comigo, no caso de nascer num país onde tudo é vazio e nada parece fazer sentido, como aqui no Brasil.

2) Na solidão, almas são forjadas - e é de tanto se meditar sobre o sentido da vida e sobre a razão pela qual devemos seguir em frente, apesar de todo esse imenso vazio, que faz com que desenvolvamos a personalidade, nosso jeito de ser peculiar. Como o Olavo disse, a maior delícia que pode ser experimentada neste mundo é a personalidade, pois ela é uma antecipação na Terra do que viveremos no Céu - essa personalidade se forja na solidão, vivendo a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus, de modo a encontrar a verdade, que é Cristo em pessoa.

3) Quando se está diante de um juiz que sabe tudo sobre você e que te acolhe, nos momentos em que o madeiro da cruz parece ser de chumbo, aí você vê que todo o esforço de entender as coisas tais como elas são vale a pena. 

4) A vida intelectual, a vida voltada para a busca da verdade, é uma vida que merece ser vivida, pois ela te dá muitos poderes - e com eles muitos encargos. Se você for responsável nos seus encargos, o reconhecimento virá - talvez não nesta vida, mas na vida eterna.

5) Se Deus não for o centro da atividade, então não haveria sabedoria a ser produzida. Logo, a atividade intelectual será voltada para o nada, o que edificará mentalidade revolucionária. Por isso, não faça isso por carreirismo - faça isso com intuito de buscar um sentido de vida, mesmo diante de tantas tribulações, tantas desgraças. É uma atividade de consolação e é, portanto, salvífica. Afinal, não há guia melhor do que o Santo Espírito de Deus nestes trabalho, nestes mares navegados por tantos e nunca dantes navegados para quem não sabe o que é o gosto de ter uma personalidade bem desenvolvida, fundada numa fé reta, numa consciência reta e numa vida reta.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de novembro de 2016.

Do amor pelo saber enquanto amor benevolente

1) Quando se lida com alguém que se dedica à vida intelectual por vocação, você lida com o mais sublime dos amores, que é o amor benevolente, se dá pelo amor ao saber. 

2) A mulher que opta por ser esposa de um pensador como eu acaba predestinando sua alma para a santidade, quando se torna secretária dele para o resto da vida. Para onde ele for, ela irá junto, uma vez que a atividade intelectual organizada favorece a santificação de todo um povo, de modo a tomar o Brasil como se fosse um lar em Cristo, com base naquilo que foi edificado em Ourique.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de novembro de 2016 (data da postagem original).

Por que discordar de alguém de antemão, sem nunca ter lido o autor, é ato de canalhice grotesca?

1) Houve gente que discordou de antemão do conceito de apátrida que usei, sem nunca ter lido tudo o que escrevi, ao longo dos meus quase 2800 artigos produzidos.

2) Se é canalhice discordar de antemão, sem antes ler o que escrevi, então eu fui vítima de canalhice. E não foi à toa que bloqueei o sujeito: no caso, o Werner Nabiça Coelho, que fez tal ato infame, de falta de caridade intelectual com o trabalho que faço.

3) Aliás, eu já acho canalhice ter opinião sem ter estudado as questões mais importantes previamente. Minha ex-namorada era especialista em querer opinar sobre assuntos sem antes ter estudado - só falava besteira. E pior: alegar que a CRFB dá direito a ela de fazer isso, de edificar liberdade para o nada, é a maior prova de declaração de insinceridade e canalhice que há. É prova cabal de que não me amava, pois não me amou naquilo que é essencial: o amor pelo saber.

4) Pelo menos, eu senti o gosto daquilo que o Olavo sofre todos os dias. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de novembro de 2016.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Notas sobre o potencial da cápsula do tempo

1) Quando tiver a primeira edição das minhas obras publicadas, eu pretendo fazer uma cápsula do tempo. 

2) Após digitalizar meu livro, eu o embalarei a vácuo e o deixarei guardado. Após expirar o prazo dos direitos autorais, o livro pode ser desembalado e lido, com aquele mesmo jeito de livro novo, na época em que ele foi lançado, entre 70 ou 100 anos após o lançamento do meu livro.

3) Como vou lançar edições em "portuguez imperial (orthographia antiga)", elas serão embaladas a vácuo - e aí meus herdeiros poderão ler os tesouros que junto, sem reclamar da velharia.

4) Quando meus pais me contaram sobre isto, achei incrível.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de novembro de 2016.

Notas sobre dois conceitos de parente distante

1) Quando era mais novo, achava que parente distante é aquele que morava geograficamente distante. Exemplo: parentes meus que moram nos EUA, como minha prima Ana Emília Bougleux, que é filha de um dos irmãos da minha mãe, Gilson de Carvalho Viégas, já falecido. 

2) Por conta de ter estudado Direito de Família, hoje sei que parente distante é aquele cujo grau é tão remoto que nem é considerado parente para efeito de sucessão por força da lei, caso eu morra sem deixar um testamento (ab intestato). Exemplo disso é o meu primo Paulo Prenda de Seabra, que mora no Rio de Janeiro, na mesma cidade em que moro. Ele é neto de uma prima da minha avó - o grau é remotíssimo. Como no Código Civil atual isso vai além do quarto grau, os primos, ele não poderá me suceder, a menos que eu escreva um testamento e legue algo a ele.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de novembro de 2016.

domingo, 27 de novembro de 2016

Devemos rejeitar o Natal celebrado fora da Cristologia

Eis algumas coisas que estão erradas em nossa celebração natalina:

1) Montam árvore de Natal antes do primeiro domingo do advento.

2.1) Dão presente no dia 25 de dezembro, quando deveria ser dado no dia de Reis (6 de janeiro, quando o menino Jesus recebeu os presentes). Dentro da tradição cristã, é mais correto dar presente no dia 6 de janeiro. Na Itália e no México,  a época de dar presente é esta mesmo.  

2.2) Além disso, na véspera de Natal, é a celebração da gula, da fartura, da ostentação, da riqueza - e isso vai ao contrário da enaltação à pobreza, pois o Deus menino nasceu em pobreza, numa manjedoura, em meio aos animais de estábulo. E neste ponto, o apátrida nascido nesta terra está a cometer uma verdadeira heresia cristológica.

2.2) Meu pai me questionou: as crianças da vizinhança já terão os presentes no dia 25 de dezembro e meus filhos não. Eu respondo da mesma forma como minha mãe sempre agiu: darei presente sem condicionar a data, mas quando chegar o dia 6 de janeiro, eu farei o que costuma ser recomendado: verei nos meus filhos o menino Jesus que os Reis Magos viram e darei presentes a eles. A cultura errada dos apátridas que habitam esta terra não reinará na minha casa e vou preparar meus filhos para isto. Até mesmo incentivarei que meus filhos se casem com mulheres estrangeiros (ou homens estrangeiros, se eu tiver filhas), de modo a que a falsa cultura aqui praticada não reine na minha terra.

3.1) No dia 6 de janeiro, o apátrida tira a árvore de Natal. Na Polônia, que é um país que sempre fiel a Cristo, a árvore de Natal é retirada no dia da epifania do Senhor (apresentação do Jesus ao Templo, coisa que faz mais sentido, se examinarmos cristologicamente as coisas). 

3.2) É no dia da epifania do Senhor, quando termina o tempo do advento, que a árvore de Natal será retirada. Na minha casa, o catolicismo será praticado na veia - farei isso acontecer, nem que tenha de me casar com uma mulher que seja oriunda de um país onde haja essa tradição, como na Polônia.

4.1) Para você entender o Natal, você precisa viver o Evangelho. E para melhor guardá-lo, é preciso saber mais cristologia - e a Cristologia inclui a vida de Jesus - a vida pública, enquanto messias, cujo marco é o nascimento d'Ele.

4.2) O apátrida que habita esta terra só lembra do Natal por causa da árvore de Natal, por conta dos comes-e-bebes e por conta dos presentes de Natal, mas tudo isso está errado. Isso não é cristianismo. 

4.3) O Natal sem Cristo que é celebrado neste simulacro de cultura apátrida será destruído junto com esta República. Não permitirei que meus filhos tenham amiguinhos cujos pais vivam a cultura apátrida. 

4.4) Estou fundando uma nova nação que vai substituir esta falsa nação - o povo pseikone restaurará os laços fundados em Ourique, pois é este verdadeiro Brasil que queremos e que nos foi sonegado por conta deste nacionalismo boçal e chinfrim, tal como o conhecemos. É isto que desejo destruir - e como disse Nietzsche, só é possível destruir aquilo que deve ser substituído. E esta cultura apátrida pode ser substituída com uma outra cultura no lugar - por isso, estou criando esta cultura em minha própria casa, pois é nela que terei condições de exercer autoridade legítima, por força de lei natural, pois serei pai e marido.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de novembro de 2016.

Comentários adicionais:

Leonardo Seville:

Eu monto a Coroa do Advento no primeiro Domingo deste tempo litúrgico.

Monto a árvore de Natal somente no dia 17/12, que é quando o Advento torna-se preparação IMEDIATA para o Natal (antes disso, o Advento fala da SEGUNDA vinda de Cristo, não a primeira).

No dia de Natal, acrescento uma vela branca no centro da Coroa.

Desmonto a árvore de Natal no dia da Epifania (que no Brasil em geral cai em outro dia, não dia 6/1). No dia da Epifania, também marco as portas da minha casa pelo lado de dentro com as iniciais "G+M+B+ A.D.2017" (Gaspar + Melchior + Baltazar + Anno Domini 2017), a exemplo do que aprendi com frades poloneses e que depois vi na própria Polônia quando visitei o país.

Ao fim do Ciclo do Natal, na festa do Batismo do Senhor, desmonto a Coroa.

sábado, 26 de novembro de 2016

Das ações e omissões úteis e das ações e omissões necessárias

1) Quando há muita gente concorrendo para o mesmo fim - denunciar as atrocidades do regime cubano e lembrar, da forma como Allan dos Santos e Italo Lorenzon fizeram, de  que não se deve pagar o mal com o mal -, fazer comentários comentários adicionais é desnecessário. Quando o serviço à verdade é bem prestado, a presença de mais um interventor para discorrer a respeito da matéria se torna um fato irrelevante - neste caso, é possível falar em ações ou omissões úteis à causa da verdade.

2.1) Quando há muito pouca gente fazendo o que deve ser feito, sua intervenção é mais do que útil - ela é necessária, dado que, se houver omissão, você estará agindo como uma espécie de agente garantidor da ação revolucionária, pois sua omissão se funda no fato de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. Trata-se de um pecado grave, da mesma natureza que um crime comissivo por omissão, no âmbito criminal.

2.2) No caso do nacionismo e daquilo que foi fundado em Ourique, minha presença neste assunto se faz necessária, visto que há muito pouca gente colaborando nesta matéria. Se eu não fizer o que deve ser feito, a má consciência que assola este país jamais será extirpada. Por isso, tratar deste assunto é meu trabalho - e estou sempre diante de um juiz onisciente que monitora meu trabalho todos os dias. Para onde eu for, lá estará ele comigo, para me fiscalizar, para me guiar (na figura do Espírito Santo), para me consolar e me corrigir, na figura do Cristo que está no confessionário, coisa que está representada na figura de um padre ou bispo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de novembro de 2016.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Da capitalização moral e da capitalização econômica

1) A riqueza material é fundada num ciclo produtivo, que é um processo - e como todo processo, é movido por preclusões. Por isso mesmo, é uma função - uma vez que você investe numa atividade produtiva, você precisa esperar o ciclo se completar, de modo a colher o que plantou. A capitalização financeira é toda voltada em ciclos.

2) A capitalização moral é um caminho de duas vias: se A investiu em B, B investirá em A, se for uma pessoa grata e souber conservar na carne tudo aquilo que decorreu da dor de Cristo. Exemplo disso é a mãe que cuida do filho enquanto pequeno e o filho crescido que cuida da mãe, na velhice.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de novembro de 2016.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Lembranças do facebook e o processo da pesca de si, através da memória

1) O facebook costuma me lembrar das postagens anteriores feitas ao longo dos anos, obedecendo a um ciclo que vai desde o dia 1º de janeiro até o dia 31 de de dezembro.

2) Graças a essas lembranças, eu posso recuperar no longo prazo as postagens que publiquei em meu mural, ao longo dos anos - e com isso, com a pesca sistemática das lembranças, vou reconstituindo todo o meu acervo no facebook, até torná-lo completo

3) Quando meu acervo estiver completo, eu posso pescar as lembranças do Haroldo e de outros contatos importantes e aí vou montando um acervo do que cada um produziu ao longo de uma vida - e aí eu abro um blog para eles com base no que postaram no facebook.

4) Uma pesca de longo prazo favorece a uma análise e comparação de dados mais extremada, dado que é uma pesca de homens mais extremada, coisa que se dá a partir do que fizeram de melhor no passado - e é com base nisso que construo mais e mais informações. Basta uma cooperação neste sentido e muito mais coisa será produzida.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de novembro de 2016.

A função empresarial sistemática, enquanto ciclo produtivo, não pode ser separada das relações sociais que o constituíram, pois não é puro

1) Do ponto de vista da doutrina geral sobre os bens de Carl Menger, os bens de terceira ordem são transformados em bens de segunda ordem - e esses bens de segunda ordem, com o apoio de todos os bens complementares necessários, são transformados em bens de primeira ordem, os necessários ao atendimento das necessidades humanas mais imediatas - os bens de consumo. 

2) O ciclo de produção ao consumo é uma função, pois o bem de segunda ordem não pode ser revertido em bem de terceira ordem, pois a farinha não pode voltar a ser trigo, assim como o pão não pode voltar a ser farinha, água ou a energia gasta pelo padeiro para produzi-lo.

3.1) Se formos ver o que não se vê, tal como diz Bastiat, por trás desta função há uma relação entre pessoas, em que A investe em B e B investe em A, por conta do princípio da solidariedade e da confiança.

3.2) Esta função não pode ser separada das relações fundadas na conformidade com o Todo que vem de Deus - se ela fosse pura, ela faria tudo o que é sólido se desmanchar no ar. Como isso se dá em escalas, ela faria as relações sociais serem líqüidas, tal como Zygmunt Bauman afirmou corretamente, pois o líqüido assume a forma de seu recipiente. 

3.3) Se cada recipiente tem sua verdade, então basta conservar o que é conveniente e dissociado da verdade - e isso está à esquerda do Pai no seu grau mais básico.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de novembro de 2016 (data da postagem original).

Comentários quanto à natureza da prescrição criminal no âmbito do Código Penal e sobre a necessidade de reformar o instituto

1) No Direito Penal brasileiro, a prescrição do crime começa a correr a partir do momento em que o crime foi praticado. O trabalho da polícia e da justiça deve ser conjunto, de modo que o criminoso não saia impune.

2.1) Esta regra era verdade numa época em que a sociedade não tinha tantos problemas com banditismo. 

2.2) Em tempos como os nossos, no entanto, a verdade é outra e pede outra regra, dado que o trabalho da polícia é autônomo em relação ao trabalho do Poder Judiciário.

2.3) A polícia tem um prazo para capturar o suspeito pela prática do crime e levá-lo à justiça. Uma vez que o Ministério Público tem a convicção de que o indiciado deve virar réu, o prazo da prescrição é interrompido (resetado, na nossa linguagem atual), por conta da mudança de estado, pois o sujeito deixou de ser investigado e passou a ser réu, o que é publicamente relevante.

2.4) No âmbito do Judiciário, começa a correr o prazo da prescrição para julgarem o réu, condená-lo e confirmar a sentença, se houver crime realmente praticado pelo agente. Este é o prazo para se exigir o direito de punir. Se a Justiça não fizer bem o seu trabalho, o Estado será objetivamente responsável por não fazer o seu trabalho, uma vez que o réu está sob a tutela do Estado e este, por sua vez, corre  todos os riscos próprios da incúria, pois o ônus da prova cabe a quem acusa.

3) Para a nossa realidade, marcada pelo banditismo e por um judiciário atolado de processos, a teoria do dois estágios da prescrição do crime é a que melhor atende a nossa realidade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de novembro de 2016 (data da postagem original). 

Mais comentários sobre a diferença entre investimento e empréstimo em Santo Tomás de Aquino

1) Sobre a distinção entre empréstimo e investimento em Santo Tomás de Aquino, podemos fazer esta observação, tendo por base a diferença entre caminho e função, tal como enunciei no artigo anterior:

1.1.1) Se A investiu na atividade que B estava organizando de modo a produzir riquezas - de modo que o país em que ambos se encontram passe a se ser tomado como se fosse um lar em Cristo, posto que isso prepara para a pátria do Céu -, então houve uma relação social, fundada no fato de que A viu B como um irmão necessitado, uma vez que A viu B sendo o Cristo enquanto carpinteiro, servindo a seus semelhantes.

1.1.2) Como Cristo é o caminho, a verdade e a vida, então o caminho de volta é perfeitamente válido e correto, já que B investirá em A de modo a que este produza bens complementares de modo a aprimorar a atividade de A.

1.1.3) Caso A tenha uma vocação diferente de B, ao menos o investimento dará liberdade para que A possa fazer o que deseja fazer dentro daquilo que está sendo investido, de modo a ajudar outros semelhantes, com base naquilo que A pode bem fazer, ainda que seu talento seja diferente de B e não complete a atividade dele, pois se houvesse relação de complementariedade, então haveria uma guilda, posto que as atividades complementares fortalecem os laços de amor e rejeição às mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento.

1.2.1) Se A emprestou dinheiro para B pagar uma dívida e cobrou juros sobre essa dívida, então isto não é uma relação social, pois B está sujeito ao arbítrio de A, pois está em função de A, que mais preza o dinheiro do que a Deus, já que cobrar juros em função de algo improdutivo é usura, causa da escravidão por dívidas.

1.2.2) Isso cria conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida e isso será decidido por um juiz de direito. Como nas atuais circunstâncias o Estado está divorciado do magistério da Igreja, há a probabilidade de o tomador do empréstimo ser condenado a pagar o que deve por força da execução - e a execução perderá seu caráter humanitário, uma vez que a cobrança se deu mais por força do amor ao dinheiro. Afinal qualquer que seja a razão, o fim é irrelevante para o empréstimo; e se o fim é irrelevante, então não criou uma relação social, uma solidariedade entre A e B - logo, isso não é cooperação,mas abuso de direito permitido por lei e nem tudo que é legal é honesto.

1.2.3) Como essas razões foram ignoradas de maneira conveniente e dissociada da verdade, então A não quis ser sócio, por conta de sua ganância, de seu egoísmo - e por conta disso, destruiu uma família inteira - e por via mais ampla, uma nação que se formaria a partir disso. O simples de fato de entrar com uma execução judicial sobre essa dívida por força dessa circunstância já caracteriza litigância de má-fé, posto que viola as coisas que decorrem da lei natural, fundadas na conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de novembro de 2016 (data da postagem original). 

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Notas sobre arranjos e combinações

Hipótese 1: Toda ligação de A e B admite seu caminho de volta, de B a A. 

Se nenhuma informação nova é produzida, quando se faz o caminho de volta, então há uma relação entre uma coisa com a outra, pois o mesmo resultado será produzido, ainda que se inverta a ordem de seus elementos originários. Neste caso, há uma combinação de elementos.

Hipótese 2: Toda ligação de A e B é unilateral e não admite se caminho de volta, de B a A

Se o caminho de volta produzir informação nova, então A está em função de B, tal qual um escravo é dependente de seu senhor. Isso é um arranjo.

1.1) Em epistemologia, é muito importante verificar se o caminho de volta produz ou não produz informação nova. 

1.2) Quando o caminho de volta não produz nada novo, as redundâncias devem ser cortadas, posto que são inúteis. Deve ser aplicado o princípio da inutilia truncat nestas circunstâncias (corte das inutilidades).

2.1) Quando se produz uma informação nova, ao se fazer o caminho de volta, nós estamos diante de uma rede de informações ponto a ponto - e sobre este ponto, passam infinitas retas que admitem uma só direção. Logo, infintas funções podem ser criadas a partir deste ponto. Assim são as cidades, que são o reflexo de seus habitantes, os indivíduos movidos por suas paixões e interesses. Eis a cidade dos homens.

2.2) Eis aí o problema de uma ordem social onde os indivíduos estão atomizados: as relações sociais não são um caminho, coisa que se funda na amizade, mas são funções utilitárias, já que A colabora em função de B sem esperar que B faça o caminho contrário em relação a A - e isso demonstra ausência de bem comum, o que caracteriza impessoalidade.

José Octavio Dettmann

Das razões pelas quais eu uso o facebook

Tem gente que me faz esta pergunta:

_ José, por que você só curte matéria em que sou marcada?

_ As matérias em que você é marcada têm relevância para mim, pois estão dentro da minha área de competência - eu respondo

_ E por que você não curte as postagens que eu escrevo?

_ Eu não encontro nelas razão para curtir ou compartilhar. Muitas das coisas postadas são mais de ordem particular - e nisso não me meto; aliás, eu não me meto no mural de ninguém, nesta circunstância. Até porque a honra e a vida privada são inviolávels, tanto por força de lei natural quanto de lei constitucional. Quando estou no facebook é para me informar de assuntos importantes e fazer reflexões importantes sobre eles - e este é o meu trabalho. Para assuntos pessoais, você tem o meu e-mail. 

Espero que não se ofendam com a resposta.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de novembro de 2016.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Não sugiram amizades. Indiquem meu trabalho com base nas experiências reais que tiveram comigo.

1) Alguns dos meus contatos têm o péssimo hábito de sugerir pessoas para eu adicionar - e muitas das pessoas sugeridas não têm absolutamente nada a contribuir com o meu trabalho. E isso é impessoalidade e é insensatez

2) Em vez de sugerirem que eu adicione a pessoa, façam o seguinte: se vocês conhecem alguém que segue mais ou menos a linha do meu trabalho, conversem com essa pessoa e recomendem meu trabalho. Essa pessoas, tiver interesse, vai me adicionar e acompanhar meu trabalho. Tenho dois casos assim: Sabryne Amaral Martins e William Bottazzini Rezende

3) Se há uma pessoa real trabalhando, então a recomendação deve partir de uma experiência real com base no trabalho que faço online. As indicações que meu amigo Vito Pascaretta faz do meu trabalho seguem essa linha.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de novembro de 2016.

Notas sobre as duas naturezas do conhecimento católico e sobre qual matéria eu sou mais versado

1) Existem duas matérias católicas: a matéria primária - que trata da vida espiritual, do exemplo dos santos, do ensinamento pastoral, da teologia, dos sacramentos etc - e a matéria secundária, que trata de economia, política, História do Brasil etc.

 2) A matéria primária interessa a muitos católicos, incluindo a mim. No entanto, não tenho a menor condição de escrever sobre isso - não tenho muito tempo de convertido e não disponho de tempo para estudar a matéria de modo a ser bem versado neste assunto. E sobre assuntos em que não sou bem versado, eu me abstenho de escrever, de curtir ou compartilhar, dado que não tenho competência para avaliar a questão. 

3) Na matéria secundária, eu me garanto. Sou jurista de formação, além de ser escritor e filósofo de fato. Passei muitos anos estudando essas matérias, antes de ser católico - por isso, tenho mais experiência nessa área. Sobre isso, posso falar com segurança.

4) Algumas pessoas me pedem para curtir matérias sobre as quais eu não sou versado. Como sou do tipo que analiso as coisas, eu me sinto um inútil e por isso não curto e nem compartilho, dado que não tenho opinião formada sobre o assunto. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de novembro de 2016.

Notas sobre Igreja e Estado, enquanto corpos intermediários

1) Se o privado sistemático é a ordem pública natural - fundada em costumes orgânicos, que tem sua razão de ser fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus -, então dois são os corpos intermediários que mediarão as relações humanas, estabelecendo pontes entre o Céu e a Terra, criando uma espécie de poder moderador em duas matérias naturais: o terreno e o espiritual

2) Estes corpos intermdiários são o Estado e a Igreja

2.1) O Estado, em que o Rei é um vassalo de Cristo, cuida das relações temporais, versando sobre o bem comum; 

2.2) A Igreja, em que o soberano é o próprio Cristo - que está representando por um vigário eleito para esse fim, enquanto ele não ocorre a segunda vinda d'Ele -, é quem cuida da ordem espiritual, uma vez que o país tomado como se fosse um lar em Cristo é uma escola que nos prepara para a pátria definitiva, que se dará no Céu.

3) A missão da Igreja é de zelar pela vida dos crêem em Cristo no mundo inteiro; a missão do Estado é fazer o país ser tomado como se fosse um lar em Cristo, de modo a que isso nos prepare para a pátria definitiva, que se dá no Céu. Para isso, todas suas políticas devem em conformidade com o Todo que vem de Deus e subordinadas ao magistério da Santa Madre Igreja.

4) Sem esses corpos intermediários, a tendência é que houvesse a mais tremenda anarquia. E onde há anarquia, nada de bom prospera.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de novembro de 2016.

Notas sobre contratos e pactos

1) Contrato é lei entre as partes. Uma lei entre as partes tem valor quando há solenidade, formalidade - e para isso, é necessário que haja testemunhas. 

2) Um bom contrato gera um bom exemplo - e o exemplo arrasta - já dizia o Sen. Mão Santa. Quem foi testemunha de um contrato bem firmado tenderá a imitar o exemplo do contrato anterior. O exemplo passa a ser distribuído a outros, sucessivamente e sistematicamente.

3)  Se contrato é lei entre as partes em escala singular, então pactos são a a mesma lei privada entre as partes repercutindo por toda a sociedade, por força da mão invisível do exemplo. É costume - logo, edificou ordem pública, por ser lei privada sistemática.

4.1) Todo bom jurista deve observar os costumes de sua sociedade. Legislar sobre relações sociais notórias, pautadas na ordem dos costumes, não é necessário. O que é necessário dirimir são os eventuais conflitos de interesse que se disseminam na sociedade por conta do fato de que o exemplo arrasta, seja para o bem, seja para o mal. E o mau deve ser afastado de modo a amplificar ainda mais os efeitos de uma ordem naturalmente benéfica.

4.2) A força dever ser usada como um subsídio ao que já é naturalmente público e não criar um artificialismo, dizendo, de maneira conveniente e dissociada da verdade, o que é público ou privado, uma vez que o principal critério para isso é a conformidade com o Todo que vem de Deus - ou seja, é a Lei Natural, que se dá na carne quem determina o que é público ou privado - e se a própria natureza das coisas nos leva a conhecer Deus, então estudar estas relações pede amor à verdade e sensatez para examiná-las. E o Espírito Santo deve guiar o jurista nesta estudo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de novembro de 2016 (data da postagem original).

Fatos notórios, próprios dos costumes, dispensam positivação, regulamentação, uma vez que a simples regulamentação já mataria a ordem sensorial das coisas, o que deixaria as coisas fora da conformidade com o Todo que vem de Deus - portanto, inconstitucional

1) A força dos costumes está relacionada ao fato de que eles são facilmente percebidos pelos nossos 5 sentidos. Se contarmos a intuição, que é o sexto sentido, perceberemos que quanto mais sensato for o costume, maior a necessidade de observá-lo, pois ele está mais perto da realidade que o levou a ser praticado. 

2.1) Se numa relação processual os fatos notórios não precisam ser provados, então é desnecessário legislar sobre fatos notórios, como ceder a vez para uma pessoa mais velha. Trata-se de um princípio basilar da vida cristã tratar bem os idosos, os doentes e os deficientes - então legislar sobre isso é desnecessário.

2.2) O insensato que desrespeitar a lei não escrita dos costumes deve ser punido com multa - ou prisão, se causar tumulto à ordem pública. O que a lei positiva fará nesta circunstância é só dar subsídio ao costume, exercendo direito de punir sobre lei não escrita - e isso não é regulamentação, uma vez que pede toda uma descrição completa do fato, da conduta proibida, do valor violado e da pena a ser cominada. Trata-se, pois, de legitimação.

3) A descristianização da sociedade foi feita de tal maneira que muitos têm a liberdade de ser o que quiserem, a ponto de edificarem liberdade para o nada, estabelecendo coisas insensatas, que tornam a vida humana enquanto convivência um problema permanente. E com tantos problemas, com tantos conflitos de interesses qualificados por pretensões resistidas, maior a necessidade de resolvê-los pela força. Aí o ocorre o inchamento do Estado por conta descristianização da sociedade, que cria verdadeiros monstros que não respeitam o ser humano na sua condição mais básica, a mais excelsa: a de ser a primazia da criação, própria de ser a criatura que Deus tanto amou.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de novembro de 2016.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

O renascimento do Reino Unido dar-se-á por força de consagração ao Cristo Rei, que é o Crucificado de Ourique

1) Polônia consagrou Cristo como sendo seu Rei.

2) Peru foi consagrado aos Sagrados Corações de Jesus e de Maria Santíssima.

3) Só falta o Brasil e Portugal confirmarem aquilo que foi consagrado em 25 de julho de 1139 - basta reafirmar que Cristo, o Crucificado de Ourique, é mesmo nosso Rei e que D. Afonso Henriques é seu servo fiel e vassalo, que nos ensinou a viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus ao ser o senhor dos senhores sendo o servo dos servos, ao nos conduzir a missão de servir a Cristo fielmente nestas terras distantes, que constituem a Terra de Santa Cruz.

4) E não basta só uma declaração do Brasil e uma de Portugal separada - a consagração deve ser conjunta, pois o Reino Unido, o mundo português como um todo, deve ser consagrado a Cristo Rei.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de novembro de 2016.

Por que digitalizo meus livros?

1) Estou construindo uma biblioteca com o que há de melhor de História do Brasil e de Portugal. 

2) Quando digitalizo um livro da minha biblioteca, estou dando aos meus contatos online aquilo que naturalmente faria a quem está no Rio de Janeiro, ainda que por razões circunstanciais: abrir minha biblioteca a eles, como se estivessem visitando a minha casa. Como meu escritório mal comporta duas pessoas ao mesmo tempo, já que meu apartamento é pequeno, então é vantajoso que vocês recebam meus livros digitalizados desde o dropbox. 

3.1) Vocês podem ir já lendo os livros e me compartilhando os dados quando quiserem. 

3.2) Muitos livros que tenho eu sequer li, visto que escrever e analisar as coisas da forma como eu faço toma muito do meu tempo. Não me incomodo de aprender por osmose através de vocês. Na medida do possível, vou analisando as coisas e respondendo.

3.3) Afinal, estamos em tempo de colaboração em massa. Uns colaboram mandando livros desde o exterior, alguns me mandam dinheiro, outros colaboram lendo e anotando o que é pertinente e outros transcrevem vídeos para texto escrito para eu analisar melhor - e assim sucessivamente.

4) Por trás de uma pessoa como eu, tem que haver um grupo de pessoas que colabora comigo, na condição de assistentes. Afinal, o trabalho que faço não é trabalho para um só - é preciso que vários colaborem, tal qual uma equipe.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de novembro de 2016.

A falta de comunicação não-verbal é um indício de não-crença em fraternidade universal

1) Muita gente está preferindo tratar um cachorro como um filho porque este faz o que quase todo já mundo perdeu: a capacidade da comunicação não-verbal.

2) Esta comunicação não-verbal do cachorro se deve ao fato de estar há muitas gerações convivendo com a nossa. Ele aprendeu essa comunicação conosco. Por conta do positivismo e outras desgraças, esse senso de comunicação se perdeu, a tal ponto que perdemos o senso de viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Como vivemos um vazio existencial, então regredimos a tal ponto em que aquilo que é superficial e imediato parece ter sido criado por um Deus que tem poderes específicos para isso. Trata-se de uma espécie de politeísmo - e o amor exagerado pelos animais e à natureza é uma marca do retorno ao paganismo - e por via conseqüente, ao politeísmo.

4) É o que dá conservar o que conveniente e dissociado da verdade. Em nome do progresso, eles geram o retrocesso, pois em nome da evolução geram a involução, já que em nome da liberdade para o nada buscam o aprisionamento sistemático das almas, a ponto de matar a esperança.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de novembro de 2016.

Por que o costume está acima da lei? Porque leva aspectos não-verbais para serem observados, coisa que se perfaz no amor que Deus tem por nós

1) Os costumes estão acima da lei positiva por conta de um aspecto que não é levado em conta: os costumes se perfazem na carne, uma vez que o fundamento dele é o amor ao próximo. Ele leva aspectos não verbais, de modo a que sejam bem observados. E esses aspectos não verbais são percebidos por qualquer pessoa sensata, ainda que analfabeta.

2) Quando se reduz a constituição de todas as coisas a uma crença de livro, acabamos caindo no positivismo desenfreado. E para que as pessoas possam observar as leis, mais leis precisam ser criadas. Como a política é uma luta desenfreada por poder, nem sempre os grupos políticos que assumem o poder terão o mesmo entendimento que um iluminado kelseniano teria. E assim nasce a antinomia, a tal ponto que o sistema legislativo fica incoerente e ultrapassado, incapaz de responder aos desafios próprios de se viver nesta terra de modo tomar este país como se um lar em Cristo, coisa que foi estabelecida em Ourique e que muitos ignoram.

3) Quem fala que a lei está acima do costume não passa de uma besta quadrada. Esta pessoa está querendo tirar Deus como o norte de todas as coisas que fazem este país ser tomado como se fosse um lar, de tal maneira a que boa vivência neste lar nos conduza até a pátria que se dá no Céu, a pátria definitiva.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de novembro de 2016.

Por que a comunicação não-verbal não existe no Brasil?

1) Na Pseikörder, consideramos sinal de inteligência a comunicação  que não se faz pela via do verbo. Quando eu olho para um conhecido meu e ele olha para mim, ele entende tudo o que digo e eu entendo tudo o que ele me diz. Esse tipo de comunicação é o maior sinal de grandeza que há, pois mostra confiança plena, dado que as almas estão conectadas tanto no que se ama quanto no que se rejeita.

2) No Brasil, este tipo de comunicação simplesmente não existe. As pessoas simplesmente não procuram descobrir quem é o outro. Como é que pode haver comunicação extra-verbal, se as pessoas não conhecem umas às outras? Se a comunicação limitar-se  unicamente ao verbo, o que é construído de maneira sensata será distorcido pela má consciência do insensato, que conserva o que é conveniente e dissociado da verdade. A maior prova disso é a sola scriptura da Bíblia - quando a pessoa reduz a palavra de Deus a uma crença de livro, isso mata os aspectos não verbais da comunicação, coisa que também leva à conformidade com o Todo que vem de Deus. 

3) É provável que o relativismo moral, que fomenta a impessoalidade, favoreça a inexistência desse tipo de comunicação.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de novembro de 2016.

domingo, 20 de novembro de 2016

O problema do Brasil é a República

A REPÚBLICA nasceu de um golpe sórdido contra a Monarquia. Aliás, a bem da verdade, a Independência do Brasil foi já um golpe da maçonaria contra a Coroa Portuguesa e projetaram o Império para ser um governo de transição para a República. Fato este que se consumou poucas décadas depois.

Por sua vez, a REPÚBLICA, uma vez instalada, distribuiu o controle de seus 3 poderes entre os grupos da maçonaria azul e da maçonaria vermelha, formando governos oligarcas e governos populistas que foram se alternando no poder entre eles ATÉ HOJE. Quando havia crise de interesses entre eles o país entrava em "crise", assumiam os militares, ré-colocavam a REPÚBLICA nos eixos, entregavam o poder de volta para os civis e, quem assumia novamente o poder? Os mesmos grupos. A agenda de ambos os grupos foi a agenda maçônica internacional, cujas ligações com o movimento comunista são notórias e consabidas. A bibliografia sobre isso é mastodôntica. Assim, a agenda da REPÚBLICA, desde sempre, foi a implantação gradativa do COMUNISMO no Brasil. Fato que consumou-se.

Os dois grupos levaram décadas para APARELHAR o ESTADO e, em 1964 quiseram assumir o controle definitivo do EXECUTIVO, proclamando a DITADURA COMUNISTA que estavam gestando há décadas. As FFAA deram um contra-golpe. No entanto, em 1985, depois de aparentemente debelado os comunistas, o Regime Militar entregou de volta o poder para quem? Para os mesmos grupos. De lá para cá, em poucas décadas, eles DE FATO, assumiram o Executivo e vem alternando-se no exercício poder. Para onde descambou o Brasil que já vinha de ladeira abaixo? Para onde? para o país mais criminoso e violento do mundo. Essa é a história do Brasil. Quem poderá negá-la?

Diante desses FATOS HISTÓRICOS, cabe uma reflexão que NINGUÉM quer fazer e que Olavo de Carvalho tem feito em alguns posts como o que segue abaixo. A reflexão: dois grupos maçons fundam a REPÜBLICA e distribuem-se pela REPÚBLICA para a controlar e administrar. Como manter e assegurar o poder desses dois grupos inalterados? Rui Barbosa criou leis. Para manter a salvaguarda desses grupos dentro da REPÚBLICA Rui Barbosa, matreiramente, construiu a lei que atribui as FFAA o papel de "guardião" dos poderes da REPÚBLICA. O atual artigo 142 é uma expressão desse ato de Rui Barbosa que, antes de morrer disse haver-se arrependido brutalmente de ter conspirado para depor D. Pedro II e de ter entregado o Brasil à tutela das FFAA. Ora, se cabe às FFAA a salvaguarda da REPÚBLICA, então, TODA e QUALQUER intervenção militar é para SALVAR A REPÚBLICA. Ou seja, uma vez salvo o REGIME DA REPÚBLICA e passado o período de crise, para quem será entregue novamente o país, para qual classe política será entregue o pais, para qual grupo político será entregue o pais, para o grupo dos oligarcas ou para o grupo dos populistas? Qual a resposta dessa reflexão em cima de FATOS HISTÓRICOS? Qual a resposta??

É de, fato, papel das FFAA salvaguardar o REGIME da REPÚBLICA. Essa é a LEI, Rui Barbosa assim determinou. Militares cumprem LEI e ORDEM. Mas, hoje, depois de mais de 100 anos desse projeto maçônico-comunista macabro de comunizar o pais, quem, em sã consciência quer a continuidade das REPÚBLICA que, significa a perpetuação desses grupos criminosos no poder? Portanto, há dois problemas que tem de ser enfrentados de frente: 1) clamar pela intervenção das FFAA MANTÉM o mesmo esquema de poder criminoso que opera dentro da REPÚBLICA e que o passar dos anos mais do que demonstrou o nível de periculosidade que esses grupos representam para o Brasil e seu povo. O Brasil de hoje é o retrato desse projeto criminoso de poder desses dois grupos. Ou não? A questão é: a INTERVENÇÃO DEVE SER CIVIL. Qualquer outro tipo de intervenção manterá o mesmo esquema operando dentro da REPÚBLICA. Como o POVO, sem sair da sua condição de POVO, pode e deve exigir seu papel de AGENTE ATIVO na reconstrução do Brasil?; 2) qual REGIME deve ser construído neste país? Deve-se refundar a REPÚBLICA, criando uma verdadeira REPÚBLICA (seja Presidencialista seja Parlamentarista) ou deve-se reinstaurar a Monarquia? Novamente, aqui o Brasil precisa ser refundado. Mas, como o POVO, sem sair da sua condição de POVO, pode e deve exigir seu papel de AGENTE ATIVO na reconstrução do Brasil?

O problema do Brasil é de tal modo grave que TODA SOLUÇÃO RÁPIDA E UNIDIRECIONAL é outra FRAUDE CONTRA O POVO, CONTRA O POVO, CONTRA O POVO! Quem afirma que o Brasil tem solução rápida, MENTE para o POVO, mais uma vez. Ou é um jumento sem o menor conhecimento de história da REPÚBLICA e dos seus crimes sequentes contra o Brasil e os brasileiros. 

NENHUMA solução que exclua o POVO da refundação do país é viável. Por outro lado, toda solução que fale da refundação do Brasil sem o POVO é mais uma armação desses grupos criminosos que comandam a REPÚBLICA desde o início. É isto o que está sendo desenhado no cenário atual do Brasil, inclusive com a anuência de algumas lideranças de rua.

O PODER DO POVO não pode ser transferido para ninguém, para ninguém, nem para as FFAA. O PODER DO POVO deve ficar com o povo. A pergunta séria que demandará ESTRATÉGIA, CONHECIMENTO e UNIDADE NACIONAL é: como inserir o POVO na refundação do Brasil? As lideranças dos movimentos civis precisam amadurecer, parar de criar brigas intestinas e buscar UNIÃO NACIONAL do POVO DO BRASIL. Um líder de rua que não sabe passar por cima de problemas que tiveram, que não sabe CONVERSAR, que não tem EDUCAÇÃO E NEM PREPARO para discutir ideias sem chiliques, que não tem VISÃO real do cenário do Brasil, então, abdique de querer liderar. Lideranças sem visão e que agem com o fígado são os arautos de uma desgraça anunciada para o POVO.

Loryel Rocha

O PROBLEMA DO BRASIL É A REPÚBLICA!

"Suponham que os militares tomem o poder. Eles são mais honestos e mais racionais do que os políticos, mas quê mais poderão fazer senão reformar a sociedade por meio do Estado, como já tentaram em 1964? Ou o próprio povo reforma a sociedade civil desde baixo -- escola por escola, igreja por igreja, sindicato por sindicato e assim por diante --, ou o Estado será sempre onipotente, só eliminando a corrupção no momento à custa de fomentá-la a longo prazo, exatamente como já aconteceu mais de uma vez. Só a auto-organização militante da sociedade pode instaurar no Brasil uma democracia que funcione."

(Olavo de Carvalho)

Matéria relacionada:

https://www.youtube.com/watch?v=1RhPjiA-zRU

Quer o fim da corrupção? Então combata a mentira interior que há em você primeiro!

1) Querer o fim da corrupção e não querer fazer o esforço de combater a mentira interior - e a introjetada, que decorre da História Oficial - é querer conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. E isso edifica liberdade fora da liberdade em Cristo - e isso é vão, vazio. E o Mal prospera pela pura e simples ausência do Bem.

2) Se você quer servir aos seus semelhantes, saiba que você deve servir a Cristo em terras distantes. Nosso país foi fundado com base nesta missão em Ourique, a 25 de julho de 1139. Se você não vir o Cristo Crucificado e honrar a missão que nossos antepassados receberam d'Ele, então não se meta na política - você não servirá ao bem comum edificado nesta circunstância, coisa que se funda na Aliança do Altar com o Trono, pois na verdade você estará servindo a si mesmo - e o regime republicano é essencialmente isto.

3) Se a sinceridade implica estar diante de alguém que é onipotente, onissapiente e onipresente, então honrar a missão que o Crucificado de Ourique nos deu é o maior exercício de sinceridade que se pode praticar na esfera pública. É isto que fará com que larguemos este regime revolucionário de vez: se não lembrarmos da missão, não haverá Aliança do Altar com o Trono, base para a monarquia, regime que faz com que nosso país seja tomado como se um lar, pois vemos Cristo como sendo nosso compatriota - e é isto que nos prepara a pátria definitiva, que se dá no Céu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de novembro de 2016.

Vem pra Rua falsificou a verdade histórica hoje, na Paulista

1) Quer um dia para celebrar a igualdade de oportunidades? Celebre então o dia 13 de maio, o dia da abolição dos escravos.

2) Estava vendo o vídeo desse pessoal do Vem pra Rua falando que o dia de Zumbi dos Palmares, falsamente chamado de "dia da consciência negra", era "o dia da igualdade de oportunidades" (sic). 

3) Isso é de uma falsificação histórica grosseira. Como é que você vai celebrar o dia da igualdade de oportunidades se o próprio Zumbi tinha escravos? Eis aí a verdadeira razão para o dia da consciência negra: a celebração dos anos negros que estão para vir, em que o Brasil virará um Cubão, uma Venezuela - e com a ajuda de falsários como o Rogério Chequer et caterva, isso fica ainda mais fácil.

4) Isso é a prova cabal de que são libertários-conservantistas, pois é falsificando a verdade histórica que você mantém este regime nefasto conveniente e dissociado da verdade: a Repúbllica. 

5) Parem de dar dinheiro pra esse farsante. Colaborem comigo - se cada um de vocês der R$ 50,00 por mês, eu já fico satisfeito. Em troca, vocês recebem e receberão centenas e centenas de artigos e ainda livros que estou digitalizando na minha dropbox. Meu amigo Vito Pascaretta é um dos que mais colabora comigo e pode dar um testemunho fidedigno acerca da relação custo-benefício. 

6) Por conta da campanha que o Dawson Canedo Marques fez hoje, valorize quem te edifica. Colabore com o meu trabalho - você terá muito a ganhar. Eu valho muito mais do que mil Chequers e mil Kims juntos. Dê uma chance a mim e você não vai se arrepender.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de novembro de 2016.

Notas sobre a relação entre fideísmo e racionalismo, partindo de minha experiência pessoal

1) Uma das razões pelas quais me tornei católico é que sempre tive propensão à racionalidade. Sempre quis conhecer o Deus verdadeiro através do que é racional e sensato.

2) Nunca levei a sério o argumento de que é preciso ser ateu para ser racional, pois ateu eu nunca fui - eu sempre acreditei em Deus e em Cristo como sendo nosso salvador; a única coisa que não tive era um lar católico. 

3) São João Paulo II me converteu com o seu exemplo, como Papa. Quando ele falava, eu via que Deus falava por ele. Tal como ocorre com os reis, sua presença era muito forte - e acho que aprendi a honrar um rei por força do exemplo dele, ainda que fosse vigário de Cristo, o Rei dos reis (e por sinal, um excelente vigário).

4) Quando fui para a vida online, eu tive a oportunidade de estudar o catolicismo e aprendi a doutrina de maneira séria, racional e equilibrada - e o que aprendi online me preparou muito bem para abraçar a fé de maneira sincera e verdadeira, a tal ponto que fui fazer a catequese da paróquia com o intuito de receber os sacramentos - e recebi a primeira comunhão e fui crismado. E como se não bastasse, meu padrinho de crisma é o padre Jan, que foi feito padre por São João Paulo II, quando era D. Karol Wojtyła, arcebispo de Cracóvia. Enfim, foi uma graça enorme que recebi de Deus.

5) Ao longo do tempo, enquanto meditava perante a Santa Cruz, eu percebi uma coisa: o racionalismo é razão pela razão, assim como fideísmo é fé pela fé. Se o fideísmo leva a uma fé sem obra, insincera, o racionalismo leva a uma obra sem amor pela verdade, que é Cristo. Logo, racionalismo é irracionalidade sistemática. 

6) A verdadeira fé pede uma boa razão para se acreditar que Jesus é o caminho, a verdade e a vida - já que Ele é a porta, a misericórdia. E para eu crer em Jesus, eu precisei ter uma boa razão para n'Ele acreditar - e isso se faz mostrando e argumentando, e não xingando. Se algumas coisas são misteriosas, razões pelas não sabemos o porquê, é porque o próprio Cristo garantiu que isso seria bom, pois o que é fora do bem não prevalecerá no seio da Igreja que Ele mesmo fundou. E isso pede fé, pois Ele tem autoridade para isso, já que Ele é Deus.

7) Foi com base nessas coisas que aprendi que me converti. E foi com base em coisas que observei que minha fé só aumentou, pois encontrei uma boa razão para acreditar nessas coisas, por serem boas e verdadeiras. É isto que explica a razão pela qual sou católico.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de novembro de 2016.

Notas sobre medicina clássica e economia subjetiva

1) No mundo clássico, os tratamentos para as doenças se davam através de ervas. Naquela época, por conta da experiência, era verdade sabida que a experimentação com ervas produzia efeitos únicos em cada indivíduo. Por isso, todos os indivíduos tinham que conhecer bem as nuances do próprio corpo e tinham que testar todas as combinações possíveis de modo a encontrar as melhores combinações para que eles mesmos fossem curados de todos os males de que padeciam - e para isso, usavam doses mínimas, de modo a não houvesse efeito colateral algum, o que fazia da medicina tanto uma arte quanto uma ciência, pois o que era venenoso para A podia ser a salvação para B e podia nem surtir efeito em C - e isto é perfeitamente lógico.

2) Como os efeitos eram únicos e intransferíveis, a única maneira de saber o que era bom e correto era comparando uma coisa a outra. Certas combinações podiam não ter efeito numa pessoa, mas teriam efeito noutra e efeito diferente em mais outra. E isso acabava criando vantagem comparativa, o que acabava viabilizando uma cultura de troca, de integração social. E é por conta disso que os valores eram naturalmente desiguais, pois desiguais são os homens nesta circunstância. E é por conta disso que a economia assume nuances subjetivas, interpessoais.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de novembro de 2016.

sábado, 19 de novembro de 2016

Como a cultura de confiança favorece a experimentação científica?

1) É sempre bom experimentar, quando se tem circunstâncias favoráveis.

2) Quando você tem uma idéia, mas não tem como experimentar, não guarde isso para si. Você deve descrevê-las em detalhes e passá-la a quem interessar possa - se este amar e rejeitar as mesmas coisas que você, tendo por Cristo fundamento, ele vai experimentar por você e te contará os resultados.

3) Se você vê seu irmão como um Cristo que faz ciência, então ele passa a ser seu longa manus - assim, você consegue fazer a experimentação científica, ainda que com o apoio de mãos alheias.

4) A experimentação científica não exclui o princípio da confiança, fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus. Se a experiência pode ser repetida por todo aquele que tiver circunstância favorável, então não é preciso se prender a um individualismo exacerbado, daqueles em que é preciso ver pra crer. Esse tipo de coisa só gera desconfiança - e isso gera liberdade voltada para o nada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de novembro de 2016.

Sobre as conseqüências dessas idéias de maluco que tenho

1) Isso que estou a pensar é interessante. Os havaianos usam o vulcão para assar comida. Os romanos faziam cimento.

2) Há vulcões espalhados por todas as partes do mundo. Por estarem em partes diferentes do planeta, é provável que produzam alguma coisa interessante. É provável que de um Krakatoa não se produza o cimento do Vesúvio, mas pode produzir algo interessante.

3) Os pragmáticos não fariam esse experimento por ser economicamente inviável. Só quem tem conhecimento deste fato histórico faria. Isso faria do conhecimento arqueológico uma espécie de laboratório de P & D (Pesquisa e Desenvolvimento).

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de novembro de 2016.

Notas sobre mais uma experiência maluca que faria

1) Os romanos usavam material encontrado no Vesúvio de modo a produzir um cimento de boa qualidade. A qualidade do cimento era inigualável - e foi assim verdade até o século XX, quando encontraram materiais tão bons quanto aqueles que só o Vesúvio podia fabricar.

2) Se os romanos habitassem outas áreas sujeitas a vulcanismo, eles experimentariam o material encontrado de um Krakatoa, por exemplo, de modo a ver se é possível fabricar um cimento tão bom quanto o cimento do Vesúvio. Este é um tipo de experimentação que poderia ser feita, do ponto de vista histórico. Até agora, eu não sei se isso já foi tentado antes.

3) Um dos aspectos do nacionismo é exatamente isso: pegar esse conhecimento decorrente do fato de se tomar o país como se fosse um lar, ainda que antigo, e aplicá-lo em outros lugares de modo a ver o que acontece. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de novembro de 2016.

Notas sobre outra maluquice que faria

1) Uma outra maluquice que faria seria esta: se estivesse no Havaí, eu iria enterrar um pedaço de carne debaixo da terra. Após alguns minutos, ia sair um churrasco lá de dentro.

2) Pode parecer inusitado, mas a terra lá é vulcânica. Trata-se de um costume dos nativos de lá e é interessante - ainda bem que vi isso na televisão, na época em que a TV transmitia algo interessante. Pena que não tem vulcão ativo por aqui - se estivesse lá, eu iria experimentar fazer uma coisa dessas só para ver o que acontece.

3) Se essa experiencia no Havaí der resultado, eu vou tentar enterrar comida em área próxima ao Vesúvio pra ver o que acontece. Se dá certo no Havaí, então pode dar certo em outros lugar onde haja vulcanismo. E até onde sei, isso não foi tentado antes.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de novembro de 2016.

Da família como think tank para estudos de história local

1) Se a História do Brasil é um apanhado de coisas que aconteceram dentro das províncias, enquanto microcosmos da pátria, então uma nação de historiadores se faz registrando os acontecimentos do dia-a-dia num diário e coletando toda a memória dos fatos anteriores, a partir da vida dos meus pais e dos meus tios, já que não tenho mais avós vivos.

2) Se o registro se dá no âmbito das famílias, então esta é a fonte mais confiável para se produzir história local. Se esse senso for distribuído e compartilhado sistematicamente entre as famílias, laços de solidariedade são criados - e um processo de nacionidade começa a ser desenvolvido.

3) Se uma mesma família estiver dispersa, tomando vários lugares ou mesmo vários países como se fossem um mesmo lar, então a rede social terminará favorecendo o compartilhamento desses registros e uma relação federal é criada, por força dessa nacionidade. E o primeiro laço federal mais básico é a confederação, criada da associação voluntária para só depois se tornar boa e necessária.

4) Uma das razões pelas quais eu não consigo atuar muito bem no âmbito local é porque tenho pouco conhecimento da realidade local, a não ser das coisas que meus pais me contavam quando era jovem e das coisas que eles ouviam de seus pais. Se as famílias todas fizessem isto e registrassem essas histórias por escrito, seja na forma de um romance ou na forma de um texto histórico, uma tradição brasileira poderia ser criada - e isso acabaria com a hegemonia esquerdista ditada desde o MEC.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de novembro de 2016 (data da postagem original).

Matérias relacionadas:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/10/se-houvesse-uma-nacao-de-historiadores.html

Notas sobre uma idéia louca que eu tenho

1) De tanto ver Canal Rural aqui em casa que me veio uma idéia louca: se eu coletasse uma amostra do solo de terra roxa e colocasse num vasinho de plantas, devidamente fertilizado, e botasse uma plantinha nesse vaso, será que vingaria? E se fizesse isso com uma amostra do solo de massapê? Daria o mesmo resultado?

2.1) Eu nunca vi alguém fazendo essas experiências malucas, usando amostras de solo de outros lugares e temperatura e umidade locais de modo a dar alguma coisa. Caso a coisa não dê certo, posso criar um ambiente de temperatura e umidade controlados, tal como ocorre num laboratório, de modo a ver o que acontece.

2.2) Se há uma boa razão pela qual eu gostaria de engenheiro agrônomo, nestas atuais circunstâncias, é para fazer essas experiências malucas - a única coisa que eu não quero é perder 4 anos da minha vida numa universidade. Afinal, eu sempre quis ser um cientista e adoro fazer um experimento  - e esse é um dos segredos para escrever tanto. Eu sempre penso em várias possibilidades e testo - e os melhores escritos decorrem de experiências pessoais.

2.3) Do conjunto de experiências malucas que fizer, eu escreverei um diário familiar e o deixarei como legado de família. Quem tiver interesse pode até comprar uma cópia do diário - a impressão será única e exclusiva, já que isso não será impessoalizado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de novembro de 2016.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

A contra-revolução pede que se ocupe as prisões com bandidos presos e condenados

1) A Revolução Francesa começou com a tomada da Bastilha.

2) A Contra-Revolução brasileira começa com a ocupação das bastilhas de outra forma: lotadas, cheias de presos do colarinho branco cumprindo sentença. Se houvesse prisão perpétua, que passassem o resto da vida lá, pois são genocidas.

3) Que Bangu fique lotada de Lulas, Pezões, Cabrais, Dilmas et caterva. Vai ter gente fazendo turismo para ver esses animais presos. Pode ser bizarro ver zebras humanas, mas será uma espécie de catarse coletiva.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de novembro de 2016.

Notas sobre os novos espécimes de animais que chegaram ao zoológico humano de Bangu

1) Das alcovas de Paris às masmorras de Bangu. Ver o Garotinho e o Cabral mofando na Bastilha carioca e ser acordado por conta dessa notícia não tem preço.

2) Eu morei em Bangu muitos anos, mas morava longe do presídio. Minha vida, antes da vida online, foi toda em Bangu - e por não ter nada lá, eu fazia das tripas coração de modo a viver na civilização, infelizmente ocupada pelos comunistas: a Zona Sul da cidade.

3) Se houvesse prisão perpétua, eu iria adorar fazer um tour só pra ver esses animais no zoo, pois eles não são seres humanos, mas animais em forma humana - e lugar de animal, de quem promove banditismo e políticas de Estado animalescas, é no zoo, na jaula.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de novembro de 2016.

Notas sobre o malminorismo na política

1) No malminorismo enquanto forma de fazer política, você não vê políticas proativas de modo a promover o bem comum, fundado na Aliança do Altar com o Trono, tal como aquela que foi edificada em Ourique. Na verdade, nós vemos que o mal só é retardado de modo a não ocupar os espaços, que inevitavelmente serão ocupados porque o bem está ausente e não está produzindo nada de bom. E a maior prova disso é que nada foi feito de modo a combater o marxismo cultural.

2) Governos desvinculados da aliança do altar com o trono são erráticos, pois só enxergam o interesse nacional somente por meios técnicos, pragmáticos. Confundem o interesse nacional com o hedonismo e com o materialismo. Se esse ideal de vida materialista e hedonista for distribuído à sociedade, isso vira Estado do Bem-Estar social, dado que o Estado vai ter que bancar tudo o que deveria ser função da Igreja, pois o Estado, além de pai, tem que ser mãe também. Nada mais totalitário do que isso.

3) Este é o sentido que Borneman empregou ao conceito de nacionidade. Como isso edifica relativismo moral e liberdade voltada para o nada, então prepara o caminho para o totalitarismo já que matar se tornará um gesto humanista. E não é à toa que o nacionalismo, a longo prazo, prepara o caminho para o internacionalismo, para a Nova Ordem Mundial. Bastou a ocupação de espaços.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de novembro de 2016.

Como os militares prepararam o caminho para a Nova República?

1) Há quem diga que o último governo que agiu em prol do interesse nacional foram os governos militares, pois a Nova República só advogou por causas internacionais, em prol de esquemas de poder que estão cagando para os interesses mais imediatos da nação.

2) Se pararmos pra pensar, esse interesse nacional não passa de um interesse nacional pervertido, voltado para o nada, dado que o Brasil, desde que rompeu com Portugal, jogou fora as suas verdadeiras fundações, edificadas em Ourique.

3) Se pararmos pra pensar, toda política de interesse nacional em que o Estado banca o empresário leva o país a ser tomado como se fosse religião - e isso prepara o caminho para a esquerda, já que edifica liberdade para o nada.

José Octavio Dettmann, em debate com Haroldo Monteiro.

Rio de Janeiro, 17 de novembro de 2016.

Comentários sobre ser evangelizador nestes tempos em que vivemos

1.1) Numa sociedade que busca o imediato, o superficial é o que dita todas as coisas.

1.2) Neste tipo de sociedade, o nominalismo prevalece: todos podem ser o quiserem, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade. Não é à toa que isso edifica liberdade para o nada.

1.3) É dentro deste ambiente de relativismo moral e cultural que vemos o liberal como o eufemismo do libertário e o conservador como eufemismo do conservantista - enquanto este balaio de gatos não for desfeito, estas figuras servirão à mentalidade revolucionária em todas as suas vertentes, seja no plano político, seja no plano espiritual, salvífico.

2) Quando escrevo o que escrevo, eu devo ter em mente que devo usar uma linguagem onde o limite entre e um outro seja bem claro. A pessoa que passar desse limite estará saindo da virtude e caindo na perversão. Por isso que o domínio da linguagem é essencial, pois ela estabelece a fronteira entre o que é certo e o errado, categoricamente falando.

3.1) Embora a palavra de Deus seja destinada a todos, a evangelização não pode ser feita de maneira impessoal, já que estamos num ambiente de confusão extrema e esta estratégia democrática, que é burra, leva à palavra de Deus ser servida para o nada. Você deve ser o sal e a luz - e quem quiser sair desse ambiente de confusão deve buscar você, já que você está servindo a Jesus. Você precisa agir como uma coluna, onde a fronteira entre a verdade e a mentira precisam estar bem delineadas, tal como foi São Paulo e São Pedro. E isso é combater o bom combate - e é isso que marca a tradição apostólica.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de novembro de 2016.

Qual risco teremos ao colocarmos Bolsonaro na Presidência?

1) Bolsonaro é o que temos no momento? Sim - isso eu não posso negar. Afinal, não há outra figura melhor do que ele no momento.

2) Se Bolsonaro se tornar presidente, nós estaremos colocando uma figura provisória, enquanto restauramos o que deve ser restaurado - e o caminho a ser trilhado é longo e tortuoso. O problema é confundir o provisório com o permanente - e este é outro defeito nosso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de novembro de 2016.

Por que Bolsonaro pode ser comparado ao Lula? As razões se devem aos símbolos e ao que eles representam

1) A glamourização da ignorância é fruto do fato de se fazer do amor verdadeiro que devemos dar à nossa pátria uma caricatura grotesca.

2) De tanto triunfarem as nulidades do regime republicano, as nulidades foram criando descendentes férteis naquilo que é próprio do mal e inférteis para aquilo que é do bem, edificado em Ourique. Logo, as nulidades se tornaram norma, nomenclatura pseudocientífica daquilo que foi tomado como se fosse ciência política, dado que são um espectro daquilo que é o conceito de espécie proposto por Lineu, dado que petista é uma espécie do gênero revolucionário, da mesma forma que os positivistas.

3) Quando digo que Bolsonaro é mais digno de ser comparado ao Lula, é porque o Bolsonaro encarna a tradição revolucionária que preparou o caminho para a tradição revolucionária mais radical que Lula encarna. Por conta destes aspectos simbólicos, a comparação é válida, se tomarmos por base aquilo que Voegelin falou.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de novembro de 2016.

Por que figuras caricatas são o arquétipo do malminorismo, do conservantismo?

1) Os positivistas fizeram do amor ao Brasil uma caricatura bizarra, ao tomá-lo como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele.

2) O Bolsonaro, por ser militar, tem formação positivista. E suas posturas são caricatas e até cômicas.

3) O fato de ser caricato - objeto de riso, dado que isso é insincero -  favorece a ação dos comunistas, dado que são odiosos e são sinceros naquilo que fazem. São diabólicos e são sinceros no seu satanismo.

4) Se a sinceridade implica estar diante de modo a servir a Cristo em terras distantes, isso implica ser mais do que uma caricatura. Você precisa ser um militar com o intuito de restaurar a figura de Caxias, patrono do Exército e um nome que lembra o glorioso passado imperial. Você precisa negar a negação, pois a República negou o nosso destino edificado em Ourique.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de novembro de 2016.

Por que Bolsonaro não é parte de uma categoria sui generis?

1) Se você é militar, jogue fora toda a sua formação positivista. Estude tudo o que foi edificado em Ourique.

2) Se você é militar, honre a Família Imperial. Honre a Aliança do Altar com o Trono.

3) A Lei de Deus está acima da Lei dos Homens. O militar deve obedecer a ordens, mas não a ordens injustas fora da Lei Natural. Se os comandantes não forem imitadores de Cristo, não vale à pena obedecer. Até porque o Exército, nas circunstâncias decorrentes do dia 15 de novembro de 1889, o é um espectro de Exército - trata-se de uma milícia revolucionária. Por isso que o atual Exército não é o Exército de Caxias.

4) Se você é tudo isso, então você é sui generis. Você pode ser você mesmo porque Cristo está em você e você está em Cristo.

5) Bolsonaro se encaixa nesta descrição? Óbvio que não!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de novembro de 2016.