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domingo, 20 de novembro de 2016

Notas sobre a relação entre fideísmo e racionalismo, partindo de minha experiência pessoal

1) Uma das razões pelas quais me tornei católico é que sempre tive propensão à racionalidade. Sempre quis conhecer o Deus verdadeiro através do que é racional e sensato.

2) Nunca levei a sério o argumento de que é preciso ser ateu para ser racional, pois ateu eu nunca fui - eu sempre acreditei em Deus e em Cristo como sendo nosso salvador; a única coisa que não tive era um lar católico. 

3) São João Paulo II me converteu com o seu exemplo, como Papa. Quando ele falava, eu via que Deus falava por ele. Tal como ocorre com os reis, sua presença era muito forte - e acho que aprendi a honrar um rei por força do exemplo dele, ainda que fosse vigário de Cristo, o Rei dos reis (e por sinal, um excelente vigário).

4) Quando fui para a vida online, eu tive a oportunidade de estudar o catolicismo e aprendi a doutrina de maneira séria, racional e equilibrada - e o que aprendi online me preparou muito bem para abraçar a fé de maneira sincera e verdadeira, a tal ponto que fui fazer a catequese da paróquia com o intuito de receber os sacramentos - e recebi a primeira comunhão e fui crismado. E como se não bastasse, meu padrinho de crisma é o padre Jan, que foi feito padre por São João Paulo II, quando era D. Karol Wojtyła, arcebispo de Cracóvia. Enfim, foi uma graça enorme que recebi de Deus.

5) Ao longo do tempo, enquanto meditava perante a Santa Cruz, eu percebi uma coisa: o racionalismo é razão pela razão, assim como fideísmo é fé pela fé. Se o fideísmo leva a uma fé sem obra, insincera, o racionalismo leva a uma obra sem amor pela verdade, que é Cristo. Logo, racionalismo é irracionalidade sistemática. 

6) A verdadeira fé pede uma boa razão para se acreditar que Jesus é o caminho, a verdade e a vida - já que Ele é a porta, a misericórdia. E para eu crer em Jesus, eu precisei ter uma boa razão para n'Ele acreditar - e isso se faz mostrando e argumentando, e não xingando. Se algumas coisas são misteriosas, razões pelas não sabemos o porquê, é porque o próprio Cristo garantiu que isso seria bom, pois o que é fora do bem não prevalecerá no seio da Igreja que Ele mesmo fundou. E isso pede fé, pois Ele tem autoridade para isso, já que Ele é Deus.

7) Foi com base nessas coisas que aprendi que me converti. E foi com base em coisas que observei que minha fé só aumentou, pois encontrei uma boa razão para acreditar nessas coisas, por serem boas e verdadeiras. É isto que explica a razão pela qual sou católico.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de novembro de 2016.

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