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sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Notas sobre a natureza dos acordos de livre circulação de pessoas, nas nossas atuais circunstâncias

1) A livre circulação de pessoas não deve ser feita em bases abstratas. Ela não deve vir de uma penada mágica que cria tal liberdade da noite pro dia, pois isso é um completo absurdo.

2) Se a livre circulação de pessoas existe, ela se dá por força de lei natural - se eu tomo o povo do meu país vizinho como se fosse um irmão em Cristo, então ele tem o direito de vir ao meu país tentar a sorte e progredir na vida. Isto existe porque os dois países são tomados como se fossem parte de uma mesma família, de um mesmo lar.

3) Quando se cria livre circulação de pessoas por força das necessidades econômicas ou por força da impessoalidade, você está favorecendo o multiculturalismo - e o objetivo dessa imigração é destruir as fundações sob as quais o meu país é tomado como se fosse um lar em Cristo, criando um verdadeiro relativismo moral por força do relativismo cultural. Afinal, o totalitarismo nasce da liberdade para o nada edificada por aqueles que pregam liberdade fora da liberdade em Cristo. Isso não só mata a fé verdadeira como também favorece o culto de que o Estado deve ser tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.

4) O socialismo de nação favorece o caminho do socialismo globalizante. Se a nação é uma floresta de árvores ocas, então a coleção de várias florestas dessa natureza é globalismo. E para uma coleção - esse amontoado amorfo e sem vida - se tornar sistema, só mesmo pela força.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 04 de novembro de 2016.

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