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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Das três camadas de significado do senso de se tomar o país como um lar em Cristo, por força de Ourique, e sua conseqüente negação

1) Em Ourique, veio a missão de servir a Cristo em terras distantes. após a morte da 17ª Geração, D. Sebastião, Portugal e todos os seus territórios passaram a ser parte da Espanha. Após 60 anos, Portugal e seus acessórios se separaram da Espanha, uma vez que a missão de servir a Cristo em terras distantes sempre falou mais alto.

2) Quando D. João VI transladou o Império para cá, ele elevou o Brasil à condição de Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. A elevação foi um reconhecimento a todo o serviço que os brasileiros prestaram à coroa portuguesa, por terem colaborado diligentemente na missão de servir a Cristo em terras distantes.

3) Enfim, para falar do senso de nacionidade dessa terra, nós temos toda essa camada de fatos históricos a estudar.

4) Não faz sentido macaquear o exemplo americano. a Revolução Americana é ruptura da ruptura. O Rei Henrique VIII rompeu com Roma porque queria casar-se novamente. Acabou fundando um nova Igreja e passou a perseguir todos os que discordaram disso. Os refugiados foram para a América e, cansados da opressão dos impostos, romperam com a Inglaterra.

5.1) Enquanto Portugal construiu uma história servindo a Cristo, os EUA, enquanto subproduto da Inglaterra, construíram uma história uma buscando a si mesmos até o desprezo de Deus.

5.2) Por isso mesmo, fazer de José Bonifácio founding father é fazer o jogo da historiografia marxista, pois isso leva à construção de uma comunidade inventada à imagem e semelhança dos EUA e à revelia de nossa História - e uma tradição falsa só leva ao relativismo moral, à expansão do protestantismo e ao ateísmo sistemático da Terra de Santa Cruz, a ponto de levar a todos à apatria, ao desligamento sistemático da Terra de Santa Cruz à pátria definitiva, que se dá no Céu. E isso é um verdadeiro crime de lesa-pátria!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2018 (data da postagem original).

Comentários adicionais:

Arthur Benderoth de Carvalho:

1) Esse papinho de "founding fathers", eu nunca engoli isso. 

2.1) Ao menos, D. Pedro I teve uma atitude decente quando expulsou os Andrada do Brasil e mandou fechar as lojas. Esta foi a primeira coisa boa que ele fez

2.2) O "patriarca" e seus irmãos já conspiravam contra o imperador em plena assembleia. José Bonifácio queria ser, no Brasil, o que o Marquês de Pombal já fora em Portugal: O ditador, o déspota brutal e esclarecido. 

2,3) O homem perseguiu a Companhia de Jesus (não era à toa que muitos príncipes da igreja, no Vaticano, consideravam Portugal dos oitocentos um "reino ateu") e mandou enforcar padres, com o beneplácito régio. 

2.4) A segunda coisa boa que D. Pedro I fez foi acabar, a base de tiro, com a revolução republicana de 1824, igual a seu pai, Dom João VI, em 1817, com Revolução Pernambucana. É assim que se lida com republicano, com revolucionário empedernido.

2.5) Não caiam naquela conversinha do "Brasil paralelo" de que o "Bonifácio caiu porque queria moralizar a vida do primeiro imperador, que não cansava de humilhar a imperatriz (uma Habsburgo, a mais católica de todas as casas reais) em público. Pura galhofa. A queda de Bonifácio foi por outro motivo, muito distinto. E "santo" ele não era, pois tinha amantes, etc. Só que ele era mais discreto. 

3.1) Essa conversa de "founding fathers" se assemelha muito a uma certa "direita jadaico-cristã ocidental". Tal coisa não existe - o judaísmo existe por conta da cristandade, pela Igreja Católica Apostólica Romana, pela cultura e filosofia gregas e pela retórica e direito romanos. Enfim, Civilização católica. 

3.2) O protestantismo é a primeira da revolta dos homens contra Deus e a ordem celestial. Até as bestas marxistas reconhecem isto.