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terça-feira, 5 de maio de 2020

Como se davam as relações comerciais com os reinos muçulmanos aliados do Reino Latino de Jerusalém?

1) Na Terra Santa ao tempo da fundação do Reino Latino de Jerusalém, os muçulmanos já eram divididos em sunitas e xiitas desde a morte do profeta Maomé. 2.1) Os príncipes cristãos, pragmáticos, adotavam a seguinte lógica: o inimigo do meu inimigo é meu amigo. Eles se aliavam com a facção islâmica que não fosse tão radical a presença dos cristãos de modo a eliminar a facção islâmica rival. 2.2.1) Dessa aliança militar vinham as primeiras relações comercias. Como o aliado não amava e não rejeitava as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, então se cobrava um juro maior a ele no empréstimo do que a um Cristão, em razão do risco de haver traição. 2.2.2) Neste ponto, o uso da usura é justo, visto que não há uma relação de confiança estabelecida, em razão das religiões diferentes - e o risco de esse empréstimo não ser pago é alto, a ponto de se tornar improdutivo, em razão de a confiança terminar sendo servida com fins vazios, em razão de uma potencial traição. Conforme esta relação vai crescendo, a tendência é a facção islâmica se tornar amiga de Cristo e se tornar cristã, pagando juros cada vez menores. 3.1) A defesa da usura está muitas vezes associada à liberdade se ter a religião que se quiser, a ponto de afirmar que o sacrifício por Cristo na Cruz pelo perdão em nossas faltas foi em vão. 3.2.1) É por essa razão que os protestantes não crêem em fraternidade universal fundada no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, que é Deus do Universo. 3.2.2) Por isso, os protestantes tendem a ser judaizantes, a ponto de dividirem o mundo entre eleitos e condenados - e os que não professam tal religião eleita pagam usura. E é assim que a usura se dissemina em toda a sociedade, a ponto de a riqueza se tornar sinal de salvação do homem, enquanto animal que mente e que fomenta heresias. José Octavio Dettmann Rio de Janeiro, 05 de maio de 2020.

Notas sobre o Reino Latino de Jerusalém, o verdadeiro Estado de Israel

Reino de Jerusalém – Wikipédia, a enciclopédia livre
 
1) Durante as Cruzadas, os cavaleiros templários estabeleceram uma rede de depósitos onde os peregrinos podiam depositar seus pertences em segurança e seguir viagem rumo à Terra Santa, em peregrinação. Se esses bens fossem em dinheiro, então esses bens eram fungíveis uns pelos outros, a ponto de um título de crédito emitido pelo depósito de Roma ser perfeitamente aceito pelo depósito de Jerusalém, então controlado pelo Reino Latino de Jerusalém, o verdadeiro Estado de Israel.

2) Com o tempo, foi-se observando que uma parte dos peregrinos realmente resgatava os seus bens após a viagem. Resultado: Os templários passaram a ser administradores de toda essa riqueza em favor da Cristandade - e tinham que aplicar essa riqueza de modo a desenvolver o bem comum, a ponto de pagar juros a quem confiou seus bens a esses santos protetores, uma vez que a autoridade aperfeiçoa a liberdade.

3) Por conta dessa aplicação de riqueza, eles emprestavam dinheiro aos muçulmanos com usura (já que isso é permitido de ser aplicado a quem não é irmão de Cristo), percebendo assim riquezas maiores. Como uma pequena parte dos peregrinos vinha regatar o dinheiro depositado, eles foram responsáveis, segundo Roberto Santos, pelo sistema de reservas fracionadas, muito embora a fórmula seja romana, como falei num artigo anterior, tendo por base um artigo do Arthur Rizzi.

4) Nas cidades administradas pelos templários, as guildas possuíam caixas para ajudar os necessitados de sua própria classe. Com o tempo, o dinheiro passou a ser emprestado para pessoas de outras classes - isso favoreceu uma integração entre as classes e promoveu o senso de responsabilidade pessoal, já que havia a proteção das transações, pois os templários não só zelavam pela segurança, como também pela justiça dos territórios cristãos na Terra Santa. Isso acabou gerando câmaras republicanas, pois essas cidades passaram a gozar de uma liberdade e de uma prosperidade sem precedentes.

5) Muitos judeus e muçulmanos começaram a viver nessas comunidades e passaram a gozar de uma liberdade que antes não tinham. Isso a longo prazo traria a todos à conversão, a ponto de amarem e a rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

6) O modelo de integração social havido no Reino Latino de Jerusalém serviu de base para a construção do Império que seria criado para Cristo em terras distantes, tal como foi estabelecido em Ourique.

José Octavio Dettmann