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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Notas sobre uma descoberta interessante

1) Estava eu vendo jogos no Steam e descobri um jogo baseado na mitologia eslava chamado The End of the Sun. Curioso, tratei de ver na wikipedia referências sobre o assunto.

2) Durante a análise, eu descobri algo interessante. O mundo seria uma grande árvore de carvalho. Na parte alta fica o reino de Nav, fundado no mundo imaterial. No meio, o Reino de Prav, que rege a relação entre o mundo imaterial, superior, e o mundo material, inferior (uma vez que inferno vem de inferus, do qual se deriva inferior). Na base do carvalho, no seu tronco, o reino de Yav, onde ficam as criaturas vivas.

3) Em polonês, prawo é a palavra para direito. E o direito positivo, se inspirado em Deus, acaba servindo de meio intermediário a ponto de a lei que se dá na carne de cada um nós se tornar uma realidade prática, um costume a ser observado, pois boas leis geram bons costumes.

4) Não sei se o professor William Bottazzini Rezende ensina mitologia romana, quando ensina latim. O estudo da mitologia ajuda muito no entendimento de uma língua, pois as coisas têm uma origem, uma razão de ser.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2018.

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Notas sobre o federalismo monetário

1) Se o Brasil não foi colônia e foi povoado num regime de federalismo pleno de tal maneira que todos os lugares fossem tomados como se fossem um mesmo lar em Cristo até a sua máxima extensão, por conta da missão de servir a Cristo em terras distantes - o que explicaria a dimensão continental do Brasil -, então é provável que cada lugar tivesse tido sua própria moeda - e nela a principal riqueza local acabou servindo de lastro para ela.

2.1) Se cada província teve sua própria moeda, então essas moedas podiam ser trocadas umas pelas outras, pois eram conversíveis. E sendo conversíveis, então podíamos resgatar pau-brasil para exportá-lo para a Europa e trocá-lo por ouro, o que seria altamente rentável para a época. Se eu tivesse moedas lastreadas em pau-brasil, em café, em gado leiteiro, em nióbio, em borracha, então eu acabaria tomando vários lugares do Brasil como um mesmo lar em Cristo, criando uma espécie de federalismo monetário.

2.2) Se meu estado fosse fabril, ele sintetizaria essas riquezas de cada lugar no Brasil de modo a produzir outros tipos de riqueza. E como estaria assimilando as qualidades de cada lugar do Brasil, constantes em suas riquezas, então a atividade industrial seria a síntese do Brasil como um todo tomado como um lar em Cristo, pois haveria uma verdadeira continentalização das almas, uma vez que estas serviram a Cristo em terras distantes deste continente americano.

3.1) Afinal, os municípios podem dizer o direito - e se podem dizer o direito, então eles podem emitir moeda tendo por lastro a principal riqueza do lugar. De uma federação de municípios, surge uma província - e de uma federação de províncias uma nação.

3.2) A moeda deve exprimir a síntese dessa complexidade, pois é um dado cultural; se servirmos aos nossos semelhantes de maneira liberal (livres em Cristo, por Cristo e para Cristo), então devemos ser remunerados de maneira justa, uma vez que justiça é descobrir o outro. E quando fazemos isso, nós praticamos distributivismo, uma vez que trabalho livre é trabalho santificador. E o átrio da paróquia se torna um lugar de encontro (um mercado), não um lugar de sujeição, fundado no amor de si até o desprezo de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de agosto de 2018. (data da postagem original)

Notas sobre economia industrial e integração ibero-americana

1) Como a riqueza sempre vem da terra, então a terra que se notabiliza por produzir tal riqueza deve ser tomada como um lar em Cristo.

2) Como a indústria transforma a matéria-prima como um produto acabado, então o país que se notabiliza pela economia industrial deve ser tomado como um lar em Cristo quando sintetiza as riquezas importadas e as transforma em algo que sintetiza o fruto da integração desses países, a ponto de serem tomadas como um mesmo lar em Cristo em união.

3) Afinal, a economia fabril, de certa forma, seria antropofágica, pois processaria as riquezas primárias dos países de modo a assimilar as qualidades dos que produzem tal riqueza, tal como o pau-brasil que é processado de modo a virar uma tinta vermelha, que será empregada na veste de um cardeal, de um príncipe da Igreja que se compromete a derramar seu sangue por Cristo, tal como foram os mártires. Ou tal como ocorre com o trigo da Argentina e a uva da qual se faz o vinho do Porto - eles são esmagados tal como o corpo e o sangue de Cristo, a ponto de evangelizarem nações inteiras, já que eles acabam fazendo dos nossos lares verdadeiras igrejas domésticas, umas vez que boa alimentação é evangelização. E se estiverem numa boa taverna ou num bom restaurante, é também apostolado da diversão.

4) A transformação de matéria-prima deve ser local de diálogo onde as riquezas se transformam em riquezas que simbolizem a união ibero-americana. E aí a moeda terá por lastro a síntese que se dá na indústria.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de agosto de 2018 (data da postagem original).

Notas sobre a integração ibero-americana, ditada por aquilo que se funda em Ourique

1) Se o Brasil tivesse lastreado sua moeda com base naquilo que produz de melhor, outros países seguiriam seu exemplo, como a Argentina, que se notabiliza por produzir trigo, a ponto de servir a Cristo em terras distantes sendo o celeiro do mundo.

2.1) Se houvesse uma integração entre essas duas nações, a ponto de ambas serem tomadas como um mesmo lar em Cristo por força de Ourique, então poderia haver um união ibero-americana com base no que cada país teria de melhor.

2.2) Seria o contrário da União Européia, em que o Euro matou a nacionidade de pátrias inteiras ao desnacionalizarem a moeda, a ponto de fazê-la sinal de salvação, onde tudo está em Bruxelas e nada pode estar contra ou fora de Bruxelas.

3.1) Se houver União Ibero-americana, então isso será por força do que há de melhor de cada país, a ponto de juntas criarem um patrimônio comum de tal maneira que o mundo ibero-americano seja tomado como um lar em Cristo na forma de um bloco, que é o vir-a-ser de uma nação ao longo de sucessivas gerações.

3.2) Por força de Ourique, a Espanha acabaria se consagrando a Cristo novamente, convalidando o erro de ir aos mares em busca de si mesma.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de agosto de 2018.

A santificação através do trabalho leva à santificação da economia, conseqüência direta de se tomar o país como um lar em Cristo

1) Tenho meditado muito sobre a santificação através do trabalho, coisa que foi defendida por São Josemaría Escrivá.

2) Isso pode levar à santificação da economia como um todo, enquanto ciência de organização do lar de tal maneira a edificar um bem comum, a ponto de preparar o maior número de pessoas possível até a pátria definitiva, que se dá no Céu.

3) Isso separa de vez a economia da plutologia, do estudo da riqueza como se fosse coisa, como sinal de salvação, num mundo divido entre eleitos e condenados.

4) O estudo sério do pensamento de São Josemaría Escrivá leva ao estudo econômico do nacionismo, a um estudo sério sobre a ética católica e o espírito do distributivismo.

5.1) Como brasileiro é quem extrai pau-brasil, então é perfeitamente possível cumprir a missão de servir a Cristo em terras distantes trabalhando, seja extraindo pau-brasil ou produzindo alguma outra riqueza diversa.

5.2) Neste ponto, o Brasil é de fato a jóia do mundo português. E essa pérola foi atirada aos porcos com a mentirosa alegação do José Bonifácio de que ele foi colônia de Portugal, fazendo com que buscasse a si mesmo e agisse tal como o filho pródigo. Quando o Brasil se separou de Portugal, ele acabou indo à deriva, a ponto de decair na barbárie, sistematicamente falando.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de agosto de 2018.

Observações sobre História do Brasil com base em suas principais riquezas

1) A História do Brasil pode ser contada por suas riquezas mais notáveis. Podemos falar do pau-brasil, podemos falar do ouro das Minas Gerais, da borracha na Amazônia, do café-com-leite na República Velha, da soja no atual agronegócio e do nióbio.

2) Se a moeda fosse lastreada com base em cada riqueza nacional, diferentes histórias do Brasil poderiam ser contadas, por conta de suas diferentes eras de ouro. Seria uma história muito rica, pois a riqueza da pátria acabaria servindo a Cristo em terras distantes, uma vez que a profissão que produz essas riquezas terminaria sendo santificada por força daquilo que decorre de Ourique.

3) A moeda terminaria tendo três lastros: o lastro da riqueza nacional, o lastro da credibilidade do governo e o lastro espiritual, uma vez que a commodity é acessório que a sorte do principal, que é a santificação da profissão, por força daquilo que São Josemaría Escrivá tanto nos ensina. Os três lastros são uma trindade, uma unidade fundada em três elementos. Como a política reflete os elementos da trindade, o país acabaria se tornando forte por conta de sua forte ética católica, bem como pelo espírito do distributivismo que lhe é inerente.

4) Infelizmente, por força da vã cobiça, o que vemos é que essas riquezas nacionais não passam de capítulos sucessivos de perdas sucessivas de uma chance de se tomar o país como se fosse um lar, por força de Ourique e por força dessas riquezas que tivemos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de agosto de 2018.

O que aconteceria se a política do café-com-leite fosse usada para o bem?

1) Se a política do café-com-leite fosse usada para o bem, São Paulo poderia lastrear sua moeda em café e Minas poderia lastrear sua moeda em leite.

2) Como essas eram as duas províncias mais ricas e mais influentes do país, muitos acabariam dando mais valor à moeda dessas duas províncias do que a moeda da República tomada como fosse religião. Isso terminaria ferindo de morte do centralismo, restaurando o modelo das antigas câmaras republicanas portuguesas.

3) A nacionalidade brasileira necessita que todas as províncias sejam tomadas como um mesmo lar em Cristo e que suas peculiaridades sejam levadas em conta. A riqueza de São Paulo e a riqueza de Minas fariam com que essas províncias sejam tomadas como um mesmo lar em Cristo, acabando com a mentalidade anticristã da República, bem como da maçonaria, restaurando aquilo que se fundou em Ourique. A riqueza dessas duas províncias, tal qual o pau-brasil, acabaria servindo a Cristo em terras distantes.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de agosto de 2018.

Comentários:

Flávio Fortini:  A politica do café-com-leite, enquanto forma de alternância do poder, foi péssima uma vez que ela não escolhe o melhor politico, o candidato que favoreça este ou aquele lado. E isto é ideológico, uma vez se conserva aquilo que é conveniente e dissociado da verdade

José Octavio Dettmann: Exatamente. Do ponto de vista político, serviu de base para a oligarquia, uma vez que a República foi feita à imagem e semelhança da maçonaria, que é anticristã e antimonárquia. Logo, contrária ao modelo de federalismo pleno implementado pela monarquia portuguesa e que resultou neste país continental que temos.

José Octavio Dettmann: O café-com-leite econômico que defendo pede uma sociedade amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, tal como havia em Ourique, e que as principais riquezas da época fossem ainda a realidade em nosso tempo. Por isso, estou olhando do ponto da possibilidade.

Notas sobre a conseqüência de se lastrear a moeda numa commodity - o caso do pau-brasil

1) Quando um país se notabiliza por ser produtor de uma determinada commodity, ele pode ser tomado como um lar em Cristo, por força dessa commodity. O maior exemplo disso é que somos brasileiros, uma vez que a extração de pau-brasil pode ser usada como um instrumento de santificação, se o pensamento de São Josemaría Escrivá for aplicado. A santificação desse trabalho acaba servindo de lastro para a santificação de outros trabalhos.

2) Se a anilina não tivesse sido descoberta, o pau-brasil poderia até ter servido de lastro de nossa moeda, o que fomentaria a sua preservação, bem como uma produção sustentável. A moeda lastreada no pau-brasil acabaria sendo valorizada não só por conta do vermelho produzido, que tinge a roupa dos cardeais, bem como a produção de violinos, essencial para a produção de música erudita, um dos componentes da alta cultura.

2) Além do seu valor econômico, a moeda lastreada no pau-brasil teria um valor intrínseco muito grande, por força de seu símbolo, a ponto de muitos quererem adquirir essa moeda, uma vez que muitos querem tomar o país do pau-brasil como um mesmo lar em Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de agosto de 2018 (data da postagem original).

Comentários adicionais:

Arthur Rizzi:

1) Já reparou como Keynes quebra com a assertiva central do liberalismo, de que os vícios privados, a busca do homem auto-centrado em suas próprias satisfações, gera o bem comum? Essa tese é inclusive aceita pelo satanista Anton LaVey, que diz que o satanismo é a filosofia de Ayn Rand com rituais. 

2) Para Keynes, o capitalismo é inerentemente instável tanto quando a busca desenfreada dos agentes privados por seu próprio lucro e bem-estar, de modo que cabe ao Estado, na figura do responsável pelo bem comum, redistribuir a riqueza de modo a equilibrar o capitalismo.

3) Óbvio que Keynes, quando pensava na justiça distributiva, não pensava de um modo católico, mas não deixa de ser interessante que ele tenha concordado com a visão escolástica tradicional (ainda que sem saber dela) de que os anima spirits não poderiam trazer uma ordem pública decente para a economia. 

José Octavio Dettmann: Foi isso que pude perceber, quando levei esse argumento da moeda fiduciária ao extremo. 

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Reflexões sobre a questão da moeda fiduciária

1) Passei o dia coletando dado na Wikipedia sobre economia e contabilidade. Não sou formado em economia - sou formado em Direito, mas gosto desses assuntos. Com o tempo é que vou colhendo a bibliografia necessária.

2.1) Sinto que o argumento do ciclo econômico dos austríacos é muito fraco.

2.2.1) O problema do free banking está relacionado à questão de desestatizar a moeda, uma vez que a sua emissão é matéria de soberania, de dizer o direito. Logo, a moeda é símbolo de justiça, uma vez que significa que fiz ao meu semelhante aquilo que ele desejava, pois fui leal para com ele.

2.2.2) E como bem apontou o Rizzi, é através da moeda que eu tenho direito a uma parte das riquezas do país, uma vez que colaborei com o meu semelhante para que pudéssemos tomar juntos o país como um mesmo lar em Cristo, o que gera uma espécie de solidarismo, uma integração entre as pessoas a ponto de distribuir responsabilidades a todos de modo que possam colher benefícios por força disso, dessa integração social. E por essa razão, o lastro desse solidarismo, dessa integração social sistemática, está na credibilidade do governo, da autoridade do príncipe, o qual deve coordenar o esforço de construção do bem comum de modo que prepare o maior número de pessoas possível para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu.

2.2.3.1) A moeda é a representação de uma dívida, sinal de que o Estado se compromete com o povo de modo a edificar o bem comum e assim todos poderem tomar o país como um mesmo lar em Cristo.

2.2.3.2) Como moeda é símbolo de obrigação, de compromisso com a excelência, então acreditar no valor dessa moeda é acreditar na palavra de honra do príncipe, um tipo de investimento. É por essa razão que tal investimento tem natureza produtiva - e por força disso, os juros fundados nessa emissão são devidos.

2.2.3.3) Esse investimento é como se fosse uma ação onde tenho direito a uma parcela de todas as riquezas do país somadas. Como união faz a força, então a principal riqueza do país, a que define o país como símbolo de excelência, acaba servindo de lastro - e esse lastro é garantido pela palavra do governo, criando uma espécie de distributivismo, pois o poder de usar, gozar e dispor da moeda está pulverizado, a ponto de estar na mãos do maior número possível de pessoas.

2.2.4.1) É fato sabido que o Estado não produz riqueza, mas é agente garantidor, fiduciário.

2.2.4.2) Talvez o principal problema da moeda fiduciária esteja no risco de o pais ser tomado como se fosse religião, uma vez que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele. Isso é conseqüência direta da mentalidade revolucionária - de uma cultura onde Deus está morto, a ponto de muitos pretenderem buscar liberdade fora da liberdade em Cristo. E nesse ponto, a palavra do Estado não terá valor nenhum, uma vez que não está submetido aos ensinamentos da Igreja, a ponto de sua função de servir ao homem acabar se voltando para o nada.

3.2.1) Afinal, o liberalismo é filho da ética protestante e do espírito do capitalismo.

3.2.2) Por conta da riqueza vista como sinal de salvação, adotou-se o ouro por ser considerado "um padrão universal de valor" - um dado que decorre de consenso, um dado subjetivo. Como esse bem é escasso, a escassez desse metal levou a políticas metalistas e protecionistas - de tal maneira que a prosperidade levava necessariamente à inflação - à malvadez da fortuna, como diria Maquiavel. Foi o que aconteceu na Espanha, quando descobriu as minas de Potosi e passou a extrair muito ouro e prata das Américas.

3.2.3.1) Não é à toa que os argumentos da Escola de Salamanca estão corretos, por força do que havia na realidade de sua época.

3.2.3.2) Como isso decorre do comportamento da ganância, do fato de os homens irem aos mares em busca de si mesmos, então essa explicação está correta em toda e qualquer época, pois esta conduta afeta a todos os homens, de todas as épocas e lugares. Por isso, é uma explicação científica, universalizante, pois aponta para a conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de agosto de 2018.

Comentários adicionais:

Paulo Manuel Sendim Aires Pereira: Assim como o comunismo falha no preço, o liberalismo falha na emissão da moeda. Até hoje ninguém me explicou como ter um sistema monetário absolutamente isonômico. Nem nenhum país tem nem nenhum país terá. O cara que inventar isso vai ter prémio Nobel, com certeza.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

A salvação pela riqueza cria o seu oposto, a servidão perpétua por dívida

1.1) No Antigo Testamento, os hebreus estabeleciam uma servidão por dívida que durava 7 anos. No sétimo ano, a dívida era perdoada, por conta dos serviços prestados e por conta da relação de confiança desenvolvida entre servidor e servo, a tal ponto que o servo podia ser tomado como filho adotivo do tomador de seu serviço.

1.2) Era por força disso que estrangeiros que eram servos dos hebreus acabavam tomando Israel como um lar - e Deus viu isso como uma coisa boa, a ponto de estender aos gentios a herança dada ao povo de Israel, criando uma espécie de distributivismo.

2.1) No Estado tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, inexiste a cultura de perdão de dívida, uma vez que a cúpula palaciana foi eleita pelos descamisados numa eleição fraudada e manipulada. O Estado tomado como se fosse religião reduziu o povo a estas duas funções: a ser uma máquina de fabricar divisas (função econômica do povo) e a um órgão que confirma as decisões de cúpula (função política do povo), uma vez que esse povo está permanente condenado a servidão perpétua, já que a moeda no Banco Central é emitida com juros, a ponto de o portador da moeda em espécie ser considerado portador de uma dívida, uma dívida que nunca será paga, uma vez que é impossível pagá-la.

2.2) Essa moeda não está lastreada em ouro - na produtividade das minas, que é escassa por natureza -, mas na palavra do governo tomada como se fosse religião, que determina o valor da moeda com base nas razões de Estado, podendo valorizá-la ou desvalorizá-la artificialmente com base no interesse desses eleitos (que costuma ser mascarado sob o pomposo nome de "interesse nacional").

2.3.1) Como o Estado se tornou uma espécie de divindade por parte daqueles que amam a si mesmos a ponto de desprezarem Deus, então o valor da moeda fiduciária tende a ser nulo, pois a palavra de um governo totalitário não tem valor algum. É por ser nulo que eles tendem a se limpar na própria sujeira.

2.3.2) O dinheiro não será símbolo justiça, de soberania, mas de dívida, de escravidão por dívida, uma vez que no mundo dividido entre eleitos e condenados não há a cultura do perdão, já que a riqueza se tornou uma espécie de salvação, o que é, na verdade, uma maldição. E isso acaba criando uma luta de classes, o que leva a uma quebra de confiança sistemática, a tal ponto que isso pode levar a um país a ser fragmentado em vários países.

2.3.3) Se isso for levado sistematicamente ao extremo, a sociedade terá se desmanchado no ar, a ponto de os indivíduos serem átomos soltos, lutando um contra o outro pela sobrevivência, uma vez que tudo o que era sólido acaba se liqüefazendo, pois a verdade, fundada em Cristo, terminou sendo relativizada, o que faz com que a razão de ser de várias nações de existir, por conta de perderem o seu sentido de vida, sua razão de ser civilizatória.

3.1) O Senador Mão Santa dizia que nós trabalhamos 6 meses para o governo e 1 mês para os bancos.

3.2) Como 1 ano pode ser condensado em 1 mês, é como se tivéssemos trabalhado 7 anos em único único ano, razão pela qual a dívida deve e precisa ser cancelada, mas não é isso o que acontece.

4.1) Eis no que dá quando o Estado não está subordinado aos ditames da lei eterna, coisa que se funda na conformidade com o Todo que vem de Deus. Ela cria um mundo entre eleitos e condenados, onde a riqueza é vista como um sinal de salvação para os eleitos e a dívida como um sinal de condenação perpétua dos não eleitos.

4.2) Se a riqueza e a dívida se tornam um dado inescapável,  a ponto de ser tomado como se fosse coisa, então as coisas tenderão a ser pensadas com base num materialismo histórico e dialético, o que acabará levando ao totalitarismo e à apatria sistemática. Muitos pensarão que Deus morreu, quando na verdade foi a gnose protestante que nos colocou nesse beco sem saída.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de agosto de 2018 (data da postagem original)..

domingo, 26 de agosto de 2018

Sobre a necessidade de reformarmos o nosso calendário fiscal, tendo por base a realidade de nossa terra

1) No The Sims 3, as estações duram uma semana. Logo, um ano tem quatro semanas, pois quatro são as estações: primavera, verão, outono e inverno. Como uma semana tem 7 dias, então um ano tem 28 dias.

2) A poupança tem 28 aniversários. No ritmo das quatro estações, você tem tempo para semear (primavera), tempo para crescer (verão), tempo para colher (outono) e tempo para deixar a terra descansando (inverno). Logo, se imaginarmos que um ano pode ser condensado em um mês, então a base salarial tende a ser semanal, uma vez que um mês é um microcosmos do ano laboral, uma vez que podemos falar de primavera ou começo do mês, verão ou meados do mês, outono ou véspera do fim do mês e inverno ou fim do mês. 

3.1) Uma política econômica trinitária leva em conta esse ciclo repetido 3 vezes - o chamado trimestre.

3.2) Se pensarmos que os quatro trimestres correspondem às estações do ano no mundo real, então podemos ver que o trabalho de tomar o país como um lar se funda no fato de servir aos semelhantes ano após ano, observando o ritmo dos quatro trimestres, pois três são as pessoas da trindade que guiam as nossas ações: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, uma vez que as coisas devem se fundar na vida eterna - por isso, a vida necessita de ciclos, de ritmos, tal como são as 4 estações do ano e as 3 pessoas da trindade que nos apontam para a conformidade com o Todo que vem de Deus, pois Ele é uno e trino.

4.1) O Brasil adota um ano calendário positivista que vai de janeiro a dezembro. Esse calendário é indiferente às estações do ano, sejam elas do hemisfério norte, sejam elas do hemisfério sul - ou seja, um calendário deslocado da realidade desta terra. Afinal, como pode haver Estado, se o governo rege as coisas sem levar em conta o território e o povo que nele habita, a ponto de fazer da riqueza que este produz sinal de salvação de si mesmo, que é a falência inexorável, por conta de reger a tudo e a todos indiferente ao que é mais básico, que é a verdade fundada em Deus?
4.2.1) Se o pais é tomado como se fosse religião, onde tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, então as leis do governo reduzem o povo a uma máquina que produz riqueza para o governo, na forma de divisas e impostos, sem levar em contra a geografia de cada região do país.

4.2.2) Quando o povo é reduzido a isso, então o governo é totalitário, uma vez que as leis são fundadas em abstrações, sem levar as circunstâncias climáticas e geográficas, uma vez que esse dado não é levado em consideração no tocante a tomar o país como um lar em Cristo. No final de tudo, por conta do princípio da função social da propriedade, somos um povo sem terra, a tal ponto que nosso destino será a diáspora na Lusitânia Dispersa, pois o país, por conta do governo totalitário que nos domina desde 1822, está completamente à margem da missão que decore do milagre de Ourique.

5.1) Se não tivesse havido a secessão, o país adotaria um ano calendário baseado no clima tropical, enquanto Portugal adotaria um ano calendário mais voltado para o hemisfério norte de modo que um complete o outro, uma vez que diferentes regiões climáticas produzem riquezas diferentes, fortalecendo os laços entre a pátria-mãe e as terras de além-mar.
5.2) O começo do ciclo produtivo do nosso calendário começa em abril - o início do outono, uma vez que nosso verão é tão rigoroso que trabalhar nele fica muito difícil - e iria terminar nas águas de março, que fecham o verão. Esta é a ocasião perfeita para se acertar as contas com o governo e colaborar com ele, se houver lucro nas nossas atividades civis organizadas.

5.3) Quando o governo se funda naquilo que decorre de Ourique, ele é nosso aliado, pois o vassalo de Cristo protege o povo do mau governo, composto eventualmente dos maus elementos da alta nobreza civil, militar e eclesiástica que administram a terra de maneira egoísta, uma vez que estes estão a trair o trabalho das gerações anteriores por conta do amor de si exacerbado até o desprezo de Deus, uma vez que é por conta do egoísmo que estão a conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de destruir toda essa nossa razão de ser que nos é conhecida desde o ano 1139 de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso, o vassalo de Cristo deve agir, punindo esses traidores. E no lugar dessa gente, é preciso pôr alguém do povo que é honrado e nobre, com histórico de bem servir a nação portuguesa por força dessa missão.

5.4) Afinal, na monarquia republicana portuguesa a aristocracia constitui a base do governo de representação da sociedade, uma vez que um povo inteiro é honrado e representado pelos seus melhores, enquanto este como um todo serve a Cristo em terras distantes, por força dessa sagrada missão.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de agosto de 2018.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Notas sobre a questão do conhecimento por presença - relatos da minha experiência pessoal

1) Como Deus é bom! Eu passei a semana passada estudando polonês de modo a conversar com o meu pároco na língua dele, mas acabei recebendo de Deus uma resposta a uma pergunta que estava em meu coração. Quando isso acontece, ela vem na forma de exemplo, um tipo de conhecimento fundado na presença de Cristo através da figura do padre ou de algum cristão virtuoso.

2) Eis o que dá imitar Nossa Senhora neste aspecto: quando há dúvidas, ponha-as no coração e deixe que Deus as responda - nem sempre as palavras dos homens respondem àquilo que é perguntado. Afinal, Deus fala através de palavras, fatos e coisas - o fato de haver conhecido um padre que havia sido diácono permanente é um atestado de conhecimento por presença - e isso leva a conservar sistematicamente a dor de Cristo, cujo memorial se dá na eucaristia.

3.1) O conhecimento por presença, fundado na evangelização pelo exemplo, é a forma mais eficaz de apostolado que há.

3.2) Quem não é rico no amor de si até o desprezo de Deus acabará conservando a dor de Cristo, pois esta é a medida mais sensata que há, uma vez que isto aponta para a realidade: de que devemos viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de agosto de 2018 (data da postagem original).

Matérias relacionadas:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2018/08/para-algumas-perguntas-certas-respostas.html

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Comentários sobre a idéia de militarizar as escolas

1) De que adianta militarizar a escola, se a universidade federal ou estadual, que forma os professores que vão dar aula nela, mais parece uma boca de fumo? Mesmo que a universidade fosse militarizada, a exemplo de um quartel, isso vai contra a própria concepção do que é uma universidade em essência, que é pautada pela liberdade de pensamento - fundada no ensino, na pesquisa e na extensão -, não na hierarquia e disciplina.

2) O ideal seria estimular o surgimento de Universidades nos moldes de uma São Jerônimo, por exemplo: que se preocupem com o saber, com a verdade - a ponto de não reconhecerem a legitimidade do MEC. Essas universidades não podem se reduzir a meras fábricas de diplomas, que precisam ser fechadas. A inflação desse tipo de papel é a prova cabal de que o conhecimento não tem valor algum, uma vez que as pessoas estão conservando o que é conveniente e dissociado da verdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de agosto de 2018.

domingo, 19 de agosto de 2018

Para algumas perguntas, certas respostas só podem ser respondidas na forma de exemplo (ou notas sobre a questão de ser diácono permanente)

1) Quando fazia crisma, um dos meus catequistas percebeu que eu tinha perfil para ser bom padre. Eu disse a ele que eu queria me casar. Ele disse que eu podia ser diácono permanente.

2) Durante muito tempo, eu tentava compreender o que significava ser diácono permanente. Tem momentos em que minha vida lembra a de Nossa Senhora: quando não compreendo algo, guardo no coração, pois ser que certas coisas só podem ser respondidas na forma de fatos, de exemplos concretos.

3) Neste domingo, veio um padre da Paróquia Nossa Senhora do Loreto, do Vicariato de Jacarepaguá. Ele havia sido diácono permanente antes de ser padre: ele era casado e tinha filhos. Quando ficou viúvo, ele foi ordenado padre. Foi aí que encontrei a resposta aos meus anseios.

4) Hoje não tenho dúvidas: se por alguma razão ficar viúvo, então Deus quer que eu seja padre. E eu não direi não a Ele.

5) Por enquanto, eu não sou casado. Mas se eu for casado, espero que minha esposa me deixe ser diácono permanente. Eu serei dela até o dia em que a morte nos separar; depois disso, eu sou de Cristo, para todo o sempre.

6.1) Se ser padre significa ser pai, então eu preciso ser pai dos meus filhos antes de ser pai de muitos. Preciso ser um bom modelo de pai pros meus filhos, antes de ser pai de muitos.

6.2) Se meus filhos conhecerem esta história, então eles podem buscar o sacerdócio, pois verão em mim um exemplo de sacerdote doméstico antes de subir de nível, que é o de ser sacerdote de uma paróquia ou capela católica.

6.3) Trata-se de expandir-me por círculos concêntricos, por força do amor de Deus. Não posso ser padre se não tive em casa um berço católico. É preciso muito amor a Deus para fazer isso. Como não tive educação católica de berço, então essa vocação tende a vir tardia e a base de muita coisa já vivida, pois o que deveria ser-me ensinado não o foi.

José Octavio Dettmann

O que dizer a uma pessoa que não gosta de imagens de santos, mas que respeita quem venera?

1) Você pode me dizer que não gosta de santos, mas respeita quem venera. Mas isso é falso - se você não gosta da veneração aos santos, então sua alma está predisposta à prática da iconoclastia, o que revela sua natureza anticatólica, ainda que velada. E se eu estiver ausente, essa será a chance perfeita para destruir as imagens dos santos que venero, sobretudo de São João Paulo II, aquele que nos livrou do comunismo.

2.1) Se você quer respeitar quem venera os santos, então tente ao menos entender como foram as vidas desses que foram amigos de Deus sem medida, a ponto de servirem de exemplo a todo aquele que quer viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.2) Não é questão de concordância, mas de compreensão. Cremos na comunhão dos santos porque temos uma boa razão para acreditar nisso - e quando não a compreendemos, pedimos a Deus para aumentar a nossa fé, para só entender as coisas como elas são - certas coisas decorrem de mistérios que precisamos aceitar para só então conseguirmos compreender. Fazemos isso porque Deus é bom e isso já é o bastante.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de agosto de 2018.

sábado, 18 de agosto de 2018

Lembranças de uma conversa antiga (ou por que o ideal de encorajar uma sociedade de indivíduos livres e responsáveis não passa de pura hipocrisia?)

1) Estava eu limpando minha caixa de e-mail, que havia ficado lotada.

2.1) Comecei pelos e-mails mais antigos - o e-mail mais antigo que deletei data de 2009, época em que estava me preparando para concurso público.

2.2.1) Durante o processo de limpeza, encontrei um diálogo que eu tive com o Catharino, por volta de 2010.

2.2.2) Nesse diálogo, estava eu tentando pedir permissão à Universidade de Chicago para digitalizar o livro Os Fundamentos da Liberdade, de Hayek (na época, copiar livros para meu próprio uso era ainda considerado crime); Catharino disse-me para que esquecesse essa possibilidade. Não há uma reedição da obra de Hayek no Brasil, uma vez que eles cobram muito caro pelos direitos autorais (o que é bem típico dos liberais, pois fazem da riqueza sinal de salvação. Afinal, eles preferem ver um povo condenado à maldição do comunismo, se esse esforço em prol da verdade não for lucrativo - e nesse ponto, eles tendem a criminalizar até a caridade, se ela passa por cima dos interesses deles. Afinal, o liberalismo prepara o caminho para o comunismo - essa é que é a verdade).

3.1) Depois que reli a mensagem, eu me pus a rir do quão ridículo é o Sr. Alex Catharino - ele não passa de um conservantista. Se fosse católico de verdade, ele não ficaria promovendo valores fundados na ética protestante e em seu subproduto nefasto, que é o capitalismo - afinal, essas coisas são condenadas pela Igreja.

3.2) Depois que terminei os estudos, tornei-me escritor profissional, comprei muitos livros com o meu trabalho e aprendi a digitalizar livros. Além disso, adquiri experiência suficiente para concluir qualquer projeto com excelente qualidade.

3.3) Num momento oportuno, eu digitalizarei Os Fundamentos da Liberdade; a Trilogia Direito, Legislação e Liberdade e muitos outros projetos na melhor qualidade possível. E assim que Hayek completar 70 de morto, meu filho pode vender o e-book e conseguir dinheiro para seu próprio benefício. Afinal, quem ri por último ri melhor. Ele não passa de um tolo.

4.1) Não é à toa que acreditar no papo desse cara e ler o livro do Thomas Woods são a mesma coisa. Eles fazem o jogo do diabo, que é confundir. E não hesitarão de chamar Jesus de bolchevique, tal como Mises fez - e isso é uma grave apostasia.

4.2) Não é à toa que o mundo será salvo pelos caridosos e não pelos eficientes - pelos que fazem da riqueza sinal e salvação, a ponto de se organizarem para isso, já que ela virou símbolo de poder. Estou ciente do meu papel de digitalizador e digitalizarei tantos livros quanto puder de modo a tirar todos os que estão ao meu redor da ignorância, seja ela fundada no comunismo, no positivismo no liberalismo, uma vez que todas essas coisas têm sua origem no maligno, que é a maçonaria.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2018.

Notas sobre a relação entre nacionidade e geopolítica - uma introdução ao tema

1) Meu colega Carlos Cipriano sempre me aconselhou a fazer anotação de cada movimento nas peças do tabuleiro de xadrez de modo a ver as possibilidades do que pode ser feito. E conhecendo as possibilidades e a personalidade do seu oponente, você pode fazer uma previsão segura do próximo passo a ser feito.

2) A descrição do movimento das peças de xadrez pode ser feita se você numerar a base de 1 a 8 e nomear a altura de A a H, por exemplo. No caso do Civilization 2, Alpha Centauri e Colonization, você anotava a latitude e a longitude, num esquema de coordenadas (X,Y).

3.1) Se geopolítica é o tabuleiro, então as peças do tabuleiro são movidas com base nas possibilidades políticas e circunstanciais de cada país da região e de que modo essa interação afeta as potências.

3.2) Como os debates só são ditados por aquilo que está registrado na literatura, então você precisa conhecer o repertório imaginativo de cada povo de determinada região de modo a saber como pensam os seus governantes, quando o assunto é ditar a política comum do continente, sobretudo no tocante aos blocos econômicos. Afinal, devemos levar em consideração o que Maquiavel disse: para saber como pensa um príncipe, é preciso ser parte do povo que está sujeito à sua proteção e autoridade; para saber como pensa um povo, é preciso ser príncipe, aquele que rege o povo sob a proteção de Deus. É por essa razão, portanto, que o estudo da literatura e do senso de tomar vários países como um mesmo lar em Cristo constituem a base para se produzir uma determinada informação estratégica. Só com base no conhecimento dessas possibilidades é que podemos ver como os líderes são escolhidos e como esses líderes tomam decisões militares, políticas e econômicas.

4) A geografia mostra vários fatores: o clima, o solo, a localização dos rios, das principais cidades, dos conglomerados industriais e de que forma esses fatores contribuem para que os agentes políticos possam tomar suas decisões de maneira definitiva, quando o assunto é implementar uma política pública que beneficie uma determinada região do país. E a política interna sempre impulsiona uma política externa, de modo a favorecer a produção, o comércio ou a defesa de um determinado território de uma eventual invasão estrangeira.

5.1) Se há coordenadas na geografia, então há coordenadas na geopolítica, onde o componente x é a geografia, a história, o clima, a economia, enquanto o componente y é a política (os agentes políticos, o povo, a constituição, o sistema político, as relações institucionais.

5.2) Da conjugação de x e y, você pode ver as possibilidades e dessas possibilidades será possível prever qual é a movimentação mais provável com algum grau de certeza.

6.1) Se geopolítica é um livro, então tomar vários países como um mesmo lar em Cristo implica ler várias páginas de um mesmo livro - e servir a Cristo em terras distantes leva a um verdadeiro evangelho, ainda que não escrito. E nesse evangelho, que se dá na carne, você não pode fazer sola scriptura, pois tal postura mata todas as possibilidades que podem e devem ser exploradas que façam o país ser tomado como um lar em Cristo, já que o mundo é vasto e complexo. E reduzir a complexidade das coisas a termos simplórios, fundados no amor de si até o desprezo de Deus, leva à impessoalidade e à apatria, pois as coisas perderão a sua razão de ser, gerando perda da informação, entropia. O país será tomado como se fosse religião, pois tudo estará no Estado e nada estará fora dele ou contra ele.

6.2) É por essa razão é que é essencial viajar, nem que seja para fazer turismo. Quem fica fixo ao solo tende a reduzir aquele espaço limitado a uma religião totalitária, a ponto de fazer política reduzindo as pessoas que vivem e trabalham nesse solo em razão dos interesses do Estado, o que é um tipo de gnose, pois faz um povo inteiro perder a razão pela qual se deve tomar o país como um lar. Enfim, é como dizer ao corpo social para vender sua alma ao diabo por um prato de comida - o que leva a um povo inteiro perder a amizade com Deus, sistematicamente falando.

6.3.1) Afinal, somos livres em Cristo: somos livres n'Ele, por Ele para Ele, na conformidade com o Todo que vem de Deus- e a civilização portuguesa foi fundada para propagar a fé cristã e defendê-la de seus inimigos.

6.3.2) É por essa razão que não somos muçulmanos, nem aceitamos como compatriotas os que conservam o que é conveniente e dissociado da verdade - tal como vemos no protestantismo , a ponto de isso nos afastar da nossa razão de ser enquanto povo, nosso mitologema. Afinal, como posso chamar de amigo, de compatriota aquele nasceu no solo de minha terra, mas que não ama nem rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus?

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2018 (data da postagem original).

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Como devemos escrever a História do Brasil, à luz daquilo que foi estabelecido em Ourique?

1.1) Um grande debate no parlamento nacional precisa estar registrado na literatura primeiro - isso é uma grande verdade.

1.2.1) É na literatura que temos um repertório do imaginário nacional, pois é nela que vemos  o esforço das pessoas de tomar o país como um lar em Cristo, por força de Ourique, de maneira registrada e sistematizada, apesar da República. Todos os dramas e desafios precisam ser documentados e compartilhados de modo que isso esteja na consciência coletiva - só aí é que poderá haver reflexões, pois as coisas precisam ser pensadas com base numa experiência real ou projetada, uma vez que ficção é realidade projetada, pois nela estamos vendo o que não se vê.

1.2.2) Por isso, se quisermos restaurar a inteligência do brasileiro, o primeiro passo é restaurar o senso de servir a Cristo em terras distantes e combater a má consciência advinda de 1822 (que é a tentativa de eliminar tudo o que remonta a Portugal, coisa que se funda no amor de si até o desprezo de Deus).

2.1) Uma vez restaurada a inteligência, a História do Brasil precisará ser reescrita à luz dessa missão, estabelecida em Ourique.

2.2) Como cada província é uma escola de nacionidade, então precisamos escrever história sobre o povoamento de cada lugar do país observando esse princípio, que é servir a Cristo em terras distantes, o que nos prepara para a pátria definitiva, que se dá no Céu.

3.1) Enfim, de nada adianta uma política ou um movimento municipalista no Brasil se não há no imaginário político nacional a memória das câmaras republicanas, coisa que existia na época em que a Terra de Santa Cruz começou a ser povoada, a ponto de se tornar uma província, um vice-reino e, por conseguinte, um Reino junto a Portugal e Algarves, por conta de uma constante evolução que durou mais de três séculos.

3.2.1) Toda a estrutura política que Portugal implementou aqui foi desmontada com o centralismo absolutista de D. Pedro I e José Bonifácio, cujo projeto teve o respaldo da maçonaria. E esse centralismo só pode ser destruído somente com o restauro da verdade, quanto às nossas origens. 

3.2.2) O primeiro passo foi dado pelo professor Loryel Rocha: provar que o Brasil não foi colônia de Portugal, com base na pesquisa dos historiadores Tito Livio Ferreira e Manoel Rodrigues Ferreira. Esta é a espinha dorsal que move a mentalidade revolucionária no Brasil desde a secessão, ocorrida em 1822.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de agosto de 2018.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Notas sobre química social

1) Se a física estuda o movimento, o repouso e o choque dos corpos, então a química estuda a transformação dos corpos.

2.1) Na química da matéria não levamos em conta a ontologia, pois uma coisa, como um cadáver, não é um ser - tanto é verdade que a natureza reproduzida em laboratório tende a ser uma natureza morta, a ponto de a ciência produzida nesse lugar ser considerada uma espécie de arte, posto que visa reproduzir determinados aspectos da matéria da qual uma coisa é constituída de modo a obter um benefício específico não só para si bem como para toda a humanidade (pelos menos, esse tem sido o discurso desde o advento das revoluções liberais que assolaram a Europa inteira, na esteira da Revolução Francesa).

2.2) Na química social, nós devemos levar em conta a ontologia, o estudo do ser enquanto ser - o que ele era antes, o que ele se tornou depois, bem como o processo de matanóia, em que uma pessoa que antes não acreditava em Deus passou a ser crente, por conta da mudança do ser, a ponto de ser um novo tipo de homem, um novo tipo de animal político. Essa mudança do ser muda a maneira como se movem os corpos sociais no âmbito da política - e isso conta e muito.

3.1) A palavra Química está relacionada à palavra kemi (terra preta).

3.2) Essa terra preta pode ser relacionada ao húmus, que é rico em matéria orgânica e é essencial para o crescimento das plantas.

3.3.1) Por isso, quem vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus é humilde e acabará semeando vida reta, fé reta e consciência reta em todo o lugar, a tal ponto que acabará causando uma metanóia sistemática no maior número de pessoas possível, a ponto de saírem da esquerda do Pai para estarem à direita do Pai, a ponto de amarem e rejeitarem as mesmas coisas que seu catequista, cujo fundamento se dá em Jesus Cristo.

3.3.2) Trata-se de uma mudança de 180 graus, um outro olhar. Para que essa mudança aconteça, é preciso que se olhe para trás, para o passado - e se isso for levado em conta de maneira sistemática, uma evangelização percorre sempre três quartos do ciclo, ou 270 graus, pois ela leva em conta a física, a metafísica e a passagem do estado de viver a vida à esquerda do Pai para o estado de viver a vida á direita do Pai.

4.1) Comer da carne e beber do sangue de Cristo sempre acarretará transformações na alma - e isso é estendido ao corpo.

4.2.1) Se muitas pessoas viverem a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus de maneira sistemática, então isso levará a uma transformação no corpo social de tal forma que ele se moverá de tal maneira a defender a verdade a qualquer custo, quando há conservantistas no poder, dispostos a descristianizar a sociedade.

4.2.2) É pela eucaristia que vemos a Igreja na terra se tornar militante, disposta a servir a Cristo na própria terra que se habita de modo a ser tomada como um lar em Cristo, o que certamente prepara para a pátria definitiva, que se dá no Céu. E essa república pode se transformar em Império, se Cristo mandar expandir a fé em terras distantes, de modo que seu Santo Nome seja publicado entre as nações mais estranhas, que nunca haviam falado falar n'Ele.

5) Enfim, se formos em falar em Química da civilização Cristã, ela sempre passará pela eucaristia e pelos inúmeros milagres eucarísticos já realizados.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de agosto de 2018.

Notas sobre física política e social fundadas na conformidade com o Todo que vem de Deus

1.1) Estar à direita do Pai implica amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

1.2) Se estar à direita do Pai implica fazer da profissão um instrumento de evangelização, então você está não só ensinando as pessoas a conservarem a dor de Cristo sistematicamente mas também a servirem a todos os que estão ao seu redor de uma maneira livre e consciente.

1.3) Se quem é livre em Cristo é responsável por fazer o país ser tomado como um lar em n'Ele, por Ele e para Ele, então a força resultante da combinação de andar pra frente e estar à direita do Pai é uma diagonal voltada para direita. Ou seja, a pessoa nesta essência é um verdadeiro diácono, embora esteja no laicato.

2.1) Estar à esquerda Pai implica conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. O conservantista é progressista e faz da riqueza sinal de salvação, pois tem um amor de si tão exacerbado a ponto de desprezar Deus.

2.2) Quando os conservantistas assumem o poder e passam a servir liberdade com fins vazios, devemos estar à esquerda desse governo que toma o governo do povo, pelo povo e para o povo como se fosse religião, pois tudo estará no Estado e nada estará fora dele ou contra ele.

2.3.1) Quando estamos à esquerda do mal, que faz do homem a medida de todas as coisas, então nós estamos à direita do Pai, fundados na conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.3.2) Para todo progresso desordenado, nós estudamos suas causas e os meios possíveis para desarticular essa política de Estado nefasto, a ponto de restaurar aquilo que é conveniente e sensato, pois isto nos prepara a conservar o que decorre da dor de Cristo.

2.3.3) Por isso que estudamos o passado, de modo a reformar o presente e restaurar o futuro com base naquilo que se funda na conformidade com o Todo que vem de Deus; nele, o progresso decorre do trabalho como um caminho de honra de santificação, que não pode ser servido com fins vazios, como querem os libertários-conservantistas (impropriamente chamados de "liberais-conservadores").

3.1) Se vivemos a vida seguindo em frente e à direita do Pai, então é conveniente e sensato olharmos para trás de modo a vermos se houve alguma omissão de nossa parte enquanto seguimos nosso caminho até a pátria definitiva, que se dá no Céu.

3.2.1) Quando olhamos para trás, sempre à direita do Pai, nós aperfeiçoamos a liberdade, uma vez que a autoridade para poder fazer isso está n'Ele, por Ele e para Ele.

3.2.2.1) Do ponto de vista do mundo sensível, nossa visão é limitada, pois enxergamos as coisas num ângulo de 180 graus.

3.2.2.2) Se levarmos em conta o trabalho das gerações anteriores e a vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, então passamos a ter uma visão de 360 graus, uma visão holística, pois olhamos cada aspecto das coisas de modo a ficar com o que é conveniente e sensato, a ponto de vermos nelas a dor de Cristo, uma fração daquilo que Ele é, enquanto verdadeiro e verdadeiro homem.

3.2.2.3) E a sensatez, para quem é sensato, pode ser aprendida pela insensatez praticada pelo próximo, que vive a conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de ir para o fogo eterno por força disso.

4) Enfim, para a verdadeira física social e política sempre devemos levar em consideração a metafísica, uma vez que devemos ver o que não se vê. Somos criaturas e devemos seguir aquilo que Deus nos criou.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de agosto de 2018 (data da postagem original).