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quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Como devemos escrever a História do Brasil, à luz daquilo que foi estabelecido em Ourique?

1.1) Um grande debate no parlamento nacional precisa estar registrado na literatura primeiro - isso é uma grande verdade.

1.2.1) É na literatura que temos um repertório do imaginário nacional, pois é nela que vemos  o esforço das pessoas de tomar o país como um lar em Cristo, por força de Ourique, de maneira registrada e sistematizada, apesar da República. Todos os dramas e desafios precisam ser documentados e compartilhados de modo que isso esteja na consciência coletiva - só aí é que poderá haver reflexões, pois as coisas precisam ser pensadas com base numa experiência real ou projetada, uma vez que ficção é realidade projetada, pois nela estamos vendo o que não se vê.

1.2.2) Por isso, se quisermos restaurar a inteligência do brasileiro, o primeiro passo é restaurar o senso de servir a Cristo em terras distantes e combater a má consciência advinda de 1822 (que é a tentativa de eliminar tudo o que remonta a Portugal, coisa que se funda no amor de si até o desprezo de Deus).

2.1) Uma vez restaurada a inteligência, a História do Brasil precisará ser reescrita à luz dessa missão, estabelecida em Ourique.

2.2) Como cada província é uma escola de nacionidade, então precisamos escrever história sobre o povoamento de cada lugar do país observando esse princípio, que é servir a Cristo em terras distantes, o que nos prepara para a pátria definitiva, que se dá no Céu.

3.1) Enfim, de nada adianta uma política ou um movimento municipalista no Brasil se não há no imaginário político nacional a memória das câmaras republicanas, coisa que existia na época em que a Terra de Santa Cruz começou a ser povoada, a ponto de se tornar uma província, um vice-reino e, por conseguinte, um Reino junto a Portugal e Algarves, por conta de uma constante evolução que durou mais de três séculos.

3.2.1) Toda a estrutura política que Portugal implementou aqui foi desmontada com o centralismo absolutista de D. Pedro I e José Bonifácio, cujo projeto teve o respaldo da maçonaria. E esse centralismo só pode ser destruído somente com o restauro da verdade, quanto às nossas origens. 

3.2.2) O primeiro passo foi dado pelo professor Loryel Rocha: provar que o Brasil não foi colônia de Portugal, com base na pesquisa dos historiadores Tito Livio Ferreira e Manoel Rodrigues Ferreira. Esta é a espinha dorsal que move a mentalidade revolucionária no Brasil desde a secessão, ocorrida em 1822.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de agosto de 2018.

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