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quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Notas sobre a conseqüência de se lastrear a moeda numa commodity - o caso do pau-brasil

1) Quando um país se notabiliza por ser produtor de uma determinada commodity, ele pode ser tomado como um lar em Cristo, por força dessa commodity. O maior exemplo disso é que somos brasileiros, uma vez que a extração de pau-brasil pode ser usada como um instrumento de santificação, se o pensamento de São Josemaría Escrivá for aplicado. A santificação desse trabalho acaba servindo de lastro para a santificação de outros trabalhos.

2) Se a anilina não tivesse sido descoberta, o pau-brasil poderia até ter servido de lastro de nossa moeda, o que fomentaria a sua preservação, bem como uma produção sustentável. A moeda lastreada no pau-brasil acabaria sendo valorizada não só por conta do vermelho produzido, que tinge a roupa dos cardeais, bem como a produção de violinos, essencial para a produção de música erudita, um dos componentes da alta cultura.

2) Além do seu valor econômico, a moeda lastreada no pau-brasil teria um valor intrínseco muito grande, por força de seu símbolo, a ponto de muitos quererem adquirir essa moeda, uma vez que muitos querem tomar o país do pau-brasil como um mesmo lar em Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de agosto de 2018 (data da postagem original).

Comentários adicionais:

Arthur Rizzi:

1) Já reparou como Keynes quebra com a assertiva central do liberalismo, de que os vícios privados, a busca do homem auto-centrado em suas próprias satisfações, gera o bem comum? Essa tese é inclusive aceita pelo satanista Anton LaVey, que diz que o satanismo é a filosofia de Ayn Rand com rituais. 

2) Para Keynes, o capitalismo é inerentemente instável tanto quando a busca desenfreada dos agentes privados por seu próprio lucro e bem-estar, de modo que cabe ao Estado, na figura do responsável pelo bem comum, redistribuir a riqueza de modo a equilibrar o capitalismo.

3) Óbvio que Keynes, quando pensava na justiça distributiva, não pensava de um modo católico, mas não deixa de ser interessante que ele tenha concordado com a visão escolástica tradicional (ainda que sem saber dela) de que os anima spirits não poderiam trazer uma ordem pública decente para a economia. 

José Octavio Dettmann: Foi isso que pude perceber, quando levei esse argumento da moeda fiduciária ao extremo. 

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