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quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Conseqüências do falso argumento de que o Brasil foi colônia de Portugal

1.1) Quando você reduz todo um território povoado de modo a servir a Cristo em suas circunstâncias locais, ainda que distantes, à mera função de fornecer riquezas ao Rei de Portugal - como se essa glória fosse toda dele e não do Crucificado de Ourique, o que é vão, vazio -, isso indica que o argumento de que o Brasil foi colônia acabará fomentando apatria sistemática, a ponto de converter todas as terras de além-mar num verdadeiro dominato.

1.2) O Império do Brasil terminará imitando o exemplo do decadente Império Romano: converterá o principado - essa monarquia republicana que é o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - em dominato, aniquilando toda a autonomia local a ponto de convertê-la num centralismo asfixiante, pois o imperador se tornou um Deus vivo, usurpando do Crucificado de Ourique a realeza que Lhe é devida. Um Deus pagão mascarado de Deus Cristão! Isso matará a religião verdadeira, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. E esse império acabará se transformando (como se transformou) numa república maçônica, onde os partidos são os príncipes modernos que comandam este dominato. Cenário esse que nem mesmo Gramsci poderia sonhar!

2.1) Como não há vassalo de Cristo, então quem nasce nessa terra fica sujeito à autoridade do Estado tomado como se fosse religião, uma vez que não há uma pessoa que imite o verdadeiro Deus e verdadeiro homem a ponto de estimular a todos a tomarem o país como um lar em Cristo, uma vez que o cargo de presidente reduz a pessoa que ocupa este cargo às funções desse cargo, a ponto de confundir a chefia de Estado e de governo na mesma pessoa.

2.2.1) Por força disso, o sangue nobre dos portugueses - esses honrosos servidores d'Aquele que derramou o Seu próprio sangue pelo perdão de nossos pecados - deixou de ser levado em consideração como o principal critério para se tomar o país como um lar em Cristo. No lugar do jus sanguinis, o critério do solo que abriga esse Estado totalitário passou a ser o principal critério para decidir quem é vassalo ou não desse Estado tomado como religião. E o critério do nascimento na terra faz com que o nascimento eventual no solo acabe se tornando um verdadeiro estigma, o que não inspira a lealdade de ninguém, uma vez que a História do Brasil separado de Portugal é uma história de falsidade do começo ao fim.

2.2.2) Se você tem nacionalidade brasileira e vive pagando pela má fama desse governo totalitário e de todos aqueles que vivem em conformidade com o Todo que vem desse ato de apatria praticado em 1822, então você sabe muito bem do que estou falando, pois quem vai ao exterior termina sendo humilhado pela má consciência desses pecadores contumazes.

3.1) Todos os presidentes são imitadores de D. Pedro I, que é, por sua vez, imitador de D. João II - eles se acham os senhores dos senhores e não os servos dos servos em Cristo, tal como foi D. Afonso Henriques. 
 
3.2) Esses "príncipes perfeitos" são o espelho daquilo que Maquiavel, Mancini e Gramsci tanto falam. Não passam todos de homens de papelão: falsos deuses e falsos homens, uma vez que não são amigos de Deus, tal como foi D. Afonso, que deve ser tomado como o verdadeiro príncipe, pois foi senhor dos senhores ser ao servo dos servos em Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de agosto de 2018.

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