Mineiros extraindo prata no Cerro de Potosí no século de ouro espanhol |
1) Em uma aula de lógica, se eu dissesse que todo mineiro é argentino, geral diria que esta sentença é falsa.
2) Mas se eu mostrar aos meus alunos que a prata do Cerro de Potosí
serviu de base para o dólar espanhol, dólar este que foi fundamental
para a globalização econômica no séculos XV e XVI e que levou à Espanha
ao tempo de seu maior esplendor cultural e civilizacional a ponto de
ficar conhecido como o século de ouro da Espanha, aí a afirmação se
torna verdadeira, pois nessa época Potosí, bem como toda a Bolívia,
faziam parte do vice-reinado do Prata, o mesmo vice-reinado do qual
Paraguai, Argentina e Uruguai (então Colônia do Sacramento, quando foi
cedida à Espanha em troca dos Sete Povos das Missões) faziam parte. E
nesse sentido quem se santificava através do trabalho de mineiro era
sempre lembrado pela riqueza que retirava, a prata, a ponto de seu país
ser conhecido pela sua maior riqueza: a Argentina.
3) Do mesmo
modo, quem se santificou através do trabalho de mineiro na Terra de
Santa Cruz acabou criando uma escola de nacionidade de tal forma que ela
contribuiu para a cultura política e civilizacional do pais: a escola
de Minas Gerais. Se brasileiro é aquele que se santifica através do
trabalho de extrair pau-brasil, então ele também aprende a tomar como um
lar em Cristo cada província que constitui cada território desta terra a
ponto de igualmente se santificar através do trabalho de extrair
riquezas das montanhas que existem em Minas Gerais bem como das
montanhas de problemas que existem na nossa vida moderna.
4) Se
toda profissão leva a um senso de se tomar o país como um lar em Cristo,
por Cristo e para Cristo, a base disso se dá através da província
enquanto escola de nacionidade, a ponto de criar um microcosmos no
ambiente civilizacional do país e gerar diversidade na unidade, sem
haver risco de conflito por conta do conservantismo político, fundado na
mentalidade revolucionária, ou religioso, através da heresia.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 10 de junho de 2024 (data da postagem original).
nacionidade:
senso em de se tomar o país como um lar em Cristo, por Cristo e para
Cristo - ele se distingue da nacionalidade enquanto processo de se tomar
o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode
estar fora dele ou contra ele, a exemplo do que a esquerda faz. O
conceito de nacionidade não invalida o conceito jurídico de
nacionalidade enquanto vínculo que você tem com o vassalo de Cristo que
governa a terra em você nasceu enquanto pai da pátria nos méritos de
Cristo. Esse conceito de nacionalidade decorre da relação que o Rei de
Portugal tem com o Crucificado de Ourique, que é Nosso Senhor Jesus
Cristo, por conta do milagre de Ourique: enquanto o monarca bem servir
ao propósito de servir a Cristo em terras distantes e propagar a fé
cristã, ele é senhor dos senhores, mas ele está nessa condição sendo o
servo dos servos em Cristo, a ponto de ser um bom exemplo para todos os
que estão debaixo de sua proteção e autoridade, na qualidade de súditos.
conservantismo: o processo de se conserar o que é conveniente e dissociado da verdade - isto se se opõe frontalmente ao processo de se conservador a dor de Cristo, que é o conservadorismo. Conservantismo e insensatez são sinônimos a ponto de serem loucura - dizia Chesterton que louco é aquele que perdeu tudo, exceto a razão de conservar o que lhe é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de edificar liberdade com propósitos vazios, que é o liberalismo. Não é à toa que o liberalismo, enquanto ideologia, prepara o caminho para uma mentalidade ainda mais radical no processo revolucionário, à medida que esse senso de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade progride no tempo sem moderação, tal qual a gula de Chronos ou a ganância de um capitalista, a ponto de desaguar num progressismo. Trata-se de um aggiornamento, de um avanço da agenda revolucionária que não dá chance de negociação aos seus opositores, que devem ser eliminados a todo e qualquer custo, como vemos na política do presidente Salvador Allende no Chile, em sua política de avanzar sin transar.
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