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segunda-feira, 10 de junho de 2024

Sobre o processo de santificação através do trabalho de mineiro como causa de nacionidade - uma reflexão sobre isto


Mineiros extraindo prata no Cerro de Potosí no século de ouro espanhol

 1) Em uma aula de lógica, se eu dissesse que todo mineiro é argentino, geral diria que esta sentença é falsa.

2) Mas se eu mostrar aos meus alunos que a prata do Cerro de Potosí serviu de base para o dólar espanhol, dólar este que foi fundamental para a globalização econômica no séculos XV e XVI e que levou à Espanha ao tempo de seu maior esplendor cultural e civilizacional a ponto de ficar conhecido como o século de ouro da Espanha, aí a afirmação se torna verdadeira, pois nessa época Potosí, bem como toda a Bolívia, faziam parte do vice-reinado do Prata, o mesmo vice-reinado do qual Paraguai, Argentina e Uruguai (então Colônia do Sacramento, quando foi cedida à Espanha em troca dos Sete Povos das Missões) faziam parte. E nesse sentido quem se santificava através do trabalho de mineiro era sempre lembrado pela riqueza que retirava, a prata, a ponto de seu país ser conhecido pela sua maior riqueza: a Argentina.

3) Do mesmo modo, quem se santificou através do trabalho de mineiro na Terra de Santa Cruz acabou criando uma escola de nacionidade de tal forma que ela contribuiu para a cultura política e civilizacional do pais: a escola de Minas Gerais. Se brasileiro é aquele que se santifica através do trabalho de extrair pau-brasil, então ele também aprende a tomar como um lar em Cristo cada província que constitui cada território desta terra a ponto de igualmente se santificar através do trabalho de extrair riquezas das montanhas que existem em Minas Gerais bem como das montanhas de problemas que existem na nossa vida moderna.

4) Se toda profissão leva a um senso de se tomar o país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo, a base disso se dá através da província enquanto escola de nacionidade, a ponto de criar um microcosmos no ambiente civilizacional do país e gerar diversidade na unidade, sem haver risco de conflito por conta do conservantismo político, fundado na mentalidade revolucionária, ou religioso, através da heresia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de junho de 2024 (data da postagem original).

 Vocabulário:

nacionidade: senso em de se tomar o país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo - ele se distingue da nacionalidade enquanto processo de se tomar o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, a exemplo do que a esquerda faz. O conceito de nacionidade não invalida o conceito jurídico de nacionalidade enquanto vínculo que você tem com o vassalo de Cristo que governa a terra em você nasceu enquanto pai da pátria nos méritos de Cristo. Esse conceito de nacionalidade decorre da relação que o Rei de Portugal tem com o Crucificado de Ourique, que é Nosso Senhor Jesus Cristo, por conta do milagre de Ourique: enquanto o monarca bem servir ao propósito de servir a Cristo em terras distantes e propagar a fé cristã, ele é senhor dos senhores, mas ele está nessa condição sendo o servo dos servos em Cristo, a ponto de ser um bom exemplo para todos os que estão debaixo de sua proteção e autoridade, na qualidade de súditos.

conservantismo: o processo de se conserar o que é conveniente e dissociado da verdade - isto se se opõe frontalmente ao processo de se conservador a dor de Cristo, que é o conservadorismo. Conservantismo e insensatez são sinônimos a ponto de serem loucura - dizia Chesterton que louco é aquele que perdeu tudo, exceto a razão de conservar o que lhe é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de edificar liberdade com propósitos vazios, que é o liberalismo. Não é à toa que o liberalismo, enquanto ideologia, prepara o caminho para uma mentalidade ainda mais radical no processo revolucionário, à medida que esse senso de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade progride no tempo sem moderação, tal qual a gula de Chronos ou a ganância de um capitalista, a ponto de desaguar num progressismo. Trata-se de um aggiornamento, de um avanço da agenda revolucionária que não dá chance de negociação aos seus opositores, que devem ser eliminados a todo e qualquer custo, como vemos na política do presidente Salvador Allende no Chile, em sua política de avanzar sin transar.

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