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terça-feira, 23 de novembro de 2021

O que acontecerá quando os fliperamas forem para a nuvem, tal como está a acontecer no Japão?

 1) A Epic Games vai oferecer mais no exterior um aplicativo que me permite jogar jogos de fliperama na nuvem, aplicativo esse que não está disponível no Brasil. Isso vai acontecer na semana em que será o oferecido de graça o jogo The Hunter: Call of the Wild.

2.1) A notícia de que a Epic Games vai disponibilizar no estrangeiro um aplicativo que roda fliperamas na nuvem me interessou e muito - a tal ponto que fui pesquisar mais sobre o tema.

2.2) Ao longo das minhas investigações, descobri que em 2020 a Sega desenvolveu um novo conceito de computação aplicado aos fliperamas: trata-se do fog computing - a chamada computação em névoa. Nela, haveria uma combinação de máquinas capazes de rodar hardware potente, tal como todo bom fliperama é capaz de fazer, e nuvens de computação, as quais evitariam os gargalos que evitariam o travamento dos jogos por conta da demanda do público, tal como acontece nos datas centers da Nvidia quando estou na GeForce Now rodando meus jogos nos horários de pico. Isso faz com que a circulação de informações fique mais descentralizada e se torne mais eficiente.

3) Inicialmente, isso só seria aplicado tão-somente ao Japão, pois lá a cultura de fliperama é ainda muito forte, mas penso ser interessante rodar esse jogos de fliperama do mesmo modo como rodo meus jogos no GeForce Now. Assim, meu computador, que é fraco para rodar tudo isso, poderia rodar esses fliperamas à distância e eu poderia jogar esses jogos fantásticos.

4.1) Acredito que isso pode levar ao renascimento dos fliperamas no mundo inteiro, sobretudo no Brasil. 

4.2.1) Em tempos de pandemia, o fato de poder jogar em casa, no conforto do meu lar, uma partida de fliperama é uma idéia totalmente atraente. As melhores máquinas da indústria de games indubitavelmente são as que rodam fliperamas - muito embora diferença entre a versão comercial e a versão doméstica desses jogos tenha se reduzido a níveis mínimos a partir da era dos 32 bits, os fliperamas são uma grande atração para qualquer shopping, a ponto fazer do lugar um ambiente de encontro, não de sujeição. 

4.2.2) Se considerarmos que os game centers no Japão não estão podendo ser acessados neste momento, é perfeitamente possível levar essa diversão para a nuvem, a ponto de isso beneficiar milhões de usuários no mundo inteiro, por meio da mão invisível. Indiretamente, quando essa loucura acabar, isso pode incentivar o turismo de negócios, pois muitos irão conhecer esses games centers japoneses só para jogar os fliperamas do Japão, a ponto de levar esses bens para seus países também. 

4.3.1) O maior problema da cultura dos fliperamas no Brasil sempre foi o alto custo para se comprar as fichas desses jogos assim como a tendência de os jogadores se viciarem rapidamente, a ponto de gastar todas as suas economias num jogo, se não souberem dosar suas paixões à razão.

4.3.2) Além disso, muita gente, sobretudo os mais velhos, tendia a confundir esses jogos com máquinas caça-níqueis, dado o caráter viciante desses jogos. E essa confusão acabou levando a necessidade de se estabelecer um tratamento legislativo diferenciado para essas máquinas, quando se trata de classificação para efeito de importação e tributação de produtos, pois a natureza de um jogo de fliperama é muito diferente da de um caça-níquel ou mesmo de um pachinko.

4.3.3) Enquanto os caça-níqueis e pachinkos são considerados jogos de azar, algo ilegal no Brasil, os jogos de fliperama são considerados jogos de habilidade, a exemplo de todo bom videogame caseiro. Com algum treino, você consegue derrotar todos os inimigos e vencer todos os adversários com apenas uma única ficha. Por isso, esses jogos são considerados jogos de competição, não de azar - e não é à toa que a organização de campeonatos de jogos de fliperamas não é ilegal.

5.1) A nova lei, recém-promulgada e que cria um marco na indústria de games no Brasil, conseguiu estabelecer muito bem essa diferença de tratamento entre os fliperamas e as máquinas caça-níquel, entre os esportes eletrônicos e os jogos de azar. 

5.2.1) Não vai demorar muito tempo para haver um reflorescimento dos fliperamas do Brasil e dos shoppings centers como centros de convivência ou mesmo como game centers, pois a experiência e o caráter mágico desses centros atrairá muita gente jovem a esses shoppings convertidos em centros de convivência. Certamente isso possibilitará a reinvenção do shopping center no Brasil dentro dessa possibilidade, uma vez que o comércio migrou todo ele para as plataformas de e-commerce, a ponto de algumas lojas ficarem como lojas-conceito, onde nelas o cliente encontra modelos e soluções para o que busca, a ponto de o produto ir para a casa do cliente através do trabalho das transportadoras.

5.2.2) Durante a experiência e a conversa com os vendedores nessas lojas-conceito, novas sensações e experiências são adquiridas a ponto de serem marcantes, quase inesquecíveis - e esses game center podem acabar explorando muito bem esse nicho. E quanto mais boas impressões forem se acumulando na alma do freguês, mais ele quererá voltar a esses centros de convivência - e isso se tornará essencial para se tomar o país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo. Por isso, é importante que a cultura cristã esteja sempre presente de modo que essas coisas não sejam esquecidas, pois mercado é encontro, não sujeição.

6.1) A maior prova de que mercado é encontro e não sujeição é que, desde 2020, está havendo uma tendência, de parte da própria Epic, de oferecer recompensas de gratuidade diferentes em mercados consumidores diferentes - eis os benefícios da desigualdade, pois os gostos são diferentes - logo, as demandas são diferentes, assim como a estratégias para melhor suprir essas demandas, em razão da idiossincrasia dos diferentes povos, já que a popularidade dos jogos refletem muito aspectos da cultura local, fundadas em gostos pessoais diferentes, até mesmo únicos.

6.2) Por isso, é interessante para mim acionar minha VPN, o Hola, para pegar esse jogos de modo a obter o que eu não conseguiria pegar naturalmente no Brasil. Dessa forma, eu acabo me antecipando a uma eventual gratuidade, quando esta vier ao Brasil - o que é indício de trabalho organizado e eficiente da minha parte, uma vez que lucro é ganho sobre a incerteza.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de novembro de 2021 (data da postagem original).

Rio de Janeiro, 23 de novembro de 2021 (data da postagem atualizada).