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sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Cultura da pejotização - um possível germe do renascimento das guildas profissionais

1) Certa ocasião, eu estava no Linked In quando me reencontrei com uma colega com a qual não falava havia muitos anos. Ela havia se formado em direito, trabalhado num escritório como advoga associada por um certo tempo até ser conhecida no mercado imobiliário. E tão logo ficou conhecida no mercado como uma profissional competente que era, ela pôde montar seu próprio escritório de advocacia.

2) Ora, se isso é perfeitamente natural entre os profissionais liberais, a mesma coisa pode acontecer entre as profissões chamadas subalternas. Vamos supor que eu comece a carreira como um padeiro, Durante um tempo, como trabalhador pobre e servil que eu sou, eu trabalho de celetista por um certo tempo até adquirir experiência e know-how profissional. Quando adquirir experiência profissional e me tornar um padeiro experiente, eu abro uma pessoa jurídica, a ponto de oferecer serviços de padeiro a quem quiser me contratar. Posso até mesmo abrir uma escola de panificação de modo a ensinar os jovens a serem futuros padeiros, tão logo eu me aposente. 

3) A PJ que eu - na qualidade de padeiro - montar, ela aceita padeiros associados. Assim, por conta da associação de padeiros, surgem oportunidades de negócios na região bem como uma melhor defesa dos interesses profissionais a nível local ou mesmo a possibilidade de se formar uma caixa mútua entre os associados de modo que os padeiros possam abrir suas próprias padarias. Isto faria com que os poderes de usar, gozar e dispor sejam distribuídos ao maior número de pessoas possível, nos méritos de Cristo.

4) Como o princípio da associação se funda no fato de as pessoas amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, de certa forma a cultura da pejotização, se for feita por pessoas que se santificam através do trabalho e do estudo, leva ao ressurgimento da guilda, pois as pessoas estão se associando pelo princípio mais básico: porque amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, a ponto de a verdade ser o fundamento da liberdade. E isso deve ser o motor de qualquer associação fundada no interesse profissional ou mesmo pessoal, pois a verdade não pode estar acima do amor de si até o desprezo de Deus - a razão pela qual ocorre a primarização das relações sociais.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de setembro de 2022 (data da postagem original).