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sábado, 28 de outubro de 2023

Notas sobre tradução, nacionidade e conectividade - lições da minha experiência pessoal nas redes sociais

1) Por conta das diferentes redes sociais onde atuei, fui criando conexões com diferentes pessoas do Brasil, dos países de língua espanhola, da Polônia e dos EUA. Por essa razão, sempre que eu escrevo um artigo, eu traduzo o meu texto para a língua dessa pessoa, a ponto de criar uma conexão com ela, uma vez que conhecer uma pessoa é um verdadeiro processo filosófico, fundado no amor divino.

2) No meu blog eu também salvo as melhores postagens dos meus pares, além de traduzi-las para os meus contatos em seus diferentes idiomas  Uma das melhores postagens de Rodrigo Gurgel sobre Stefan Zweig, eu a traduzi para espanhol, inglês e polonês - o que aumentou consideravelmente a quantidade de acessos ao meu blog. Esta é a forma que eu encontrei de salvar este conhecimento precioso do esquecimento e de expandir os serviços que ofereço para outros mercados onde posso encontrar pessoas interessantes, ainda que não sejam nativas do meu idioma.

3.1) Ser tradutor, além de escritor, foi a maneira que encontrei para me conectar com as pessoas, de modo a tomar vários países como um mesmo lar em Cristo, a ponto de me santificar através do trabalho de tradução. 

3.2) Para eu fazer um excelente trabalho, preciso estar revestido de Cristo e ter vida sacramental, de modo que eu não conserve o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de pecar contra a bondade de Deus, que é geralmente atribuída ao Espírito Santo, e enterrar o talento que Ele me deu. Sei muito bem da lição que Jurandir Faria, meu professor de português, me deu: que todo tradutor, cheio de si até o  desprezo de Deus, é um traidor, sobretudo quando este pratica conservantismo consciente a ponto de ser um animal que mente. Nunca mais me esqueci desta lição.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de outubro de 2023 (data da postagem original).

Stefan Zweig e A Importância dos Livros

 

1) Stefan Zweig dizia que os livros são escritos, principalmente, para unir os seres humanos — e assim nos defenderem frente às características inexoráveis da existência: o esquecimento e a fugacidade. 

2) Livros não são apenas objetos de conhecimento ou entretenimento, mas catalisadores da experiência humana, agentes de conexão entre os seres humanos, ferramentas para combater a impermanência.

3) Com sua capacidade de transcender o tempo, registram pensamentos, sentimentos, histórias, experiências humanas que, de outra forma, se perderiam no tempo.

4) Exatamente por esse motivo, eles têm a capacidade única de unir pessoas: por meio das palavras de um autor, leitores de diferentes eras e culturas podem se conectar, compartilhando empatias, inspirações, reflexões. Essa capacidade de unir é especialmente importante em um mundo que, muitas vezes, parece estar cada vez mais fragmentado. 

5) Por um lado, os livros servem como lembretes da nossa mortalidade — por outro, atuam como agentes unificadores, transcendendo barreiras, conectando a humanidade.

6) Numa era como a nossa, em que as informações se tornaram efêmeras e voláteis, os bons livros permanecem como testemunhos das mais diferentes jornadas, lembrando-nos da nossa humanidade.

7) Literatura, portanto, não é apenas um conjunto de palavras, não é apenas linguagem, mas verdadeira força vital: ela une e preserva a experiência humana.

Rodrigo Gurgel

Fonte: https://www.facebook.com/rodrigo.gurgel1/posts/pfbid0P5x99okoo524vmnuGMZsJ61vXZmpeuL23Uj7C6gPCMxqworNFhFiNPN9g8H8jBJSl

sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Notas sobre tradição e poupança - para se ver o que não se vê, que é a conectividade econômica, é preciso que se parta da noção do uno como uma representação do múltiplo

1) Mauro Fagundes tem dito que o dinheiro na poupança constitui o meu tempo de vida - tanto é verdade que a maneira mais prática de se medir o valor da minha vida, para efeito de seguro, é através do quanto eu tenho na poupança, pois quanto mais dinheiro eu tiver ao longo dos 28 aniversários, melhor poderei apurar a média do meu homem-hora, o que me permitirá estabelecer um valor-base para o prêmio que devo pagar para o seguro.

2) No meu caso, a poupança não tem só o tempo de vida, mas também o tempo de vida da minha mãe, assim como o tempo de vida de todas as outras pessoas colaboraram com o meu trabalho de modo que eu pudesse prosperar. Este fundo constitui a tradição dos que se santificaram através do trabalho, uma verdadeira democracia dos mortos - e ele está reunido no meu sistema pessoal de coisas acumuladas.

3) Quando eu for sucedido pelo meu filho, eu preciso ensinar a ele que o dinheiro que guardo na poupança não representa tão-somente o meu tempo de vida - nele há o tempo de vida em que minha mãe trabalhou e de muitas outras pessoas que colaboraram comigo no passado, de modo que eu pudesse prosperar. E para eu ser próspero, eu devo honrar todas estas pessoas que me ajudaram nos méritos de Cristo. Se você honrar estas pessoas tal como eu honrei e honrar aquelas que você vier a conhecer ao longo de uma vida, você acumulará cada vez mais tesouros.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de outubro de 2023 (data da postagem original).