1) Mauro Fagundes tem dito que o dinheiro na poupança constitui o meu tempo de vida - tanto é verdade que a maneira mais prática de se medir o valor da minha vida, para efeito de seguro, é através do quanto eu tenho na poupança, pois quanto mais dinheiro eu tiver ao longo dos 28 aniversários, melhor poderei apurar a média do meu homem-hora, o que me permitirá estabelecer um valor-base para o prêmio que devo pagar para o seguro.
2) No meu caso, a poupança não tem só o tempo de vida, mas também o tempo de vida da minha mãe, assim como o tempo de vida de todas as outras pessoas colaboraram com o meu trabalho de modo que eu pudesse prosperar. Este fundo constitui a tradição dos que se santificaram através do trabalho, uma verdadeira democracia dos mortos - e ele está reunido no meu sistema pessoal de coisas acumuladas.
3) Quando eu for sucedido pelo meu filho, eu preciso ensinar a ele que o dinheiro que guardo na poupança não representa tão-somente o meu tempo de vida - nele há o tempo de vida em que minha mãe trabalhou e de muitas outras pessoas que colaboraram comigo no passado, de modo que eu pudesse prosperar. E para eu ser próspero, eu devo honrar todas estas pessoas que me ajudaram nos méritos de Cristo. Se você honrar estas pessoas tal como eu honrei e honrar aquelas que você vier a conhecer ao longo de uma vida, você acumulará cada vez mais tesouros.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 13 de outubro de 2023 (data da postagem original).
sexta-feira, 13 de outubro de 2023
Notas sobre tradição e poupança - para se ver o que não se vê, que é a conectividade econômica, é preciso que se parta da noção do uno como uma representação do múltiplo
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