1) Quando o ar condicionado da Samsung chegou aqui em casa, meu pai me pediu R$ 100,00 - era a gorjeta dos entregadores, que fizeram o favor de trazer a mercadoria até o terceiro andar do prédio onde moramos.
2) Emprestei o dinheiro ao meu pai. O dinheiro me será restituído tão logo ele possa. Nenhum centavo será dado a mais.
3.1) Quando empresto ao meu pai, eu também estou emprestando para Deus, por conta do fundamento de que devo honrar pai e mãe - como este empréstimo é produtivo nos méritos de Cristo, eu coloco esta dívida no precatório de modo que esta seja executada pelo melhor aniversário da poupança.
3.2) Ao longo dos meses, minha mãe me faz doações de R$ 100,00 no melhor aniversário da poupança, a ponto de isto render juros sobre juros. No momento, eu recebo, entre juros e taxa de remuneração básica, R$ 37,30, no melhor aniversário da poupança. Em dois ou três meses, a dívida está quitada e ainda ganho juros - eis o investimento. Não é à toa que dizia Bastiat que devemos ver o que não se vê - e é justamente isto que eu faço desde que passei a repor o plantel contabilmente das coisas consumidas, pois eu aprendi a ver o valor do amanhã, o valor do tempo kairológico.
4) Isto é aplicação prática da distinção entre empréstimo e investimento, segundo Santo Tomás de Aquino.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 22 de outubro de 2023 (data da postagem original).
* * *
1) No meu banco pessoal de dívidas, entre as que esperam sua vez de serem executadas no precatório, eu tenho uma no valor de R$ 100,00 - ela é referente ao fato de que meus pais me pediram dinheiro emprestado de modo a pagar os entregadores - estes, por sua vez, subiram o ar condicionado para o nosso apartamento na época em que nós compramos a instalação atual, que substituiu a antiga, que parou de funcionar.
2.1) Em termos monetários, o empréstimo foi pago - dada a natureza emergiencial, nenhum centavo foi dado a mais em termos de juros.
2.2) Como emprestar aos pais é um empréstimo que deve ser dado a Deus nos méritos de Cristo, então o empréstimo é produtivo no sentido kairológico do termo - ou seja, minha melhor parte se relaciona com o tomador desse empréstimo de modo a se negociar o melhor momento e as melhores condições do pagamento desse empréstimo dentro do confessionário. Como é Deus é bom pagador, contra Ele não ocorre prescrição, pois o tempo d'Ele não é o nosso, que é cronológico.
3.1) Em termos práticos, isto significa uma coisa: quando o melhor aniversário da poupança for liberado para o pagamento da dívida, ela, para efeito de execução, já estará parcelada em dez parcelas R$ 10,00. Quando o empréstimo for quitado, eu coloco este montante no CDB do C6 bank de modo que ele me renda um dinheiro a mais.
3.2.1) O momento em que esta dívida será executada dependerá de um exame de conveniência e oportunidade da minha parte, uma vez observadas as circuntâncias da nossa economia, se elas são favoráveis ou não a esta escolha que eu vou fazer. A partir do momento em que faço esta escolha, ela é inspirada por Deus de modo a atender as minhas necessidades de momento e de circunstância.
3.2.2) Não é à toa que a boa execução dessas coisas depende do tempo e da boa vontade de Deus, uma vez que ela depende da colaboração humana de modo que elas possam ser bem executadas, pois se tudo dependesse tão-somente da minha vontade, as coisas não se tornariam realidade - há um concurso de pessoas e coisas que conspira ao meu favor nos méritos de Cristo e é dessa rede de pessoas que eu dependo de modo a pescar as coisas de que preciso e as pessoas que eu desejo ter ao meu lado, através da rede social.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 25 de março de 2024 (data da postagem original)
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