Lições de coisas sobre economia bancária, sobre sociedade de confiança e sobre a natureza do tempo, tal como os gregos entendiam, aplicada à economia

1) Numa conversa que eu tive com o meu colega Arthur Rizzi, ele me explicou didaticamente este princípio da reserva fracionária: se eu pedi um frango pra comer, então eu devo criar um frango de modo a repor o plantel daquele que me emprestou um para ser abatido para o meu consumo. Eis o princípio do empréstimo - que é um desdobramento da lealdade.

2.1) Conforme o tempo age sobre esta relação, ela tende a aperfeiçoar a relação, a ponto de essa relação de consumo se transformar em amizade, em um laço de confiança qualificado pelos valores de que amamos e rejeitamos as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

2.2) Quando um ubogi me pede um frango para comer e eu, na qualidade de bogaty, lhe dou esse frango, de modo a matar a fome desse Cristo necessitado, esse ubogi assume para si a missão de criar frango nos méritos de Cristo de modo a repor o plantel do bogaty que lhe emprestou o frango, que sou eu. Para isso, ele vai usando suas funções empresariais puras de tal maneira a conseguir o que deseja de modo a estabelecer uma atividade econômica de modo a poder pagar sua dívida com este bogaty - e neste ponto, ele consegue montar uma granja e criar frangos também.

2.3) Para ele pagar sua dívida com este bogaty que o alimentou, ele precisou se associar a outros bogatys de modo a criar uma rede social de modo a poder ter ajuda naquilo mais precisasse - e neste sentido acaba nascendo uma sociedade fundada na confiança, pois o ubogi precisou se revestir de Cristo de modo a conseguir o que deseja para ser então elevado a mesma condição de bogaty, a tal ponto que esses bogatys investiram em na atividade econômica organizada desse ubogi e dela se tornarem sócios.

2.4) De tanto criar frangos de modo a repor o que se consome, agora o ubogi, transformado em bogaty, pode ser credor de tal maneira a atender aos outros ubogis, pois ele se tornou um rico também, só que nos méritos de Cristo.

3) Quando há amizade, há investimento, pois empréstimo fundado na amizade leva a juros, pois eu me comprometo nos méritos do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem a tornar produtivo o capital que você me esprestou e a ponto de eu me comprometer a te trazer não só o dinheiro investido em mim como também os cômodos da coisa emprestada, pois isto significou muito para mim.

4) Da combinação do princípio da reserva fracionária com o princípio da lealdade - uma vez que o tempo tende a aperfeiçoar todas as coisas nos méritos de Cristo, por conta de sua natureza kairológica -, temos o princípio dos juros na economia bancária, uma vez que as relações fundadas na confiança tendem a ser produtivas, ao passo que as relações impessoais tendem a ser usurárias, posto que não há amor ao próximo, mas ao dinheiro como um fim em si mesmo, por conta da natureza do tempo se fundar na gula de Khronos, que é o motor da ganância.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 02 de outubro de 2023 (data da postagem original).