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quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Notas sobre como costumo jogar meus jogos

1) Eu jogo jogos de estratégia, sobretudo simulação histórica. Estou sempre baixando modificações para o Civilization V, que é o jogo que estou jogando atualmente.

2) Toda experiência nova, eu a registro no meu diário. Eu tenho um diário para cada jogo: eu tenho um diário para o The Sims 3, outro para o Sid Meier's Colonization (a versão clássica, não o Civilization 4 Colonization), um para o Civilization 1, outro para o The Guild 2, outro para o Alpha Centauri (o predecessor do Beyond Earth).

3) Costumo juntar coisas que vi num jogo com coisas que vi em outros jogos. Como os simuladores têm por base algo que é próprio da realidade, isso me serviu de base para muitos artigos meus, uma vez que fazer pesquisa de campo num Rio de Janeiro tomado pela violência é muito complicado.

4.1) Os que fazem modificações para o Civilization 5 costumam fazer muita pesquisa histórica antes de lançar seus produtos.

4.2) Sempre que tomo conhecimento de alguma coisa que antes não conhecia - como a existência da República de Ragusa, por exemplo -, eu vou lá na Wikipedia em inglês e procuro por livros de referência. Eu anoto os títulos numa lista que tenho e procuro comprar esses livros no alibris.com tão logo possa (eles aceitam paypal). Como o dólar está caro e como não tenho contatos nos EUA, eu deixo essas aquisições para outros momentos.

4.3.1) É fazendo anotações de jogos, é lendo, é meditando e consultando a bibliografia que os outros usam que vou chegando lá.

4.3.2) Algumas pessoas com quem lido na Steam ficam admiradas com o meu conhecimento do Civilization 5. Estou sempre colaborando com os que criam modificações para o jogo - sempre mando fotos e apontamentos para eles, devidamente traduzidos para o inglês. Só não partilho este meu lado menos conhecido do meu trabalho porque a direita só joga jogos patrióticos, bolsonarianos (do tipo tiro, porrada e bomba), dada a natureza antiintelectual de muitos aqui nascidos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de agosto de 2019.

domingo, 25 de agosto de 2019

Para melhor compreender Portugal, é preciso estudar outras talassocracias

1) Recentemente, eu havia baixado uma modificação para o Civilization V: a República de Ragusa.

2) A República de Ragusa é uma república marítima que se notabilizou pelo uso do serviço de inteligência a serviço dos interesses do comércio e da segurança do Estado, a ponto de comprovar a relação entre comércio e governo numa obra de Abbé de Condillac, se não estou enganado. Essa república ficava ao sul da Dalmácia, próxima ao Mar Adriático. Atualmente, o antigo território dessa república pertencente à Croácia.

3.1) O que aprendi com essa modificação para o jogo me inspirou a estudar muito ao longo desses dias, a ponto de escrever um artigo apontando que a talassocracia se baseia nesse tripé. Ela me serviu de base para melhor compreender a civilização portuguesa e o que dizia Jaime Cortesão na sua obra A Teoria Geral dos Descobrimentos Portugueses.

3.2.1) Enquanto a direita da esquerda abomina o estudo, eu vou aprendendo muita coisa interessante com os que criam modificações para esse jogo. Só não publico essas análises porque não tenho público interessado nisso.

3.2.2) Como seria bom discutirmos essas coisas! É muito frustrante fazer grandes descobertas e não ter com quem conversar sobre isso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de agosto de 2019 (data da postagem original).

Inteligência, comércio e governo - fundamentos da talassocracia

1.1) A abertura de uma embaixada numa civilização estrangeira é sempre uma oportunidade para se reunir informações acerca desse país com o qual você, enquanto governante, tem seu primeiro contato. Esses eventos podem ser de natureza comercial, o que é ideal para a instalação de companhias de comércio. 

1.2) É do conhecimento de eventos contados pelos habitantes locais ou por meio de viajantes estrangeiros que se conhece a eventual oferta ou demanda de uma determinada região, favorecendo assim a integração desses povos, a ponto de converter um inimigo em potencial num amigo ou mesmo aliado. Muitos mercadores ao longo da História atuaram como embaixadores, a ponto de conhecerem as intrigas palacianas da corte onde atuavam como agentes acreditados.
 
1.3) É dessas intrigas políticas que surgiam a oportunidade de organizarem caravanas ou frotas mercantis de modo a atender as necessidades políticas ou econômicas da corte estrangeira. Atendidas tais necessidades, esses diplomatas obtinham os favores do soberano estrangeiro, a ponto de conseguirem uma eventual aliança diplomática ou algum acordo de cooperação de modo a favorecer o desenvolvimento tecnológico de ambas as partes. Dessa forma, esses mercadores conseguiam muito prestígio,  a ponto de a imunidade diplomática ter uma razão produtiva, a ponto de fomentar uma relação estreita entre os interesses do comércio e os interesse de Estado.
 
2.1) Era comum haver reunião nas guildas de mercadores de modo a trocarem informações entre si visando a uma mútua cooperação e mútua proteção, uma vez que da reunião de vários mercadores acreditados em múltiplas cortes havia um microcosmos da ONU dentro do reino onde serviam, a ponto de haver uma reunião de Estado-maior. Ali era uma forma de obter informações privilegiadas e uma forma de produzir informações estratégicas, a ponto de se tornarem um tremendo de um think-tank.
 
2.2.1) Era dessa forma que eles construíam as pontes que favoreciam as relações exteriores que visavam integrar dois reinos como um mesmo lar:o reino onde nasceram e o reino onde serviram como diplomatas acreditados
 
2.2.2) Quando obtinham muito prestígio junto à corte estrangeira, eles passavam a administrar em nome desse rei estrangeiro entrepostos comerciais, a ponto de transformá-los em alfândegas, por conta do constante fluxo de caravanas ou frotas mercantis que passavam pela rota comercial que ligavam esse reino a um outro, seja ele amigo ou aliado. Como separavam uma parte do que recolhiam do imposto para si, na forma de salário, eles passavam a ter economia própria a ponto de organizar uma companhia de comércio, de modo a obter o monopólio dos produtos dessa região, uma vez que detinham a permissão exclusiva de explorar esses recursos da terra de modo a estreitar os laços entre o país onde nasciam e o país onde atuavam como agentes acreditados, enquanto diplomatas. Essas companhias de comércio eram regidas por homens ilustres, geralmente descendentes de pessoas igualmente ilustres cujo passado ajudou a construir um passado glorioso para a nação onde o mercador serve com muito orgulho, imitando o exemplo de seu ancestral.
 
3.1) As companhias de comércio constituem uma forma de imperialismo e uma forma de expansão da esfera de influência de uma civilização junto a uma potência estrangeira. Seu fundamento se respalda no conhecimento acumulado de dados da inteligência de modo que uma nação se proteja da agressão externa de outras - ela não é só uma forma de ataque, mas uma forma de defesa, já que ela é a base da sobrevivência de nações talassocráticas, a ponto de fazer disso uma obsessão, uma paranóia.
 
3.2) Dois eram os fundamentos da talassocracia: quem tem o controle dos mares tem o controle de tudo e o fato de que é dos inimigos, e não dos amigos, que grandes nações constroem muralhas para se defenderem - eis a razão pela qual nações talassocráticas são essencialmente protecionistas. Isso tende a ser ainda mais pesado se uma nação como Portugal carrega sobre si a responsabilidade de servir a Cristo em terras distantes, uma vez que o sigilo, a discrição, promove mais o verdadeiro de Deus do que a liberdade dos mares, já que isso diz muito sobre o amor de si dos homens até o desprezo de Deus, a ponto de fazer da riqueza sinal de salvação.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de agosto de 2019.

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Por que o livro A Teoria da Classe Ociosa deve ser lido antes de se estudar o taylorismo?

1) Sabe um livro que deve ser lido junto com o livro do Veblen? Os princípios de administração científica de Taylor.

2) O fato de haver uma classe ociosa indica um sério problema de eficiência, um problema de gestão.

3) Em termos cronológicos, o livro do Veblen é anterior ao livro do Taylor. Ele causou uma séria repercussão social, a tal ponto que já era uma questão estudada pelos governos americanos entre o final do século XIX e início do século XX (época da chamada Segunda Revolução Industrial).

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de agosto de 2019.

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Sobre um outro modelo de matrioska que podemos conceber

1) Uma outra variante de matrioska que pode ser criada é esta: a menorzinha é Nossa Senhora de Aparecida; a segunda seria Nossa Senhora da Conceição, a intercessora da Restauração do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves; a terceira seria Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América, uma vez que somos portugueses nascidos na América; a quarta, a maior de todas, seria Nossa Senhora de Częstochowa, a padroeira de todos os poloneses.

2) Quando se toma a Polônia e o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves como um mesmo lar em Cristo, então nós devemos ser pequenos, verdadeiras crianças espirituais, no princípio das coisas, de modo a sermos elevados por Deus na chegada, quando tomamos uma nova terra como um lar em Cristo, o que ensejará o nascimento de uma árvore forte e promissora cujos frutos alimentarão e renovarão a chama da verdadeira fé em toda a Europa.

3) Precisamos nos santificar através do trabalho usando os dois pulmões, já que respiramos os ares puros do Divino Espírito Santo constituído na forma de um Império de cultura, não de domínio.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de agosto de 2019.

Notas sobre o que faria se fosse artesão

1) Se fosse artista, eu iria criar babuskas, aquelas bonecas russas, na forma de Virgem Maria.

2) A menorzinha seria Nossa Senhora de Aparecida; a segunda, um pouquinho maior, Nossa Senhora da Conceição; a terceira, Nossa Senhora de Guadalupe; a quarta, a maior de todas, Nossa Senhora de Fátima.

3) Se devemos tomar a Rússia como um lar em Cristo, então devemos fazer de Nossa Senhora a intercessora mais confiável para que a Rússia seja consagrada ao Sagrado Coração. E o meio simbólico para se fazer isso é por meio dessas babuskas, uma vez que ela é uma concepção russa de estrutura do cosmos, onde a pequenez desta serva do Senhor elevou-a à grandeza, a ser Rainha Assunta ao Céu.

4) Se o Brasil é o ponto de partida, então Nossa Senhora de Aparecida deve ser a menor das babuskas; como o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves deve ser restaurado, então Nossa Senhora da Conceição é um pouco maior; como somos portugueses nascidos na América, então Nossa Senhora de Guadalupe é a segunda maior; como a Rússia deve ser consagrada, então Nossa Senhora de Fátima deve ser a maior das babuskas.

5) Era isso que faria, se fosse artesão.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de agosto de 2019.

domingo, 18 de agosto de 2019

Notas sobre fatherland e motherland à luz da teoria da nacionidade


1) Tradicionalmente, o termo pátria é traduzido por fatherland, a terra do pai. É prerrogativa do pai a autoridade e a proteção, coisa que é própria do rei, enquanto pai dos pais de família, primeiro cidadão e vassalo de Cristo.

2) Na língua inglesa, o termo motherland é traduzido por terra-mãe ou metrópole. É a mãe que nutre, tutela e educa, de modo para preparar os filhos para a vida livre em Cristo. É a terra onde a Igreja é necessariamente a razão de ser da vida desse povo, como em Portugal, na Espanha, na antiga França ou mesmo na Polônia.

3.1) Na teoria da nacionidade fatherland é a terra onde o pai nasceu e foi criado. Se ele foi treinado para servir a Cristo em terras distantes, então este homem é virtuoso. Portugal é uma terra de varões, por excelência.

3.2) Motherland, por sua vez, é a terra de onde veio a mãe, onde a devoção mariana é uma causa de nacionidade - se a mãe é muito católica e é polonesa, então da união do casal haverá uma continentalização das almas de tal maneira que os símbolos pátrios que gravitam em torno do pai e da mãe vão se fundir de modo a criar novos símbolos, sem que se perca a referência aos símbolos ancestrais. Os filhos terão o melhor dos dois mundos, tanto daquilo que decorre de Ourique quanto aquilo que decorre da Polônia.

3.3.1) Se ao longo das gerações vários países forem tomados como um mesmo lar em Cristo, então esta família acabará adquirindo tanta credibilidade por deter muitas informações sobre a história de vários povos - e com isso muito poder, pois conhecimento é poder. Naturalmente, essa família será muito cobrada no tocante a edificar as pontes necessárias à integração de todos esses povos que toma como partes de sua família.

3.3.2) Não se trata de um übermensch (super-homem que pode tudo), mas de uma raça de seres humanos voltada para uma vocação cristã específica, uma vez que o nacionalismo impediu que se imaginasse o senso de tomar um ou mais países como um mesmo lar em Cristo, por Cristo e para Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2019.

Notas sobre três favelas: a da cidade, a do campo e a do céu

1) Tempos atrás, eu havia dito que o favelado é quem incorpora o estado de espírito da desordem, que é próprio da favela.

2) Se transpusermos a favela da cidade para o campo, temos um MST, mais ou menos quando convertemos a voz passiva analítica para a voz passiva sintética, uma vez que os favelados são fruto das mentes que conceberam uma humanidade inteiramente passiva, como é próprio do movimento revolucionário.

3.1) O campo e a cidade podem ser transpostos no modo Céu, na forma de Igreja Universal do Reino de Deus.

3.2.1) Eu mesmo já havia dito que a IURD é uma espécie de MST, pois é composta de sem-terras espirituais, de gente sem terra prometida.

3.2.2) Se o sem-terra é o favelado do campo, então o membro da IURD é a síntese das três favelas.

4) Eis o retrato da apeirokalia brasileira

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2019.

Notas sobre a relação entre gnose e batuque ou da necessidade de se cristianizar muito bem a África

1) No batuque ocorre uma agitação do estado de ânimo do indivíduo de tal maneira que a alma quer fazer qualquer coisa, a ponto de querer se libertar do corpo. Ela não respeita nenhuma regra ou preceito moral, a ponto de ver isso como um preconceito ou uma prisão. Por isso, as músicas que sacodem a alma são por natureza gnósticas, tal como era a proposta do movimento M.I.S.S.A no Rio de Janeiro.

2) A agitação, o desespero e o irracionalismo estão na raiz do movimento revolucionário. Como a música do africano é marcadamente rítmica, então ela está sendo apropriada pelo movimento revolucionário como uma forma de criar racismo reverso: a superioridade do africano em face dos europeus.

3.1) Faz muito bem a Igreja cristianizar a África. Surgirá uma música africana voltada para o belo, tal como é a música clássica de origem européia.

3.2.1) O futuro da Igreja virá da África, visto que os africanos de hoje, como os europeus medievais, estão dispostos a colaborar com a promoção do cristianismo. E aí surgirá uma união pan-africana fundada em Cristo, por Cristo e para Cristo que restaurará a pan-Europa cristã e instaurará uma união pan-americana a partir do legado ibérico, africano e indígena, ao invés do liberalismo maçônico e anglo-saxão.

3.2.2) Haverá um comércio triangular de tal maneira que o encontro dos povos dos três continentes gerará um mercado, um encontro global de tal maneira que que o Santo Nome do Senhor será promovido em terras distantes, através da santificação através do trabalho.

José Octavio Dettmannn

Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2019.

O que há por trás do pró-batuque?

1) Certa ocasião, um amigo meu conheceu um sujeito que afirmou que promover o batuque é liberar o africano que há em nós.

2) O sujeito que afirma isso está afirmando que o africano tem um quê de maldito, uma vez que o batuque - se considerarmos a relação entre música e cérebro - realmente tem algo de maldito, de diabólico, embora seja parte integrante da cultura africana. Além de um racismo velado, o sujeito é também satanista, como todo bom comunista, pois o real desejo dele é promover o feio e disforme, já que o africano, segundo tal concepção odiosa, carrega em si o germe da destruição.

3.1) Quando escutamos música erudita, nós escutamos música que aponta para Deus.

3.2.1) Historicamente a civilização européia nasceu quando povos desse continente foram evangelizados e foram chamados a cooperar com Cristo dentro de suas circunstâncias, por conta do que suas próprias culturas lhe permitiam enquanto possibilidades. 

3.2.2) Essa cultura decorre do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem e está destinada a evangelizar toda e qualquer criatura porque é fundada no belo. Eis a razão de ser da pan-Europa, da Europa Unida por Cristo, em Cristo e para Cristo.

4) A superioridade da cultura européia foi apropriada pelas doutrinas de superioridade racial como forma de tomada do poder, a ponto de se praticar uma espécie de "islamismo à moda européia", a qual chamamos de ocidentalização - ou você se converte aos nossos costumes, à nossa verdade ou morre. E neste ponto, ela acabou sendo servida a fins vazios, por conta da natureza liberal e neopagã desses movimentos, que é fundada no homem, pelo homem e para o homem, que vive conservando o que é conveniente e dissociado, a ponto de negar sistematicamente a honra que deve ser dada ao verdadeiro criador do Universo, que é Deus.

5) A liberdade para o nada leva faz do belo uma espécie de porrete, a ponto de a feiura ser promovida de modo a substituir ou destruir o belo. Nada mais diabólico do que isso, uma vez que ela é anti-humana, no sentido de que nega o ser humano enquanto sujeito criado à imagem semelhança de Deus.

6) Quando você se declara conservador neste contexto cultural, então você não está sendo católico, mas conservantista, posto que o mundo anglo-saxão é o pai do darwinismo e do liberalismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2019.

Notas sobre racismo, darwinismo e protestantismo

1) Eu lembro de um sujeito que dizia que o Haiti era o que era porque o povo de lá mexia com macumba e porque o africano tem maldição.

2) Se considerarmos a teoria da evolução como se fosse uma verdade e que a vida do ser humano primitivo se deu na África, então, neste ponto, todos nós - ainda que não tenhamos nascido na África - somos considerados malditos de antemão. Por mais que façamos o bem ao próximo, jamais seremos santos, amigos de Deus.

3.1) Sabe o que isso me lembra? Aquela cosmovisão protestante que dividiu o mundo entre eleitos e condenados.

3.2) É por essas e outras que estou chegando à conclusão de que existe uma íntima relação entre o evolucionismo e o protestantismo, a ponto de desaguarem nessas doutrinas de superioridade racial, concepções de mundo erradas que geram outras concepções de mundo igualmente erradas, pois o erro pode levar à mentira ou mesmo a um erro mais grave ainda.

3.3.1) Se o cristianismo surgiu como um sinal de contradição, então os povos que melhor cooperaram nesta missão salvífica fundada no verbo que se fez carne se tornaram eleitos - eis o espírito da Idade Média, enquanto Idade da Luz.

3.3.2) A Idade das Trevas surgiu quando os verdadeiros condenados - os muitos dos herdeiros do legado medieval - pecaram por vaidade e presunção, a ponto de acharem-se salvos de antemão e a negar a muitos povos a oportunidade de sentir a presença real de Cristo através da Santa Eucaristia. Eles imitaram o exemplo dos gregos, que consideravam bárbaros os que não eram civilizados, a ponto de não terem o trabalho de integrá-los a uma cultura superior fundada na verdade, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.3.3) É por conta de conservarem o que é conveniente e dissociado da verdade que se furtaram da missão de levar o Evangelho a toda a criatura, a ponto de se tornarem servos maus. É por conta de uma tradição de conservantismos e maus serviços sistemáticos à causa da verdade, da conformidade com o Todo que vem de Deus, que surgem esses imbecis.

3.3.4) Pobre da comunidade que é governada por imbecis dessa natureza - os aderentes das teorias de superioridade racial são também os maiores seguidores do darwinismo! Esta é, sem dúvida, a maior desgraça que se abateu na cultura de todo o Ocidente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2019.

Notas sobre a relação da digitalização com a arqueologia ou do reencontro de um caminho outrora renunciado

1) Quando tinha 14 anos, eu estava em dúvida sobre dois caminhos a seguir: Direito ou Arqueologia. Acabei optando pelo Direito. Após 12 anos estudando, acabei virando escritor, visto que a advocacia se tornou inviável.

2) Por volta dos 30 anos, inspirado nos meus colegas arquivistas e bibliotecários que estagiaram comigo no setor de documentação da PGE-RJ, comecei a digitalizar livros.

3) Ao longo desses anos todos digitalizando livros, eu encontrei um monte de relíquia documental, seja em sebos, seja na forma de artefatos que revelam muito sobre o passado de minha família. Embora tenha renunciado por um momento à arqueologia, sinto que reencontrei o antigo caminho, através da digitalização de documentos. É de fato um mundo fascinante - um dia transformo essas coisas que estou vivendo por conta do ofício de digitalizador num livro de memórias.

4.1) Se a maior glória é viver uma vida digna de ser vivida, então não há glória maior do que registrar o que merece ser observado dessa vida.

4.2) É este dado biográfico que muitos não registram, por conta da má consciência, do amor de si até o desprezo de Deus, que é feito de tal maneira que suas vocações acabam sendo servidas ao vazio e em nada contribuírem para a comunidade das pessoas que tomam o país como um lar em Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2019.

Notas sobre algo que me ocorreu enquanto digitalizava

1) Enquanto digitalizava o livro José Bonifácio, O Falso Patriarca, encontrei uma fotocópia do rascunho do decreto que nomeou José Bonifácio tutor de D. Pedro II e suas irmãs. Chamei meus pais - minha mãe achou o estilo de letra de D. Pedro I um tanto parecido com o do meu avô e me mostrou uns versinhos que ele fez pra ela quando havia completado 15 anos. Quando concluir este projeto, eu vou digitalizar essa relíquia familiar.

2) É aquele negócio: conversa puxa conversa, a ponto de um monumento do passado puxar outro monumento do passado. É incrível o que pode acontecer enquanto você vasculha o passado! Neste ponto, a digitalização tem um certo quê de arqueológico.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2019.

sábado, 17 de agosto de 2019

Da importância de vencermos a Guerra Cultural de Reconquista das Universidades

1) Se política é expressão da cultura, então a verdadeira política virá a partir do momento em que vencermos a guerra cultural visando a reconquista das universidades.

2) Tal como o muro de Berlim, as muralhas virtuais que protegem os comunistas precisam cair. Quando estas muralhas caírem, após o cerco feito por intelectuais independentes, as muralhas virtuais que separam o Brasil de Portugal também cairão. Da mesma forma, as divisões forjadas pelo marxismo, pois a verdade e o tempo curarão todas as feridas decorrentes da mentira comunista.

3) É dessas cidades conquistadas que começaremos o trabalho de servir a Cristo em terras distantes. As mentiras forjadas pela historiografia oficial serão desmontadas, favorecendo uma maior integração entre o Brasil e Portugal, a ponto de o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves ser restaurado novamente.

4) Somente com a vitória nesta guerra de reconquista que um partido português surgirá. As universidades precisam ser reconquistadas para Cristo, sejam elas federais, estaduais ou mesmo pontifícias. É este paralelo que precisa ser visto de modo que aquilo que estava encoberto nos seja revelado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de agosto de 2019.

Da importância da guerra cultural para a reconquista das universidades: balanço da minha experiência

1) Se a amizade é a base da sociedade política, então ela também é a base da sociedade do conhecimento, de todos os que provam o saber das coisas fundadas no fato de se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, de modo a ficar com o que é conveniente e sensato, o qual decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus.

2) A única pressão dos pares que aceito receber é a dos que vivem a me corrigir fraternalmente, por conta do amor à verdade. Como a universidade está ocupada por comunistas, então não submeto meu trabalho aos ímpares, uma vez que não posso ceder ao mal, posto que não me opor ao erro é aprová-lo.

3.1) Por conta da hegemonia intelectual esquerdista, todo o meu trabalho foi feito fora da academia, na rede social.

3.2) Após cinco anos e meio e mais de 5 mil artigos escritos, o Academia.edu noticiou que quatro papers citaram o meu nome. Não sei se estão falando bem ou mal de mim, mas estão falando de mim, o que prova que realmente existo.
 
3.3.1) Se estamos em ambiente de guerra cultural, então essa guerra cultural tem sabor de reconquista, pois a universidade, que foi criada pela Santa Madre Igreja Católica, está sendo reconquistada por todos aqueles intelectuais independentes que prezam a verdade.

3.3.2) Que o ambiente acadêmico seja devolvido aos seus verdadeiros donos: os que investigam as coisas em busca da verdade, já que Deus é a base de todas as coisas! A verdade é o fundamento da liberdade e do saber - e é nela que realizo minha vocação.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de agosto de 2019.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Aforismo sobre comunismo

Se o comunismo fosse um regime dietético, ele seria o maior sucesso, pois nele até os animais emagrecem; como regime político e econômico, ele é um fracasso, pois ele nega a Deus, a verdade e a liberdade, a razão de ser de uma nação ser tomada como um lar, a ponto de nos preparar para a pátria definitiva, que se dá no céu. A mera defesa disso não é só insensatez como também canalhice da pior espécie.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de agosto de 2019.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Da importância das jóias como forma de proteção da riqueza de uma família num cenário marcado pela mentalidade revolucionária

1) Desde o advento da mentalidade revolucionária, estamos sempre lidando de maneira permanente com o problema do totalitarismo, onde o governo estimula de tal maneira a cultura de se tomar o país como se fosse religião a ponto de tudo estar no Estado e nada fora dele ou contra ele.

2) É por essa razão que é preciso sempre criar um plano B: na inviabilidade de se tomar um país como um lar em Cristo, você deve transferir sua base de operações para um lugar onde o povo realmente ame e rejeite as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. E para isso, sempre que possível, você deve investir em jóias - assim você terá capital para poder estabelecer-se nessa terra, estabelecer uma atividade economicamente organizada e gerar empregos para os cidadãos locais, a ponto de se tornar, assim, um benfeitor dessa nova comunidade que te acolhe.

3.1) Os judeus sempre fizeram isso - eles fizeram da riqueza sinal de salvação, de tal sorte que não tomam nenhum país como um lar em Cristo. Nós, no entanto, tomamos um país como um lar tendo por base o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem - se por alguma razão, o pecado domina a terra de tal sorte que os tíbios favoreçam a ascensão dos revolucionários, então devemos mudar sempre nossa base de operações para um lugar seguro de modo a organizarmos a resistência. Eis aí porque devemos tomar dois ou mais lugares como um lar em Cristo: sempre que um dos nossos lares é invadido, estaremos seguros no outro e organizando a resistência contra os que atentaram contra a integridade de nosso ser nesses múltiplos lugares.

3.2) É desde o exterior que fazemos contra-revoluções - por isso, todo o esforço de reconquista deve ser feito desde o exterior, a ponto de mover a opinião pública local para a reconquista do lar que foi esbulhado pelos revolucionários.

4) Além das jóias e dos contatos, é importante que tenhamos múltiplas nacionalidades - se formos vítimas de um governo comunista, podemos pedir a proteção de um Estado que seja mais amigo de Deus, como é a Polônia hoje.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de agosto de 2019 (data da postagem original).

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Por que fazer promessas mal cumpridas é próprio de quem é apátrida?

1) Os que nasceram biologicamente no Brasil têm o péssimo hábito de fazer promessas que não capazes de cumprir, até mesmo para Deus. O que vejo de gente fazendo promessa mirabolante nas paróquias impressiona.
 
2) Isso é uma forma de medir como anda o compromisso com a Lei de Deus, que vai de mal a pior. E é por conta da falta de compromisso com Deus que temos esses políticos que vivem a fazer promessas mal cumpridas. É por causa do pecado sistemáticos dessas pessoas que temos algo muito pior do que as pragas do Egito.

3.1) Eu não faço promessas porque sei que não sou capaz de cumpri-las, uma vez que certas coisas me são muito difíceis - e também não vou abusar da boa vontade d'Ele. E também não prometo nada a ninguém porque não disponho de recursos para cumprir minhas promessas, como mandar uma colaboração financeira a quem está precisando. Por isso, mantenho a boca fechada e não faço promessa alguma. 
 
3.2) É melhor ter crédito do que débito - por isso, faça algo relevante, como escrever textos relevantes, e só aceite receber promessas de gente que sabe honrar seus compromissos. Este é o verdadeiro fundamento da liberdade e da capitalização moral, uma vez que a palavra empenhada não deve ser servida com fins vazios, pois ela vai se voltar contra você, tal como a flecha com a qual se tentou matar São Sebastião.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de agosto de 2019.

Notas sobre a infidelidade nas pequenas coisas, enquanto causa de fim de namoro

1) Quando se tem uma namorada que promete colaborar com o teu trabalho, mas não colabora, eu chego à seguinte conclusão: seria melhor mesmo me casar com alguém da classe política, se quisesse me casar com alguém que vive a fazer promessas mal cumpridas. Mas acontece que eu estou cansado de infidelidade nas pequenas coisas, assim como a maioria do povo brasileiro.

2) É na fidelidade às pequenas coisas que veremos a fidelidade nas grandes coisas, como um acidente ou doença grave na família. Se isso não ocorre, é melhor partir pra outra.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de agosto de 2019.

Não há ação real concreta sem intenção ou símbolo por trás

1) Se você quiser falar de ações reais, de ações práticas, primeiro medite sobre as reais intenções que você deseja transmitir e de que forma deseja fazê-lo. Não há ação real concreta sem antes haver um símbolo. É por meio do símbolo que se transmite alguma coisa por meio da qual as palavras sozinhas não são capazes de exprimir.

2) Se a realidade é tudo que está sujeito à realeza de Cristo, a ponto de fazer dos reis da cristandade vassalos do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, então não podemos falar em ações reais concretas em prol de um país que mereça ser tomado como um lar em Cristo sem antes estudarmos a História de Portugal. É através daí que pensamos nas circunstâncias históricas e simbólicas deste país advindas do ato de se povoar esta terra, por conta da missão de se servir a Cristo em terras distantes.

3) Não posso falar em economia sem antes falar de santificação através do trabalho, seja na primeira profissão desta terra, que é extrair pau-brasil, seja escrevendo obras de tal maneira a promover o Santo Nome de Cristo em terras distantes, de modo que a Terra de Santa Cruz seja também tomada como um segundo lar por todo aquele que nasceu no estrangeiro, de tal maneira que ele também seja partícipe dessa obra também, a ponto de fundar uma Nova Itália, uma Nova Polônia, uma Nova Inglaterra no Brasil de modo que possa fazer com que suas terras de origem saiam da condição de árvores velhas e superadas e se tornem árvores novas e promissoras, por conta da missão de servir a Cristo em terras distantes, cujo exemplo deve atingir à Inglaterra dispersa, à Itália dispersa ou mesmo à Polônia dispersa, a exemplo da Lusitânia Dispersa.

4.1) Entendem por que não posso falar em ações práticas sem um motivo metafisicamente determinante? Forma sem conteúdo é fazer da política uma arte pela arte: uma frase vazia, a ponto de desaguar numa ciência vazia que descamba numa tirania, cujo principal propósito é o controle da população, quer de seus corpos, quer de seus pensamentos. 
 
4.2) Se política é arte e é também ciência, então devemos buscar o bom e o belo. E o bom e o belo se fundam no bem comum, coisa essa fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de agosto de 2019.

Meditações sobre a importância do dia 12 de outubro na História do Brasil

1.1) Toda comunidade que foi revelada por conta da missão de servir a Cristo em terras distantes é composta essencialmente por crianças: crianças espirituais.

1.2) Elas podem estar em idade adulta, plenamente capazes para a vida civil, mas são tão fiéis na conformidade com o Todo que vem de Deus que não se deixam ser enganadas pelos que são ricos no amor de si até o desprezo Deus, que fazem da riqueza sinal de salvação e que conservam o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de estarem sistematicamente à esquerda do Pai, ainda que se digam de direita, nominalmente falando.

2) Além dessas crianças, há outras crianças: as boas obras, enquanto fruto da verdadeira fé. Elas podem ser desde obras da engenharia a boas obras de arte que fazem com que não esqueçamos o senso de tomar o país como um lar em Cristo por força dessa missão.

3.1) Todas essas crianças têm uma mãe, que estava antes encoberta e que apareceu para nós de modo que pudéssemos nos santificar através do trabalho, seja extraindo pau-brasil, seja escrevendo. Nenhuma pessoa que nasceu biologicamente na Terra de Santa Cruz pode tomar o Brasil como um lar em Cristo se não tiver a Nossa Senhora de Aparecida por mãe e a Deus por pai.

3.2.1) É por meio de todo esse background que se constrói um Estado-mercado na América fundado no encontro dessas crianças, protegidas sob o amparo dessa Santa Mãe de Deus e do vassalo de Cristo que honra o legado de D Afonso Henriques, de modo que a missão de servir a Cristo em terras distantes seja cumprida frutiferamente.

3.2.2) É daqui do Brasil que virá o verdadeiro pan-americanismo. A América não será dos americanos apátridas, ricos no amor de si até o desprezo de Deus - ela será um espelho da Europa Cristã, de tal maneira que o Novo Mundo enxergue o Mundo Antigo, clássico, não como uma árvore velha e superada - que deve ser cortada e lançada ao fogo -, mas sim como uma imagem virtuosa do velho mundo quando se olha através do espelho, já que seu imaginário foi todo povoado pelas virtudes dos que se aventuraram no mar por Cristo e não por conta da vã cobiça, fundada no amor de si até o desprezo de Deus. Esta é a verdadeira fonte de toda a juventude, pois o cristianismo torna todas as coisas novas, a ponto de uma árvore velha e superada recuperar seu viço e se tornar uma árvore forte e promissora, o que levou a conversão dos habitantes mais antigos desta terra à conformidade com o todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de agosto de 2019.

domingo, 11 de agosto de 2019

Notas sobre o encontro das minhas crianças com as crianças espirituais

1) Já que não tenho filhos, o jeito é adotar a linguagem de D. João III. Minhas crianças são as minhas obras, os meus escritos - elas são destinadas às crianças espirituais, cuja mente é uma tela em branco de modo que Deus, enquanto autor onipotente e ouvinte onisciente, escreva nessa pessoa toda uma história de conformidade com o Todo que vem de Deus em seu coração, cuja tinta é vermelha como o sangue.É assim que uma vida tem sentido e é assim que um coração de carne não se transforma em coração de pedra.

2.1) Dia 12 de outubro é o dia das Crianças e o dia da descoberta da América - do encontro dessas minhas crianças com essas crianças, um novo mundo pode ser imaginado, a ponto de uma brincadeira se tornar uma coisa séria, uma missão que faça com que Cristo tenha seu nome publicado entre as nações mais estranhas.

2.2.1) Muito embora escrever com caneta vermelha seja proibido por lei, a proibição dos homens é nada perto do que Deus pode fazer por nós.

2.2.2) Toda tentativa de desligamento conservantista de certas datas da História abre uma nova forma de se ligar a Terra de Santa Cruz ao Reino dos Céus, um novo caminho para se servir a Cristo em terras distantes a ponto de imitarmos o exemplo dos primeiros brasileiros, que extraíam pau-brasil de modo que o vermelho dessa madeira fosse usado na confecção das vestes do cardeal, de tal maneira que o sangue derramado desse príncipe da Igreja servisse de lição para todos: de que Cristo é a verdade é a razão pela devemos tomar o país como um lar n'Ele, por Ele e para Ele. 
2.2.3) Os meios que o inimigo usa para a nossa destruição são a chave para que possamos destruí-lo, uma vez que a flecha que foi usada contra São Sebastião um dia se voltará contra os maçons, já que o sangue dos mártires é a semente de novos cristãos, que são inseminados tanto corporalmente quanto espiritualmente, através das idéias fundadas no fato de amarmos e rejeitarmos as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus, já que Ele é a verdade em pessoa.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de agosto de 2019.

Notas sobre o significado do dia 25 de julho (Dia do Escritor) no Brasil

1.1) A Batalha de Ourique ocorreu no dia 25 de julho de 1139. O dia do escritor foi instituído pela União Nacional dos Escritores no dia 25 de julho de 1960.

1.2) Na ocasião, o presidente dessa União era Jorge Amado, que era comunista. O objetivo era fazer com que não nos lembrássemos da missão de servir a Cristo em terras distantes - como ser escritor é estar irremediavelmente comprometido com a identidade nacional, acreditava-se que a classe, tal como a advocacia hoje em dia, estaria comprometida até o pescoço com toda essa mentira fundada na falsa alegação de que o Brasil foi colônia, a ponto de edificar em todo o povo toda uma má consciência onde o Brasil é tomado como se fosse uma religião e assim renegar a verdadeira honra que deve ser dada ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, que anunciou ao Rei D. Afonso Henriques, nosso primeiro Rei, a missão de que devemos servir a Ele em terras distantes.

2.1) Contudo, essa tentativa de desligamento criou uma forma de ligar a Terra Santa Cruz aos céus, uma nova forma de consagração.

2.2) Quem se santifica através do trabalho intelectual e literário está comprometido com a missão de servir a Cristo em terras distantes. Seu trabalho é criar meios de modo que não esqueçamos dessa missão - por isso nós guardamos a memória dos fatos através de histórias de vida que não devem ser esquecidas, pois elas apontam para o belo, para a conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.3) Eu percebi a coincidência das datas hoje. Muito embora seja verdade que a filosofia nasce do espanto, a grande verdade é que a tomada de consciência para uma verdadeira reflexão filosófica constitui o porto seguro do qual somos chamados a navegar neste oceano da misericórdia e edificar consciências sistematicamente, a ponto de fazer com que as pessoas não esqueçam o que não deve ser esquecido. Nosso trabalho é voltado para o bem comum, uma forma de caridade organizada, voltada para a salvação de muitos.

2.4) Se nosso objetivo é casar a causa nacional com a causa universal, a ponto de tomarmos nosso país como um lar em Cristo junto com Portugal ou mesmo a Polônia, então é por meio desse trabalho que edificaremos uma bela civilização, não obstante a todo esse horror metafísico que foi criado com a independência, que se deu em 1822, e com a Semana de Arte Moderna de 1922, cem anos após o nefasto ato de apatria que selou nosso destino. E posso dizer que esta é a verdadeira causa que posso patrocinar, já que ela não precisa da carteira da OAB.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de agosto de 2019.

Da relação da música eletrônica com o dadaísmo

1) A verdade é que a música eletrônica não é um mero tambor que o branco toca quando tenta imitar o africano, mas um verdadeiro bate-estacas, pois dentro de todo esse movimento por trás do ritmo há toda uma filosofia de natureza modernista, que renega a metafísica da arte. Ela destrói tudo de modo a construir alguma coisa no lugar, mas não se sabe o que é, pois ela não tem planos, por ser irracionalista na essência.

2.1) Os que apreciam tal música são como operários em construção (cuja mente é como uma tela em branco, onde você pode pintar qualquer rabisco tosco e sair por aí dizendo que é obra de arte - obra de arte moderna, diga-se de passagem).

2.2) Eles se enquadram na definição de criança, segundo Locke. E isso é uma espécie de dadaísmo musical.

3.1) O dadaísmo é uma arte caótica, onde as coisas são criadas ao acaso, sem uma intenção estética definida. Ela tem um aspecto primitivo e bárbaro, sem nenhum apreço ao belo, ao harmônico, que geralmente remete a Deus.

3.2) Como o diabo aprecia o feio e o disforme, ele foi usado como uma arte de protesto, uma vertente do movimento revolucionário. Desse movimento, surgiu uma nova arte naïf (arte ingênua), que é essa mesma arte, só que adota o mito do bom selvagem de Rousseau como um ideário estético a ser perseguido em si mesmo, uma vez que o homem nasce bom, mas a civilização o corrompe.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de agosto de 2019 (data da postagem original).