domingo, 5 de fevereiro de 2023
segunda-feira, 31 de outubro de 2022
O sufrágio eleitoral é o sufrágio universal dos capazes? Uma reflexão sobre isso
1) Uma pessoa sensata, quando julga um fato - no caso, as obras feitas por um governo sério e responsável - sempre vai motivar sua decisão, já que ela está na condição de juiz, ainda que não seja obrigada a fazê-lo. A sinceridade dos propósitos com a qual julga as coisas nos méritos de Cristo leva a pessoa a agir bem perante o dever, enquanto chamado para se votar bem - e se juntarmos o voto dessa pessoa aos votos motivados de um colégio de eleitores sensatos agindo da mesma forma, talvez o maior desafio seja achar o voto médio de um determinado colégio eleitoral, pois cada voto conta e cada fundamentação relevante conta. Como a verdade é o fundamento da liberdade, os motivos determinantes mais importantes - cuja medida se dá onde Cristo se faz mais presente, observadas as circunstâncias locais - determinarão a formação de um ato administrativo complexo, o qual constituirá os termos e limites do mandato parlamentar que será conferido ao agente político de modo que este nos represente junto ao parlamento ou para gerenciar a coisa comum em nosso nome, por nossa conta e risco, uma vez que o direito eleitoral é a operacionalização do direito constitucional, o qual, por sua vez, é um programa metajurídico de Direito Administrativo cuja finalidade é cuidar do bem comum, o qual pertence aos administrados, já que a soberania pertence ao povo, que é a voz de Deus. Para criamos pessoas sensatas, precisamos de famílias cultivadas no espírito da verdade, que é o fundamento da liberdade, a qual aponta para Deus, para a conformidade com o Todo que vem de Deus.
2.1) Mas como vivemos num tempo onde as pessoas são incapazes, muitas vezes estimulas por governos tomados como se estes fossem religião, de buscarem sua própria voz, a ponto de de serem incapazes de criarem uma consciência pessoal de que estão diante do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem e de que são livres em Cristo, por Cristo e para Cristo e que são nos méritos de Cristo responsáveis pelos seus próprios atos que praticam perante o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem e que Este não pode ser enganado, então vivemos tempos onde muitas delas, contaminadas pelas idéias revolucionárias - próprias de um mundo sem Deus - se acham putativamente capazes de decidir o futuro da nação de antemão, partindo do pressuposto de que a lei geral e abstrata considera que eles têm capacidade eleitoral, sem se realmente apurar perante um juízo competente estes têm capacidade de fato, tanto etárias quanto psicológicas, para o bom exercício desse direito, o que é uma grande tolice. E isso cria uma verdadeira fábrica de manipulações, um mar de oligofrênicos, de incapazes absolutos de fato entre nós que estão munidos de um título eleitoral, mas que são incapazes de gerir a própria vida.
2.2) A prova cabal disso é que um insensato age como um pródigo, não como um juiz, quando na condição de eleitor - ele vota com o estômago ou com o bolso e conta sempre com a chancela de outros asnos como ele para que sua vontade seja manifestada, uma vez que o seu voto é fruto de sua vida desenfreada, pois o biedny vive segundo a concupiscência da carne e em constante desesperação. Eis o império da quantidade, cuja ordem é servida com fins vazios - e esse império cedo ou tarde perecerá.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2022 (data da postagem original).
sexta-feira, 6 de maio de 2022
O Concílio Vaticano II é o 1789 na Igreja
“A aproximação que eu faço da crise da Igreja com a Revolução Francesa não é uma simples metáfora. Nós estamos na continuidade dos filósofos do século XVIII e do transtorno que as suas idéias provocaram no mundo.
Os que transmitiram este veneno à Igreja são os mesmos a confessá-lo. É o cardeal Suenens que exclama: «o Vaticano II é o 1789 na Igreja» e acrescentava, entre outras declarações desprovidas de precauções oratórias: «Não se compreende nada da Revolução Francesa ou Russa se se ignora o antigo regime ao qual elas puseram fim... Igualmente em matéria eclesiástica, uma reação não se julga a não ser em função do estado de coisas que a precederam.»
O que precedeu e que ele considerava como devendo ser abolido, é o maravilhoso edifício hierárquico que tinha no seu cimo o papa, vigário de Jesus Cristo sobre a terra: «O Concílio Vaticano II marcou o fim de uma época, por menos que se recue, ele marcou mesmo o fim de uma série de épocas, o fim de uma era.»…
Tudo estava preparado para a data anunciada e a 11 de Outubro de 1962, os padres tomavam lugar na nave da Basílica de São Pedro em Roma. No entanto houve um acontecimento que não tinha sido previsto pela Santa Sé: o Concílio desde os primeiros dias foi invadido pelas forças progressistas. Nós experimentamo-lo, sentimos e quando digo «nós», eu entendo a maioria dos padres do concílio naquele momento.
Mas os que haviam urdido este pequeno golpe de Estado tinham-no feito de antemão com indivíduos selecionados nos diversos países. Eles puderam adiantar-se às conferências e, de fato, obtiveram uma grande maioria.
Reconciliar a Igreja com a Revolução, tal é a empresa dos liberais que se dizem católicos.”
Dom Marcel Lefèbvre, em “Permanência”, 1969.
Fonte da postagem: http://usheethe.com/LWxX
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quarta-feira, 29 de setembro de 2021
Por que é fundamental que os príncipes se casem com princesas?
Nos últimos três séculos, o costume de só se casarem os Príncipes com Princesas adquiriu particularmente força de lei consuetudinária em muitas Dinastias. E é muito explicável que assim tenha ocorrido, pois se trata de um mecanismo de defesa das Dinastias contra a perda da noção da própria missão histórica.
Em conseqüência da disseminação, em todo o Ocidente, dos erros da Revolução Francesa, produziram-se Repúblicas em série, destronaram-se dezenas de Famílias reinantes e, mesmo nas Dinastias remanescentes dos sucessivos “furacões” que abalaram a ordem européia, a influência igualitária e antimonárquica da Revolução deixou marcas profundas.
Ora, para as Dinastias – ainda que destronadas e mesmo banidas de sua Pátria – era fundamental dever de consciência se conservarem sempre preparadas para, a qualquer momento em que as chamassem as respectivas Nações, atender imediatamente a esse chamado. Para isso, precisavam absolutamente – era para elas questão de sobrevivência – não perder a noção da própria missão histórica.
Nessas circunstâncias, quando toda a tendência avassaladora impelia os Príncipes e as Princesas a se diluírem na alta e na média burguesia, é compreensível que os Soberanos e Chefes de Casa zelosos tenham fechado questão na observância estrita de um costume que já tendia a se tornar lei consuetudinária. Ao se abrirem exceções nesse ponto, os casamentos desiguais se transformariam em regra geral e, ao cabo de poucas gerações, a Dinastia teria perdido inteiramente a noção de sua missão.
Assim, repetimos, o que antes era um costume mais ou menos generalizado passou a ser requisito fundamental para a fidelidade à própria missão histórica.
Fonte: SANTOS, Armando Alexandre dos. Parlamentarismo, sim! Mas à brasileira, com Monarca e Poder Moderador eficaz e paternal. 2º ed. São Paulo: Artpress, 2015, pp. 239-240.
Foto: Suas Altezas Imperiais e Reais o Príncipe Dom Antonio de Orleans e Bragança, terceiro na linha de sucessão ao Trono e à Coroa do Brasil, e sua esposa, a Princesa Dona Christine de Ligne de Orleans e Bragança, no dia de seu casamento, celebrado a 26 de setembro de 1981, na Igreja de Saint-Pierre, em Beloeil, no Reino da Bélgica.
Fonte da matéria: http://fumacrom.com/2JHv9
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quinta-feira, 14 de julho de 2011
Ainda se ouvem os ecos da Marselhesa - em memória das vítimas de 14 de julho de 1789
Essas ideologias, esses discípulos da Revolução Francesa - nacionalismo, socialismo, positivismo, fascismo e nazismo - por mais que sejam ideologias distintas, cada uma com seus métodos próprios de tomada do poder por meio da ação revolucionária, todas elas apresentam algo em comum: simpatizam com o que aconteceu em 14 de Julho. Por causa dessa simpatia, Eesa Revolução se alastrarou pelos 5 continentes - e em 2 séculos, ela produziu uma carnificina nunca antes vista na história da humanidade. Ensinou países a relativizarem princípios morais inquestionáveis, decorrentes da verdade revelada; a zombarem do passado do qual antes se orgulhavam - e a idolatrar um futuro ilusório, que nunca chegará porque se adia por si mesmo, por ser uma promessa vazia e vã, tal qual a promessa de um político, quando pede voto ao seu eleitor.