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terça-feira, 2 de abril de 2024

Notas sobre o potencial do Sem Parar, um plano para estacionar seu carro nos principais estabelecimentos comerciais do país

1) Eu estava passando pelo Méliuz até que tomei conhecimento do Sem Parar, um site que vende um programa de assinaturas que permite ao consumidor estacionar o carro em até mais de quatro mil estabelecimentos comerciais de todo o país, incluindo shoppings e condomínios.

2.1) Um negócio dessa natureza é até novidade e algo muito bem-vindo no país, pois isto faz com que as visitas a esses estabelecimentos se tornem mais eficientes produtivas e rápidas.

2.2) Como tem sido tendência agora as lojas de shopping center se tornarem lojas de conceito, a ponto de focarem na imersão na experiência de consumo, a tendência agora é que os estacionamentos dos shopping centers em geral acabem sendo um lugares de alta rotatividade, a ponto de se tornarem um negócio autônomo em relação aos próprios shoppings, a tal ponto que muitas das antigas lojas, que abrigavam as lonjas âncora, acabarem se tornando armazéns bem localizados, feitos de tal modo que o consumidor venha pessoalmente reclamar suas compras e levá-las diretamente da loja, economizando assim com o frete - o que faz com que os responsáveis pelo estabelecimento ganhem pelo volume, pela rotatividade do estacionamento, a ponto de também terem direito a uma comissão pelas vendas, dada a natureza rápida e produtiva dessas visitas, uma vez que acessório segue a sorte do principal. Como muitos preferirão resgatar mercadoria no ambiente físico da loja - o que faz com que estas lojas mantenham sua natureza lojas de conveniência, a ponto de ressignificar a natureza dos shoppings - a tendência é que a pessoa acabe pagando dois cashbacks: um pela loja e outro pela assinatura do programa de estacionamento.

3) Neste sentido, isto é uma mudança considerável nos hábitos de consumo, pois o shopping se tornou mais um lugar de passagem do que um lugar de estadia - um programa de lazer para a família como era nos anos 80, quando começaram a surgir sistematicamente no Rio de Janeiro, aqui onde vivo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 02 de abril de 2024 (data da postagem original).