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sábado, 27 de janeiro de 2024

Comentários sobre a prática que determinadas empresas transacionais podem fazer ao se valerem de uma data nacional de seus países de origem de modo a prejudicarem seus consumidores no estrangeiro - notas sobre as conseqüências das violações aos direitos dos consumidores no âmbito do direito internacional privado

1) Conversando com a minha mãe a respeito dessa minha última observação, onde as empresas transnacionais tendem a pagar cashbacks maiores e a oferecer descontos melhores a seus clientes em razão de um eventual feriado nacional de seus países de origem, é preciso ficar atento ao problema que algumas empresas criam de modo a frustar a liberdade de escolha: em vez de estas oferecerem descontos e cashback para seus clientes em todo o catálogo, algumas lojas oferecem esse cashback a seus clientes em alguns produtos selecionados, que nem sempre são de ótima qualidade.

2) Este problema se chama ilusão de escolha e pode criar lesões sistemáticas às relações de consumo, que nada mais são do que quebra das relações de confiança - o que levar até mesmo à quebra da cadeia de produção, que já é globalizada. E se uma empresa transacional usa o feriado nacional de seu pais de origem como desculpa ou pretexto para lesionar os clientes de outra terra, de modo a obter dinheiro fácil, isto é crime de apatria para com o seu país de origem e de lesa-pátria para com o outro que toma seus serviços, pois o nome do país com o qual esta empresa criminosa tem vínculo nacionalidade fica com seu nome manchado junto ao público brasileiro, a ponto de se ter a impressão de que o referido país está lhe concedendo proteção jurídica de modo a dar salvoconduto para os abusos que esta pratica, o que constitui uma espécie de licença de corso contra a economia popular de outro país - o que é um ato atentatório à soberania, uma das causas de declaração de guerra justa, ainda que de ordem econômica. Quando uma empresa que serve mal age desse modo, trata-se de um verdadeiro assassinato de reputações - e isto pode gerar uma séria crise diplomática entre os países.

3) Se o Itamaraty fosse sério e fizesse diplomacia empresarial a sério, este poderia mover o corpo diplomático de modo a entrar em contato com os parlamentares da nação envolvida para tomarem medidas cabíveis contra a empresa em questão. Nesta caso, não é só o povo brasileiro, na qualidade de consumidor, que foi lesado, mas também o bom nome do país que exporta serviços com excelência para todo o mundo que está sendo lesado, pois está tendo sua reputação manchada por conta das práticas empresarias abusivas dessa empresa, uma vez que ela está se pautando no fundamento de que o capital não tem pátria, a ponto de praticar pirataria privateira, quando na verdade o capital é construído ao se servir de tal modo que duas nações sejam tomadas como um mesmo lar em Cristo, por conta da santificação através do trabalho, a ponto de a autoridade e responsabilidade do empreendedor, enquanto particular que colabora com ambos os poderes públicos, promova o aprimoramento da liberdade de muitos - e a causa dessa liberdade se dá no conhecimento da verdade e é da necessidade de se conhecê-la que se tem a liberdade: eis o motor da cultura e do intercâmbio cultural.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 2024 (data da postagem original).

terça-feira, 30 de agosto de 2022

Notas sobre a cultura do cashback na economia de consumo e a sua importância quanto a isso

1) Quando vou fazer uma compra com cartão de crédito, eu procuro saber se a loja virtual me oferece cashback e qual seria o valor dessa taxa.

2) Pela minha experiência, eu escolho a loja com a qual vou comprar pelos seguintes critérios: se ela oferece parcelamento em doze vezes sem juros - um critério que me é necessário - e se me oferece cashback - um critério desejável. Se a loja A me oferece tudo isto de que necessito, ela já conquista a minha preferência; se a loja B me oferece tudo isto e uma taxa de cashback maior, talvez ela mereça minha atenção, se não for uma Magazine Luiza, uma loja cuja dona é comunista. 

3) Ao contrário do que pensa Ludwig von Mises, quando faço uma compra eu também levo em conta quem está por trás da loja A - se descubro que meu dinheiro está sendo usado para financiar o que não presta, eu paro de comprar naquela loja, uma vez que o proprietário daquela loja está apelando ao amor próprio para afastar a todos nós da conformidade com o Todo que vem de Deus, o que pavimenta o caminho para o comunismo; se a loja B foi recentemente adquirida por um empresário católico e se nela o novo proprietário promove os valores tradicionais, fundados na conformidade com o Todo que vem de Deus, não me importo de pagar um pouco mais caro pelo pedido, pois eu sei que o dinheiro será bem usado para não só aprimorar aquela loja, como também pagar bem os salários dos empregados nos méritos de Cristo, pois está ela pedindo dinheiro emprestado através da minha compra, assim como dos demais consumidores. E sobre isso incidem juros, os quais devem ser retornados em serviços melhores para mim e outros fregueses, uma vez que um Cristo necessitado é o banco de Deus, não um bolchevique.

4) Se a loja me pagar um bom cashback em retorno, é como se o dono estivesse vendo Cristo em mim a ponto de me dizer o seguinte: "não é uma esmola porque não sois mendigo, nem um auxílio porque não precisais dele. Também não é o que me sobra o que vos ofereço - este cashback representa minha gratidão, pois o que eu tenho eu recebi de vós, que fostes um Cristo para mim".

5.1) Se a cultura cristã no Brasil fosse forte, o cashback teria uma profunda relação com o distributivismo católico - o que me permitirá conhecer melhor os custos da oportunidade perdida por conta de eu não comprar com a loja B e sim com A, pois isso revela os custos de oportunidade decorrentes de uma decisão econômica a ser tomada, do ponto de vista do consumidor, posto que mercado é encontro, não sujeição. 

5.2.1) Se a verdade é o fundamento da liberdade, você deixará de obter muitos ganhos sobre a incerteza neste vale de lágrimas se você tomar uma decisão injusta ou insensata, caso prefira agradar ao mundo e não a Deus. 

5.2.2) Por isso, o mecanismo de cashback é um poderoso instrumento que incentiva a responsabilidade interpessoal na ordem econômica, sobretudo numa ordem onde as pessoas buscam ser livres em Cristo, por Cristo e para Cristo a ponto de se santificarem através do trabalho ou do estudo - a base da economia católica, da economia da salvação, da ordem econômica e social voltada para o bem comum - o que é essencial para se tomar o país onde se vive como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo., o que nos prepararia para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de agosto de 2022 (data da postagem original).

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

A verdade sobre o paypal, enquanto programa de proteção aos consumidores

1) O Paypal tem se assumido um programa de proteção ao consumidor - ele surgiu como um acessório criado de modo a seguir a sorte de seu principal, o Ebay. Com o tempo, tornou-se uma empresa autônoma, em relação ao Ebay.

2) Por conta de servir a confiança dos consumidores e comerciantes, isso acabou criando uma moeda fiduciária virtual privada, a ponto de ser aceita como meio de pagamento em diferentes estabelecimentos comerciais.

3) Como servir confiança é promover a liberdade de escolha como forma de alavancar o desenvolvimento econômico e social de uma nação a ponto de estimular uma maior integração entre as pessoas, fazendo estas serem cada vez mais responsáveis e fiéis umas com as outras - o que torna a relação de confiança uma relação produtiva -, então é natural que o Paypal acabe se tornando um banco de fomento ao consumo. E bancos, até onde sei, podem oferecer seguros - a maior prova disso é o que paypal tem oferecido eventuais cupons de desconto aos seus clientes todos os meses, ao fim de cada mês, o que constitui um verdadeiro seguro contra a usura dos maus comerciantes, a ponto de protegê-los contra a lesão, fazendo com que o preço fique mais justo para o consumidor, resolvendo assim a crise do contrato, decorrente do uso dos contratos de massa, criando assim uma relação trilateral de comércio.

4.1) O problema desses seguros de consumo é que eles são dados maneira graciosa, eventual, a ponto de serem considerados recursos escassos - se eles fossem dados de maneira recorrente, isso acabaria consolidando de vez a doutrina do preço justo da Igreja Católica, a ponto de acabar com a chamada ética protestante e com seu famigerado subproduto: o senso de fazer da riqueza sinal de salvação (aquilo que Marx chamou de capitalismo e que na verdade se chama crematística, tal como foi apontado e condenado por Aristóteles em sua Ética a Nicômaco). 

4.2) Essas empresas, até onde sei, elas operam contra os valores da Igreja e contra o senso de se conservar a dor de Cristo na sociedade a ponto de isso se tornar tradição política, já que a verdade decorrente do sacrifício derradeiro na Cruz é o fundamento da liberdade. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de setembro de 2021 (data da postagem original).

Também disponível na minha página de escritor no facebook: http://fumacrom.com/2Hesg

Postagem relacionada:

https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2021/09/da-loja-como-uma-catedral-do-consumo-e.html