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segunda-feira, 11 de julho de 2022

Por que não devemos seguir os conselhos de um economista, sobretudo liberal?

1) Dizia Roberto Campos que o modo mais seguro de alguém entrar em falência era seguir os conselhos de um economista. 

2.1) Se você observar a história de Richard Cantillon, que é considerado o primeiro economista da História, ele era banqueiro agiota e especulador, a tal ponto que deu desfalque numa companhia que havia no Mississippi, numa época em que o território era de colonização francesa, a ponto de gerar sérios prejuízos a seus investidores. 

2.2) Por conta disso, seus escritos sobre economia permaneceram em segredo e foram publicados somente 21 anos após sua morte. Eles certamente foram usados pela maçonaria, a tal ponto que isso deu origem aos fisiocratas e ao pensamento de Adam Smith. Tudo isso serviu de laboratório para a fabricação de crises no mundo inteiro. Neste ponto, a economia é a ciência da fabricação dessas crises - e nela a técnica se torna uma magia, pois o homem deseja se tornar um Deus. E neste sentido a economia tende a uma plutologia, dada à natureza revolucionária da mentalidade liberal, o que põe em dúvida a qualidade dessa dita ciência, já que ela está a serviço de uma ideologia revolucionária.

3.1) Quando analisamos a história do primeiro economista, enquanto modelo para todos os demais, isso indica que não devemos ser como ele, pois eles são especialistas em fraudes contra credores, em crimes financeiros e em lavagem de dinheiro. 

3.2) A diferença de Richard Cantillon para a época atual é que não existia uma lava-jato e toda uma estrutura de Estado preparada e especializada para reprimir crimes iguais ao que este praticou, crimes estes que acabaram pondo fim à monarquia Francesa, à aliança do altar com o trono e que certamente estão destruindo tudo o que há de bom da civilização ocidental, que é essencialmente greco-romana, além de ibérica, pois devemos dar à Espanha e a Portugal o crédito de terem expandido a fé cristã pelos quatro cantos do mundo. 

4) A conclusão a que podemos chegar é que a Era das Revoluções é essencialmente a era do banditismo - e a espinha dorsal do banditismo são os crimes de natureza financeira praticados pela maçonaria. E a economia, praticada por essa gente, serviu muito a este propósito.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de julho de 2022 (data da postagem original).

domingo, 10 de julho de 2022

Como era a França na época de Richard Cantillon, o pai da Economia Política Moderna?

1) Na época de Richard Cantillon, a França era uma das filhas favoritas da Igreja Católica. O Rei da França, na qualidade de vassalo de Cristo entre os franceses, patrocinava as artes e os ofícios, o que levava ao desenvolvimento econômico e civilizatório daquela sociedade onde, ao menos, a maioria das pessoas amavam e rejeitavam as mesmas coisas tendo o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem por fundamento. 

2) Toda a economia era voltada para atender as necessidades do soberano - e as pessoas trabalhavam de modo a atendê-lo como se fossem atender ao próprio Cristo: com excelência. Eis a razão da economia e da manufatura de luxo, pois o dinheiro que se ganhava atendendo às necessidades do Rei e da Nobreza era empregado no desenvolvimento de produtos de modo a atender as necessidades da gente comum da população. Não eram da mesma qualidade que os produtos destinados à nobreza e à realeza, mas eram feitos com excelência e feitos para durar, uma vez que eram destinados ao atendimento das necessidades práticas da população pelo pão de cada dia.

3.1) Se o soberano patrocinava a manufatura de luxo, ele certamente patrocinava o desenvolvimento de uma toda economia de segunda mão que visava ao atendimento da população comum, já que a maioria dos membros do povo eram considerados filhos da Igreja e, portanto, protegidos desse vassalo de Cristo. 

3.2) Como a autoridade do soberano aperfeiçoava a liberdade de muitos, isso fazia com que os poderes de se usar, gozar e dispor dos bens da via fossem distribuídos ao maior número de pessoas possível - esse foi o maior legado dos vicentinos na ordem social, o que antecipou as idéias de Chesterton e Belloc em séculos.

4.1) Por que razão digo isso? Porque o vassalo de Cristo é patriarca: além de ser pai de seus filhos, ele é também pai de muitos, como são os padres da Igreja - e este é o poder natural dos reis. E a função natural dos pais, além da segurança, é aperfeiçoar a liberdade de seus filhos de tal modo que o desenvolvimento seja uma expressão da verdade - como Cristo é o caminho, a verdade e a vida, então a liberdade é a expressão maior do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem que fez tudo o que Pai Eterno queria por amor, dentro dessa conformidade com o Todo que vem de Deus.

4.2.1) Quando há traição a esse princípio sagrado, onde o homem busca a si mesmo e não deseja mais ser amigo de Deus, então temos a economia da não-sujeição ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem  a ponto de se tornar um sério problema espiritual, político e material - um verdadeiro problema civilizatório. 

4.2.2) Este é o maior problema que precisa ser resolvido, pois ele é fruto desse mistério, que é a iniqüidade revolucionária.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de julho de 2022 (data da postagem original).