1.1) Segundo o que o professor Loryel Rocha nos aponta em seu vídeo "O Brasil não foi colônia", uma colônia era uma atividade econômica organizada feita de modo a lavrar a terra e estimular outras atividades econômicas organizadas, fazendo com que estas se dediquem a transformar os produtos da terra em produtos acabados e de alto valor agregado, uma vez que o primeiro passo para se servir a Cristo em terras distantes é lavrar a terra, pois é dela que extraímos todas as riquezas, como bem dizem os fisiocratas. Não é à toa que Portugal estimulou o desenvolvimento de seus territórios ultramarinos por força disso.
1.2) Quando essa colônia alimenta as vilas e cidades distantes, e fornece matérias-primas a elas a ponto de terem um comércio bem desenvolvido, ela acaba fazendo com que essas regiões todas sejam tomadas como um mesmo lar em Cristo em seu conjunto, a tal ponto que as vilas e cidades distantes se especializam na transformação de produtos da terra e acabam ficando ricas por força disso, o que atrai mais gente para povoar uma região inteira, em busca de oportunidades de trabalho. E, nesse ponto, o conceito de tomar o país como um lar em Cristo pode ser distribuído para o além-mar.
2.1) Enfim, o povoamento de uma terra distante depende essencialmente dessas duas coisas: de colônias vocacionadas à tarefa de extrair as riquezas da terra e de cidades cuja vocação seja de converter essas riquezas em produtos de alto valor agregado.
2.2.1) Não é à toa que esses negócios eram tocados por famílias que viviam em pequenas ou médias propriedades - e quando tinham servos para trabalhar, eles eram pagos a peso de ouro, a ponto de serem tratados como se fossem parte da família, uma vez que estavam sujeitos à proteção e autoridade do senhor dessas terras.
2.2.2) Afinal, é insensatez maltratar o cativo, pois isso, além de ser pecado grave - a ponto de perder a amizade de Deus sistematicamente -, é também contraproducente, pois só quem concentrava muita riqueza em poucas mãos, como os grandes senhores de engenho, é que podiam fazer isso, já que faziam da riqueza sinal de salvação a tal ponto que não tinham escrúpulos de escravizar gente, uma vez que esses eram vistos de antemão como condenados.
2.2.3) Esses grandes senhores de engenho, em geral, eram judeus que se convertiam ao cristianismo de modo a evitar serem perseguidos (cristãos novos) ou estrangeiros que praticavam o calvinismo (holandeses ou franceses). Neste ponto, estavam fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.
2.3.1) Os servos que eram comprados desses reinos africanos islamizados eram salvos da morte por meio desse ato de compra, que era um ato de caridade (tanto é verdade que a Igreja salvou muitos desses escravos comprando-os da África e trazendo-os para o Brasil). Quando se convertiam ao cristianismo, esses novos cativos tinham uma dívida de gratidão com seu novo senhor e trabalhavam de modo a poderem indenizá-lo pelas despesas que este teve ao salvá-los da morte certa.
2.3.2) Isso confirma a tese de que Portugal não foi uma potência escravista, como muitos nos fazem pensar, como também confirma a tese do Jorge Caldeira de que o Brasil foi desenvolvido pela iniciativa dos que tinham pequenas e médias propriedades - e não pelos grandes senhores de engenho, tal como está impregnado no nosso imaginário. A maior prova disso é que os documentos da época da abolição falavam em eliminar o elemento servil e não em escravidão, pois no cristianismo ninguém tem poder de vida ou de morte sobre os servos, a não ser o próprio Deus.
2.4.1) O senhor que tinha um servo tinha que lhe prover o sustento e recursos de modo que ele pudesse se desenvolver e se tornar uma pessoa livre após um determinado tempo de serviço (geralmente 7 anos). Tratava-se de uma servidão por dívida. Isso confirma a tese de que esses escravos, quando pertenciam a um pequeno ou médio proprietário rural, não eram maltratados.
2.4.2) Por conta da vida fundada na conformidade que vem de Deus, que os libertou da escravidão dos islâmicos, muitos dos que vieram para cá como servos faziam uma poupança de modo a comprar a alforria, a qual era paga ao pequeno e médio proprietário de terras, esse bom senhor que os salvou das tribos africanas islamizadas, evitando assim que fossem mortos por essa gente, já que para os islâmicos a escravidão é um direito inalienável.
2.4.3) Essa despesa tinha que ser restituída por uma questão de justiça, pois era mais do que uma dívida financeira; tratava-se de uma dívida moral, uma vez que Jesus remiu a todos os que acreditaram n'Ele com o seu sangue. Eles aprendiam isso quando vinham ao Brasil e se tornavam cristãos, pois o país foi fundado com o propósito de servir a Cristo em terras distantes, por força de Ourique.
2.4.4) Quando os cativos ficavam livres, eles podiam ter seus próprios servos ou voltar para a África, ajudando a desenvolver a tribo da qual faziam parte, não só economicamente como também militarmente. E assim essas tribos ficavam mais resistentes aos ataques das tribos e dos reinos africanos islamizados.
2.4.5) Esses reinos africanos que tiveram seus súditos repatriados acabavam fazendo pactos defensivos com os portugueses e se tornavam protegidos do Reino de Portugal, uma vez que esses negros alforriados se tornavam diplomatas perfeitos neste aspecto, pois estavam tomando dois lugares como um mesmo lar em Cristo, a ponto de servirem a Ele em terras distantes - e as filhas desses escravos libertos, que acabavam se tornando reis desses lugares, eram casadas com os nobres portugueses, a ponto de fortalecer a relação entre os portugueses e os habitantes da África e da América.
3.1) Quando a chaga do liberalismo começou a dominar o Reino de Portugal, Brasil e Algarves, o país foi sendo paulatinamente descristianizado, desde a famigerada secessão de 1822. Tanto é que verdade que a relação de servidão tornou-se mais cruel, a ponto de o senhor ter poder de vida e de morte sobre os servos e se tornarem seus escravos, uma vez que o homem voltou a ser a medida de todas as coisas.
3.2) Foi graças à ação dos abolicionistas e de uma princesa muito católica chamada Isabel que esta relação foi de vez abolida, pois o tempo de aboli-la havia chegado e é por conta da vingança desses maçons que o Império foi derrubado de modo a dar lugar a esta república que nos escraviza sistematicamente. Ela perdeu seu trono, mas ganhou a coroa da justiça, a ponto de que devemos tomá-la como santa, uma verdadeira amiga de Deus por força disso.
4.1) Enfim, é por conta do amor de si até o desprezo de Deus que a relação de servidão degrada numa escravidão. Se o senhor tem direitos sobre os corpos dos escravos, então ele pode abusar deles a ponto de morrerem por força disso.
4.2) Disso até o direito de abusar do próprio corpo, a ponto de pichá-lo com tatuagens e mutilá-lo com piercings, trata-se de um verdadeiro pulo, de uma verdadeira gnose.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 8 de agosto de 2018.
1.2) Quando essa colônia alimenta as vilas e cidades distantes, e fornece matérias-primas a elas a ponto de terem um comércio bem desenvolvido, ela acaba fazendo com que essas regiões todas sejam tomadas como um mesmo lar em Cristo em seu conjunto, a tal ponto que as vilas e cidades distantes se especializam na transformação de produtos da terra e acabam ficando ricas por força disso, o que atrai mais gente para povoar uma região inteira, em busca de oportunidades de trabalho. E, nesse ponto, o conceito de tomar o país como um lar em Cristo pode ser distribuído para o além-mar.
2.1) Enfim, o povoamento de uma terra distante depende essencialmente dessas duas coisas: de colônias vocacionadas à tarefa de extrair as riquezas da terra e de cidades cuja vocação seja de converter essas riquezas em produtos de alto valor agregado.
2.2.1) Não é à toa que esses negócios eram tocados por famílias que viviam em pequenas ou médias propriedades - e quando tinham servos para trabalhar, eles eram pagos a peso de ouro, a ponto de serem tratados como se fossem parte da família, uma vez que estavam sujeitos à proteção e autoridade do senhor dessas terras.
2.2.2) Afinal, é insensatez maltratar o cativo, pois isso, além de ser pecado grave - a ponto de perder a amizade de Deus sistematicamente -, é também contraproducente, pois só quem concentrava muita riqueza em poucas mãos, como os grandes senhores de engenho, é que podiam fazer isso, já que faziam da riqueza sinal de salvação a tal ponto que não tinham escrúpulos de escravizar gente, uma vez que esses eram vistos de antemão como condenados.
2.2.3) Esses grandes senhores de engenho, em geral, eram judeus que se convertiam ao cristianismo de modo a evitar serem perseguidos (cristãos novos) ou estrangeiros que praticavam o calvinismo (holandeses ou franceses). Neste ponto, estavam fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.
2.3.1) Os servos que eram comprados desses reinos africanos islamizados eram salvos da morte por meio desse ato de compra, que era um ato de caridade (tanto é verdade que a Igreja salvou muitos desses escravos comprando-os da África e trazendo-os para o Brasil). Quando se convertiam ao cristianismo, esses novos cativos tinham uma dívida de gratidão com seu novo senhor e trabalhavam de modo a poderem indenizá-lo pelas despesas que este teve ao salvá-los da morte certa.
2.3.2) Isso confirma a tese de que Portugal não foi uma potência escravista, como muitos nos fazem pensar, como também confirma a tese do Jorge Caldeira de que o Brasil foi desenvolvido pela iniciativa dos que tinham pequenas e médias propriedades - e não pelos grandes senhores de engenho, tal como está impregnado no nosso imaginário. A maior prova disso é que os documentos da época da abolição falavam em eliminar o elemento servil e não em escravidão, pois no cristianismo ninguém tem poder de vida ou de morte sobre os servos, a não ser o próprio Deus.
2.4.1) O senhor que tinha um servo tinha que lhe prover o sustento e recursos de modo que ele pudesse se desenvolver e se tornar uma pessoa livre após um determinado tempo de serviço (geralmente 7 anos). Tratava-se de uma servidão por dívida. Isso confirma a tese de que esses escravos, quando pertenciam a um pequeno ou médio proprietário rural, não eram maltratados.
2.4.2) Por conta da vida fundada na conformidade que vem de Deus, que os libertou da escravidão dos islâmicos, muitos dos que vieram para cá como servos faziam uma poupança de modo a comprar a alforria, a qual era paga ao pequeno e médio proprietário de terras, esse bom senhor que os salvou das tribos africanas islamizadas, evitando assim que fossem mortos por essa gente, já que para os islâmicos a escravidão é um direito inalienável.
2.4.3) Essa despesa tinha que ser restituída por uma questão de justiça, pois era mais do que uma dívida financeira; tratava-se de uma dívida moral, uma vez que Jesus remiu a todos os que acreditaram n'Ele com o seu sangue. Eles aprendiam isso quando vinham ao Brasil e se tornavam cristãos, pois o país foi fundado com o propósito de servir a Cristo em terras distantes, por força de Ourique.
2.4.4) Quando os cativos ficavam livres, eles podiam ter seus próprios servos ou voltar para a África, ajudando a desenvolver a tribo da qual faziam parte, não só economicamente como também militarmente. E assim essas tribos ficavam mais resistentes aos ataques das tribos e dos reinos africanos islamizados.
2.4.5) Esses reinos africanos que tiveram seus súditos repatriados acabavam fazendo pactos defensivos com os portugueses e se tornavam protegidos do Reino de Portugal, uma vez que esses negros alforriados se tornavam diplomatas perfeitos neste aspecto, pois estavam tomando dois lugares como um mesmo lar em Cristo, a ponto de servirem a Ele em terras distantes - e as filhas desses escravos libertos, que acabavam se tornando reis desses lugares, eram casadas com os nobres portugueses, a ponto de fortalecer a relação entre os portugueses e os habitantes da África e da América.
3.1) Quando a chaga do liberalismo começou a dominar o Reino de Portugal, Brasil e Algarves, o país foi sendo paulatinamente descristianizado, desde a famigerada secessão de 1822. Tanto é que verdade que a relação de servidão tornou-se mais cruel, a ponto de o senhor ter poder de vida e de morte sobre os servos e se tornarem seus escravos, uma vez que o homem voltou a ser a medida de todas as coisas.
3.2) Foi graças à ação dos abolicionistas e de uma princesa muito católica chamada Isabel que esta relação foi de vez abolida, pois o tempo de aboli-la havia chegado e é por conta da vingança desses maçons que o Império foi derrubado de modo a dar lugar a esta república que nos escraviza sistematicamente. Ela perdeu seu trono, mas ganhou a coroa da justiça, a ponto de que devemos tomá-la como santa, uma verdadeira amiga de Deus por força disso.
4.1) Enfim, é por conta do amor de si até o desprezo de Deus que a relação de servidão degrada numa escravidão. Se o senhor tem direitos sobre os corpos dos escravos, então ele pode abusar deles a ponto de morrerem por força disso.
4.2) Disso até o direito de abusar do próprio corpo, a ponto de pichá-lo com tatuagens e mutilá-lo com piercings, trata-se de um verdadeiro pulo, de uma verdadeira gnose.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 8 de agosto de 2018.
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