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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

A função empresarial sistemática, enquanto ciclo produtivo, não pode ser separada das relações sociais que o constituíram, pois não é puro

1) Do ponto de vista da doutrina geral sobre os bens de Carl Menger, os bens de terceira ordem são transformados em bens de segunda ordem - e esses bens de segunda ordem, com o apoio de todos os bens complementares necessários, são transformados em bens de primeira ordem, os necessários ao atendimento das necessidades humanas mais imediatas - os bens de consumo. 

2) O ciclo de produção ao consumo é uma função, pois o bem de segunda ordem não pode ser revertido em bem de terceira ordem, pois a farinha não pode voltar a ser trigo, assim como o pão não pode voltar a ser farinha, água ou a energia gasta pelo padeiro para produzi-lo.

3.1) Se formos ver o que não se vê, tal como diz Bastiat, por trás desta função há uma relação entre pessoas, em que A investe em B e B investe em A, por conta do princípio da solidariedade e da confiança.

3.2) Esta função não pode ser separada das relações fundadas na conformidade com o Todo que vem de Deus - se ela fosse pura, ela faria tudo o que é sólido se desmanchar no ar. Como isso se dá em escalas, ela faria as relações sociais serem líqüidas, tal como Zygmunt Bauman afirmou corretamente, pois o líqüido assume a forma de seu recipiente. 

3.3) Se cada recipiente tem sua verdade, então basta conservar o que é conveniente e dissociado da verdade - e isso está à esquerda do Pai no seu grau mais básico.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de novembro de 2016 (data da postagem original).

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