1) Durante o Regime Militar (que durou entre 1964 e 1985), houve uma campanha de promoção da cultura da limpeza na sociedade - e o símbolo dessa campanha foi o sujismundo. No final de cada peça publicitária promovida por essa campanha higienista, o mote "povo desenvolvido é povo limpo".
2) As conseqüências dessa campanha já foram incorporadas à nossa cultura e ao nosso estilo de vida. Enquanto os americanos comem pizza com as mãos, nós comemos o mesmo alimento com pratos e talheres, quando não com guardanapos - isso é sinal de progresso civilizatório. Nós escovamos os dentes com freqüência, nós tomamos banho todos os dias a ponto de sermos considerados o povo mais limpo do mundo - o que é muito bom, mas isto não é suficiente.
3) O próximo passo dessa campanha é avançarmos um pouco mais - povo desenvolvido é povo limpo, livre de qualquer pecado fundado naquilo que se conserva de conveniente e dissociado da verdade - e como diria São João Paulo II, a verdade é o fundamento da liberdade. E o primeiro passo é largarmos da idéia de que fomos colônia de Portugal - por ordem de Cristo, Portugal expandiu a fé cristã e povoou esta terra de gente que amava e rejeitava as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Os que já habitavam esta terra antes da chegada dos portugueses foram incorporados a este projeto de propagação de fé cristã - este projeto civilizacional que foi rompido com o famigerado ato de apatria havido em 1822, em que o então príncipe-regente desonrou todos os seus antecessores e criou todo um ambiente revolucionário onde a monarquia acabou sendo uma transição para a república que se instalaria em 1889.
4.1) Se tivermos que falar em pais da pátria, então temos que falar nos fiéis vassalos de Cristo que honraram a tarefa que foi dada a D. Afonso Henriques por Cristo a ponto de ser essa a nossa tradição, a ponto de isso ter continuidade ao longo dos séculos e das gerações.
4.2) Esta tradição faz com que eu tome o país como um lar em Cristo com um sentido bem profundo - coisa que não teria com esta forma de contar a História do Brasil, fundada numa tradição revolucionária, seja ela de cunho liberal ou comunista, já que nenhuma dessas duas presta, por serem ambas falsas e totalmente destituídas de sentido.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 04 de abril de 2022 (data da postagem original).
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