1) Lá pelos idos de 2004 ou 2005, quando estive na Biblioteca Nacional pela primeira vez na vida, eu vi um marcador de livros que tinha mais ou menos esta frase: "Aqueles que lêem um livro vêem duas vezes melhor". Esta frase foi atribuída a Menandro, um líder do mundo antigo, responsável pela helenização da cultura grega à indiana, já que o império de Alexandre chegou até os confins do mundo conhecido.
2) Se ler é ver duas vezes melhor, isto implica ver o que não se vê, como diria Bastiat, a ponto de usar a imaginação de modo a compreender as possibilidades do mundo real, muito embora elas de fato não tenham acontecido ainda - o que leva a uma atitude intelectual propositiva, em vez de reativa. E é dentro de uma atitude propositiva, fundada na reflexão filosófica, que se cria a necessidade de se dizer a verdade, pois ela é o fundamento da liberdade - eis o motor da cultura.
3.1) Se ler é ver duas vezes melhor, então aplique isto a 80 livros lidos por ano.
3.2) Considerando que alguns livros são para serem provados, enquanto outros são para serem engolidos, ao passo que há outros que são para serem mastigados e digeridos, então este tipo de degustação não pode ser feito se você não estiver revestido de verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. Ele é o caminho, a verdade e a vida - a unidade por meio da qual se mede o verdadeiro valor do conhecimento das coisas objetivamente falando, uma vez que ele foi igual a nós em tudo, exceto no pecado.
3.3) Se você não for imitador de Cristo, então não ouse dar este passo - não se envaideça. O conservantismo leva à presunção e à inflação do ego - o que leva à morte eterna. Conheci muita gente que está amargando o fogo eterno por conta disso, pois mediu as coisas pela sua própria estupidez ao invés dos méritos de Cristo. Digo estas coisas por experiência própria.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 07 de abril de 2022 (data da postagem original).
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