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quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Dos drones como uma evolução do pombo-correio

1.1) Quando estava em Santo André, onde meu irmão mora, cheguei a ver uma matéria onde algumas pizzarias estavam entregando pizza nos endereços da mesma região metropolitana por meio de um drone.

1.2.1) Se o drone tiver GPS, então ele pode ir a qualquer lugar - e se ele tiver muita autonomia de vôo, ele pode fazer a travessia Brasil-Portugal, fazendo do céu um mar navegável para todos.

1.2.2) Graças à tecnologia, é possível associar um endereço a uma localização no GPS - e se ele tiver piloto automático, melhor ainda. Se o drone pode carregar uma embalagem de pizza, então ele pode fazer o trabalho de pombo-correio. Posso mandar pequenas encomendas para os meus pares que estejam na mesma região metropolitana onde me encontro ou em terras muito distantes

2.1) É possível perfeitamente mandar mensagens e dinheiro em espécie num envelope, como dólares, euros ou outras coisas, dispensando o intermédio de um banco ou do vale-postal dos correios. Basta um acordo com os meus pares de modo que me enviem esse dinheiro, quando o assunto é fazer uma viagem - é claro, a idéia não é burlar o fisco, mas viabilizar uma relação privada entre amigos à distância, uma vez que algumas coisas no mundo exigem dinheiro em espécie. Assim, evito o câmbio, a concentração de poder em poucas mãos, uma vez que um acordo em terras distantes pode ser feito nessa direção, favorecendo a integração entre pessoas ainda que estejam em regiões geográficas diferentes. Graças ao drone, as pessoas podem ter seu correio particular.

2.2.1) Um dos maiores problemas talvez sejam as favelas - e os traficantes certamente mandarão chumbo no drone.

2.2.2) Isso sem contar que gente rica em má consciência iria acabar fechando os aeroportos do país por meio de um drone. E neste ponto, é preciso realmente haver planos de vôo de modo que você possa pilotar seus drones de maneira segura sem prejudicar a liberdade de ir e vir das pessoas.

2.3) Assim que tiver dinheiro, eu vou aprender a pilotar drones e financiar o desenvolvimento de um nessas especificações.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de dezembro de 2018.

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https://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/como-devem-ser-as-entregas-feitas-por-drones-no-brasil-31102018?fbclid=IwAR0igpoY5RoepMO0aCruHUxTAEJ6auFa2wnvmrPpM-FNlFbTud9ujU-6rvc

Comentários Adicionais:

Edmundo Noir: 

1) Dettmann, você me marcou em uma reportagem muito interessante.

2) A tecnologia ainda está bem inicial e é bem cara. Quebrar um drone não é nada difícil - sem mencionar que em regiões de tráfego intenso e com a paisagem povoada de arranha-céus, colisões são bem mais freqüentes do que no meio agrícola, além do risco de vandalismo.

3.1) Mas há uma solução simples e muito interessante e que eu não havia pensado: o drone não entregaria o pacote diretamente na residência, mas em centrais de distribuição. Parece algo bobo, mas que resolve inúmeros problemas. A localização das centrais poderia ser cuidadosamente planejada pela logística de transporte de modo que o drone chegue a seu destino tendo pela frente o menor número possível de obstáculos. Esses drones serviriam como um modo auxiliar, feito de modo a agilizar as entregas e reduzir os custos.

3.2) Ainda há muito para avançar, uma vez que os drones precisam ter uma maior capacidade de carga de modo a otimizar os custos decorrentes da viagem, mas essas coisas virão num médio prazo, justamente no momento em que o uso de drones estiver largamente disseminado na sociedade, a ponto de surgir uma cultura em torno de seu uso.

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