1) Se a autoridade aperfeiçoa a liberdade, então ela prescreve regras e métodos de modo que a arte não seja servida com fins vazios.
2.1) O homem rico no amor de si até o desprezo de Deus é vaidoso, vazio por dentro. Se a arte espelha o que há na alma do artista, então o que há de podre nele estará na sua obra, a ponto de promover o feio e o disforme.
2.2) Nesse ponto, a arte moderna reinstitui o paganismo, fundado no homem como a medida de todas as coisas. Dentro da ética, ele é o melhor dos animais; separado do direito e da justiça, torna-se o pior dentre eles.
3.1) Como os primeiros reis são pais de família, então os pais que exercem o ofício vão ensinando aos seus filhos o que é belo. E nesse ponto, aprender o ofício dos pais é parte da catequese, uma vez que o pai, se for imitador do verdadeiro Deus e verdadeiro homem, tem experiência no ofício, uma vez que santificou seu trabalho a ponto de de servir a Deus e ao próximo.
3,2) Como o direito nasce da experiência, então as regras de estética decorrem das experiências que este teve sozinho ou quando aprendeu com os outros no sentido de servir ao belo, de tal modo que o país seja tomado como um lar em Cristo.
4.1) Se várias famílias amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento e trabalham na mesma profissão, então a guilda dos artistas se torna o ponto de encontro onde as famílias se encontram e aprendem umas com as outras a ponto de promoverem o belo no sentido de promover o bem comum, de modo a bem promover os interesses da cidade e achar uma forma de ganhar alguma coisa com isso em tempos de incerteza.
4.2) Como a profissão de artista se torna uma profissão popular, porque ela é distribuída a todos os que querem seguir este caminho da vida, então todos se tornam artífices, a ponto de se tornarem pedreiros, ferreiros, tintureiros, sapateiros e todas as outras coisas.
4.3) Enfim, é da guilda de artistas que vem a base de todas as outras profissões. Há uma multidão de reis, de vassalos de Cristo, que governam esta profissão, a ponto de se tornar uma verdadeira politéia.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 24 de dezembro de 2018 (data da postagem original).
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