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domingo, 2 de dezembro de 2018

Introdução ao estudo da plutologia

1) O começo do estudo da plutologia se dá nas fontes de riqueza. E a principal fonte de riqueza é, indiscutivelmente, a agricultura, como bem apontou François Quesnay.

2) Para fazer a terra gerar riqueza, você precisa ocupá-la de modo que você possa servir os produtos dela a quem necessita. Eis aí a primeira atividade econômica organizada que deve ser santificada, pois ela viabiliza uma vida gregária, fundada no fato de se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Como todas as plantas produzem semente segundo a sua espécie, então esta atividade é capitalizante, uma vez que ela é produtiva, viabilizando a integração entre as pessoas, a ponto de haver uma relação de confiança, por meio do empréstimo e do arrendamento. Não é à toa que os juros surgiram em sociedades agrárias, como a Mesopotâmia.

4.1) Das profundezas da terra nós encontramos os metais. Os metais pode ser moldados para o fabrico de armas e instrumentos de trabalho.

4.2) Ao contrário das plantas, os metais não se reproduzem, mas eles admitem o fracionamento da unidade monetária - ao invés de se dar uma ovelha inteira, enquanto unidade monetária, você pode dar centavos - frações de uma unidade monetária, o que faz com que o dinheiro assuma uma dimensão cultural, a ponto de aumentar a eficiência da troca.

4.3) Diferentes metais foram usados: cobre, ferro, prata e ouro. Quanto mais raro fosse o metal, mais valioso ele se tornava. E com isso, a escassez passou a governar a economia de tal maneira a se fazer da riqueza sinal de salvação, levando à sua perversão, a crematística, coisa que faz o homem desviar-se do direito e da justiça, a ponto de ser o pior dentre os animais. Essas coisas governaram o mundo durante o Antigo Testamento, uma vez que a usura decorre justamente dessas coisas.

5) Com o advento do cristianismo, o ouro deu lugar ao sangue do cordeiro derramado pelo perdão dos nossos pecados, fazendo restaurar o homem como a primazia de toda a criação. E com isso, a usura passou a ser condenada de maneira definitiva. No entanto, como os judeus sempre viram os cristãos como uma seita, eles nunca os tomaram como irmãos, reforçando, por conta de sua vilania, a divisão do mundo entre eleitos e condenados, uma vez que conservaram de maneira conveniente e dissociada da verdade a cultura de paganismo, o que justifica o uso da usura.

6) As heresias protestantes todas tem um forte elemento judaizante, sobretudo o calvinismo, o que levou a criar toda uma ética fundada nessa heresia e com ela o capitalismo. Por isso mesmo, elas são a negação do cristianismo e da restauração da criação das coisas fundadas na conformidade com o Todo que vem de Deus.

7.1) Quando formos estudar a riqueza, devemos levar em conta também os erros decorrentes do pecado, erros esses que levaram com que a destinação das coisas fosse destinada a fins vazios, fazendo criar toda uma ordem onde o pior dos homens é tomado como se fosse um Deus vivo, tal como o Faraó do Egito, levando todos os demais à escravidão.

7.2) Com isso, o estudo da plutologia não pode se separar das lições de Heródoto a respeito da História: de que é preciso conhecer os erros do passado de modo que estes não possam ser repetidos no futuro, o que leva a se lutar de maneira intransigente contra todas as coisas que não prestam, fundadas no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de negar o verbo que fez carne e que fez santa habitação por meio da eucaristia.

José Octavio Dettmann

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